segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Os limpos de coração

Tenho especial admiração pelas pessoas que fazem o que é certo simplesmente por isso: o certo é certo e ponto final. São seres que não estão acumulando pontos numa olimpíada rumo a um paraíso ou qualquer lugar que o valha. São pessoas puras. Parece-me que nascem puras.

Tive a oportunidade de conhecer pessoas assim. Algumas são religiosas e outras não. Isso que me deixou encantado. Tive uma professora, ateia, que era uma dessas almas pias. Um dia, não aguentando, perguntei-lhe a razão de tanto esmero. Tanta dedicação. Tanto empenho em educar. Tamanho cuidado em me ajudar na minha monografia, do meu inacabado mestrado.

Pois bem: a resposta foi interessante: você é ser humano. Gosto de ajudar as pessoas. Sinto prazer nisso. A resposta foi simples assim.

Conheço pessoas, de diferentes denominações, que são de alma limpa, de aspecto cristalino. Pessoas da paz. São os limpos de coração.

Nunca discuti, na minha vida, a existência ou inexistência do Cristo Histórico. Não me atenho à questão da divindade. Sou agnóstico e isso responde muita coisa. Creio, porém, que tal homem sábio existiu. Não sei se muitas palavras foram ditas por ele ou colocaram palavras de efeito em sua boca. Concordo com a frase. Os limpos de coração permitem que ainda exista algo de bom neste cruel planeta.

Não me importa muito, se Cristo disse ou se alguém falou por ele ou se muitos colocaram a frase na boca dele. Creio, sem a menor dúvida, que as pessoas limpas de coração são bem-aventuradas. Não é maravilhoso saber que existem pessoas assim, num mundo tão corrompido?

Tais pessoas já receberam, em vida, a recompensa. Viver de forma altruísta permite a paz tão necessária para uma vida digna. Somente quem tem disposição para viver pelos outros, sem esperar recompensa, é virtuoso o bastante para ser chamado de bem-aventurado, um ser de limpo coração. Se tal indivíduo vai ver Deus ou não é questão para quem acredita ou deixa de acreditar. A pureza de coração já é o grande prêmio em si mesmo.

Eu queria ser assim. Simplesmente ter mais interesse nos outros do que, de forma instintiva ou não, pensar mais em mim, apesar de que muitas vezes não pareça para quem está me vendo à distância. Quando vim para São Paulo e aqui cheguei em 1979 estava movido por um sentimento assim. Esperei ansiosamente para cursar a Faculdade de Teologia. Os anos se passaram e descobri que os limpos de coração não residem apenas nas academias e lugares distintos. Estão em lugares mil. Muitas vezes nos locais mais improváveis. Não podemos confundir titulações de mestre, padre, pastor, apóstolo, ancião, diácono, rabinos e afins, com pureza de coração. Muitas vezes é a proximidade da luz que promove a cegueira.

Pessoas limpas de coração são raríssimas. Poucas entre bilhões de homens e mulheres. Sou um homem de sorte. Conheço algumas almas puras assim.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Decepção: amigos se recusam a ver o óbvio...

Ela se sentiu obrigada a dizer para seus amigos que tinha visto seu pai e a sua mãe colocando os presentes de Natal. Logo: Papai Noel não existia.

Os amigos se enfureceram. Ela insistiu: façam como eu. Finjam que estão dormindo e verão o que eu vi.

Os amigos disseram: você está errada! Papai Noel existe sim. Não precisamos acordar para ver isso. Sabemos que ele existe e ponto final!

A prova que ele existe são os presentes que ganhamos todos os anos. Ele é carinhoso e passa o ano inteirinho fazendo coisas para nós. Não precisamos ver. Sabemos que ele existe.

Ela desistiu e pensou: quem quer acreditar sempre vai achar um motivo para crer e fugirá da realidade.

Não tem jeito...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Decepção: Papai Noel não existe..

Ela bem que desconfiava. Com 5 anos de idade achava tudo meio estranho. Mas ganhava presentes e gostava disso. Até que um dia resolveu fingir que dormia e ficou olhando tudo. Viu quando seu pai e sua mãe colocaram os presentes. Entendeu o que acontecia.

Ali descobriu que Papai Noel era uma linda brincadeira de criança. Era tudo maravilhoso. Um Bom Velhinho que trabalhava o ano inteiro fazendo coisas boas para todas as crianças do mundo.

Agora sabia que ele não existia.

Assimilou bem. Hora de crescer. Por mais alguns anos fingiria que acreditava. Seria bom para todos.

O que importava mesmo era o cuidado do pai e da mãe. Mesmo fingindo que existia tal ser de imensa bondade.

Ficou um resquício de decepção: Papai Noel não existia, nunca existiu. Coisas da tradição...

Quando resolvemos crescer, observar e questionar, descobrimos que muita coisa não é verdade.

Mas há coisas boas: a vida e a família. Dispensar a ilusão encarando a realidade não é tão ruim assim...

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A vida como ela é...


Penso que o ateu, por descrer em divindades, simplesmente assumiu o que para ele é a realidade. Se não existe divindade e vida eterna, por que ele teria que se portar diferente? Imagine o que temos visto por aí. Os grande avanços da ciência, inclusive na medicina, devem-se aos ateus.

Conheço ateus que se preocupam com o ser humano e a preservação da espécie. Não dependem de fé e esperança para que avancem em suas pesquisas.

Países muito evoluídos e repletos de descrentes possuem os maiores índices de respeito humano e equilíbrio social.

Como o ateu não acredita na existência de vida futura ele NÃO É FÚTIL. Ele apenas tenta fazer desta curta vida na terra um pouco melhor para si e para os demais.

Quero ver os religiosos sem esperança. O que fariam pelo próximo?

Fato inquestionável: o ateu está mais preparado para uma realidade finita do que o religioso. Isso é óbvio.

Não podemos, jamais, confundir ESPERANÇA com VERDADE. Os religiosos transformam desejos em realidades fervorosas e estranham quando o ateu simplesmente aceita a vida como ela é...

Enéias Teles Borges

sábado, 6 de dezembro de 2014

Já questionou hoje?

Quem questionar as ditas "verdades absolutas" saberá que existe apenas uma única verdade acerca da Origem. Notem que estou dizendo A VERDADE e não UMA VERDADE.

Tal verdade, como tenho me expressado aqui, é inacessível ao homem hoje, assim como foi no passado. A confusão que se faz entre verdade e crença (ou hipótese) é absurda. O medo de abrir mão de conceitos arraigados ou da bitola que é imposta desde a mais tenra idade, são fatores que impedem o homem de se despir e aceitar o mundo real. Hipóteses e crenças não expressam a verdade. Quando muito retratam experimentos ou exercícios de fé. 

Chega-se ao ponto de um pequeno grupo se arvorar a detentor de tal verdade.

Questione. Não tenha medo.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Qual rumo? Existe rumo?

As pessoas levantam, atuam e depois deitam de novo. O que diferencia uma das outras? Possivelmente a esperança de melhorar suas vidas efêmeras na terra. Alguns querem ter dinheiro. Outros querem glória e a maioria quer apenas viver com dignidade. No fim das contas poucos param para pensar que a passageira vida que temos está em permanente contagem regressiva. Desde o nosso nascimento nós caminhamos na direção da morte.

Qual o nosso verdadeiro rumo? Existe rumo? Podemos considerar uma vida, que se estende por menos de 100 anos, algo tão especial?

Aqueles que acreditam na vida após esta vida, alimentam-se de uma esperança que varia de um tradição para outra tradição.

Os que são existencialistas já sabem que nossa pífia vida nos leva do nada a lugar nenhum.

Simplesmente nascemos, vivemos e morremos.

Para os demais: nascemos, vivemos e temos esperança de viver de novo.

Como esperança é uma coisa e a verdade é outra eu pergunto: Qual o rumo? Existe rumo?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Não tenha medo...

Não tenha medo. Questione. Não se prenda às tradições, sem as comparar com as outras tradições.
Não caia no falso conto de que você estava na hora certa e no lugar certo...

Nós precisamos ser mais inteligentes do que tudo isso que nos incutiram na mente...

Questione, não tenha medo...

Não tenha medo. A verdade não vai mudar, com medo ou sem medo. Então por que simplesmente não questionar e chegar à verdade? À verdade sua, não aquela que foi "imposta por herança cultural"...

Lembre-se: a verdade é simplesmente a verdade. Não é, necessariamente, o que queremos que ela seja.

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