Mostrando postagens com marcador Amenidades. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Amenidades. Mostrar todas as postagens

sábado, 7 de maio de 2011

A vida é bela?

Alguns diriam que depende do ponto de vista. Eu costumo me perguntar a esse respeito. Vejo pessoas que parecem viver num permanente estado de felicidade, ao passo que outras parecem viver num perene estado de tristeza.

Quando eu era criança ouvi uma frase que deve ser conhecida de todos: “feliz não é aquele que tem tudo que gosta, mas do que gosta do que tem”.

Pois é: a vida é bela para quem é feliz! Isto mesmo. Para quem detém a felicidade.

O que é felicidade é como consegui-la? Leiam este lindo poema e sejam felizes:

VELHO TEMA
Vicente Augusto de Carvalho

Só a leve esperança em toda a vida
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma breve esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada,
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nunca a alcançamos
Porque ela está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Enéias Teles Borges
Postagem original: 24/01/2008

quinta-feira, 24 de março de 2011

Declips, Decleps e Declei


Quando eu era criança, acredito que com oito anos, eu ouvi de alguém que três astronautas tinham ido à lua. Foi algo espetacular! Comecei a entender um pouco do assunto. Viagem à lua! Algo que me impressionou muito naquela época.

Eu era tido, por alguns, como sendo um garoto inteligente e curioso. Procurei saber mais do assunto “homem x lua”. Ouvi de alguma pessoa brincalhona ou desinformada que os três astronautas tinham os seguintes nomes: Declips, Decleps e Declei. Eu acreditei piamente nisso!

Passei a demonstrar minha “grande inteligência e conhecimento” difundindo essa informação atual e espetacular. Eu sabia, inclusive, os nomes dos famosos astronautas que obtiveram sucesso na viagem espacial! Eu era o cara!

Foi com imenso desapontamento que eu soube, bem depois, que os astronautas da Apollo 11 chamavam-se: Neil Armstrong, Michael Collins e “Buzz” Aldrin...

O meu conhecimento a respeito do assunto não passou de uma piada. Eu me considerava o bem informado e articulado. Na realidade eu era apenas uma criança que “engoliu” a informação falsa de alguém e a passou adiante como sendo verdadeira.

Eu confiava nas pessoas e por esse motivo não questionava as informações.

Hoje eu medito sobre esse assunto tão antigo e me pergunto se depois desse ocorrido eu não tive atitudes semelhantes, achando que conhecia alguma coisa, simplesmente por ter ouvido de outras pessoas.

Às vezes até sinto certo constrangimento por ter acreditado e difundido algumas inverdades. Eu me pergunto: por que confiei tanto em alguns professores que tive, quando fiz minha primeira faculdade?

Sei que espalhei muitas informações parecidas com a dos “astronautas” Declips, Decleps e Declei...

Só que no que tange aos supostos astronautas eu era uma criança! Ao longo dos quatro anos de faculdade eu tive todas as oportunidades para questionar (no bom sentido) as informações que vinham e que fui armazenando.

Como eu gostaria de poder voltar no tempo para dizer os verdadeiros nomes dos astronautas. Mas eu me perdôo (por isso) porque eu não passava de um moleque imberbe.

Mas, o que veio depois, seria perdoável? Qual a desculpa que tenho hoje por ter confiado tanto em antigos professores que por má-fé ou negligência, ensinaram-me teorias que sei, agora, não passam de malditos engodos?

Caro leitor: sinta-se livre para aprender um pouco com essa faceta de minha história. Caso tenha alguma chance de questionar faça-o já! É melhor ser tido como uma pessoa polêmica do que ser considerado (no futuro) como um ex-aluno omisso ou “ex-alguma-coisa” omissa...

Sei que ainda padecemos do ranço da ditadura militar que impediu o exercício do livre pensar. Nossos pais, em parte, são resultados disso e nós também. Quantas vezes fomos emparedados por eles (nossos pais) com frases obscuras, tentando fugir do assunto ou mesmo dizendo que estávamos especulando?

Talvez por isso eu me conceda um perdão parcial

Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/04/2008

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Eu sou eu e alicuri é coco

Há uma frase que ouvi muito quando criança: “eu sou eu e alicuri é coco”. Essa consistia numa maneira de deixar bem claro o que se era. Assim como alicuri é uma palmeira (coco) eu sou eu. Essa afirmativa remonta aos tempos do “fio do bigode”. A palavra bastava e era clara, não deixava qualquer tipo de dúvida.

A sociedade hodierna carece de clareza. Necessita enxergar e precisa oferecer transparência. Não se consegue vislumbrar o que reside no interlocutor. Parece existir uma vontade imensa de esconder o que habita a mente. Por quê?

“Eu sou eu e alicuri é coco”. Ouvi meu avô materno dizer isso, meus tios e meus amigos de infância. Lembro-me que quando jogávamos bolinha de gude a palavra tinha valor. Perdeu? Pagava-se! Não tinha como pagar? Pegava uma bolinha emprestada de algum amigo e honrava. Era um tempo interessante e de saudosa lembrança.

Outro dia eu ouvi de uma pessoa a seguinte frase: “eu cumpro meus compromissos, sou uma pessoa cristã”. E precisa ser cristão para cumprir compromisso? A frase bem que poderia ser outra: “eu cumpro meus compromissos, sou uma pessoa de palavra”!

Paira no ar a impressão de que para se fazer o que é correto é preciso vinculação: “faço o que é certo com quem é certo comigo”. Não seria bom dizer simplesmente que “eu sou eu e alicuri é coco”? Não seria mais estimulante ouvir e dizer: “eu faço o que é certo e ponto final”? Tão certo como o alicuri é coco eu sou uma pessoa correta!

Sabem o que é mais interessante? É que ser correto é algo possível em qualquer ano, mês, dia e hora... Ser correto custa muito ou pouco? Está em discussão o custo ou o caráter?

Sabem o que há melhor e também interessante? É que não precisamos esperar por ajuda ou interesse de outros para agir corretamente. Eis algo que mesmo sendo feito de forma individualizada não será tido como ato egoísta...

Não devemos nos constranger em fazer sempre o que é correto, ainda que sejamos poucos neste mundão.

Alguém, quem sabe, poderá questionar: qual o critério para se saber o que é correto? Repondo: pelo menos atentar para o critério da civilidade e respeito ao próximo. Isso independe de norma. Está arraigado no contexto do bom senso.

Enéias Teles Borges

Postagem original: 06/05/2008
-

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Devagar se vai longe...

Recebi este texto de um amigo, que por sua vez recebeu de um amigo dele que mora na Europa, notadamente na Suécia. Recomendo a leitura até o final.

Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca.

Trabalhar com eles é uma convivência, no mínimo, interessante. Qualquer projeto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a idéia seja brilhante e simples. É regra.

Então, nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo. Os suecos discutem, discutem, fazem 'n' reuniões, ponderações. E trabalham num esquema bem mais 'slow down'. O pior é constatar que, no final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade: bem pouco se perde aqui.

E vejo assim:

1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. O país tem 2 milhões de habitantes;
3. Sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (compare com Curitiba, que tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. Para ter uma idéia, a Volvo fabrica os motores propulsores para os foguetes da NASA.

Digo para os demais nestes nossos grupos globais: os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários.

Entretanto, vale salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletiva do que eles.

Vou contar para vocês uma breve história só para dar noção.

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos me pegava no hotel toda manhã. Era setembro, frio, nevasca.. Chegávamos cedo na Volvo e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã, perguntei:

'Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o estacionamento vazio e você deixa o carro lá no final.' Ele me respondeu simples assim: 'É que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar atrasado, melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?'. Olha a minha cara! Ainda bem que levei esta logo na primeira. Deu para rever bastante os meus conceitos dali para frente . . .

Há um grande movimento na Europa hoje, chamado Slow Food. A Slow Food International Association - cujo símbolo é um caracol, tem sua base na Itália (o site é muito interessante. Veja-o!). O que o movimento Slow Food prega é que as pessoas devem comer e beber devagar, saboreando os alimentos, 'curtindo' seu preparo, no convívio com a família, com amigos, sem pressa e com qualidade.

A idéia é a de se contrapor ao espírito do Fast Food e o que ele representa como estilo de vida em que o americano endeusificou.

A surpresa, porém, é que esse movimento do Slow Food está servindo de base para um movimento mais amplo chamado Slow Europe como salientou a revista Business Week numa edição européia.

A base de tudo está no questionamento da 'pressa' e da 'loucura' gerada pela globalização, pelo apelo à 'quantidade do ter' em contraposição à qualidade de vida ou à 'qualidade do ser'.

Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses.

E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%.

Essa chamada 'slow atitude' está chamando a atenção até dos americanos, apologistas do 'Fast' (rápido) e do 'Do it now' (faça já).

Portanto, essa 'atitude sem-pressa' não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa, sim, fazer as coisas e trabalhar com mais 'qualidade' e 'produtividade' com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos 'stress'..

Significa retomar os valores da família, dos amigos, do tempo livre, do lazer, das pequenas comunidades, do 'local', presente e concreto em contraposição ao 'global' - indefinido e anônimo. Significa a retomada dos valores essenciais do ser humano, dos pequenos prazeres do cotidiano, da simplicidade de viver e conviver e até da religião e da fé.

Significa um ambiente de trabalho menos coercitivo, mais alegre, mais 'leve' e, portanto, mais produtivos onde seres humanos, felizes, fazem com prazer, o que sabem fazer de melhor Gostaria que você pensasse um pouco sobre isso...

Será que os velhos ditados 'Devagar se vai ao longe' ou ainda 'A pressa é inimiga da perfeição' não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de 'qualidade sem-pressa' até para aumentar a produtividade e qualidade de nossos produtos e serviços sem a necessária perda da 'qualidade do ser'?

No filme 'Perfume de Mulher', há uma cena inesquecível, em que um personagem cego, vivido por Al Pacino, tira uma moça para dançar e ela responde: 'Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos.' 'Mas em um momento se vive uma vida' - responde ele, conduzindo-a num passo de tango. E esta pequena cena é o momento mais bonito do filme.

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo, mas parece que só alcançam quando morrem enfartados, ou algo assim.. Para outros, o tempo demora a passar; ficam ansiosos com o futuro e se esquecem de viver o presente, que é o único tempo que existe.

Tempo todo mundo tem, por igual! Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento, porque, como disse John Lennon: 'A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro'...

E quer saber do melhor:

Parabéns por você ter lido até o final!

Muitos não lerão esta mensagem até o final, porque não podem 'perder' o seu tempo neste mundo globalizado. Pense e reflita, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família. De ficar com a pessoa amada, ir pescar no fim de semana ou outras coisas... Poderá ser tarde demais! Saber aprender para sobreviver... Repasse aos seus amigos, se tiver tempo...

Enéias Teles Borges

Postagem original: 23/01/2008

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bêbado revoltado...


Bêbado revoltado...
Enéias Teles Borges


Eu vinha andando numa das ruas do bairro de Santana, zona norte de São Paulo, à noitinha e reparei que um morador de rua, bêbado como um gambá, pedia cigarro a quem passava perto dele. Por coincidência os três que passaram disseram: “não tenho cigarros, não fumo”. Quando eu passei por ele a resposta que dei foi igual a dos anteriores e ele bradou: “assim não dá! Ninguém tem cigarro. Serei obrigado a deixar de fumar”!

Uma pessoa que passava ao lado comentou comigo: “que absurdo! Ele precisa deixar de beber, também”.

Seria cômico, se não fosse trágico. Um cidadão revoltado porque ninguém lhe dava um cigarro. A revolta era tão grande que, como protesto, ele ia deixar de fumar!

Imaginaram uma situação assim? Pois é: basta vaguear pelas ruas de Sampa para ter inspiração para escrever, inclusive sobre bizarrices. Que mundo é esse? Que cidade é essa?

Comentei o assunto com um colega, num barzinho de esquina. Ele me contou outro pedaço da história.

Esse mesmo bêbado estava fazendo um estoque de cigarros. Pedia para quem passava, mas rejeitava a ponta do cigarro aceso. Não queria acender o seu. Recusava o isqueiro, não queria acender o outro cigarro que ganhara de outro transeunte...

Estava bêbado, mas conservava consciência suficiente para não ser bobo. Imaginem a “figura” lúcida. Que coisa!

Eu poderia ficar muito tempo digitando episódios do meu cotidiano, mas por hora basta.

Postagem original: 01/08/2008.
-

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GLÓRIA, AINDA QUE EFÊMERA


Ele chegou de carro. E que carro! Sem dúvida o melhor estacionado ali, naquele ponto estratégico. Fez questão de parar o veículo num ponto chave. Ninguém conseguiria sair. Só se passassem por cima daquela maravilha sobre quatro rodas. Certamente ninguém faria isso. Era um estacionamento de igreja. Os fiéis jamais tomariam atitude tão vil: estragar aquele carro espetacular.

Entrou na igreja, sentou no primeiro banco e aguardou. A igreja estava lotada. Tudo convergia para a situação ideal. No final das atividades um orador pegou o microfone e fez um anúncio: “atenção proprietário do carro ‘tal’ (descreveu o carro caro e famoso), favor dirigir-se ao local onde ele está estacionado”.

Era a glória! Ele se levantou e passou pelo corredor central. Bem devagar, saboreando o fugaz momento. Todos olhavam para o ilustre proprietário do carro caríssimo!

Foi ao estacionamento e manobrou o carro. Evadiu-se do local. Objetivo alcançado. As pessoas já sabiam que ele tinha um bem precioso e acessível a poucos.

Uma pergunta que não quer se calar, cuja resposta é óbvia: o que aquele indivíduo foi fazer naquele templo religioso?

Certa vez eu ouvi algo interessante: existem pessoas que têm sede de poder. Almejam dirigir alguma coisa. No mínimo anelam ser síndicos do condomínio. Outras, piores, querem estar em evidência. Fazem de tudo para chamar a atenção. Tal prestígio só traz satisfação se for diante dos inferiores (dinheiro). Não adianta se exibir perante iguais ou superiores. É o sabor de ter o melhor. Mostrar o que outros não possuem.

Recentemente prestei serviços jurídicos para um cidadão que tinha em sua garagem vários carros e quase todos financiados. Exibicionismo puro. Ele foi sincero. Em algumas ocasiões não usava os carros em função da irregularidade dos documentos (impostos atrasados) e já tinha deixado de viajar por não ter dinheiro para as despesas de viagem – incluindo combustível.

Quanta bobagem!

Convenhamos: é inaceitável, mesmo que compreensível, tal comportamento de alguns. O que causa maior estranheza é acontecer o episódio acima narrado. E numa igreja!

É o cúmulo? O que você acha? Já presenciou algo assim?
-
Postado originalmente em 11/04/2008.
-
Enéias Teles Borges.
-

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O dinheiro e o divertimento

Um conhecido meu tem uma explicação para o sucesso dos portugueses que no Brasil dedicam-se à padaria: “os portugueses padeiros são ricos porque trabalham demais e não têm tempo para gastar o dinheiro”.

Essa combinação de acumular e não gastar lembra um pouco o gibi “Tio Patinhas”, mas isso é expressão da verdade?

Uma vez fui assistir a um jogo de futebol no Morumbi, em 1998, quando o Botafogo venceu o São Paulo por 3X2 em partida válida pelo Torneio Rio - São Paulo. A torcida carioca era pequena e gostava de provocar. Cantava: “paulista tem dinheiro (trabalha muito) e carioca tem mulher (praia...)”. Verdade?

Poderíamos dizer que o motivo principal da acumulação de riqueza é o trabalho conjugado com a ausência de divertimento?

Eis aí algo a ser considerado. Existem pessoas que são ricas ou ficam ricas trabalhando pouco. Por que são geniais? Tiveram a sorte grande?

A experiência, no entanto, tem demonstrado que a chance de sobreviver aumenta, na proporção em que se trabalha cada vez mais. Refiro-me à rotina da maioria do povo. Não me refiro à acumulação de recursos e sim e tão somente à sobrevivência.

Hoje mesmo eu assisti a uma reportagem que tratava da luta diária de pessoas na capital paulista e em especial o sofrimento no trânsito - dentro de ônibus e do metrô.

Uma entrevistada levou duas horas e meia para chegar ao trabalho. Tudo isso depois de tomar uma lotação, metrô, outro ônibus e andar um bom trecho. No final ela diz: “temos que cumprir essa rotina sempre, para defender o pão de cada dia”.

Enquanto alguns acumulam dinheiro porque não têm tempo para gastar outros acumulam trabalho e cansaço e não têm dinheiro para gastar.

Uns poucos felizardos acumulam dinheiro e “curtem” a vida.

Injustiça da vida? Quem disse que a vida é justa?

Enéias Teles Borges
Publicação original: 15/05/2008

terça-feira, 26 de maio de 2009

UM POR TODOS E TODOS POR UM

A família, mesmo aquela tida como tradicional, anda padecendo. É conseqüência dos males hodiernos. As redefinições dos procedimentos cotidianos têm contribuído para um novo tipo de relacionamento familiar. É necessário repensar a forma como a convivência entre os membros de uma família deve ser em face do quadro atual.

Continua sendo preponderante a máxima dos mosqueteiros do rei: “um por todos e todos por um”. A maneira como isso dever ser aplicado é bem singular. Cada membro da família ponderará acerca da causa e efeito dentro de casa. Antes de qualquer atitude pensar: “o que isso afetará a minha família”? É bem por aí mesmo! A família passa a ser esse “um”. A paráfrase é simples: “a família por todos e todos pela família”.

O egoísmo e o egocentrismo precisam ser erradicados do lar. A conscientização deverá ser centrada na família. No bem-estar coletivo familiar. Parece óbvio? Simples demais?

Observem os pequenos acontecimentos diários: lar da classe média, um carro com o pai e o outro com a mãe. Filhos que se deslocam para as escolas em lotação escolar ou ônibus de rotina. Compromissos que forçam membros da família a quebrar a rotina e com isso suprir essa mudança promovida por um.

Imaginem mais: isso acontecendo todo dia!

É na análise dos pequenos acontecimentos que a família vai criando a sua rotina. Essa rotina não será, necessariamente, parecida com a do vizinho ou com a do melhor amigo. Cada família tem a sua característica. Cada célula tem formas diferentes de tocar a vida. Cada dia é diferente na vida de uma família, comparado com a de outro núcleo.

O que não se pode exigir é resultado igual entre famílias quando as rotinas são diferentes.

Os membros de uma família precisam pensar primeiro no bem estar da sua casa. Nada de olhar sobre os muros do vizinho. Não é momento de criticar, pois cada “um é cada um” e também não é hora de ajudar. Como alguém pode ajudar se ainda não se colocou devidamente no novo contexto? Um cego guiando outro?

Frisa-se que as alegrias e mazelas do dia-a-dia afetam a todos e em todos os contextos: do trabalho, social e religioso.

Eis porque as pessoas devem olhar com simpatia para os que estão do seu lado. Não se sabe a luta travada pelas famílias desse mundão afora.

Talvez aí esteja o grande testemunho que cada um pode dar: a família pelos membros e os membros pela família. Somente depois desse passo, que deve ser o primeiro e o fundamento, será possível contribuir como uma bênção social.

Vivemos num momento em que um bom exemplo dado pela família vale muito mais do que muitas ações tidas como meritórias.
-
Postagem original: 18/04/2008.
-

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Coincidência ou loteria?

Retornamos hoje de Caldas Novas, Goiás. Algo curiosíssimo ocorreu: quando ainda abastecia o carro na cidade em me lembrei que no Estado de São Paulo teríamos que pagar pedágio, aliás muitos pedágios. Separei a bolsinha de trocados e moedas, resultados de muitas idas às lojas de internet e acrescentei uma nota de R$ 50,00. Eu não estava com dinheiro em valores menores e procedi dessa forma.

Já no primeiro pedágio a nota de R$ 50,00 foi utilizada e a partir daí a cada pedágio a minha esposa separava o dinheiro. Eu imaginava que na chegada a São Paulo eu precisaria de mais dinheiro na bolsinha de trocados. Nos últimos pedágios eu sempre perguntava: “precisa de mais dinheiro?” Ela respondia: “ainda temos aqui, não precisa pegar mais na carteira”. Quando passei pelo penúltimo pedágio, ela me disse que tínhamos R$ 5,90 em dinheiro trocado. Exatamente o valor do último pedágio!

Eu fiquei pensando: como seria possível? Foram inúmeros pedágios e eu não sabia o montante do valor final. Eu não sabia quanto de dinheiro havia na bolsinha de trocados. Acrescentei uma nota de R$ 50,00 por não ter notas menores. Como poderia ocorrer tamanha coincidência entre os valores pagos e o valor exato na bolsinha?

Acredito que se eu fizesse várias viagens por ano nesse trajeto e nessas circunstâncias seria praticamente impossível coincidir até nos centavos os valores pagos com os valores separados ao acaso na bolsinha...

Pensei:

Caso eu fosse um ateu esse seria um argumento de como é possível acontecer coincidências como essa?

No caso do criacionista devoto e com pouco dinheiro no bolso: diria que foi uma bênção? Valor exato, sem tirar nem por?

Pensei mais:

Coincidência ou loteria?

No nosso caso foi coincidência. Nada de acaso, nada de bênção. Apenas coincidência.

Loteria? Jamais! Acertei nos valores, sem querer, mas o que ganhei com isso?

Boa noite Brasil!
-

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Indiana Jones e minha família...

Hoje aproveitamos o feriado para fazer algo aqui mesmo. Não viajamos. É preciso juntar um pouco de dinheiro para a viagem anual de férias com amigos. A receita foi fazer algo bom, bonito e barato. Fomos ao cinema e assistimos ao filme “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”. Boa sala de cinema, bom ambiente, boa pipoca e bom refrigerante. Minhas filhas, esposa e eu – ótimo time! Eram muitas famílias. Na fila conversei com um senhor e lhe disse que as minhas meninas fazem parte da geração “Harry Potter” e que nós somos da geração “Indiana Jones” e “De volta para o futuro”. Foi interessante e gratificante ver tantas famílias reunidas para ver um bom filme.

Não vou comentar sobre a trama, em respeito aos que ainda assistirão. Digo que é bom e paro por aqui. Uma frase no entanto me chamou a atenção, num diálogo entre Indiana e o reitor da faculdade. Este último disse algo assim: “a vida nos dá muito e depois começa a tirar”. Referia-se à morte de amigos.

Interessante, não é? A vida nos dá amigos, filhos, parentes, etc. Com a passagem do tempo as pessoas vão envelhecendo e morrendo. Vão se acidentando e morrendo. E nós também seguimos por este caminho comum aos viventes da terra. Faz parte deste nosso contexto de pecado, para os que assim crêem ou, para os que pensam de forma diferente, faz parte do processo natural no universo. É a permanente mudança de estágio da matéria...

Fato é que num belo filme de aventura coube espaço para uma rápida reflexão.

Desejo a todos os que ainda não assistiram ao filme um bom divertimento!
.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ubatuba com chuva é normal

Não apenas normal. Eu diria que, conforme o caso, é sensacional. Sensacional porque permite um sossego maior. Esse sossego decorre da ausência de muitas pessoas que buscam nesse paraíso a presença do sol. Não apenas o sol, mas a possibilidade do exagero no barulho. Barulho promovido pelo consumo exagerado da bebida.

Com chuva muita gente não vem ao litoral ubatubense. Aí temos, de volta, a cidade calma, bonita e receptiva.

Não sou contra o clima ensolarado. Sou a favor e muito, mas não nesse momento em que o sossego e o descanso são essenciais - Sampa tem sugado o que nos resta de energia, em sua correria sem fim...

Aqui na pacata Ubatuba chuvosa foi possível ir à única sala de cinema e assistir ao filme "O Homem de Ferro". Fui com minha família e lá comemos pipoca e tamamos refrigerante. Tudo em paz e sem tumulto. O retorno para casa não gastou mais que poucos minutinhos de carro. Poderia ter sido "a pé", tamanho o sossego.

Quando se está cansado nada como a querida "Ubachuva".

Enéias Teles Borges
-

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Ser rico: que vida dura!

Deparei-me com esse texto no provedor UOL e resolvi partilhar com os amigos. O ser humano é incurável! Nem mesmo o dinheiro em abundância lhe traz a tranqüilidade necessária. Recomendo a leitura.
.
.
Não é fácil ser um bilionário
Michael Johnson - em Bordeaux, França

Um bilionário de Seattle para o qual já trabalhei enfrentou dificuldades financeiras há dois anos, quando seus negócios começaram a ruir.

Ele teve que vender sua ilha particular e se livrar de seu iate (um dos maiores do mundo) ao mergulhar em relativa pobreza.

Meu ex-empregador, um magnata da telefonia celular, agora saiu da mais recente lista de bilionários da revista "Forbes" enquanto luta para se manter. Só lhe restam algumas poucas centenas de milhões e ele não é um homem feliz.

Apesar da riqueza extraordinária deste empreendedor e outros de sua liga, ela nunca parece lhes proporcionar serenidade. Eles sabem quão rapidamente pode ser perdida, o que os faz perguntar: "Por que o suficiente não é realmente suficiente?"

Até mesmo detentores de velhas fortunas são atormentados por esta pergunta. Um consultor amigo meu, que antes trabalhava para Nelson Rockefeller, lembra de tê-lo ouvido se queixar de seus ataques recorrentes de insegurança.

A riqueza líquida pessoal de Rockefeller era de cerca de US$ 3 bilhões. Ao ser perguntado quanto precisava para poder relaxar, Rocky fez uma breve pausa e disparou: "Quatro bilhões devem dar", ele disse.

A dinastia Rothschild tinha problemas semelhantes. Trabalhando para a "Business Week", eu certa vez me encontrei separadamente com os ramos francês, britânico e suíço da família. Chamou-me a atenção a briga familiar em torno de como transformaram sua grande fortuna em pequenas fortunas.

Um membro do ramo suíço da família me confidenciou seu desprazer com seus parentes franceses, que conseguiram perder dinheiro em imóveis franceses. "É realmente preciso se esforçar para conseguir isso", ele disse.

Eu suspeito que não exista algo como ter dinheiro suficiente. Na verdade, muitos dos super-ricos concordam que quanto mais você tem, mais você se preocupa a respeito. Suas histórias estão em um grande livro, "Riquistão", de Robert Frank.

Frank cita um empreendedor americano, identificado apenas como George, como tendo dito que ele e outros bilionários (1.125 deles segundo a última contagem da "Forbes") sofrem com uma combinação de cobiça e medo. "Se as pessoas ficam preocupadas, é parte do que as motiva", George é citado como tendo dito. "Nós estamos sempre preocupados."

Certamente não basta mais ser milionário. A equipe da "Forbes" disse que já existem mais de 8 milhões de americanos nessa lista, de forma que o que importa agora é a lista dos bilionários, mesmo que apenas como esporte de espectador. Alguns dos concorrentes da Microsoft adoraram ver Bill Gates ser derrubado do topo da lista neste ano pelo investidor de Omaha, Warren Buffett (US$ 62 bilhões), e pelo magnata mexicano de telecomunicações, Carlos Slim Helu (US$ 60 bilhões). Gates caiu para terceiro, com US$ 58 bilhões.

Os bilionários não são apenas americanos. Indianos, russos e chineses estão despontando em números crescentes entre os super-ricos.

Mas com grandes riquezas pode vir grande desconforto, segundo pessoas que estudaram a psicologia da riqueza. O principal problema é a "affluenza" -a culpa em relação ao abismo entre os muito ricos e as demais pessoas.

Um segundo problema é a compulsão para continuar a acumular ainda mais. O Dr. Paul Wachtel, professor de psicologia do City College e City Graduate Center de Nova York, examinou este problema em seu famoso trabalho, "Full Pockets, Empty Lives" (bolsos cheios, vidas vazias), no "American Journal of Psychoanalysis".

Wachtel reconheceu que o dinheiro pode ser um símbolo de sucesso, mas ele identifica a inveja e a ganância como os motivadores escondidos por trás do anseio por mais e mais dinheiro.

"A busca pelo dinheiro e bens materiais como meta central da vida cobra um preço bem alto", ele escreveu. Os estudos mostram que o dinheiro exerce "um papel notavelmente pequeno" na verdadeira felicidade ou bem-estar de uma pessoa. Na verdade, a intimidade e a vida familiar são freqüentemente sacrificadas em nome do prover para a família.

E a inveja alimenta o impulso da ganância, argumentou Wachtel: "Nós podemos querer não apenas o que os outros têm, mas muito mais do que os outros têm, ou mais apenas pelo mais".

Eu falei recentemente com Wachtel e perguntei a ele para onde a cultura da riqueza estava levando. As pessoas na faixa de renda dos seis dígitos têm problema em controlar a busca por mais, ele disse: "Elas se tornam escravas da manutenção do nível material que conseguiram. Se torna uma esteira mecânica sem prazer".

Ele tinha alguns conselhos para os ricos infelizes. "Se os 5% mais ricos trabalhassem dois terços do que trabalham, e ganhassem dois terços do que ganham, suas vidas seriam imensuravelmente mais ricas", ele disse. "O tempo, eles descobririam, é um bem muito mais valioso do que o dinheiro."

*Michael Johnson é um redator da "Business Week" que vive em Bordeaux.

Tradução: George El Khouri Andolfato
.
.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2008/04/03/ult2680u667.jhtm
.
.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Questão de perspectiva?

Hoje eu saí do escritório, na Zona Norte de São Paulo, e fui em direção à Avenida Cruzeiro do Sul para atravessá-la. Naquele ponto ela é bem movimentada, roteiro usado por pessoas que saem do ônibus e do metrô. Parei e fiquei esperando a liberação do sinal verde próximo à via do pedestre. Fiquei olhando...

Notei que do outro lado da avenida alguém deixou cair uma laranja, que escorregou na direção da pista num ponto levemente inclinado. Curiosamente a laranja começou a rolar pela pista. A fruta rolava de lá para cá bem lentamente. Muitos carros iam passando e eu fiquei esperando para ver se ela chegaria incólume ao outro lado da pista.

E não é que chegou? Mais de um minuto rolando lentamente, percorrendo três faixas de rolamento, muitos carros passando. Finalmente a laranja parou, encostada na calçada. Não tinha como avançar mais.

Fiquei pensando:

O que diriam os estatísticos e demais observadores quanto à possibilidade de tal evento ocorrer (de novo) nas mesmas circunstâncias e com os mesmos resultados? Quem sabe os cálculos apontariam “n” possibilidades e isso tudo ficaria no universo estatístico.

Pensei mais: a laranja é uma fruta não pensante, certo? Mas se fosse um ser inteligente o que pensaria depois disso tudo? Quem sabe algo assim: milagre! Bendito milagre! Ou algo diferente?

Como posso interpretar um evento assim? Como cada um vê? Questão de perspectiva?

Pensei na laranja: ela teve sorte? E se alguém a pegar e a comer? Azar da laranja, sorte de quem a encontrou. E se esse alguém presenciando a cena e com muita vontade de saborear a fruta a tomasse depois do episódio, o que diria? Que sorte! Ou, talvez, milagre! Ou outra exclamação?

São divagações, a partir de uma simples laranja que rolou de um lado para o outro da pista movimentada e chegou inteirinha ao seu repouso provisório. Até que seja pisada, comida ou simplesmente jogada no lixo.

Para alguns: estatística do começo ao fim. Para outros: um convite à reflexão.

Finalizo perguntando:

Milagres existem? Como cada um enxerga o tema? Ou seria uma questão de perspectiva?
.
.
.

quinta-feira, 20 de março de 2008

O trabalhador e o sono

Há um texto bíblico, contido em Eclesiastes, capítulo 5, versículo 12, que tem se mostrado significativo em minha vida nos últimos dias: “doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir”.

Pode parecer piegas, mas desde o dia 10/03/2008 eu tenho madrugado para enfrentar a cidade de São Paulo. O despertador me chama às cinco horas da matina e depois do desjejum sem motivação (sono) eu saio com a minha filha primogênita na direção do bairro da liberdade, capital paulista. Ela fica por ali para o cursinho pré-vestibular e eu sigo para o escritório. Chego cedo e me dedico ao trabalho e aos demais afazeres (entre eles atualizar esse blog).

Quando volto para casa (noite) eu penso neste verso acima. Na realidade eu me fixo apenas na primeira parte dele. Para quem tem tanta dificuldade para dormir (meu caso) o sono vindo à tarde e à noite, com todo o vigor, é motivo para comemoração. Nem acredito que por volta das onze horas da noite eu já estou deitado e quase dormindo...

Tenho conversado sobre isso com minha filha. Ela mesma tem dormido cedo, sentindo os efeitos dos dias corridos e do estudo puxado. É uma escola de vida, essa rotina obrigatória que se imiscui na vida do paulistano. É correr, correr e correr. O prazer chega à noite (quando possível) através do doce e merecido sono do trabalhador.

Não tento subliminar - compreenda amigo leitor, mas sinto que é necessário valorizar as pequenas coisas que nos acontecem durante ou no final do dia. É um modo de “compensar” as dificuldades e sofrimentos peculiares neste mundo louco e moderno.

Continuar a luta é preciso. Viver confortavelmente nem sempre é possível. Sabe-se que a dedicação à batalha diária nos dará, independentemente de sucesso, o direito ao sono doce – galardão do trabalhador.
.
.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Ubatuba, triunfo da natureza

Cidade que nos acomodou desde julho de 1989 e que nos acalentou depois de outubro daquele mesmo ano. Alguns fogem dela. Muita chuva. Muitos a amam, justamente pela quantidade de água que cai sobre ela. Uma forma de manter aquele “santuário” longe das ações deletérias dos homens.

Pretendemos morar em Ubatuba mais para frente. Ainda existe uma grande luta na Capital paulista e não iremos fugir dela.

Esperamos com ansiedade o momento de morar ali. Mar, rios e mata. Eis um trio de ouro. As cidades vizinhas são simpáticas: para um lado Caraguatatuba e para o outro é Parati. Subindo a serra cidades pequenas como São Luiz do Paraitinga e mais adiante Taubaté. Mais que isso? Não precisa. Mas para quem gosta de frio a distância para Campos do Jordão nem é grande...

Este tópico inicial é o pontapé para trazer informações a respeito daquela maravilhosa cidade.

A leitura deste tópico será compensadora.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Relógios mecânicos

Sou apaixonado por relógios mecânicos antigos, especialmente os de pulso. Tenho alguns e os uso com prazer. Não por vaidade, mas pelo fascínio que exercem. É algo mágico! Maravilha humana que foi aperfeiçoada ao longo de muitos anos.

Hoje os relógios (ou marcadores de tempo) existem em diversas formas. Com o advento dos modelos quartz os relógios mecânicos saíram do uso rotineiro das pessoas. Relojoaria mecânica está adstrita a apreciadores e colecionadores.

Meu fascínio aumenta quando observo, com lupa, os componentes do movimento, como este da foto. São muitas peças construídas e montadas num projeto fabuloso de engenharia. Imaginem que beleza! Um medidor de tempo todo mecânico.

Os relógios são uma biografia da vida humana. Limitada, é claro. Tem como ponto de partida a invenção do primeiro (quando?) e de lá para cá é possível calcular a obsessão humana em contar o tempo de forma perfeita.

Eu pretendo postar textos versando sobre este assunto. Tanto para leigos curiosos quanto para pessoas que querem informações mais técnicas.

Por enquanto tome um tempinho para pensar no esforço despendido para construir estas pequenas maravilhas.

Até breve.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

É momento de correr...

Assisti ao filme Forrest Gump e fiquei impressionado com a ênfase dada a um momento daquele personagem interpretado por Thomas Jeffrey Hanks, popularmente conhecido como Tom Hanks. Forrest correndo, correndo e correndo.

Por que corria? Seria possível fazer um tratado versando sobre esta pergunta. Mas neste ensaio quero fugir (correr) disso. É momento de correr, mas correr para manter o organismo ativo.

No final do ano eu assisti a uma reportagem na televisão. Um rápido documentário sobre um senhor idoso, um ancião que começou a praticar este esporte quando tinha mais de 64 anos de idade! Um colosso! Aquilo sim foi um exemplo para se seguir ou no mínimo causar constrangimento a quem não tenta. Ele se tornou um dos maiores corredores (idosos) do mundo!

Quantas vezes renovei meus votos de dedicar mais tempo à saúde? Sempre gostei de correr, mas não consigo dar o pontapé inicial. Vamos lá: às vezes consigo dar o primeiro passo, mas depois...

Conheço dois “malucos” que fazem da corrida uma espécie de válvula de escape. Querem saber? Parece-me que eles estão certos. Quem sabe quase certos. Existe uma dose de exagero neles, bem sei (...). Mas é melhor tal exagero do que a ausência de atividade esportiva.

Quero estabelecer uma meta: começar a me preparar agora e no dia 31/12/2008 chegar pelo menos cinco minutos na frente daqueles quenianos que insistem em vencer a corrida de São Silvestre.

Alguém quer tentar vencer este desafio comigo? Adianto que o primeiro lugar será meu. Mas o segundo lugar não será motivo de vergonha...

Fonte da imagem:
http://cantinho_da_angel.weblogger.terra.com.br/img/correr_riscos.jpg

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

À luta em 2008!

Final de 2007 e início de 2008: momento de balanço e ocasião para sonhar. É preciso sonhar e depois realizar. Ubatuba, litoral norte de São Paulo, é meu lugar preferido para sonhar. Ali sonhei e depois realizei. Qual o motivo desta magia? Simples: lá foi o único lugar de refúgio que tive depois de um grande desapontamento em 1989. O seu efeito curativo é tão eficaz que bastam poucos dias naquele paraíso para que meu ânimo se eleve.

Como foi o seu ano de 2007? Quais as suas perspectivas para 2008? Você tem algum lugar de refúgio? Nele acalenta seus sonhos? Dele você consegue seguir em busca de realização?

Basta que tenhamos saúde em 2008 e isto significa lucro alto. De posse da saúde por que não lutar sem medo? Por que não assumir que sua contribuição é importantíssima para as pessoas do seu contexto? Vamos à luta pois ela por si só é força que garante a paz de espírito e nos empurra 2008 adentro, rumo a 2009...

Dia após dia, semana após semana, mês após mês e ano após ano: eis nossa rotina, que poderá ser suave como brisa marinha do final da tarde. Poderá ser agitada como as ondas do mar revolto. Não importa: à luta!

Desejo a todos vocês um FELIZ 2008!

Imagem: Ubatuba, praia do Itaguá, indo em direção contrária ao Centro – pelo calçadão. Foto de janeiro 2008 (Enéias).

Textos Relacionados

Related Posts with Thumbnails