sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Necessidade de fugir

Há momentos na vida que é necessário fugir. O delinquente, procurado pela Lei, foge. Melhor fugir do que ser encarcerado. A fuga é, antes de tudo, a forma desesperada de se manter em liberdade. O aprisionamento do corpo não significa prisão dos pensamentos que continuam vagueando pelo mundo abstrato.

Fuga da mente

Existe uma outra necessidade de fuga, que muitas vezes acomete pessoas mil. O corpo livre não oferece fuga. Qualquer lugar em que o corpo possa estar não será o ideal. A mente necessita fugir. É a fuga da realidade nua e crua.

A realidade e a fuga

A realidade humana, despida dos seus andrajos, cria naqueles que sonham com uma liberdade ideal, a necessidade, sempre presente, de fugir. Fugir dessa realidade efêmera e repleta de decepções. Os bons acontecimentos dessa vida são facilmente suplantados pelas dores promovidas pela realidade.

A realidade, Deus e a fuga

Muitos dizem que só existe uma fuga da realidade. A fuga para Deus. É nele, dizem, que o transeunte deste mundo vil e tenebroso, consegue o aconchego para a alma e somente nesse instante de extrema magia, a necessidade de fugir se esvai...

Deus e a realidade

O que nos parece impossível, nesse mundo no qual estamos tentando viver, é encontrar e enxergar esse Deus dócil, que nos tiraria a necessidade de fugir. Mesmo porque existem tantas pessoas mostrando Deus e cada um mostrando tal ser divino em formatos infinitos... Como fugir para Deus se não sabemos para qual deles?

Enéias Teles Borges
Postagem original: 04/04/2010

Somos capazes de pensar...

A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar. (Dom Hélder Câmara)

Nota: Interessante que a frase acima foi proferida por um religioso. Acredito que ele seja uma raridade entre os líderes de conglomerados da fé. Quem mais inibe o pensamento humano, distribuindo pílulas diárias de alienação? Não é preciso ir muito longe para enxergar nos profissionais da fé os maiores inimigos do desenvolvimento da capacidade para pensar. 

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

De uma certeza para outra...

Muitas vezes as coisas que me pareceram verdadeiras quando comecei a concebê-las tornaram-se falsas quando quis colocá-las sobre o papel. (René Descartes)

Nota: Eu estudei, fui doutrinado, servi-me de teorias mil. Um dia quis colocar tudo isso no papel, de maneira que não se perdesse ao vento. Da certeza de que eu era convicto, cientifiquei-me que era um alienado, de crente me vi agnóstico teísta. O que virá adiante não sei no que dará. Apenas sei que o compromisso com a busca real da verdade segue de pé.

Enéias Teles Borges

Benefício da dúvida

Sei, como Advogado, Operador do Direito, que devemos conceder a todos o benefício da dúvida. Em caso de dúvida: "pró réu". Sei, como Bacharel em Teologia, que devemos ir além: se possível nem mesmo duvidar daquilo que é oferecido e que parece vir graciosamente dos altares. Sei de tudo isso, mas...

Ontem, chegando em casa mais cedo, acessei a página de uma igreja que frequentei por anos. No ícone de vídeos pude, após teclar, ver uma sequência de sermões que foram proferidos nos últimos cultos. Escolhi um e comecei a assistir. Não consegui. Tentei outro e outros mais. Não consegui vê-los. Incrível como os pastores (todos os mais atuais e os que se atualizaram) são parecidos com aqueles que difundem a Teologia da Prosperidade. Estão cada dia mais parecidos com RR Soares, Edir Macedo, Estevam Hernandes e Silas Malafaia. Tanto no jeito de pregar, quanto na superficialidade dos ensinamentos.

Eu bem que tentei. Outorguei o benefício da dúvida. Antes disso eu tentei sequer duvidar. Devo dizer que a realidade, infelizmente, mostra que todos são farinha do mesmo saco. Não merecem confiança. Fazem parte do grupo que prospera a cada dia: o grupo dos falsos pastores, padres, apóstolos, presbíteros e afins...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Somos nada, somos tudo...

Há momentos em que penso: "o que represento num planeta com sete bilhões de habitantes?" Sou obrigado, honestamente a responder: "nada". Sabemos que nosso planetinha sobreviveria, com louvor, sem a presença de humanos. Se todos os homens deixassem de existir a Terra respiraria, ficaria equilibarda. Não deixaríamos saudades! Imaginemos, então, o que eu significo. Nada mesmo! Nem mesmo para ajudar no equilíbrio da vida na terra, posto que sou apenas um, bem menor que um grão de areia no Universo... Pergunto de novo: "o que represento num planeta com sete milhões de habitantes?" Nada, no contexto geral! Sei, porém, que no meio familiar e na roda de amigos eu tenho importância! E que importância! Rigorosamente a mesma que outorgo aos meus familiares e amigos. Eis aí a razão da nossa convicção de que somos alguma coisa. Nossos familiares e amigos são de preponderância em nosso viver. O que nos leva à fantástica conclusão que somos de suma importância na vida de nossos queridos... Somos nada entre sete bilhões, mas somos inefavelmente muito, diante dos que nos são caríssimos. Comemoremos, pois...
Enéias Teles Borges

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Mais e mais sacrilégios...

E se a pessoa adora a Deus de forma errada, na igreja errada, no remanescente errado, na "única verdadeira" errada? Todas as vezes que ela vai à igreja pratica mais e mais sacrilégios.
Enéias Teles Borges

A exclusivista religião nazista

Em 1930, no Himalaia (Tibete), os nazistas começaram a explorar o topo do mundo em busca de evidencias de sumo sacerdotes que eles acreditavam serem seus ancestrais de sangue. A crença nesses ancestrais fundaria a nova religião da Alemanha, uma religião em que Adolf Hitler seria o sumo sacerdote. 

Havia a crença de que o sangue ariano puro estava sendo contaminado por raças inferiores, e que uma vez que essas raças inferiores fossem eliminadas surgiria novamente à raça ariana pura, que dominaria o mundo.

O fundamento dos alemães era uma crença pagã, de que em algum lugar do Atlântico Norte, num continente, habitava uma raça de super-seres que caíram em desgraça por conta do mal e da depravação, o nome desse continente era Atlântida, e antes deste povo ser destruído, sete sacerdotes escaparam de barco, chegando a Índia e ao Tibete, os místicos acreditam que esses sacerdotes sejam os verdadeiros deuses da raça ariana e também os ancestrais de todos os ancestrais indianos e europeus. 

Alguns místicos acreditam que a história de Atlântida é real, e a prova é que os arianos eram o povo escolhido, descendentes dos deuses que habitavam o continente, e que os mesmos perderam seus poderes procriando com meros mortais. 

A busca pela prova da superioridade ariana logo se transformou em crimes, e pessoas começaram a serem mortas, eles acreditavam que uma vez que a conseguissem provar que seus ancestrais eram deuses, seria simples recriar a raça de deuses arianos através da seleção para procriação. 

Hitler proclamou que: “a humanidade sobe um degrau a cada 700 anos, e o objetivo final é a vinda dos filhos de Deus”. 

Logo Hitler filiou-se a um partido, do qual em pouco tempo se tornou líder.

Num dos primeiros discursos de Hitler neste partido, estava presente Rudolf Hess, um veterano de guerra, que enxergou em Hitler, exímio orador, o homem que reconduziria a Alemanha ao lugar ocupado antes da guerra, crendo que Hitler era o “Messias” profetizado nos círculos pagãos da Alemanha. 

Estes grupos pagãos eram freqüentados por pessoas ricas e influentes de Munique (capital da Alemanha) e praticavam a astrologia, contava com filósofos e reverenciavam o sol para conseguirem atingir os seus objetivos. 

Em 1920, o Partido dos Trabalhadores da Alemanha, mudou seu nome para “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães” (NSDAP), popularmente conhecido como “Partido Nazista”, que sob a liderança de Hitler cresceu exponencialmente em curto espaço de tempo. 

Naquela época os judeus já eram hostilizados, pois, criam que os judeus impediam os arianos de ocupar o seu lugar de direito de dominadores do mundo. 

E assim Alfred Rosenberg, lançou o livro “A Religião do Sangue”, a nova doutrina nazista, pois, acreditava que a igreja deveria ser “Igreja de Sangue” ao invés da “Igreja da Fé/Igreja da Crença”, pois, o sangue unia as raças nórdicas, para Rosenberg sangue, descendência racial e identidade racial tornaram-se o principio da nova ideologia. Os mitos nórdicos substituíram a Bíblia como fundação da nova religião.

Hitler foi além da doutrina de Rosenberg e escreveu “Vamos arrancar a fachada cristã e trazer a religião peculiar a nossa raça. 

E como símbolo da religião nazista, Hitler escolheu a suástica, que estava presente em diversas culturas, para os chineses a suástica era tida como símbolo da sorte, e até hoje são símbolos das religiões hindus e budistas, a suástica também representava o martelo de Thor o deus do trovão e força na crença pagã nórdica. Para Hitler, a suástica representava a missão da luta pela vitória do homem ariano. 

Em 1933 Hitler torna-se fhurer (o líder), com os rituais da sua religião instaurada, iniciou-se a doutrinação na fé nazista tendo Hitler como deus começava cedo e tinha continuidade na vida adulta. E havia fidelidade a Hitler, era orgulho viver ou morrer por Hitler. 

E na busca da recriação da raça ariana, instituiu-se o “Programa Nacional de Eutanásia de Crianças Deficientes”, onde crianças que nasciam com algum tipo de enfermidade eram mortas. As propagandas alegavam que a morte dessas crianças era um ato de caridade, que libertava almas aprisionadas em corpos atormentados. 

Muitos acreditam que os nazistas invocavam espíritos estranhos e eram adeptos de milenares rituais ocultistas da Europa, documentos comprovam que suas crenças se baseavam em crenças pagãs de lutas entre a luz e as trevas. 

A crença nazista também se apoiou na crença hindu da reencarnação e castas, historiadores afirmam que Hitler acreditava ser a reencarnação do rei Hendrich, um líder alemão da idade média que impediu a invasão islava. 

A “SS” um órgão de repressão do governo nazista era tido por Hitler como soldados de uma “guerra santa”.

Os maçons também foram vitimas do regime nazista, pois, criam que era uma sociedade secreta criada por judeus para conspirar contra os alemães. 

As concentrações de massa eram cuidadosamente preparadas para serem emotivas e provocarem o êxtase religioso, e no centro desse ritual estava Hitler, que “encarnava” o Messias, uma divindade. 

E o domínio nazista foi aumentando, nações e mais nações foram derrotadas pelos arianos, até que ao experimentar a derrota, chefes da marinha alemã passaram a crer que os aliados estavam usando as forças místicas da guerra contra a Alemanha, e como defesa os alemães também deveriam usar de forças ocultas e isso levou a fundação de um instituto de pendulo, onde com objetos suspensos por uma corda sobre mapas tentavam indicar a posição das embarcações e submarinos dos inimigos, e com base nessas vidências eram dada as coordenadas para a marinha alemã. 

Cercado pelas forças dos países aliados, Hitler acreditava que forças místicas poderiam salvá-lo da derrota que estava clara, mas não foi assim, tanto que Hitler e sua noiva cometeram suicídio. 

Em novembro de 1945 vários nazistas do alto escalão foram julgados pelos países aliados em Nuremberg, e o ocultista Rosenberg, autor do livro “A religião do Sangue” foi enforcado em novembro de 1946. 

O Terceiro Reich que deveria durar mais de 1000 anos durou apenas 12 anos, e fez 50 milhões de vitimas. 

Todas as culturas sofreram influencias místicas, porém, na Alemanha nazista a ligação de políticos com o ocultismo levou a um mal sem paralelos na história.


Nota: A crença não faz mal, mas o mundo seria melhor sem qualquer tipo de religião (cultura religiosa).  

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre o Nazismo...

Disco 1: A História Oculta Do Terceiro Reich

A fascinação de Hitler com a ascensão e queda da raça “ariana”, a sua obsessão com a ordem e a disciplina, e seus messiânicos planos de controle total do Mundo... Desde as origens ocultas do Nazismo, até a morte de seu mentor Adolf Hitler, a ascensão da doutrina do “Socialismo Nacional” foi construída tendo como base um mundo de sinistros acontecimentos e crenças, construído através da propaganda política e manipuladora. Agora, utilizando filmagens recentemente descobertas, os documentários Adolf Hitler, A SS Sangue e Terra e O Enigma da Suástica exploram este incrível fenômeno acontecido na Alemanha, durante as décadas de 30 e 40, e que deu origem à Segunda Guerra Mundial. Pela primeira vez os assustadores rituais e crenças do Nazismo, como a origem da cruz Suástica e a construção do Holocausto, são explorados e desvendados para o público em 3 documentários sobre os segredos do Terceiro Reich.

Disco 2: Minha Luta

Um documentário brilhante e imperdível. Cada segundo deste documentário é uma autêntica filmagem alemã, descoberta dos arquivos secretos da guarda de elite nazista e escondida pelo próprio Goebbels por serem muito fortes. “Minha Luta” criou um impacto internacional e foi aclamado como um dos mais incríveis documentários históricos. Criou turbilhões onde quer que tenha sido mostrado e arrancou entusiasmados aplausos e críticas. “Minha Luta” vai fundo na ascensão e queda do Terceiro Reich e do gênio do mau que o criou. Durante o filme sempre surge a pergunta que vem atormentando as mentes e corações de todo o mundo: “Como podem ter deixado isso acontecer?”.

Disco 3: Notícias Do Terceiro Reich

Este documentário foi compilado a partir dos originais do “Die Deutsche Wochenschau” (The German Newsreels) e de outros documentários da época. Uma amostra da força da propaganda nazista. Die Deutsche Wochenschau (The German Newsreels) foi uma série de notícias da Alemanha nazista produzida de junho 1940 até março de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Entre os episódios, se encontram imagens raras da Batalha da Normandia, cenas do Wolfsschanze após o atentado de 20 de julho, além das últimas imagens da Batalha de Berlim.

Disco 4: O Triunfo Da Vontade

O Triunfo da Vontade, documentário e propaganda, foi requisitado por Hitler em 1934 e dirigido por Leni Riefenstahl. Cobre os acontecimentos ocorridos durante o Sexto Congresso de Nuremberg. A intenção original deste documentário era registrar os primeiros anos da NSDAP, para que as futuras gerações pudessem olhar para trás e ver como o Terceiro Reich começou. Na realidade, O Triunfo da Vontade mostra à História como o Terceiro Reich moveu massas em direção ao terror através da propaganda, e também como Adolph Hitler tinha uma incrível e única habilidade de comover multidões e fazê-las acreditar e realizar suas vontades através do poder de sua palavra.
Nota: Ganhei o box com três DVDs de presente de aniversário do meu irmão Ebenézer, do blogue "de texto em texto". Estou me deliciando. Minhas imaginações se confirmam mais e mais, na medida em que estudo sobre o Nazismo. Os nazistas não eram ateus, mas não eram cristãos.  O que eram? Pretendo postar mensagens sobre o tema, sob as óticas do teísmo e do ateísmo.

Enéias Teles Borges

Religiosos com imensa vantagem...

Os religiosos sempre levam e levarão vantagem. Dizem que há um céu a ser usufruído por toda a eternidade. Os ateus discordam disso. Caso os religiosos tenham razão poderão dizer: "viu só? Eu não disse que seria assim?" Caso os ateus tenham razão, nada poderão dizer (mortos). Até porque não existirá quem possa ouvir. Eis por que a "aposta de Pascal" faz sucesso até hoje.
Enéias Teles Borges

domingo, 25 de setembro de 2011

Curtindo a vida adoidado

Recentemente assisti (mais uma vez) ao filme “curtindo a vida adoidado”. É uma aventura que retrata momentos de dois adolescentes e mostra algumas rápidas aventuras num lapso de tempo relativamente curto. Uma seqüência do filme que me chamou especial atenção foi aquela em que os jovens pegam o carro do pai (guardado e protegido como jóia preciosa) e saem para curtir a vida. Deixam o carro num estacionamento e pedem especial cuidado com o veículo. Tão logo os dois se retiram os jovens responsáveis pelo estacionamento saem com o carro de forma super acelerada e sem qualquer preocupação com o bem.

Emergem três situações: um pai que possui um carro e o trata como bem precioso, um filho que sai com o veículo sem autorização e as pessoas que deveriam guarnecer o bem depositado o usam de forma irresponsável.

Uma espécie de escalada cada vez mais íngreme ou cada vez mais inconseqüente.

Refletindo:

Quando eu ainda cursava a faculdade de teologia eu tive um colega (muito inteligente) que gostava de elaborar sermões e palestras com base na evolução do erro. Um erro que provoca outro erro e crescendo sempre em gravidade. No final ele considerava a mentira como a última instância da escalada do erro. A mentira teria, no final, o fito de esconder os erros anteriores.

Amigos! Tem sido assim. É quase impossível ver na sociedade algo que não esteja afetado pela escalada do erro. Os erros estão infiltrados em quase todas as ações coletivas. Para encobrir um erro vem sempre outro em escalada alucinante e no final o que resta: a mentira – a grande prostituta das provas.


Enéias Teles Borges
Postagem original: 18/07/2008

sábado, 24 de setembro de 2011

Rebanhos sem pastores...

Ovelhas sem pastores é o que mais temos no "mundo pentecostal", aquele mesmo que divulga, 24 horas por dia, a "Teologia ds Prosperidade". Alguém poderá dizer: "só existe um pastor que é Jesus Cristo". Para os que ainda querem se iludir com a frase bonita e vazia, logo acima, eu pergunto: e esses que se dizem pastores, padres, bispos, apóstolos e afins, o que seriam? Lamentavelmente as comunidades que têm Estevam Hernandez e Edir Macedo como pastores de imensos rebanhos deveriam se perguntar: "somos ovelhas sem pastores?" O que mais incomoda mesmo é saber que atualmente não apenas os neo-pentecostais vivem essa dura realidade. Não existe uma só agremiação de fé, de qualquer segmento, que mereça credibilidade. O máximo que um ou outro consegue é "credibilidade parcial", nada mais que isso. Uma notícia boa: eis que os "pastores-abutres" estão na mira da Lei. A denúncia contra Edir Macedo e companhia bela foi aceita, ainda que parcialmente. Foram denunciados por vários crimes, mas o que de fato prosseguirá tem duas linhas de delitos penais: lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Já é alguma coisa. Os rebanhos podem estar sem pastores, mas poderão estar com a Lei, desde que queiram...
Enéias Teles Borges

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A cova e a casca de banana...

A cova e a casca de banana são amigas íntimas. Pelo menos na frase de efeito, que mostra o estágio no qual se encontra uma pessoa muito doente ou muito idosa. Dizer que alguém está com um pé na cova e outro na casca de banana é uma forma humorada (que humor!) de dizer que alguém está prestes a deixar o mundo dos vivos. Na realidade, grosso modo, podemos dizer que todos, a partir do momento em que nascem, entram nesse permanente estágio. Afinal as pessoas não vivem tanto tempo assim. Diante da eternidade futura e passada o que significam 60, 70, 80 ou mais anos? No momento em que nascemos nossos pés já ficam postados na cova e na casca de banana. O tempo que vivemos a mais ou a menos é chamado de "equilíbrio". O bom e sortudo equilibrista viverá mais, desde que não contraia doenças, enquanto estiver no vigor das forças ou que saiba fugir dos milhares de acidentes e mazelas possíveis e que cercam nosso cotidiano...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mostrando o que não é...

Frase que rolou no Facebook (que adaptei) e que nos faz pensar: "De que adianta a pessoa comprar aquilo que não está dentro suas reais possbilidades, utilizando recursos que não lhe pertencem, para se exibir a pessoas com as quais não possui afinidade, denotando uma aparência de si mesma que não condiz com a realidade?" Não seria esse o retrato fiel daquele que come carne de pescoço e quer arrotar picanha?
Enéias Teles Borges

Meu aniversário: trauma de infância...


Muitas pessoas não entendem porque não gosto de festejar o meu aniversário. Lembra-se de alguma ocasião em que convidei alguém ou que minha família tenha feito algum convite para o meu aniversário? Não estranhem meus amigos. Sou assim mesmo. Mas existe um motivo para este meu comportamento introvertido, que declinarei logo adiante. Só para que façam ideia de como sou, no que tange ao meu aniversário, ontem cheguei à minha casa depois das 23 horas, após trazer minha filha mais nova da PUC (nas terças ela tem aula à noite, para fugir da aula de sábado pela manhã). Minha esposa e minha filha mais velha nos esperavam e cantaram parabéns. Um bolo com uma vela. E um presente infalível: duas gravatas (coisa boa para um advogado, não é?). Depois disso guardamos o bolo. Ninguém estava disposto, o cansaço era imenso. Mais foi do jeito que gosto: de coração e de forma bem discreta.

Por que não gosto de comemorações no meu aniversário?

No ano de 1971, quando completei nove anos, minha professora, Maria Célia Mascarenhas Ferraz, esposa do ex-prefeito e ex-deputado Raul Ferraz, fez uma festa surpresa na nossa escola “Centro Integrado de Educação Professor Luiz Navarro de Brito”, em Vitória da Conquista, Bahia. Foi algo muito especial para mim e para outra coleguinha aniversariante.

Sou de família humilde e aquilo foi demais! Ganhei de presente uma bola de marca “chutebol” que eu pouco usava, para que não estragasse. Foi o presente dos meus sonhos. Algo inimaginável no meu contexto de criança simples.

Ocorre que um dia, brincando no quintal de casa, chutei a bola e esta bateu num varal de roupa com pontas (coisa que não se usa mais hoje) e a bola foi furada. Entrei em desespero, não havia solução. Perdi a bola e tive a certeza, naquele instante, que eu tinha perdido algo preciosíssimo e que jamais se repetiria: festa de aniversário com um presente. O que de fato se confirmou, pois daquela data até hoje eu nunca mais tive festa de aniversário, a não ser uma, de surpresa, que minha esposa, na época minha namorada, fez para mim, no quarto do internato do Instituto Adventista de Ensino, São Paulo, quando eu estava no último ano da Faculdade de Teologia, no ano de 1985 (ela não sabia do meu trauma).

A realidade é bem assim! Fiquei traumatizado! Por isso nunca gostei de festas e surpresas no meu aniversário. Quem me conhece sabe disso e compreende. Nada de festas, apenas cumprimentos. Assim é melhor.

Portanto: feliz aniversário para mim, neste dia 21 de setembro de 2011, quando completei 49 anos de idade. Sirvo-me do especial momento para agradecer a todos vocês que me desejaram felicidades.

Enéias Teles Borges

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Meus 49 anos...

Quando completei 30 anos, disseram que a vida começaria aos trinta. Quando completei 40 anos, disseram que a vida começaria aos quarenta. Nesta quarta (21/09/2011) completarei 49 anos. Já sei o que ouvirei: "a vida começa aos cinquenta". Engraçado que quanto mais a vida começa, mais velho eu me sinto, mas cansado eu me sinto, mais detonado eu me sinto. Quanto mais velho fico, mais dores novas eu tenho experimentado...
Enéias Teles Borges

O pior analfabeto...

"O pior analfabeto que podemos encontrar é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do pão, da farinha, do aluguel, do sapato e dos remédios dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão babaca que se orgulha e bate no peito dizendo que odeia a política. O imbecil não sabe que de sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais." (Bertolt Brecht)

A escalada da violência

A escalada da violência é assustadora. No trânsito, nem se fala. Assaltos de diferentes formas são manchetes em todo o Brasil. Não sei se fazendo um cálculo proporcional, levando em consideração o tamanho da população mundial, houve aumento ou diminuição da violência, em especial a urbana. A realidade é assustadora. Eu pensei que a truculência estivesse adstrita a grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. Não é bem assim. Informações de amigos espalhados pelo País dão conta de que em todo lugar é dessa forma. Levando em consideração, por exemplo, a população paulistana, é bem capaz de que o índice de criminalidade e de violência no trânsito seja mais ou menos igual em nosso Brasil. Não quero dar uma de pessimista, mas a tendência é piorar. A disparidade de padrão de vida entre ricos e pobres, o desejo de consumo a todo custo e outras caracterísitcas da civilização atual, com a adição do aumento populacional, levam-nos a crer que a humanidade seguirá de mal a pior até que tudo termine em caos. O futuro confirmará a assertiva, que é óbvia...


Enéias Teles Borges

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Católico perseguindo três adventistas...


Mudei-me para São Paulo no dia 11 de dezembro de 1979. Vim para um colégio interno e tinha como objetivos a conclusão do II Grau e cursar a faculdade de Teologia. Lembro-me que chegando a São Paulo eu estava interessado em comprovar a veracidade de uma profecia que ouvi na Igreja Adventista da cidade da qual vim. Era mais ou menos o seguinte: no final dos tempos os adventistas seriam perseguidos pelos católicos. Em São Paulo, na Catedral da Sé, existiam masmorras prontas para que os adventistas fossem presos e torturados a fim de que negassem a fé e profanassem o sábado.

Aqui chegando juntei-me com dois colegas e num domingo fomos até o centro de São Paulo para tentar conhecer tais masmorras. Lá chegando fomos gentilmente convidados a conhecer os pontos importantes da Catedral, incluindo os corredores subterrâneos. Não vimos masmorras, mas havia uma série de outras vias, cujo acesso era privativo. Cismamos que ali, naqueles locais de acesso privativo, estavam as malditas masmorras. Insistimos com a senhora, que nos guiava, para que nos deixasse entrar ali, pois sabíamos da existência de calabouços e afins. Ela, meio desconfiada, pensando que éramos trombadinhas bem vestidos, chamou o segurança que ao ouvir nossa reinvindicação ameaçou chamar a polícia. Diante disso nós começamos a correr e o segurança saiu, também correndo, atrás de nós três pelas escadas acima até que, em desabalada carreira, invadimos Praça da Sé e fugimos...

Outro dia lembrei-me deste episódio e entrei sozinho na Catedral da Sé e pensei: estou em 2011 e aquele episódio ocorreu no final de 1979. Lá eu reconheci o segurança, à época bem jovem e hoje um senhor de idade avançada. Pensei mais: quanta bobagem os adultos, partidários da FCFA (Fé Cega, Faca Amolada) nos fizeram acreditar.

De certa forma a profecia se cumpriu, pois um católico saiu em perseguição a três “destemidos” jovens adventistas...

Hoje, indo ao Fórum João Mendes, que fica atrás da Catedral, parei na Praça da Sé, num ponto que fica de frente para a Igreja e fiz uma foto, que ilustra esta postagem. Enchi-me de algo que mais parece nostalgia...

Enéias Teles Borges

domingo, 18 de setembro de 2011

Meu novo celular, novo brinquedo...

Eu tenho duas linhas mais o rádio (nextel). Como possuo um plano familiar antigo (1998) e com muitos minutos, débito automático e afins, sempre tenho direito, a cada nove meses, a um novo aparelho para cada linha da rede familiar (quatro aparelhos). Eis que no último dia 15 de setembro em acabei recebendo meu novo aparelho. Um Nokia N8 (basta buscar no Google o modelo e seus atrativos).

Na realidade eu nunca dei muita importância para aparelhos sofisticados. Resolvi mudar. GPS, Câmera diginal com mais de 10 MP, teclado sensível ao toque e além de tudo ainda serve como aparelho celular - o famoso dispositivo móvel celular.

Para quem achava que eu estava na idade da pedra, no que diz respeito a aparelhos celulares, é hora de começar a mudar de opinião.

Nokia N8, meu novo brinquedo...

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Deus é real?

Encontrei um texto na internet, que está colado logo abaixo, com indicação da fonte. É curioso como esse tipo de artigo, que já me encantou um dia, parece uma forma simplória de reducionismo das coisas. Como seria bom se fosse assim tão simples e aparentmente óbvio. Para aquele que quer crer, segue um prato cheio e com aparente bom sabor.

Deus é real?

Quais são alguns sinais que identificam uma Criação Inteligente?

Por Andy Wineman

Deus é real? Essa é a grande pergunta. Se Deus não é real então você pode jogar de acordo com quaisquer regras que você queira. Mas se Deus é real então a conversa é outra. É interessante notar que a grande maioria das pessoas acredita que há um Deus. George Barna, que ganha a vida fazendo perguntas como essa às pessoas, descobriu que três de cada quatro adultos acham que há um Deus. Pergunte a quatro amigos e confira você mesmo. É claro que a realidade de Deus não pode ser determinada pela maioria de votos.

Como podemos saber se Deus é real? Não seria legal de pudéssemos pegar um telefone e dar uma ligadinha para ele? Ou passar do lado da casa dele para ver se seu carro está na garagem? Felizmente, há maneiras melhores de tratarmos essa questão. Considere esta perspectiva: uma vez que Deus é infinito e nós somos finitos, se Deus quisesse se fazer conhecido ele teria de fazer sua presença clara. Há afinal sinais que apontem a realidade de Deus? Winfried Corduan colocou a questão da seguinte maneira:"...nós podemos olhar para o mundo e ver se o mundo é construído de tal maneira que seja razoável acreditar que deve existir um Deus". Assim como o caçador segue a trilha de um animal que ainda vai ver - pegadas, tufos de pêlo, galhos quebrados - estamos procurando impressões digitais de Deus no mundo físico.

Vários sinais (linhas de raciocínio) têm sido sugeridos ao longo dos últimos séculos. Vamos resumidamente considerar três deles. Primeiro, o mundo parece funcionar de acordo com uma lei universal de causa e efeito, isto é, todo efeito observável deve ter um "empurrão" inicial de algum agente ou causa. Todas as "coisas" (um termo altamente científico) que observamos são dependentes de outras "coisas" para sua existência. Se pensarmos sobre lá atrás, voltando ao primeiro evento, poderia ser perguntado: Quem foi a causa? É ai que parece existir um ser que não foi "causado". Filósofos gostam de chamar isso de um ser necessário. Isso poderia ser Deus?

Um segundo sinal que deve ser considerado é o que os cientistas hoje chamam de indícios de uma "Criação Inteligente". A sugestão é que o universo exibe propósito, projeto e intenção. Essa não é uma idéia nova. William Paley sugeriu que se você estivesse andando por um campo e achasse um relógio no chão reconheceria que ele é uma máquina que tinha um propósito e que não cresceu na floresta como plantas e árvores. Uma conclusão racional seria a de que alguém intencionalmente construiu um relógio. O universo é infinitamente mais complexo que um relógio e como resultado, aponta muito mais para um criador inteligente.

Um terceiro indício tem a ver com o fundamento moral do universo. C. S. Lewis se referiu a isso como a "lei da natureza humana". Isso não quer dizer que pessoas em todos os lugares concordem em todos os valores morais, mas todo mundo tende a viver de acordo com certos princípios morais comuns. Por exemplo, pessoas e culturas têm idéias diferentes sobre quando é apropriado tirar a vida de outra pessoa, mas ninguém (que fosse considerado são) sustentaria que assassinar indiscriminadamente a sangue frio sem razão alguma seria apropriado. Parece que a humanidade foi intencionalmente criada com um compasso moral interno.

Todas os três sinais apelam para o nosso senso comum e se encaixam em observações que podem ser feitas sobre o mundo. Nem todo mundo pode ser convencido por esse raciocínio, mas parece fazer mais sentido acreditar que Deus é real do que afirmar que não. Se isso é verdade, então talvez existam outras coisas que se pode saber sobre Deus. Por que não seguir a trilha e ver onde ela vai dar?


Nota: Viu como é fácil? Basta querer acreditar dessa forma. Alguém poderá dizer: "é assim mesmo, bem simples e de graça". Ótimo! Quem quiser que beba da fonte. Parece ser pura e parece fazer bem. Crer é um remédio. Resta saber se é remédio eficaz para sanar as dificuldades reais...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 05/07/2010

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

E a tal crise da meia-idade?

As pessoas são otimistas ou fogem da verdade? Digo isso porque há um papo por aí chamado meia-idade. Dizem que no Brasil a crise da meia-idade chega aos 48-50 anos de vida. Por que chamam de meia-idade? As pessoas chegam dos 96 aos 100 anos aqui? Eu preferiria chamar a tal crise de forma diferente: a crise de quem já viveu, pelo menos, dois terços da vida. Fui buscar no dicionário e a história se repete. No que consultei a meia-idade é variável. Entre 30 e 50 anos. Que coisa estranha. Outro dia ouvi alguém dizer que a vida começa aos 50 anos. Mudou? Não era nos 30 anos, que depois mudou para os 40? Penso que essas conversas, que agora ouço, são destinadas aos que já estão avançados em dias. Algo meio parecido com consolo para os que começam a ver a idade em contagem regressiva...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Advogar não é fácil...

A vida do advogado não é mesmo fácil. Quando ele se envolve com o problema do cliente acaba sofrendo tal qual sofre o cliente. Caso não se envolva, sente-se mal, como se fosse um ser indiferente às dificuldades das pessoas. O que fazer? Não existe receita. Cada caso é um caso. Cada cliente é um cliente...

Enéias Teles Borges

A vida como ela é...

No mundo nosso de cada dia as coisas nunca ocorrem como desejamos. Nunca mesmo! Creio que nunca será conforme queremos. São milhares de circustâncias. Sonhar é apenas sonhar. Viver bem é tentar colocar um pouco de magia nisso tudo, afinal ninguém é de ferro. O segredo é aceitar o inevitável e mexer no que é possível, dando cores vivas à rotina. Viver um sonho é impossível, mas podemos sonhar, na vida, tornando-a agradável, quando possível, menos dolorosa quando assim for necessário. Esperar vida perfeita num mundo de imperfeição é o mesmo que vender a alma para o deus da alienação. Deus esse que se manifesta de diversas formas, ao gosto do freguês, mas que nunca coaduna com a realidade da vida...

Enéias Teles Borges

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A queda da mentira...

No fim, quem mais sofre é o fiel. Sua religiosidade acaba envolvida, marginal e injustamente, em questões pouco sagradas. Os evangélicos têm todo o direito de pagar o dízimo e as igrejas de recolhê-lo. O problema é quando o dinheiro desaparece dos templos para reaparecer em forma de ternos, sapatos, brincos e anéis de lideranças pouco comprometidas com a fé. “Estamos nos trâmites finais do processo, em primeira instância, que acusa tanto Estevam quanto Sônia por dissimulação de patrimônio, também conhecida como lavagem de dinheiro”, diz o promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco-SP), Arthur Lemos Júnior. O casal costuma atribuir as acusações à perseguição ou à ação de forças malignas. Até meados dos anos 2000 esse discurso tinha algum efeito. Hoje, porém, as coisas mudaram. 

Leia toda a reportagem na revista Isto É.

Nota: A igreja Renascer em Cristo é prova viva de que existem pessoas com vestes de cordeiro, mas que não passam de lobos. Lamentavelmente existem milhares de vítimas - os eternos membros da Fé Cega e da Faca Amolada (FCFA).

Enéias Teles Borges

Mil postagens...


Esta é a minha milésima postagem neste blog. Quando comecei a postar os textos, não imaginava, nem sonhava que chegaria e este número. Também não imaginava que teria uma quantidade considerável de pessoas distintas dispostas a ler e comentar (são mais de mil e quinhentos comentários). Não imaginava que o objetivo do blog fosse (como foi) alcançado.

Meu propósito sempre foi bem simples que era e é perguntar primeiramente a mim e depois a quem viesse a ler. Algo mais ou menos assim: “eu tenho convicção no que creio ou aquilo em que acredito foi posto em minha cabeça sem que eu questionasse?” Daí a pergunta: “sou convicto ou sou um alienado?” Outra pergunta que sempre acompanhou o blog foi a seguinte: “O que é mais fácil, acreditar ou pensar? Por que tantas pessoas acreditam e tão poucas pensam?”.

Como podem notar as minhas pretensões eram e são humildes. Primeiro porque, num exercício de coerência, reitero, eu sempre perguntava primeiro a mim e só num segundo momento ao leitor amigo.

Nesta milésima postagem eu quero renovar o objetivo precípuo do blog, em sua pergunta chave: “somos convictos ou alienados?”.

Abraços!

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A morte é trivial?

Um dia, assistindo a um documentário na TV a cabo eu me deparei com uma cena desagradável: um leopardo atacando um filhote de Zebra. A mãe da zebrinha ficou de longe olhando e depois, vendo que nada mais podia fazer, foi embora, seguindo a manada de zebras e gnus. Na selva acontece muito disso. Por que digito isso? O que mais me impressiona, nos dias de hoje, é a semelhança que existe entre aquela floresta e a nossa selva de pedras. Não vou dizer que pais e mães, quando veem um ente querido partir, simplesmente viram as costas e passam a acompanhar a multidão. Não é isso! Ocorre que a vida humana, uma entre quase sete bilhões, parece ter pouquíssimo valor. Todo dia os jornais noticiam o falecimento de alguém, conhecido nosso ou não. Acidentes de carros, de aviões, assaltos, calamidades e afins. Vidas surgem e vidas se vão. Seria muito bom se conseguíssemos não achar tudo isso tão trivial. A morte nos assusta quando é próxima de nós, intimamente próxima. Fora isso o ser humano, como que sem escolha, vira as costas e segue seu rumo...

Enéias Teles Borges

Religiosos e o estelionato

O bispo Edir Macedo Bezerra, líder religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), e outras três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem dinheiro e evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a Iurd.

Os três dirigentes da igreja denunciados são o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição, e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa. Eles são acusados de pertencer a uma quadrilha usada para lavar dinheiro da Iurd, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005.

Segundo a denúncia, do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis da Iurd, por meio do "oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela Igreja".


Nota: Não é nosso objetivo julgar, ainda mais por antecipação. Todos têm direito ao devido processo legal. Precisamos, porém, destacar que o uso cada vez maior da Teologia da Prosperidade está começando a fazer água. Não é possível que os membros dessas igrejas e seitas aindam não se aperceberam que estão sendo conduzidos por lobos devoradores.

Enéias Teles Borges

Bem-vindo, 12 de setembro de 2011!

Finalmente chegamos ao dia 12 de setembro. Os dias que antecederam ao dia 11 foram de comoção. Dez anos se passaram, desde os atentados famosos, e o que muitos temiam e outros desejavam não aconteceu. Nenhum incidente orquestrado. Finalmente, repito, chegamos ao dia 12. Reflexões são necessárias, entre elas destaco uma: o terrorista, fanático religioso, entende que seus atos são altruístas. Entende que jogando bombas, sobre os humanos ocidentais e seus aliados, está resgatando a humanidade da luxúria e demais mazelas que conspiram contra a fé verdadeira (a fé dele, terrorista, óbvio). Entende mais: que na recusa das pessoas em aceitarem o uso do seu "chicote sagrado", melhor mesmo é matar todos os que são contrários às suas crenças. Isto porque para o terrorista, caso não seja possível trazer o pecaminoso para a luz, melhor para ele (o pecador) que morra. Antes morrer do que continuar em pecado - tudo de acordo com a ótica interpretativa terrorista. Como podemos concluir, com muita clareza e simplicidade, o terrorismo é mais uma faceta da religião. Faceta de intolerância ao extremo. Nem por isso deixa se ser ato promovido por suposta facção pró "guerra santa". Que o dia 12 de setembro de 2012 seja mais um dia dedicado à valorização da crença individualizada e sincera e, também, mais um dia de combate à religião, enquanto cultura religiosa exclusivista e sectarista, como estamos acustumados a ver por aqui.

Enéias Teles Borges

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