segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pastores homossexuais casados

Igreja luterana dos EUA aceitará pastores homossexuais "casados"

A igreja protestante luterana dos Estados Unidos, que conta com 4,6 milhões de fiéis, aceitará que pastores homossexuais que mantêm um relacionamento estável exerçam o ministério, depois da aprovação de uma moção na convenção nacional luterana em Minneapolis.

A Elca (Igreja Evangélica Luterana nos EUA), que reúne 10 mil congregações nos Estados Unidos, aprovou por 559 votos contra 451, depois de um debate acalorado na noite desta sexta-feira, o texto que autoriza pastores que "vivem uma relação homossexual duradoura e monogâmica" a exercer o sacerdócio na igreja.

Aprovamos esta mudança "para dar chance a pastores gays e lésbicas que vivem uma relação comprometida de exercer (o sacerdócio) na igreja", declarou neste sábado John Brook, porta-voz da Elca.

Os protestantes luteranos, que praticam a eucaristia, já aceitavam pastores homossexuais sob a condição de que fossem solteiros.

Fonte: [JC ONLINE].

Nota: Com a globalização a tendência é que este tipo de atitude chegue ao Brasil. Será um discussão longa e penosa. De certa forma é a aceitação de uma igualdade nunca antes imaginada. A extensão do termo "monogamia" também será motivo de contenda. É monogâmico aquele que mantém união com apenas "um", mesmo sendo do mesmo sexo?

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O pijama de Getúlio Vargas

Tive a oportunidade de ler um livro bem interessante: Agosto, do brilhante Rubem Fonseca. Uma trama muito bem apresentada, tendo como pano de fundo, os momentos que culminaram com o suicídio de Getúlio Vargas - aquele mesmo que "saiu da vida, para entrar para a história".

Deparei-me, há pouco, com uma notícia que dá conta da restauração do pijama que Getúlio Vargas usava quando suicidou-se. Para ler a reportagem completa basta teclar em [Universo Online].

O grande político, chamado por muitos pelo apelido de "homenzinho", devido à sua baixa estatura, mudou a cara do Brasil e é tido como um dos principais (ou principal) governante que este País já teve.
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terça-feira, 18 de agosto de 2009

ORDEM DO DIA: A ESCULHAMBAÇÃO!

Os promotores são dois pesos pesados. Rede Globo e Rede Record. A primeira aponta irregularidades na segunda: uso de recursos dos fiéis, que teriam percorrido caminhos tenebrosos para fora do País e retornado de forma igualmente estranha com o fito principal de adquirir bens - para o aglomerado da fé, que prega prosperidade para já e para o mundo mágico do futuro. A Record desce a marreta na Globo invocando seu passado de cores que não se mostraram alvas.

É uma esculhambação! Parece-nos uma briga de dois porcos: um que está querendo entrar no chiqueiro e outro que não quer sair de lá. A briga pela lama começa a incomodar quem passa por perto. Está claro que não é uma luta pela moralidade. É luta pelo poder. É luta pela primazia na mídia. É a busca pela fatia maior do grande poder - o quarto - o mais forte de todos!

A ordem do dia, portanto, é a esculhambação! E não adianta ficar incomodado e se retirar. Não adianta tentar se afastar. Na mídia qualquer distância torna os incautos próximos da lide. Não há lugar no mundo fora do alcance do quarto poder e do barulho que ele no momento provoca.

Na guerra entre os porcos a gripe suína saltou para o segundo plano. Os porcos são mais importantes!

Assisti a uma entrevista do Bispo Macedo e ele deixou bem claro que seu objetivo é colocar a Record no primeiro lugar. Para que ela lá chegue alguém terá que cair e claro que é justamente a Globo que ontem, hoje e quase que eternamente esteve e está no lugar mais alto da mídia...

Quais serão os desdobramentos?

Enquanto isso a imagem das religiões no Brasil está cada vez mais próxima do brejo por conta da ordem do dia: a esculhambação!
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Por: Enéias Teles Borges.
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

BARBA, CABELO E UNHAS...

Existem pessoas com “mania” de limpeza. Conheço várias e em geral são mulheres. Outro dia vi algo inusitado. A pessoa varreu a sala uma vez, duas e três. Perguntei o motivo e ela me explicou: “sempre fica alguma sujeira que não sai na primeira nem na segunda e aí faço a terceira varrida”.

Eu também tenho algo meio parecido, mas na questão da higiene pessoal. Dois banhos (no mínimo) por dia, faça frio ou faça calor. E não consigo ficar com cabelo alto e por isso eu uso máquina número um a cada 15 ou 20 dias, corto as unhas pelo menos uma vez por semana (eu mesmo faço isso) e costumo me barbear diariamente. Não agindo assim fico sempre com a sensação de que estou carecendo de limpeza. Questão de hábito advindo dos muitos anos num internato cristão conservador?

Mas o que essencialmente me chama a atenção nas pessoas é o hábito de limpeza interior. Algo como barba, cabelo e unhas, por dentro – como se fosse possível. Não deixando esses três itens em ordem a sensação de sujeira permanece.

Não adianta uma limpeza exterior. Lembram-se da frase do Mestre quando se referia aos sepulcros caiados que eram limpos por fora e podres por dentro? Assim têm se portado muitas pessoas de uma forma geral externando algo e interiorizando outra coisa.

Há quem diga que é nos meios aparentemente mais saudáveis que a sujeira se concentra. No seio da nata moral: nas igrejas. Não nos parece que em alguns lugares o perfume e a limpeza externos parecem esconder a sujeira típica dos sepulcros caiados?

Está cada vez mais difícil um lugar ao sol e achar quem aparenta o que realmente é...
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Postagem original: 17 de julho de 2008.
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sábado, 15 de agosto de 2009

UM BODE DENTRO DE CASA

Um bode dentro de casa
Enéias Teles Borges


O apartamento era pequeno e toda a família vociferava. O chefe da família levou um bode para dentro de casa e todos começaram a reclamar da sua presença e do seu cheiro ruim. Depois de dias de sofrimento o bode foi levado embora. O apartamento, antes considerado pequeno, ficou grande a agradável. Já tinha lido ou ouvido algo parecido? Creio que sim. Quem não ouviu tal historieta?

Tivemos uma experiência parecida nas três últimas semanas. Resolvemos dar uma geral na casa. Pintura total, reparos nos pontos necessários e a reforma do estofado do sofá. Foram três semanas sentindo cheiro de tinta e de verniz. O começo do trabalho foi dentro de casa. Cada dia um lugar diferente e a loucura para remover coisas daqui e coisas de lá. Quando se iniciou a parte externa e especialmente no quintal, outro probleminha: nosso cãozinho de estimação, uma espécie de miniatura estridente, latiu e perturbou dia após dia...

Finalmente terminou. Casa renovada, sem bagunça, sem barulho. É como se o bode que esteve em casa tivesse ido embora.

Sei bem que não é esta a maneira de melhorar as coisas. Esta história de piorar tudo para que as pessoas digam que eram felizes e não sabiam é bobagem. Não adianta trazer um bode para dentro de casa, para que o estado péssimo que existia antes pareça melhor - em face do estado mais que horroroso provocado. Não é assim! Nada de produzir dificuldades para depois vender facilidades.

O que aconteceu aqui em casa é algo normal e necessário. Um pouco de sofrimento aqui em prol de uma realização ali. Quanto a isso não há controvérsias. O que não se pode é piorar o estado natural das coisas, de propósito, para depois, tentar mostrar que antes era bom e não se dava valor.

Pintar o mundo, de forma que ele se pareça com o inferno de Danti e depois prometer um céu azul é procedimento de picareta! Picareta que cria o inferno para depois vender o céu...
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A suposta religião e o escárnio

A semana foi de embate. Globo e Record numa luta amalucada e acusações mútuas. A rede Globo desnudou uma faceta da igreja universal do reino de deus e a rede Record, sem ter como refutar, lançou lama sobre o passado da rede Globo.

Curiosamente muitas agremiações religiosas, num rasgo de integridade, insurgiram-se contra a postura da igreja universal do reino de deus. Especialmente em decorrência das imagens escandalosas dos líderes deste aglomerado da fé - diante de sacos de dinheiro sendo recolhidos dos fiéis...

O que todos parecem se esquecer é do óbvio ululante: a diferença entre o comportamento da igreja universal e o de muitas outras é apenas um: a discrição. Enquanto esses líderes pentecostais não se preocuparam com o formato da construção do império pútrido – tanto é verdade que os flagrantes estão aí, os outros centros de difusão da cultura religiosa são bem mais escolados na proteção das suas costas sujas.

O resumo é este: a cultura religiosa e o escárnio andam de mãos dadas. A diferença de procedimento entre os muitos aglomerados da fé consiste apenas em praticar o estelionato de forma discreta ou de forma escandalosa...

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

FARINHA DO MESMO SACO?

Até os anos 1970 a questão da cultura religiosa no Brasil parecia ter duas fortes vertentes: a católica e a dos "crentes". Naqueles idos era comum a pergunta: você é "crente"? Esta consistia numa forma de diferenciar os protestantes dos católicos. Depois, com um pouco de paciência para explicar, era possível entender que os tais "crentes" eram divididos em outras agremiações: umas conservadoras, outras moderadas e as carismáticas.

Hoje a situação está confusa. Existem católicos conservadores e carismáticos. As seitas e igrejas protestantes foram multiplicadas por mil. Os protestantes conservadores não são mais ortodoxos, os moderados parecem os antigos carismáticos e os carismáticos atuais parecem vendilhões da teologia da prosperidade.

Não é possível criticar o bispo Edir Macedo ou o apóstolo Estevam Hernandes sem ficar com a sensação de que está sendo lançada uma carapuça para o ar e que ela poderá cair e ser sob medida para a cabeça sobre a qual recair.

Parece tudo farinha do mesmo saco!

Cresci num contexto protestante conservador e até parei um pouco de lá frequentar. A teologia da prosperidade já lançou seu manto de charlatanismo naquele antigo reduto sério e conservador. Não faz tempo um dos pastores (dali) sugeriu um teste: que se provasse a bênção divina durante noventa dias, sendo fiel na devolução dos dízimos e na outorga de ofertas. Milagres aconteceriam...

Notem que falo com certo conhecimento de causa. Bacharelei-me em Teologia no seminário dos Adventistas do Sétimo Dia e confesso que fiquei envergonhado com a mensagem vinda do púlpito. Envergonhado? Até nem sei se foi isso ou se já estou caminhando na direção da indiferença. Nem vontade de ir lá tenho mais. Nada existe lá que eu possa achar a não ser a presença dos amigos que seguem firmes naquele centro gigantesco de difusão da cultura religiosa. Nada contra tal processo alienatório, mas o que me incomoda é a passividade em aceitar mudanças que sabidamente são indevidas...

Voltando ao tema: será que tudo que se vê no Brasil e no mundo não é um enorme saco cheio de farinha? Será que hoje o chamamento (ou proselitismo) não é feito na base do toma lá e dá cá? A ordem seria toma lá (para Deus) e dá cá (prosperidade)?

As agremiações da fé colocam tudo à venda, mas deixam claro algo para os fiéis, algo que estes insistem em não ver ou fingir que não enxergam, que é o seguinte: colocar à venda um produto nem sempre significa que este produto esteja pronto para ser entregue. Logo: as bênçãos dos céus estão à venda, mas tais bênçãos, quem sabe, ainda não foram fabricadas pelos muitos deuses que existem neste imenso mundo do estelionato da fé...

Lembram-se daquela frase atribuída ao saudoso Tim Maia: "eu não bebo, não cheiro e não fumo... só minto um pouco..."? Incrível como esta frase parece ser constantemente proferida, de forma parafraseada, por pastores, bispos, apóstolos... Algo como: "não vendo falsas promessas, não uso indevidamente o dinheiro dos fiéis e não me envolvo em outras falcatruas... mas, como sou humano, nem sempre digo a verdade..."
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Autor: Enéias Teles Borges.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DÍZIMOS, OFERTAS E DECEPÇÕES...

O fiel acredita no que o pastor (bispo, apóstolo, padre...) diz. A confiança é a força motora que mantém o membro nos centros de difusão de cultura religiosa. O membro é capaz de tirar da própria boca para contribuir nos templos. Muita ação meritória acontece nesses contextos de religiosidade, mas a rapinagem, a trairagem, o engodo, o abuso e afins também perambulam pelos arraiais dos clamores por deus e para deus...

Será que tudo isso é em prol da fé? Será que existe algum bastidor maldito em todas ou em algumas?

Uma reportagem tomou conta do Brasil hoje:

Denúncia de promotores aponta 'prática de fraudes' contra a Universal e fiéis

Justiça abriu processo contra líderes da igreja, a pedido de promotores.

Dinheiro doado por fiéis teria sido usado na compra de empresas e bens.

Para se inteirar um pouco mais bata teclar em [dízimos, ofertas e decepções...].

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domingo, 9 de agosto de 2009

A matemática da hipocrisia

A semana tem sete dias, que multiplicados por 24 horas chegam a um número: 168. A semana, portanto, tem cento e sessenta e oito horas. Trata-se de um simples exercício de matemática, mas que observado à luz das falsas concepções religiosas mostra quão absurdos podem ser os devaneios humanos.

Os sete dias da semana são vividos pelas pessoas dentro de suas possibilidades e/ou escolhas. Cada semana propiciará sete dias para que cada indivíduo pratique os atos da vida, bons e ruins, supérfluos e necessários. É caminho percorrido a cada ciclo de sete dias ou cento e sessenta e oito horas horas. Terminada uma semana é iniciada outra, na grande batalha pela sobrevivência.

Isto significa, também, que cada um arcará com seus problemas!

Lembro-me de uma modinha infantil: “Ema, ema, ema, cada um com seu problema...” A semana traz seus problemas que precisam ser vencidos ou contornados ou suportados. Cada pessoa tem uma forma de atacar a rotina semanal. Cada cidadão dorme e acorda todo dia sabendo que, ao final dele, terá um dia a menos para viver e em seguida um dia novo para trabalhar. É uma labuta sem fim. A matemática da vida nos conduz a uma simples conta: somente o trabalho honesto traz o sustento igualmente honesto.

Desafortunadamente nem todos enxergam assim. Não avaliam o trabalho e a vida das pessoas pela soma de tudo o que é produzido em sete dias. Na realidade ousam julgar os indivíduos por um momento fugaz. Refiro-me aos que praticam atos típicos da cultura religiosa e que por ignorância se consideram religiosos. São pessoas que, não observando tudo o que é feito nas 168 horas da semana, avaliam os demais pela presença no templo em apenas um dia da semana. Isto é, analisam e julgam as pessoas tendo como base poucas horas de um único dia. Pode ser uma sexta, um sábado, um domingo. Não importa! De uma maneira geral cada segmento tem o seu dia de encontro e a membresia se põe a considerar como justos apenas aqueles que “marcam o ponto”, “batem o cartão” – indo, no dia determinado, ao centro coletivo de difusão de cultura religiosa. Lamentável!

Cansei-me disso e sei de muitos que se cansaram. É desagradável ser julgado por pessoas que não sabem todos os caminhos percorridos, as lágrimas vertidas, os sonhos desfeitos, as frustrações que acontecem semanalmente. Analisam o caráter pela presença ou ausência nos centros da fé cega e da faca amolada. As pessoas são obrigadas a ouvir frases surradas: “senti sua falta, que bom que você veio. Estávamos preocupados com a sua vida espiritual...” Como se tivessem condições de zelar pela vida alheia! Logo eles que não passam, em muitos casos, de hipócritas de plantão. São os malditos igrejeiros, que resumem a vida da pessoa na presença ou ausência nos “esconderijos” da fé. Lá estão muitos que durante a semana distribuem e comem o pão maldito e para o templo se dirigem semanalmente para fingir. Isto mesmo! Fingir que são homens e mulheres de fé...

Quer se esconder? Mostrar um rosto que não lhe pertence? É fácil! Basta ser “figurinha carimbada” nos centros da fé massificada! Ali pouco importa o que foi feito ou se deixou de fazer durante a semana. Vale a presença constante semana após semana – lá, junto com os perfumados! Aqueles que tiram os andrajos semanais e põem as roupas bonitas e trabalhadas da falsidade humana...

Cansei-me! A matemática que não considera todas as cento e sessenta e oito horas da semana não me serve! Não aceito ser avaliado, tendo como critério as poucas horas de um dia que se convencionou chamar de especial ou santificado.

Não hesito em afirmar que tal conta é falsa. É conta da maldita matemática da hipocrisia.
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Fonte: [Cultura e Religiosidade].

Enéias Teles Borges
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

SELO BLOG DORADO

Hoje eu fui agraciado, de uma forma que considero especial, pelo erudito amigo Carlos H. Barth, do blog "leite com manga faz mal!" Trata-se de uma corrente em que é de boa prática indicar um blog (ou mais de um). É claro que é uma indicação com base no que se enxerga neste imenso e surpreendente mundo virtual, repleto de conteúdos, sendo alguns muito bons. No caso que aqui cito foram agraciados outros amigos, também de iluminadas penas: Ricardo Cluk do blog "a arte de ter razão" e Cleiton Heredia do blog "saúde saber e virtude".

Carlos: agradeço e o considero muito, pela clareza em suas exposições e franqueza ao expor conceitos que estão adstritos à realidade humana - nua e crua.

Sigo em frente indicando um blog, cujo editor me incentivou a desenvolver o meu, inclusive indicando o template.

Ebenézer Teles Borges do blog "de texto em texto".

Um forte abraço! Em especial para o Carlos!
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O PETRÓLEO E OS CRIACIONISTAS

Petróleo - mais um peteleco no pé do ouvido dos criacionistas

A teoria de que o petróleo é de origem fóssil, ou seja, formado a partir do soterramento de grandes florestas pré-históricas, está sendo questionada por diversos cientistas, e todo aquele que tenha se dado ao trabalho de pensar a respeito sabe que a maior probabilidade é de que realmente esse recurso natural não tenha nada haver com a decomposição de material orgânico.

Para ler todo o texto basta teclar aqui em [a arte de ter razão].
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

A oração e a medicina

Pai é condenado por rezar em vez de levar filha doente ao médico

Um júri no Estado americano de Wisconsin condenou um homem pela morte da filha doente de 11 anos, por ter rezado por sua cura em vez de buscar ajuda médica. A menina, Madelaine, morreu em março do ano passado, vítima de diabetes, em sua casa na zona rural de Wisconsin, cercada de pessoas que rezavam por sua recuperação. No julgamento, neste sábado, o pai, Dale Neumann, 47 anos, disse que acreditava que Deus poderia curar sua filha.

Neumann, que chegou a estudar para ser ministro pentecostal, disse ao júri que, caso chamasse ajuda médica para a filha, "estaria colocando o médico à frente de Deus".Somente quando Madelaine parou de respirar a família chamou uma ambulância.A mulher de Neumann, Leilani, já foi condenada pelo mesmo crime.

Segundo o correspondente da BBC em Washington, Jon Donnison, o casal poderá pegar pena de até 25 anos de prisão quando sua sentença for divulgada, em outubro.

Fonte: [Universo Online].

Nota: A cultura religiosa, quando mal implementada, pode promover este tipo de monstruosidade. Quando buscar auxílio médico? Quando recorrer a alguma divindade? Muitos amalucados certamente verão na notícia acima a "intromissão do estado em circunscrição eclesiástica". Aliás o que bem existe é isso mesmo: malucos da fé criando sequelas em inocentes. Lamentável!

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A dor é uma bênção?

Lembro-me que aprendi, na faculdade de Teologia, a tentar mostrar para a membresia o lado bom de tudo, até mesmo da dor. Preparei e preguei um sermão, à época, versando sobre a dor. Eu dizia que deveríamos ser gratos pela dor, pois ela funcionava como um aviso de que algo não estava bem. Imaginem, eu pregava, machucar-se e não sentir dor. Nem notaríamos, na maioria dos casos, a gravidade de um eventual problema. Graças à dor podemos nos cuidar...

Até tinha lá o seu sentido, mas...

Ando sentindo tantas dores nas costas que nem mesmo o carro, com câmbio automático tem ajudado. É algo congênito. As dores estão se estendendo e chegam ao pescoço, como se fossem um eterno torcicolo. Dormir tem sido complicado. Remédios: a maioria não promove efeitos. Fazer alongamentos e tratamentos demorados? Como e quando? Tentei fazer uma tal de RPG (reestruturação postural global). Não adiantou nada e ainda me fez sentir no mundo do ridículo!

As dores que tenho sentido não têm sido um aviso "bom". São demonstrativos dolorosos de que estou cada menos novo ou mais velho. Homem velho cada dia sente uma dor nova. No meu caso nem é dor nova e sim uma dor constante e renovável...

Não sei se eu conseguiria pregar aquele sermão de novo. É provável que eu sentiria tantas dores nas costas, durante a pregação, que o sermão se tornaria uma incoerência brutal! Isso se eu não tivesse que terminar de pregar sentado, com as costas amparadas...

Posso afirmar: no meu caso a dor não está se mostrando uma bênção. A menos que eu resolva praticar uma cultura religiosa revestida de masoquismo!

Enéias Teles Borges

domingo, 2 de agosto de 2009

A GRIPE SUÍNA E OS PROFETAS

Tenho notado que os profetas de plantão estão deixando de vaticinar. Sim, quase nada se ouve ou se lê, das suas ladainhas - comuns nos grandes eventos catastróficos mundiais. Por que não emitem profecias a respeito do futuro, tendo como base a gripe suína?

Uma das respostas ou, quem sabe, a única resposta é a seguinte: imaginem um que tenha profetizado ser acometido pela doença? Como é sabido os profetas emitem suas premonições informando que o povo escolhido não será afetado pela praga. Algo como aconteceu com o provo judeu durante as famosas pragas no Egito.

Acontece que se um profeta de plantão vaticinar e em seguida for acometido pela gripe ou alguém do meio, a situação ficará complicada. De duas uma: (a) ou a profecia foi para o vinagre ou (b) o que ficou doente não faz parte do povo eleito.

Como podemos concluir: os profetas de plantão podem ser de tudo, menos otários ao ponto de oferecerem a cara para o tapa...
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Autor: Enéias Teles Borges.
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