Eram dois homens. Um não acreditava em qualquer espécie de divindade. O outro sim. Acreditava que existia um deus na lua e que esse deus viria para levá-lo para aquele lugar iluminado. Enquanto um vivia acreditando na morte eterna, que viria após aquela vida, o outro acreditava com todas as forças que seria resgatado para outra vida na lua. Por conta das correntes ideológicas divergentes os dois homens brigaram. Mudaram-se para bem longe um do outro.
Os dois morreram. Dizem que o que não acreditava em divindades morreu sem dar sinais que tinha passado a crer na existência de algum ser superior. O outro, aquele que acreditava num deus que habitava a lua, morreu feliz, cheio de esperança. Dizem, até, que a vida deste, que cria no "deus lunático" foi uma vida bem melhor do que a vida daquele ateu sem esperança.
Ficou comprovado: viver com esperança (qualquer uma) é melhor do que viver sem.
Paira no ar, porém, uma pergunta: viver com esperança é o mesmo que viver com a verdade?
Enéias Teles Borges
Um comentário:
O que se precisa também ponderar é o fato de que muitos para manter a esperança de vida após a morte sacrificam a única verdadeira vida que de fato terão.
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