sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Namoro: dia, mês e ano

Foi no dia 23 de fevereiro de 1985. Dia, mês e ano. Começo do nosso namoro. Local: a pizzaria Mourisco. Lembro-me como se fosse hoje. Dizem que os homens não guardam as datas importantes na memória. Comigo não! Nunca esqueci dessa.

Depois do primeiro beijo tornou-se necessária uma praça. Início de namoro sem uma pracinha? Impossível! Fomos até aquela, da Floriano Peixoto, bairro de Santo Amaro, na Capital Paulista.

Podem crer! A praça era calma e lembrava um bucólico bairro do interior.

Hoje, 22 de fevereiro de 2008, estamos a um passo de completar vinte e três anos de namoro. Não me esqueci da data e até comprei o perfume que ela diz ser o seu favorito (pelo menos por enquanto): um Mont Blanc!

Passados vinte e três anos eu reafirmo minhas convicções: um bom relacionamento é aquele que além de respeitoso é renovado a cada dia. Eu faço a minha parte e reconheço que é o mínimo. Provavelmente o maior esforço, neste sentido, adveio da minha companheira.

Companheira? Mais que isso... Uma escudeira, quem sabe. Digo apenas esta frase para não ter que declinar muitos termos e expressões.

Vinte e três anos, duas filhas. Muita luta, vitórias e decepções. Mas eu admito: nunca estive só. Hoje sei disso e provo!

Eu desejo, amigo leitor, que me seja possível, por muitos e muitos anos poder lembrar do dia, mês e ano desse fenomenal acontecimento na minha vida, e na dela, claro!

Salve vinte e três de fevereiro!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Desculpa esfarrapada!

Cartão corporativo. Eis o assunto da hora. Desmando e descontrole prevalecem, o povo fica perplexo e os políticos da situação propõem explicações. Os políticos oposicionistas analisam como cooptar a atenção do povo e para tanto usam vestes de cordeiro.

Um conhecido meu (PT “roxo”), já achou um argumento defensivo: “o que o PT está desviando não chega ao valor da CPMF daquilo que foi desviado pelo governo anterior”.

Que desculpa esfarrapada!

A defesa dos perversos não está escudada no bom direito, mas na comparação entre a falta de honestidade de um governo com a do outro. Daqui a pouco vão dizer que estes desvios são irrisórios ou que devem ser ignorados em face do que imaginam ter ocorrido na gestão anterior.

Assim caminha a humanidade. As pessoas mudaram o referencial. Optam pelo mal menor, desprezando a possibilidade da opção pelo bem maior.

O mundo está perdido!

Estamos assistindo à luta entre os que estão no poder e não abrem mão dele contra os que o querem a todo custo. É a permanente história da humanidade! A corrupção que, como um câncer, está no seio da sociedade. Imiscuiu-se em todas as classes sociais, incluindo as religiões. Nada mais é confiável.

Será que nosso destino é desconfiar de tudo, fugindo do maravilhoso pressuposto de “que todos estão com a razão” até prova em contrário? Parece que sim, não é possível confiar. Uma pena...

O que devemos fazer?

Esquecer por um instante o coletivo e no plano individual firmar compromisso de fazer sempre o que é correto. Motivo? Simplesmente porque é o certo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Ubatuba, triunfo da natureza

Cidade que nos acomodou desde julho de 1989 e que nos acalentou depois de outubro daquele mesmo ano. Alguns fogem dela. Muita chuva. Muitos a amam, justamente pela quantidade de água que cai sobre ela. Uma forma de manter aquele “santuário” longe das ações deletérias dos homens.

Pretendemos morar em Ubatuba mais para frente. Ainda existe uma grande luta na Capital paulista e não iremos fugir dela.

Esperamos com ansiedade o momento de morar ali. Mar, rios e mata. Eis um trio de ouro. As cidades vizinhas são simpáticas: para um lado Caraguatatuba e para o outro é Parati. Subindo a serra cidades pequenas como São Luiz do Paraitinga e mais adiante Taubaté. Mais que isso? Não precisa. Mas para quem gosta de frio a distância para Campos do Jordão nem é grande...

Este tópico inicial é o pontapé para trazer informações a respeito daquela maravilhosa cidade.

A leitura deste tópico será compensadora.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Relógios mecânicos

Sou apaixonado por relógios mecânicos antigos, especialmente os de pulso. Tenho alguns e os uso com prazer. Não por vaidade, mas pelo fascínio que exercem. É algo mágico! Maravilha humana que foi aperfeiçoada ao longo de muitos anos.

Hoje os relógios (ou marcadores de tempo) existem em diversas formas. Com o advento dos modelos quartz os relógios mecânicos saíram do uso rotineiro das pessoas. Relojoaria mecânica está adstrita a apreciadores e colecionadores.

Meu fascínio aumenta quando observo, com lupa, os componentes do movimento, como este da foto. São muitas peças construídas e montadas num projeto fabuloso de engenharia. Imaginem que beleza! Um medidor de tempo todo mecânico.

Os relógios são uma biografia da vida humana. Limitada, é claro. Tem como ponto de partida a invenção do primeiro (quando?) e de lá para cá é possível calcular a obsessão humana em contar o tempo de forma perfeita.

Eu pretendo postar textos versando sobre este assunto. Tanto para leigos curiosos quanto para pessoas que querem informações mais técnicas.

Por enquanto tome um tempinho para pensar no esforço despendido para construir estas pequenas maravilhas.

Até breve.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Folha verde

Creio que foi em 1976, não sei direito. A ditadura militar estava por aqui no torrão natal. Eu estudei em várias escolas públicas e me lembro das fotos dos presidentes do Brasil - ao longo dos anos. Ficavam nas salas dos diretores e nas bibliotecas. O primeiro foi o Médici, depois o Geisel e finalmente o Figueiredo. Eu ainda não estudava na época do Castelo e sequer dei bola para a junta militar que sucedeu o Costa e Silva por uns tempos.

Eu acreditava em tudo aquilo que ouvia nas aulas de Organização Social Política Brasileira (OSPB). O mesmo nas de Educação Moral e Cívica (EMC). Que coisa!

Lembro-me que falavam da inflação, do nosso ouro que foi para a Europa e da história de Tiradentes. E tinha o positivismo: “Ordem e Progresso. Brasil: ame-o ou deixe-o”.

Até compus um poema “meio maluco” que tentava em duas estrofes misturar tudo isso. Era uma geléia!
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Grande Mal

Oh, grande mal que afeta nosso chão!
Terra grande, porém vencida pela inflação (...).
Desde o grande animal, até o pequeno besouro (?);
Quando que com mais coragem não perderia o ouro...

Mas que ouro? Ah, foi muito atrás!
Porém não houve o homem sagaz,
Que com garras, unhas e dentes,
Ajudasse o patriota Tiradentes!
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Vi uma foto na internet que inspirou este texto pueril. Uma foto da Sueli Meira e com o título (tema) folha verde. Por que eu me senti inspirado? Nem sei, mas escrevi e o texto aqui está.

Eu pensei assim: aquele meu passado parecia uma folha verde e eis que a folha se secou, precipitou-se para o chão e foi assoprada pelo vento...

Como eu gostaria (hoje) de ter aquela ausência de malícia, não enxergar coisas desagradáveis e camufladas...

Não seria bom que a folha se mantivesse verde?
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Imagem: folha verde de Sueli Meira (internet)

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