quinta-feira, 31 de março de 2011

O planeta Terra é redondo?

Dados enviados por satélite à ESA (Agência Espacial Europeia), durante dois anos, possibilitaram o estudo preciso da gravidade do planeta Terra de uma forma inédita. Os cientistas agora detêm um dos mais exatos modelos geoide (forma verdadeira do nosso planeta, que não é totalmente arredondado) do lugar onde vivemos. O planeta não é totalmente arredondado.

Leia mais: Folha Online.

Nota: Muito a descobrir e muito a especular. A verdade vem aos poucos. À medida que chega sepulta mitos, arrebenta com sonhos, mas põe consistência na visão real da vida...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 30 de março de 2011

Como ser diplomado sem estudar?

Quer conseguir um diploma? Existem vários meios e entre eles está o mérito decorrente da busca convencional, também pode ser via maracutaia, quem sabe em instituições que conspiram contra a ética e também de uma forma inusitada. É claro que esta última forma está adstrita ao mundo da fé. E não é um diploma qualquer! É um com a assinatura do (pasmem!) Senhor Jesus Cristo. Um diploma com a assinatura de um ser divino!

É claro que o diplomado, para ser agraciado, teve que cumprir com o seu papel: ser um fiel dizimista!

Quer saber mais? Basta teclar em [Universo Online].

Enéias Teles Borges
Postagem original: 12/08/2009

O mundo não acabará em 2012

Uma notícia triste para os catastrofistas. O planeta Terra sobreviverá. O dia 23 de dezembro de 2012 não será o último dia da raça humana. O filme 2012 foi baseado numa interpretação equivocada. É certo que haverá choro e ranger de dentes. Muitos queriam mesmo é que a Terra virasse um bagaço!

Antropólogo exibe pedra maia para desmentir o fim do mundo em 2012

A pedra do calendário maio que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira em Tabasco, sudeste do México. A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. "No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum de seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar", enfatizou José Luis Romero, subdiretor do Instituto Nacional de Antropologia e História.

Na pedra está escrita a data de 23 de dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção hollywoodiana, "2012", foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse.

"No pouco que se pode ler, os maias se referem à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico", afirmou Romero.

A data gravada em pedra se refere ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.


Nota: Pode parecer bizarro, mas muita gente ficará frustrada com tal notícia. O fim do mundo é o sonho de muitos tontos de plantão.

Enéias Teles Borges

A religião como mero detalhe

No último sábado (26/03/2011) eu estive, mais uma vez, assistindo ao culto na Igreja Adventista do UNASP, campus São Paulo. Foi um culto de ótimo nível, que fugiu à regra geral recorrente naquele templo. Houve dedicação de crianças, o coral Carlos Gomes, sob a regência do professor Turíbio de Burgo, apresentou-se bem, como de costume, um conjunto de metais se fez presente, acompanhando o coral e, também, o canto congregacional, ofertórios e afins.
 
Naquele culto falou-se da despedida do pastor Gideão Santiago que foi chamado para trabalhar na igreja do bairro Vila das Belezas. Choros e sorrisos se fizeram ver e ouvir.
 
Milagrosamente tivemos um bom sermão. Bom sermão? Sob o ponto de vista de um agnóstico teísta? Isso mesmo. O sermão foi bom porque cumpriu uma finalidade social interessante. Sendo sermão ou sendo discurso, quando um fim social nobre é invocado, merece apreço. Quer seja feito por teístas ou ateístas.
 
O sermão escudou-se no texto bíblico do Novo Testamento: “o bom samaritano”. O foco foi mais ou menos o seguinte: o alvo dos membros deve ser colaborar para o bem estar do próximo que está perto. Sim, isso mesmo. O próximo, no sentido bíblico, que está no Japão, sofrendo as mazelas dos terremotos e tsunamis, é um próximo que está distante. O foco, portanto, deve ser o próximo que está ao lado. Vizinho, colega de trabalho, de escola e afins...
 
Segundo ênfase do pastor Itaniel Silva, titular naquele templo, ajudar o próximo que está distante é cômodo. O próximo, na maioria das vezes, nem saberá de quem veio o auxílio. Ajudando o próximo que está perto existe uma condição adicional: a de acompanhar de perto. O próximo que está perto é acessível. Será mais prático cultivar um relacionamento duradouro (eis aqui uma pontinha de proselitismo – que tanto me incomoda).
 
 
Sobre a finalidade social
 
Fiquei pensando, ao longo da mensagem, que um sermão como aquele poderia ser pregado em qualquer agremiação religiosa. Poderia, até, ser utilizado como um discurso de chamamento à solidariedade humana, independentemente de crenças ou ausência delas. Fazer o bem para quem está próximo não é, necessariamente, um ato religioso. É, antes de tudo, um ato de respeito à humanidade.
 
Quando se invoca o bem estar social individual ou coletivo, a religiosidade perde espaço para algo muito mais nobre: a sensibilidade humana em prol de quem precisa. Um alento, no formato prático, vindo de um criacionista ou de um ateu, surte o mesmo efeito. A fome saneada, por quem crê ou por quem não crê, apresenta o mesmo resultado no corpo de quem recebeu o auxílio.
 
Freio social
 
Pensei, também, que um sermão social como o daquele sábado, cumpre mais um papel. O de manter a massa humana sob os sustentáculos da fé e da esperança. A fé e a esperança movem nações e induzem os homens à prática do bem. A prática das boas obras incentivada, por quem quer que seja, tem grande valor.
 
A religiosidade passa a ser um mero detalhe. A religião é falsa ou verdadeira? Não é bem isso que importa, dentro da linha de raciocínio que proponho. O que importa mesmo é o bem estar individual e coletivo que ela, a religião, pode trazer. Tanto faz se o religioso adora deus “a”, “b”, ou “c”.
 
É quando a religião se torna um mero detalhe...
 
 
Enéias Teles Borges

terça-feira, 29 de março de 2011

Não consigo me enganar

No momento de solidão...

Eu até conseguiria enganar alguns por muito tempo e quem sabe muitos por algum tempo. Não consigo, porém, enganar-me. No momento de solidão, quando o sono não vem, quando a noite se aprofunda, vejo com clareza que não consigo me enganar.

Por que alinhavo este texto? Tudo porque me defini como "agnóstico teísta" ou, como preferem alguns, "teísta agnóstico". Passei a receber conselhos "mil" de pessoas que se julgam convictas, mesmo não sabendo a conceituação do termo "agnosticismo". Uma pena, lamentável mesmo...

Por que assim me defini? Simples: não consigo me enganar...

Para saber mais sobre minha opção basta teclar em [sobre minha opção agnóstica].

Seria muito bom, seria muito legal (como canta e cantou Benito de Paula), dizer algo que seja agradável aos olhos e ouvidos de muitas pessoas. Mas como eu poderia me definir de maneira diferente? Seria possível, no momento de solidão, trair a minha consciência? Eu queria acreditar, como antes acreditei, mas não consigo. Os fatos lutaram e venceram o desejo de crer, como criam nossos pais...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 30/08/2010

Você teme a morte?

‎"A morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade. Por isso nunca procure saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti.” (Hemingway)

Eu, particularmente, não temo nem um pouco a morte. Como diz lá o outro, “enquanto eu sou ela não é; e quando ela for eu já não mais serei”. O que me preocupa é o “processo”. Quando eu vou me encontrar com ela. Como. E quanto tempo vai durar esse encontro. Mas a morte em si, a minha própria inexistência, não me tira o sono. E simplesmente porque é inevitável. Para cada um de nós haverá uma terça-feira que não vai virar quarta; um dia dos namorados que nunca vai chegar; uma viagem que vai ter começo, mas não vai ter fim; um último beijo, um último adeus, um último sorriso, uma última noite, um último carinho, uma última frase, um último olhar. Tudo pela última vez. E sem aviso.

Recomendo a leitura do texto completo em DEUSilusão.

Nota: Quem teme mais a morte? O teísta ou o ateísta?

Enéias Teles Borges

domingo, 27 de março de 2011

Tenha medo...

"O medo dos poderes invisíveis, inventados ou imaginados a partir de relatos, chama-se religião." (Thomas Hobbes)

Nota: É fato que as religiões que disseminam a catástrofe sempre iminente e a esperança logo após, tendem a crescer muito mais que as outras que agem com discrição. A religião que cresce mais é aquela que prega o caos imediatamente seguido pelo sossego. Infundir o medo e a esperança é o grande segredo dos centros de difusão da Fé Cega e da Faca Amolada (FCFA).

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 25 de março de 2011

A oração do gato e a oração do cão...

Cão Sábio
 
Certo dia um cão sábio passou por um grupo de gatos. À medida que se aproximava, percebeu que estavam muito concentrados no que estava acontecendo entre eles e não lhe prestavam a menor atenção. Decidiu então parar e escutar o que diziam. Do meio deles levantou-se um gato grande e solene que olhou para todos e disse: - Irmãos, rezem, e depois rezem de novo e outra vez ainda, sem duvidar; e então, em verdade lhes digo, vai chover rato. Ao ouvir isto, o cachorro riu deles por dentro e afastou-se, pensando: - Oh, gatos cegos e insensatos! Pois não está escrito e eu não sei, e meus antepassados antes de mim não sabiam que o que chove quando rezamos e suplicamos com fé não são ratos, e sim ossos? (Khalil Gibran)
 
Nota: Observaram que um segmento religioso desdenha da fé e da oração dos outros segmentos? Afinal a oração que vale é sempre a dele, rigorosamente "como imaginava o cão sábio..."
 

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 24 de março de 2011

Declips, Decleps e Declei


Quando eu era criança, acredito que com oito anos, eu ouvi de alguém que três astronautas tinham ido à lua. Foi algo espetacular! Comecei a entender um pouco do assunto. Viagem à lua! Algo que me impressionou muito naquela época.

Eu era tido, por alguns, como sendo um garoto inteligente e curioso. Procurei saber mais do assunto “homem x lua”. Ouvi de alguma pessoa brincalhona ou desinformada que os três astronautas tinham os seguintes nomes: Declips, Decleps e Declei. Eu acreditei piamente nisso!

Passei a demonstrar minha “grande inteligência e conhecimento” difundindo essa informação atual e espetacular. Eu sabia, inclusive, os nomes dos famosos astronautas que obtiveram sucesso na viagem espacial! Eu era o cara!

Foi com imenso desapontamento que eu soube, bem depois, que os astronautas da Apollo 11 chamavam-se: Neil Armstrong, Michael Collins e “Buzz” Aldrin...

O meu conhecimento a respeito do assunto não passou de uma piada. Eu me considerava o bem informado e articulado. Na realidade eu era apenas uma criança que “engoliu” a informação falsa de alguém e a passou adiante como sendo verdadeira.

Eu confiava nas pessoas e por esse motivo não questionava as informações.

Hoje eu medito sobre esse assunto tão antigo e me pergunto se depois desse ocorrido eu não tive atitudes semelhantes, achando que conhecia alguma coisa, simplesmente por ter ouvido de outras pessoas.

Às vezes até sinto certo constrangimento por ter acreditado e difundido algumas inverdades. Eu me pergunto: por que confiei tanto em alguns professores que tive, quando fiz minha primeira faculdade?

Sei que espalhei muitas informações parecidas com a dos “astronautas” Declips, Decleps e Declei...

Só que no que tange aos supostos astronautas eu era uma criança! Ao longo dos quatro anos de faculdade eu tive todas as oportunidades para questionar (no bom sentido) as informações que vinham e que fui armazenando.

Como eu gostaria de poder voltar no tempo para dizer os verdadeiros nomes dos astronautas. Mas eu me perdôo (por isso) porque eu não passava de um moleque imberbe.

Mas, o que veio depois, seria perdoável? Qual a desculpa que tenho hoje por ter confiado tanto em antigos professores que por má-fé ou negligência, ensinaram-me teorias que sei, agora, não passam de malditos engodos?

Caro leitor: sinta-se livre para aprender um pouco com essa faceta de minha história. Caso tenha alguma chance de questionar faça-o já! É melhor ser tido como uma pessoa polêmica do que ser considerado (no futuro) como um ex-aluno omisso ou “ex-alguma-coisa” omissa...

Sei que ainda padecemos do ranço da ditadura militar que impediu o exercício do livre pensar. Nossos pais, em parte, são resultados disso e nós também. Quantas vezes fomos emparedados por eles (nossos pais) com frases obscuras, tentando fugir do assunto ou mesmo dizendo que estávamos especulando?

Talvez por isso eu me conceda um perdão parcial

Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/04/2008

quarta-feira, 23 de março de 2011

Um nada, a vida e um nada, de novo...

O que o homem era antes de ser concebido? Era um nada. Hoje vive e amanhã retornará ao estágio anterior: o de ser um nada.

Simples assim mesmo. Pensar diferente é característica de um teísta. Até mesmo teístas, que não acreditam em alguma espécie de redenção, pensam assim. Um nada, a vida e um nada, de novo...

É duro pensar que éramos um nada eterno, voltando para o passado e que depois de uma vida curtíssima, rumaremos na direção do nada eterno, em relação ao futuro.

Acreditar dessa forma e ainda assim manter uma cadeia de princípios não é para qualquer um.

Proponho uma questão: as pessoas, em sua maioria, acreditam num plano de vida (para o futuro)? Ou será que de tanto ter medo de pensar nessa possiblidade criaram a religiosidade?

Enéias Teles Borges

terça-feira, 22 de março de 2011

Morrendo com esperança

Eram dois homens. Um não acreditava em qualquer espécie de divindade. O outro sim. Acreditava que existia um deus na lua e que esse deus viria para levá-lo para aquele lugar iluminado. Enquanto um vivia acreditando na morte eterna, que viria após aquela vida, o outro acreditava com todas as forças que seria resgatado para outra vida na lua. Por conta das correntes ideológicas divergentes os dois homens brigaram. Mudaram-se para bem longe um do outro.

Os dois morreram. Dizem que o que não acreditava em divindades morreu sem dar sinais que tinha passado a crer na existência de algum ser superior. O outro, aquele que acreditava num deus que habitava a lua, morreu feliz, cheio de esperança. Dizem, até, que a vida deste, que cria no "deus lunático" foi uma vida bem melhor do que a vida daquele ateu sem esperança.

Ficou comprovado: viver com esperança (qualquer uma) é melhor do que viver sem.

Paira no ar, porém, uma pergunta: viver com esperança é o mesmo que viver com a verdade?

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 21 de março de 2011

É possível pactuar com uma divindade?

O pacto é um acordo entre partes. Vale dizer que, num acordo, os envolvidos precisam possuir uma ferramenta que permita o cumprimento do pacto ou o aferimento do seu não cumprimento. Em palavras bem simples poderíamos dizer que num pacto as partes precisam ser alcançadas, em caso de cumprimento ou não. Não fosse assim como ter a certeza de que o pacto será cumprido?

Eis porque se torna complexo pactuar com uma divindade. O lado humano (material) está à vista e é palpável. Como seria possível formular um acordo entre o lado humano e o lado divino (imaterial)?

Outro ponto que não se cala: como conferir se o pacto está sendo cumprido? Como as partes poderiam se alcançar? Quem poderia arbitrar para saber se o pacto está sendo honrado?

Em resumo eu diria que é impossível tal pactuação. Não seria possível pactuar porque não seria possível o alcance entre as partes - sendo uma material e a outra imaterial.

Como explicar, então, os pactos sugeridos nos centros da fé cega e da faca amolada? Fácil de explicar. Entre as partes (material e imaterial) existe o intermediário que, segundo se sabe, tem condições de promover o alcance entre os pactuantes e saber se o pacto foi assinado, está sendo cumprido ou se foi violado. Esse intermediário tem nome que pode variar conforme a administradora que é contratada. Em alguns lugares ele é conhecido por padre, em outros por pastor, bispo, apóstolo, missionário, reverendo, ancião, diácono...

Quer pactuar com uma divindade? Confia nos intermediários que existem aos borbotões? Então vá e assine o contrato, mas não cobre a assinatura (visível) da outra parte...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 08/10/2009

Pastor queima exemplar do Alcorão

Um polêmico pastor evangélico americano queimou um exemplar do Alcorão na noite de domingo em uma igreja de Gainesville, Flórida, ato que havia desistido de executar há alguns meses após as reações no mundo muçulmano. O pastor Terry Jones programou um "julgamento" dentro de sua igreja, no qual o livro sagrado muçulmano foi declarado "culpado" de várias acusações, entre elas assassinato. Em seguida a pena foi executada: o exemplar foi queimado.

O livro foi molhado com querosene e colocado em um recipiente de metal no centro do templo da igreja "Dove World Outreach Center". O exemplar queimou por 10 minutos.

"Tentamos dar ao mundo muçulmano uma oportunidade de defesa de seu livro", disse o pastor Terry Jones.

O religioso disse ainda que o evento foi um sucesso e uma "experiência daquelas que temos uma vez na vida".

Em setembro de 2010, Jones despertou a atenção mundial por seu plano de queimar exemplares do Alcorão em sua igreja no aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos. Após as fortes reações no mundo muçulmano e das críticas de líderes internacionais, incluindo o presidente americano Barack Obama, Jones desistiu da ideia e afirmou que nunca mais voltaria a tenar queimar um alcorão.


Nota: Este tipo de loucura (que ocorre entre criacionistas de vertentes diferentes) promove a violência. Violência gratuita, diga-se de passagem. Terremoto e Tsunami no Japão, conflito no mundo árabe e um pastor, sádico, apronta mais uma vez...

Enéias Teles Borges

sábado, 19 de março de 2011

Falácias no ateísmo e no teísmo


Partindo da premissa agnóstica de que é impossível provar ou negar a existência de deus faz-se necessário observar postulados de alguns ateístas e teístas. Ressalto que essas asseverações não vêm de todos os ateus e criacionistas, mas de uma minoria ruidosa que tem captado adeptos mundo afora.

Falácia atéia

Ela surge quando o ônus da prova da existência de deus é exigido dos criacionistas. É claro que por mais que um teísta se esforce é impossível provar, pelos meios conhecidos, que deus existe e que tudo o que há originou-se de um projeto divino. Partindo deste argumento os ateus afirmam: “se não é possível provar a existência de deus, logo ele não existe”.

Falácia criacionista

O arrazoado emerge da mesma linha de raciocínio, mas com propósito diferente. O criacionista transfere para o ateu o ônus da prova. Que o ateu demonstre que deus não existe! Obviamente que usando os mesmos recursos humanos existentes para teístas e ateístas é impossível negar a existência de deus. Partindo deste argumento os criacionistas afirmam: “se não é possível provar a inexistência de deus, logo ele existe”.

Provas por exclusão?

Esse tipo de postura, de ambos, conduz-nos ao esperado resultado desta batalha (que acabará se tornando campal!) entre teístas e ateístas, isto é, ao nada. Ao nada mesmo! Não é esse tipo de raciocínio (negação?) que prova a existência ou inexistência desse ser divino. Não se prova a existência ou inexistência de deus por exclusão!

Alternativa agnóstica?

Por motivos como esses o agnosticismo (sou agnóstico teísta) surge como alternativa, no mínimo, honesta. O agnóstico acredita ser impossível provar ou negar a existência de deus. Tal convicção não obsta sua opção em ser teísta ou ateísta, mas deixa bem claro que escolher pela existência ou inexistência do ser superior é tão somente uma questão de escolha, mesmo sem que haja qualquer tipo de prova concreta.

Enéias Teles Borges
Postagem original: 20/11/2009

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sobre a minha opção agnóstica

Tenho discorrido aqui, vez ou outra, sobre o agnosticismo. Tenho dito e até digitei em meu perfil a minha opção agnóstica. Claro que dizer simplesmente "sou agnóstico" não é explicar muita coisa. Levando-se em consideração que o agnosticismo não é o meio-termo entre teísmo e ateísmo e sim, que o agnosticismo é o meio-termo entre os que dizem que é possível afirmar ou negar a existência de divindade (empiricamente ou via metodologia científica), devo, por fim, definir se me alinho como "agnóstico teísta" ou "agnóstico ateísta". Posso, até, inverter a expressão dizendo que devo definir se sou "teísta agnóstico" ou se sou "ateísta agnóstico".

Vou ser franco: de fato não creio que seja possível afirmar ou negar a existência de deus. Entretanto não tenho enxergado consistência nas formulações atéias, nem nas formulações criacionistas. Ainda assim e por questão eminentemente pessoal eu me defino como "agnóstico teísta" ou "teísta agnóstico". Não outorgo liberdade para interpretações espúrias. De momento fico longe das cogitações sobre pessoalidade de alguma divindade. Ao que me parece o Universo e as mazelas na Terra deixam claro esse assunto, o da pessoalidade (obrigo-me, portanto, ao descarte disso).

Por outro lado eu não descarto outras possibilidades nesta vida e no Universo. Reassumo meu compromisso com a verdade, com a ética e com a moralidade (considero-as num nível superior de excelência e sei que independem de aceitação ou negação de credos e afins).

Irei até o ponto em que a verdade me levar.

Notas do dia 18/03/2011 e do dia 05/11/2013: Apenas para reafirmar que sigo pensando da mesma forma. Os estudos feitos  até aqui me levam à conclusão que os postulados do ateísmo e do teísmo, em suas múltiplas formas (muito mais no teísmo), não me fizeram deixar de lado a minha postura de agnóstico teísta.

Enéias Teles Borges
Postagem original: 14/08/2010

Sorriso de Deus?

Recebi um e-mail com várias fotos, muito bonitas e uma delas (a última apresentada por quem enviou a mensagem), é a que ilustra o presente texto. O remetente chama a imagem de o "Sorriso de Deus". E as imagens trágicas, como as do Japão (abaixo), de quem seria o sorriso?

Nota: Seria tão bom se as pessoas enxergassem tudo de forma coerente. Por que Deus aqui e ali, apenas quando convém?

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 17 de março de 2011

É errado usar a razão?

É errado usar a razão?

Pois parece que é. Pelo menos para aqueles que são membros da comunidade da FCFA (Fé Cega, Faca Amolada). Costumam dizer: "Pensar, estudar e ler demais não fazem bem. Quem age assim se afasta da fé..." Ou então: "Leram a Bíblia sem o uso da fé, usando apenas a razão humana e vejam só: afastaram-se da religião..."

Estou exagerando? Podem ter certeza que não.

Quando alguém diz que começou a questionar, a raciocinar e por isso afastou-se das crenças antigas, logo vociferam: "Não disse que isso iria acontecer? Quem mexe com fogo sempre se queima..."

Em rápidas e resumidas palavras, pergunto: quando alguém investiga e abandona a fé (crença), o problema está com a investigação ou com a fragilidades dos postulados das culturas religiosas?

É errado usar a razão?

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 16 de março de 2011

Estudo da Bíblia, sem preconceitos...

“Se mais cristãos lessem a Bíblia, haveria menos cristãos.” (Derek W. Clayton)

É evidente que a leitura deverá ser sem preconceitos. Tentando ler como se nunca tivesse ouvido ou lido a respeito do Antigo Livro. Imaginemos uma pessoa, que nunca tenha tido acesso às informações e culturas bíblicas... Lendo-a sem influência de terceiros. Essa pessoa tornar-se-ía cristã?

Entendo que uma leitura da Bíblia com os olhos da razão (e sem preconceitos) diminuiria, e muito, a quantidade de cristãos na face da Terra...

Enéias Teles Borges


Tirando a racionalidade humana...

Tragédias como as que ocorreram no Japão, Chile e outros países, levam-nos a buscar respostas. Qual a razão de tudo isso? A grande realidade é a seguinte: todos os seres vivos, na Terra, sofrem. A maioria sofre, mas não raciociona. Para os irracionais o sofrimento é "encarado" como algo natural (se é que o irracional "encara".). O planeta tem suas características. Entre elas os terremotos e seus efeitos. Quem estiver vivo na região haverá de sofrer.

A questão é que os racionais (humanos) não aceitam ver tudo isso como característica natural do planeta. Ainda mais quando vidas são ceifadas. Em razão disso tudo, passam a questionar: qual o motivo? Alguns, mesmo sendo racionais, enxergam tais eventos como naturais, a despeito de suas consequências. A maioria, em geral por razões de crença religiosa, perguntam e respondem conforme convicções escudadas na fé ou algo que a isso se assemelhe.

Tirando a racionalidade do homem, como ele enxergaria tudo isso?

Enéias Teles Borges

terça-feira, 15 de março de 2011

Japão, Terremoto, Tsunami e Civilidade...

Preparo e espírito de grupo explicam ausência de saques após terremoto

O desespero, a destruição e o caos que o Japão enfrenta desde o terremoto e o tsunami que assolaram o país na última sexta-feira foram vistos também no Haiti e no Chile, ano passado. Mas, ao contrário dos países ocidentais, o Japão enfrenta a crise humanitária de uma forma mais organizada e menos violenta. Até agora, nenhum episódio de saque ou briga foi registrado no país, o contrário do que ocorreu no Haiti, que precisou da intervenção do Exército e de forças da ONU, e da cidade chilena de Concepción, que teve de decretar toque de recolher após quase todas as lojas da cidade terem sido roubadas.

Fonte (G1)

Nota: Qual a religião predominante no Haiti? Qual a religião predominante no Chile? Qual a religião predominante no Japão? Creio e insisto nisso: ética, moralidade e civilidade independem de crenças. Eis aí uma prova contundente.

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 14 de março de 2011

Força da natureza ou ira de Deus?

Eu penso que é fato trágico e dentro de como se comporta a natureza. Assim é o planeta Terra. Terremotos e Tsunamis ocorreram ao longo da história e somente agora (tempos humanos modernos) é que registros mostram as consequências.

Ainda assim existem aqueles que atribuem à calamidade a manifestação da ira divina. Assim como um dia Deus se insurgiu, enviando o Dilúvio, atua, hoje, na vida humana. Chamam isso tudo de sinal dos tempos. Para aqueles que se julgam centro da atenção do Universo (os famigerados umbigos do mundo) a calamidade no Japão é um aviso: hora de se preparar. Deus está enviando sinais para seus filhos prediletos. Todos são filhos de Deus, mas somente os ungidos estão atentos aos eventos proféticos.

Toda vez que ocorre uma calamidade global é preciso ter paciência para suportar as manifestações de fé e ira dos membros fiéis da FCFA (Fé Cega, Faca Amolada).

Não os vejo preocupados com o sofrimento do povo japonês. Vejo-os em estado de alerta. Afinal o Deus deles está prestes a vir. O mesmo Deus que os salvará e condenará os demais às desgraças infernais do futuro tenebroso...

Enéias Teles Borges

domingo, 13 de março de 2011

Depois do carnaval 2011

Amigas e amigos,

Estou de volta! Depois de oito dias longe da internet, em razão do passeio de carnaval com a família, eu voltei e já me dirijo aos que instam em fugir da realidade. A realidade está aqui. Boa ou ruim está aqui e sigo em minha meta de não fugir dela - que anda de mãos dadas com a verdade.

Estou me atualizando. Lendo textos nos blogues dos amigos, reportagens e afins. Ainda não pude mensurar a ação do Senhor Umbigo do Mundo x Terremoto/Tsumani no Japão. É que por onde estive o acesso à internet é quase impossível e, por esta razão, fiquei "desconectado" do dia 05/03/2011 até hoje.

Adianto, apenas, que o descanso foi bom. Não posso afirmar que foi merecido, mas digo que foi necessário. Mais adiante surgirão mensagens ligadas ao passeio de carnaval.

Forte abraço!

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 4 de março de 2011

Esperança ou desespero?

Muitas vezes é necessário entender e aceitar o preceder de alguns, especialmente quando se servem de uma linha de raciocínio que, pelo ponto de vista do conforto, tem a sua razão de existir.

Uma análise bem simplória da situação nos conduz à lógica. Por que trocar o maravilhoso pelo duvidoso? Existe algo mais desejável que a vida eterna, num paraíso de paz e amor? O que sobrepujaria tamanha bênção?

É aí que reside a linha de raciocínio. Uma pessoa que tenha o anelo da salvação e vida eterna, no paraíso, mudaria sua forma de almejar? Deixando de assim desejar o que teria de melhor para colocar no lugar?

Não existe algo que seja melhor, em qualidade e durabilidade (eterna), do que a salvação - objetivo de todo crente. Caso mude a sua linha de raciocínio será para uma situação inferior. Jamais haverá possibilidade de mudar para melhor. Quem já possui o melhor o que mais poderia agregar?

O esperançoso que se imiscua nos caminhos inteiros do saber deve se conscientizar de um fato: melhor não ficará. No máximo ficará igual. A tendência é que se consiga ter acesso a algo inferior à salvação e vida eterna.

Essa é uma das muitas razões que impedem as pessoas de seguirem em busca da “verdade”. Qualquer verdade que possa ser encontrada trará benefícios infinitamente inferiores, quando comparados com a vida eterna de paz e de amor.

Trocar a esperança pela dúvida? Pelo desespero? Jamais!

A conclusão natural é bem simples: melhor viver e morrer com a esperança da salvação. Mesmo sendo tudo falso ainda assim terá imenso valor. Falso ou verdadeiro um ponto se torna inegável: melhor viver e morrer com esperança de salvação do que viver sem a esperança e com o desespero da morte eterna.

Não há que se confundir, contudo, esperança com verdade. Verdade é fato imutável, esperança é desejo que poderá ou não coincidir com a verdade...

Esperança ou desespero? Quer conforto? Escolha a esperança. Siga o conselho deste agnóstico teísta. Faça o que digo, apenas não faça o que faço (caso seja um esperançoso). Dificilmente o agnóstico teísta viveria com esse tipo de esperança...

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 3 de março de 2011

Qual o momento da bênção?

Eram dois jovens inteligentes e esperançosos. Queriam servir à humanidade e decidiram estudar medicina. Ambos foram aprovados no dificílimo exame vestibular.

Um deles recebeu a mensagem do sábado e se viu obrigado a descontinuar a Faculdade de Medicina. Não houve como ficar sem aulas no sábado. Abandonou a faculdade, mas abraçou a fé. A despeito dos anseios e disposição para servir, não teve como se projetar na vida, da forma como planejara...

O outro tornou-se grande médico e depois de uma década ficou rico. Já na fase áurea recebeu a mensagem do sábado e tornou-se religioso. Continuou exercendo a medicina com capacidade e com sucesso. Abraçou a fé, projetou-se na vida, da forma como planejara...

Na igreja encontrou o amigo de juventude e contrastou a situação financeira de ambos. Os dois eram capacitados, mas apenas um conseguiu realizar o sonho de servir à humanidade na condição de médico.

Quem via ambos logo pensava: "dois homens de fé. Um deles, porém, é profusamente abençoado e tem oferecido alento na dor e colaborado muito na igreja, inclusive com dízimos e ofertas importantíssimos para o avanço do Evangelho...

Qual foi o momento da bênção? Antes ou depois da conversão à fé? Qual o momento especial para receber "a verdade"?

Há situações que "causam espécie" nas pessoas, não é mesmo? Qual a explicação para isso tudo? Explicação racional ou aquela exposta pelos membros da FCFA (Fé Cega, Faca Amolada)?


Enéias Teles Borges

quarta-feira, 2 de março de 2011

Deus salva, Deus pune...

O religioso fanático chegou ao local do acidente e viu os dois mortos. Os falecidos estavam em carros diferentes que colidiram de frente, um contra o outro. Soube que um era crente e que o outro era ateu.

Olhando para o corpo do crente, envolto em sangue, disse: "Deus sabe o que é melhor. Levou-o no momento oportuno. Certamente haveria de pecar e perder o paraíso. Morreu na hora certa e haverá de ressurgir na manhã da ressurreição."

Olhando para o corpo do ateu, envolto em sangue, disse: "Recebeu o que merecia. Louco que era, não cria na existência de Deus. Aqui fez, aqui pagou. Quem vira as costas para Deus sempre se dá mal..."

Deus salva, Deus pune... Claro que é assim, na versão do religioso fanático...

Enéias Teles Borges

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