domingo, 25 de dezembro de 2011

Adeus 2011, que venha 2012

O ano de 2011 está chegando ao fim. Como descrever a passagem deste ano na minha vida? Posso dizer, aos 49 anos de idade, que foi um ano de superação. Precisei abrir mão de valores importantes, para priorizar outros que foram e são essenciais.

A luta no início do dia

Durante o período letivo eu me levantei, de segunda à sexta, às cinco da manhã. Deixava uma filha no Mackenzie (Jornalismo) e a outra na PUC (História). O trânsito caótico e assustador de São Paulo ainda não permite que a filha mais velha circule por suas avenidas. Está habilitada e possui veículo próprio, mas carece de experiência para vencer os malucos motoqueiros do trânsito paulistanos e muito mais. É certo que a mais nova iniciará preparativos para se habilitar e começar, também, a enfrentar a luta no trânsito desta metrópole. Até que se sintam seguras eu seguirei madrugando e deixando-as nas respectivas faculdades. Vale dizer, portanto, que 2012 reserva mais desafios.

A família segue muito unida e aliada

Não fosse pelo retorno diário ao lar, à comunhão com esposa e filhas, eu teria sucumbido em 2011. Cansaço absurdo! O corpo já não ajuda tanto. Desde 1990 eu enfrento o trânsito de São Paulo diariamente. São 21 anos de cansaço e enfado. Nunca me envolvi em acidentes, mas já fui assaltado num engarrafamento. O que realmente tem importado é que dia após dia eu retornei para casa consado, mas com senso de missão cumprida.

O trabalho é outra batalha

Sou advogado tributarista. Presto serviço para empresas. Os anos de 2009 e 2010 foram bons. Acumulei gordura que começou a ser gasta em 2011. Estive prestes a invadir a reserva de emergência, quando o mês de dezembro resolveu nos sorrir. Conseguimos em um mês o que foi impossível em onze. Papai Noel? Fato é que esta foi a grande vitória de 2011. A vitória que propicia a possibilidade de seguir em frente no ano de 2012. Sem maiores problemas de ordem financeira. Mas 2012 precisará, como ocorreu em 2011, pagar seus custos. Que venha, portanto, 2012!

Fora a parte financeira devo admitir que o operacional foi fogo puro! Enfrentar a rotina do Poder Judiciário, na defesa dos interesses da clientela requer perseverança e muita paciência. Enfrentar os balcões dos fóruns em São Paulo e no interior... Que refeição indigesta! O que posso dizer? Que a dificuldade valorizou a superação...

Distância dos amigos

Com tudo isso faltou tempo para o prazer com amigos. Nada de encontros nos finais de semana. Pouco de ida aos eventos eclesiásticos, nada de participar da música no Coro Masculino. Nada de quase tudo! Isso fez falta. Ocorre que nos finais de semana o meu sonho de consumo era um só: poder ficar em casa, dormir e não olhar para qualquer carro. O trânsito de São Paulo é meu inimigo...

Alívios em 2011: um Cruzeiro no Carnaval, um descanso em Caldas Novas, Comemoração dos 25 anos de casamento em Monte Verde, algumas idas a Ubatuba e passeio a Campos do Jordão. Visita a parentes em Sorocaba...

Que venha 2012

Não sei exatamente como será, mas estou de peito aberto e pronto para o enfrentamento. Que seja menos rigoroso que 2011. Em 2012 completarei 50 anos e é hora de diminuir o ritmo. Não quero muito. Basta-me manter o que foi conquistado até aqui. Desejo saúde para minha família, desejo manter a energia suficiente para seguir lutando.

Muita paz para os amigos

Quero agradecer a todos. Aos amigos do Facebook e do Twitter. Pelos leitores fieis dos meus sete blogues. Pelos constantes elogios e votos de confiança. Não temo expor meu ponto de vista e espero que ele ajude a quem se interessar. Lendo meus textos haverão de enxergar minhas virtudes e defeitos e incorporar o que é útil. Agradeço a todos que me brindaram com textos e mensagens. A internet tem suas virtudes e entre elas a vasta biblioteca virtual e os muitos blogues e páginas elucidativas.

Espero que todos tenham tido um 2011 vitorioso e estejam prontos para encarar e percorrer o ano de 2012.

Sucessos!


Enéias Teles Borges

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A História do Papai Noel


A História do Papai Noel

O Papai Noel nem sempre foi como o conhecemos hoje. No início da história do Natal cristão, quem distribuía presentes durante festividades natalinas era uma pessoa real: São Nicolas. Ele vivia em lugar chamado Myra, hoje Turquia, há aproximadamente 300 anos AC. Após a morte de seus pais, Nicolas tornou-se padre.

As histórias contam que São Nicolas colocava sacos de ouro nas chaminés ou os jogava pela janela das casas. Os presentes de natal jogados pela janela caíam dentro de meias que estavam penduradas na lareira para secar. Daí a tradição natalina de pendurar meias junto à lareira para que o Papai Noel deixe pequenos presentinhos.

Alguns anos depois, São Nicolas tornou-se bispo e, por esse motivo, passou a vestir roupas e chapéu vermelhos e barba branca. Depois de sua morte, a Igreja nomeou-o santo e, com o início das celebrações de Natal, o velhinho de barba branca e de roupas vermelhas passou a fazer parte das festividades de fim de ano.


Papai Noel atual: como foi construída sua imagem


O Papai Noel que conhecemos hoje surgiu em 1823, com o lançamento de “Uma visita de São Nicolas”, de Clement C. Moore. Em seu livro, Moore descrevia São Nicolas como “um elfo gordo e alegre”. Quarenta anos mais tarde, Thomas Nast, um cartunista político criou uma imagem diferente do Papai Noel, que era modificada ano a ano para a capa da revista Harper’s Weekly. O Papai Noel criado por Nast era gordo e alegre, tinha barba branca e fumava um longo cachimbo.

Entre 1931 e 1964, Haddon Sundblom inventava uma nova imagem do Papai Noel a cada ano para propagandas da Coca-Cola, que eram veiculadas em todo o mundo na parte de traz da revista National Geografic. E é esta a imagem do Papai Noel que conhecemos hoje.

Fonte: Presente de Natal.

Coisas de menino...


Quando eu era menino pensava como menino e acreditava nas coisas de menino. Acreditava em Papai Noel e em duendes. Na existência do Bem e do Mal.


Quando deixei de ser menino eu parei de pensar e acreditar como menino. Não acredito mais na existência de Papai Noel, não creio mais na existência de duendes.


Será que existem mais coisas de menino nas quais ainda acredito? Será que não existem mais coisas de menino e tudo no que acredito é coisa de adulto?


Será que apesar de não ser mais menino eu insisto em não crescer e continuo acreditando em coisas de menino, mesmo sendo adulto?


Será que continuo com a esperança típica de menino?


Será que continuo com o mesmo medo que sente (...) um menino?

Enéias Teles Borges
Postagem original: 24/04/2008

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Fanatismo: expulsando demônios...

Nota: A tendência é piorar. Pessoas com baixo nível de entendimento, sendo envenenadas por pastores, bispos e afins, produzem esse tipo de resultado. Um absurdo que haverá de se repetir com o crescimento dos muitos difusores da Fé Cega e Faca Amolada (FCFA). Lamentável!

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O ânimo em São Paulo ou a falta dele...


Andando pelo Centro de São Paulo, hoje pela manhã, pude notar, mais uma vez, como a multidão guarda dentro de si outra multidão de pessoas solitárias. Sozinhos em meio à multidão as pessoas andam, olham e voltam a andar. São pessoas de diferentes cores e aspectos. Pobre e ricas. A solidão acompanha a todos os viventes.

Aproximam-se os dias de festa. Natal e Ano Novo. Tudo de velho nos momentos novos que vão chegando. Desejar Boas Festas é apenas algo rotineiro. Costume que se tem de desejar a quem quer que seja um Feliz Natal e um próspero Ano Novo. Frases velhas em momentos que vão chegando.

Algum problema em usar frases velhas? É certo que não. O ânimo de quem se serve de tais frases é que precisa estar renovado. Como então fazer reviver um ânimo que insta em se aprofundar no abismo?

São tantas as dificuldades enfrentadas pelos valentes paulistanos, que fica difícil fazer uma lista. Trânsito, frio, calor, enchentes, poluição, metrô lotado, ônibus que achatam como se fossem latas de sardinha...

A despeito de tudo isso, devemos tentar levantar nosso ânimo e dizer, sem a  preocupação com a idade das frases: “Feliz Natal!” e “Próspero Ano Novo!”...

Enéias Teles Borges

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Planetas do tamanho da Terra


Astrônomos da sonda espacial Kepler anunciaram nesta terça-feira (20) a descoberta de mais dois planetas fora do Sistema Solar: “Kepler-20e” e “Kepler-20f”. Os dois são os primeiros dentre os descobertos a ter quase exatamente o mesmo tamanho que a Terra. Eles também orbitam uma mesma estrela parecida com nosso Sol.
O 20f tem praticamente o mesmo raio da Terra e o 20e é um pouquinho menor (mais ou menos do tamanho de Vênus). São os dois menores já descobertos fora da nossa vizinhança. Eles estão a 950 anos-luz de distância.
Fonte: Globo.
Nota: Cada vez mais perto...
Enéias Teles borges


Pois a vida continua...

Alguém poderia cantar, junto com o Zeca Pagodinho “... deixa a vida me levar...” e tentar esquecer as múltiplas mazelas. É certo que antes, durante e depois da tempestade, a vida segue em frente no compasso do tempo.


Passadas as agruras ou ainda continuando os medos, precisamos remar a vida. Nossa luta é como naquela da canção poética “rema, rema o remador...” O que somos senão pessoas num imenso rio deixando que as águas simplesmente nos levem ou remando para tentar implementar nossas escolhas remando, ainda que contra a correnteza?


Temos que, mais uma vez como numa música poética, “levantar a cabeça, sacudir a poeira e dar a volta por cima”, pois, em conformidade com um adágio popular: “a vida é dura para quem é mole!”


“Vamos em frente porque atrás vem gente”, pois a vida continua...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 12/02/2009

domingo, 18 de dezembro de 2011

Viver é morrer...

O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela. (Fernando Pessoa)

sábado, 17 de dezembro de 2011

O sábio e o tolo

"O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer; o tolo porque tem que dizer alguma coisa." (Platão)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Canibalismo estelar

Utilizando um telescópio virtual de 130 metros de diâmetro, capaz de observar com uma nitidez 50 vezes superior ao Telescópio Espacial Hubble, uma equipe de astrônomos europeus registrou as melhores imagens até agora obtidas do momento que uma estrela é canibalizada por sua companheira.

As imagens foram registradas simultaneamente por quatro telescópios auxiliares de 1.8 metro de diâmetro, instalados no Observatório do Paranal, nos Andes chilenos. A luz captada por cada instrumento foi canalizadas em um dispositivo óptico do tamanho de um cartão de crédito, produzindo um padrão de interferência capaz de gerar imagens com resolução similar a de um gigantesco telescópio de 130 metros de diâmetro.

“Agora podemos combinar a radiação captada pelos quatro telescópios VLT (Very large telescope) e criar imagens extremamente nítidas muito mais depressa do que antes,” disse Nicolas Blind, ligado ao Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, na França e principal autor principal do artigo científico que apresenta estes resultados.

O trabalho foi baseado na observação do sistema SS Leporis, localizado na constelação da Lebre. Ali, duas estrelas separadas por cerca de 170 milhões de km orbitam uma ao redor da outra a cada 260 dias. A maior das duas, e também a mais fria, ocupa cerca de 42 milhões de km dessa distância e devido à grande proximidade já perdeu quase metade da sua massa para sua companheira, a estrela menor e mais quente. 

Leia todo texto em APOLLO11.

Nota: Como coadunar Ciência x Religião, diante de fatos assim? Entendo que o Criacionismo, nos moldes que aprendi, passa a ser um imenso ponto de interrogação. E a perfeição no Universo? Não tem sido dito que o pecado apenas afetou a perfeição por aqui? Como explicar tal canibalismo? Pelo Criacionismo conservador cristão não dá...

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Eu acreditava em papai Noel

Houve um tempo em que eu acreditava:
Nos meus professores,
No que ensinavam.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nos meus pastores,
No que doutrinavam.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nos líderes religiosos,
No que incentivavam.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas interpretações dos religiosos,
No que era sutilmente elaborado.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas manifestações de fé dos amigos,
No que diziam fazer coerentemente.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas convicções denotadas pelas pessoas,
No que parecia ser ausência de alienação.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas demonstrações de coragem de muitos,
No que mostravam dispostos a fazer.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Na possibilidade de compromisso com a verdade,
No que diziam os ditos compromissados.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas pessoas que acreditavam no que diziam,
No que afirmavam professar.
Eu acreditava em papai Noel.


Houve um tempo em que eu acreditava:
Nas pessoas, igreja, fé, vida futura melhor,
No tudo que isso representava.
Eu acreditava em papai Noel.

Enéias Teles Borges (autor)
Reflexões de quem não acredita mais em papai Noel.
Postagem original em 17/06/2008

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Jesus ou Papai Noel?

Eu estava ouvindo o noticiário na rádio CBN/SP, nesta última quinta-feira. Haveria uma entrevista com Frei Leonardo Boff e foi apresentado um rápido comentário dele que chamava a atenção para um fato natalino: O Natal, em tese, está vinculado ao nascimento de Jesus (independentemente da data ser correta ou não), mas o que se fala mais nesta época é sobre o Papai Noel. Jesus e Papai Noel disputando a atenção do cristão.

Interessante esse comentário. Bem ao nível deste fabuloso teólogo! E há que se considerar essa realidade. Jesus, Papai Noel, Natal, presentes, espírito bom, consumismo...

O que representa o Natal para o mundo cristão hoje? O que é, efetivamente, o espírito natalino? Pensa-se em Jesus? Pensa-se no Papai Noel? Momento de difundir o altruísmo ou esperar por ele?

Muitos tentam relacionar os personagens. O menino Jesus na manjedoura e o Papai Noel que seria o Jesus maduro, velhinho e bondoso...

É um assunto a ser firmemente considerado, mas jamais sem perder o que de bom acontece no Natal: as pessoas se irmanam, existe um esforço pela paz. É, sem dúvida, um fenômeno que se repete a cada ano.

Gosto muito do Natal. Supera meu aniversário! Procuro observar as crianças nas ruas, sentadas nos colos dos muitos “papais noéis” ...

O Natal aproxima as pessoas, abre espaço para a reconciliação é um momento mágico no mundo cristão.

Eis que ele se aproxima...


Enéias Teles Borges
Postagem original: 19/12/2008

domingo, 11 de dezembro de 2011

O que é Globalização?

Qual é a mais correta definição de Globalização? 
A Morte da Princesa Diana. 
Por quê? 

Uma princesa inglesa com um namorado egípcio, tem um acidente de carro dentro de um túnel francês, num carro alemão com motor holandês, conduzido por um belga, bêbado de whisky escocês, que era seguido por paparazzis italianos, em motos japonesas. A princesa foi tratada por um médico canadense, que usou medicamentos americanos. E isto é enviado a você por um brasileiro, usando tecnologia americana (Bill Gates) e provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico que usa chips feitos em Taiwan e um monitor coreano montado por trabalhadores de Bangladesh, numa fábrica de Singapura, transportado em caminhões conduzidos por indianos, roubados por indonésios, descarregados por pescadores sicilianos, novamente empacotados por mexicanos e, finalmente, vendido a você por chineses, através de uma conexão paraguaia.

Isto é Globalização.

Mensagem recebida por e-mail.

Enéias Teles Borges

sábado, 10 de dezembro de 2011

O ateu, a fé e a obra

O ateu estava observando o religioso que orava diariamente pedindo a deus uma bênção. O que ele queria? Dinheiro! O religioso fervoroso orou durante, dias, semanas, meses e anos e deus não lhe concedeu a bênção: dinheiro! O que fez o religioso? Entrou num banco e promoveu um grande assalto. Agora ele tinha dinheiro, mas não tinha paz. O que fez? Orou a deus pedindo perdão e por fim disse: "deus não me deu dinheiro, mas me deu o perdão. Afinal o que seria da fé (oração) sem as obras (assalto ao banco)?"


O ateu continuou observando o religioso e aprendeu que nos contextos da fé cega e da faca amolada é mais fácil perdoar o pecado do que conceder a bênção...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 24/08/2009

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nascendo ou morrendo?

A nossa vida é meio parecida com uma vela. Assim que é acesa a vela começa o caminho imutável para o fim. À medida que clareia ela se esvai...

No exato momento em que fomos concebidos começamos a contagem regressiva para o fim de nossa ínfima existência. Cada segundo vivido é um segundo a menos para viver. O começo da nossa vida é também o começo da nossa morte, imutável como o fim da vela acesa. À medida em que vivemos, nossa vida se esvai. Entre choros e sorrisos, entre paz e dores, entre um minuto e outro, passamos. A vida segue, mas um dia não será a nossa.

O que fazer? Nada pode ser feito para mudar essa sina: nascer, crescer e morrer. Existem aqueles que nascem e sequer crescem. Outros sequer vêm à luz.

O que importa mesmo é ser útil de uma forma ou de outra. Nossa vida pode ser curta, mas podemos produzir efeitos que serão curtos ou longos, bons ou ruins...

Vida que segue...

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A onisciência e o livre-arbítrio

Será a onisciência divina realmente incompatível com o livre-arbítrio?
Rafael Alberto S. d'Aversa
Universidade Federal de Ouro Preto
Neste ensaio discute-se o problema de saber como pode Deus ser onisciente e os seres humanos terem livre-arbítrio. A posição defendida é a de que se Deus existe, então não sabe nem influencia previamente que escolhas faremos e que, portanto, a sua onisciência não é incompatível com o livre-arbítrio (que neste trabalho é usado como sinônimo de liberdade de escolha). Após esclarecer os conceitos de Deus, presciência, livre-arbítrio e eternidade, apresentarei duas concepções mais fracas de onisciência a fim de mostrar que o fato de Deus saber tudo não afeta nossa liberdade de escolha.

Leia o texto completo em [crítica].

Enéias Teles Borges
Postagem original: 17/07/2009

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Picaretagem da fé

Valdemiro Santiago larga a toalha "Sê tu uma bênção" e opera o joelho no Hospital Albert Einstein.

Valdemiro cura de prisão de ventre até câncer com a sua tal toalhinha ungida. Com esta, também se paga dívida de banco e há até quem faça buchada da mesma para curar paralisia e até cegueira. E na hora de tratar do joelho, Valdemiro vai ao Einstein?

Então esta toalha de “...” não cura joelho não? 

Leia todo o texto em GENIZAH.

Nota: É impressionante como os membros da FCFA (Fé Cega, Faca Amolada) são facilmente enganados pelos abutres. A fé cura câncer, mas não cura o joelho do milagreiro?

Enéias Teles Borges

sábado, 3 de dezembro de 2011

Vazio da alma

Muitos religiosos chamam a atenção para um estado de espírito que se instala nas pessoas. Um estado desagradável - sensação de vazio. Chamam de vazio da alma e dizem que só há uma maneira de acabar com esse sofrimento. Preenchendo esse espaço vazio com deus...

O curioso é que chamam de deus o que mais se parece com cultura religiosa. Sim, porque cada aglomerado da fé oferece o mesmo remédio, mas deixa claro que o produto verdadeiro é esse, oferecido por ele. Cada segmento da fé cega e da faca amolada possui uma farmácia que desenvolve a fórmula do remédio que preenche o vazio da alma. Cada seita (ou igreja) afirma que a única farmácia confiável é aquela que está sob seu credo. Logo só existe um verdadeiro remédio. Logo existe apenas um verdadeiro deus que preenche, de forma cabal, o vazio da alma.

Se existe vazio da alma, não há como confiar em algum deus que o preencha. São tantos os formatos do deus dos cristãos, do deus de outras crenças (...). Fico com a sensação que se existe esse vazio da alma ele foi criado pelas religiões que tanto falam dele. Criam a dificuldade (vazio da alma) e vendem o remédio (o deus conforme sua imagem)...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 19/01/2010

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Precisamos de esperança, pois a vida é dura!

Num periódico eu li, com grande simpatia, o pronunciamento de um ateu acerca da esperança. Ele disse algo mais ou menos assim: “não posso tirar a esperança de alguém a menos que eu tenha algo melhor para colocar em seu lugar”. Trocando em miúdos ele insinuava que não acreditava na existência de Deus e, portanto, não cria nas convicções dos cristãos. Mas o que ele teria para colocar no lugar daquela esperança? As pessoas estariam preparadas para verdade na qual ele acreditava?

Veio, de imediato à minha mente, uma frase muito usada nesse contexto de fé, crença e descrença: “a ignorância, muitas vezes, é fator de felicidade”. Essa ignorância, da qual trato, precisa melhor ser entendida: por não se saber de determinada verdade ruim é possível ser feliz ou, ao menos, não ficar triste.

Imaginemos uma criança portadora de uma doença mortal que lhe ceifará a vida em poucos dias. Ela não sabe. Precisa saber? Não seria oportuno minimizar-lhe a dor deixando que não saiba da morte iminente? Tirando-lhe a esperança o que seria colocado no lugar? É nesse sentido que me refiro a esperança como fator de felicidade.

A grande realidade é que, nesse assunto de religião (fé e crenças), nós não passamos de crianças. Será que aquilo em que cremos é real? E se não for real é justo ou salutar trazer isso à tona, minando esperanças? No caso em tela a ignorância não deveria ser promovida? Tirando do crente a sua fé o que será posto no lugar? Até que ponto a verdade que corroi deve ser colocada no pedestal em substituição à suposta mentira que alenta?

Não restam dúvidas quanto à utilidade social da fé. Imaginem essa massa deixando de crer. O que viria depois? Imagino (hipótese) que depois da desilusão, decorrente da desesperança, viria o caos. Sem a esperança de uma vida eterna e com a convicção de que a vida atual é efêmera, como reagiria a grande nação mundial da fé? É caso para se pensar e pensar muito! A crença promove resultados formidáveis e que são impossíveis de ser mantidos, a não ser pelo exercício permanente da própria crença. É um tremendo freio social! É uma fantástica máquina criadora (de alienação?) que mantém o povo contrito e longe da guerra. Sem a religião haveria desordem? É provável que sim.

O que está em discussão não é se a religião é um espelho da verdade, mas a sua importância independentemente de ser veraz ou não. Não nos impressiona o fato de que uma suposta mentira coletiva seria o estandarte da paz?

Tenho refletido sobre isso e não é de hoje. Eu diria que o marco inicial foi em 1983, no segundo ano da Faculdade de Teologia. De lá para cá eu comecei a separar “religião” de “cultura religiosa”. “convicção” de “alienação”.

Mas eu respeito o que adiante explano:

Nós humanos precisamos do calor da esperança, pois a vida é dura. Precisamos do fogo abrasador que essa fé nos dá, pois a vida é dura. Precisamos da coragem que a fé nos traz, pois a vida é dura. Precisamos não questionar essa crença, pois poderia nos trazer desilusão, tirando-nos a esperança e sem esperança a vida é dura.

Eis o ponto máximo da questão: nada temos para colocar no lugar da esperança, escudada na verdade ou na mentira.

Nós precisamos dessa esperança, pois a vida é dura!

Enéias Teles Borges
Postagem original: 23/06/2008

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Perdeu a fé, ganhou a verdade...


Na mesma proporção em que avançava nos estudos, menos deixava de acreditar. Tudo o que acreditou na infância e juventude começou a escorrer como água entre os dedos. Preferiu crer que assim costuma ocorrer na maturidade, a caminho da velhice. Não há mais tempo para sonhar. Hora de viver. O viver não é exatamente como ele um dia sonhou.

Seus amigos, que não se dedicavam tantos aos estudos, notaram a mudança de comportamento e de temperamento. Logo começaram a dizer: “estudar demais faz mal. Dedicar-se demais às leituras profundas esmaga a fé. A experiência, diziam, tem demonstrado que os humildes herdarão a terra. Estudar demais dizima a humildade”.

Seguiu seus estudos e acostumou-se com a ideia de que o sonho não coadunava com a realidade. Ele preferia a esperança, mas em seu lugar viu nascer a desesperança. A esperança era o sonho, a desesperança era a vida como ela é...

Finalmente assimilou e não mais ligava para os comentários dos amigos. Costumava dizer a todos: “percorram o caminho que eu percorri e certamente chegarão ao lugar no qual me instalei...”.

Seus amigos, de pronto, respondiam: “você perdeu a fé!”.

Ele, que sempre foi honesto, respondia: “é fato que perdi a fé, a formosura da fé que tanto me trouxe esperança. Em seu lugar, porém, ganhei a verdade, com suas mazelas e desesperos”. Emendava: “eu até preferiria a fé, em lugar da realidade, a esperança, no lugar da desesperança...”.

Concluía: “é que descobri que uma coisa é desejar (esperança) e outra é a existência (ou não) do objeto do desejo (verdade)...”.

Enéias Teles Borges

Sobre a vida após a morte...

Muito se especula nada se sabe. Existem aqueles que dizem manter contato com alguns que estão em outra dimensão. Existem aqueles que, à beira da morte, dizem visualizar uma luz no fim do túnel. Há relatos que dão conta de situações que fogem totalmente do que se apalpa aqui no nosso mundo dos vivos. Não podemos nos esquecer dos religiosos que são contundentes em afirmar que essa vida aqui é mera passagem para outra. Existem os que falam de reencarnações e evolução dos seres até atingir o alvo supremo da perfeição. Muitos acreditam que haverá ressurreição dos mortos e nova maneira de viver advirá. Sobre a vida após a morte muitos falam, sonham, acreditam e desacreditam...

Pergunto: a vontade de viver para sempre cria no homem esse desejo incontido ou é o medo de morrer que conduz o ser humano para a especulação? Como concluir que é verdadeira, qualquer assertiva, se não existe uma só pessoa, entre bilhões, que possa, de forma a não deixar dúvidas, dizer o que é e o que não é? Sobre a vida após a morte existem devaneios mil, mas a verdade absoluta não há...

Não seria maravilhoso saber que depois da vida há um lugar de esplendor? Não seria fabuloso ter a certeza de que esse nosso momento fugaz será sobrepujado por uma vida duradoura? Não seria inefável saber que haverá ressurreição e nova vida, bela, perfeita e infinita? Claro que seria fantástico! Teístas e ateístas certamente se dariam as mãos. Não haveria divergência ideológica. Sim, existiria uma alegria sem fim, no caso de ser possível afirmar: depois dessa vida há algo infinitamente melhor...

Tal afirmativa não há. Restam, tão somente, as muitas especulações. Não há, de fato, o que dizer sobre a vida após a morte...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 15/05/2010

sábado, 26 de novembro de 2011

O céu e o esquecimento

E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas (Apocalipse 21:4).

Já ouvi muitos sermões tendo esse verso como base. A despeito da beleza de seu conteúdo um mal-estar sempre me cercava e hoje eu consigo entender o motivo de tanta angústia que me acometia. É que hoje eu sou pai.

Imaginem a seguinte situação:

Uma mãe está vendo a casa pegar fogo. Tenta entrar para salvar seu filho entre as chamas. Os bombeiros não deixam e dizem que não há como salvar mais a criança. Nem eles podem. Mesmo assim a mãe insiste em tentar, mas não consegue. As pessoas a seguram. Ela diz que não poderá viver sem o filho, prefere morrer com ele. Uma pessoa lhe diz: “não se preocupe, depois que tudo acabar nós lhe daremos um remédio e você nem sofrerá com isso; poderá até se lembrar, mas não terá mais sofrimento”. Qual a mãe, de coração puro, que aceitará esse argumento? Qual mãe quererá um remédio que a faça esquecer da dor e da sua prole?

Você conhece alguma?

Essa passagem do livro do apocalipse muitas vezes foi apresentada assim. Os pais devem “ensinar” o caminho aos filhos e a missão paterna estará concluída. E se os filhos não forem para o céu?

O pregador sempre dizia que um remédio seria ministrado. Não haveria mais dor para os que fossem para o céu. Até se lembrariam dos queridos que se perderam, mas tudo não passaria de uma simples lembrança sem dor...

Eu sempre me perguntei se o céu seria interessante nessas condições. Quem disse que eu quero me esquecer de certas coisas? Não me empolgo com essa anestesia da mente que seria aplicada em mim. Eu me preocupo com minhas filhas até no que se refere às pequenas coisas, como não me preocuparia com conseqüências eternas?

Prefiro pensar que esse verso sempre foi mal interpretado. Sempre vi essa interpretação como uma expressão de egoísmo...

Enéias Teles Borges
Publicação Original 03/04/2008

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Racismo velado?


Você já deve ter ouvido frases assim: “esse é um preto da alma branca”, “ele é pretinho, mas é gente boa”, “é pretinho, mas é inteligente...”, “é um senhor de pele escura, mas de confiança” e muitas outras. Já ouviu? Já disse?

A questão é: seria isso uma forma velada de racismo? Outro dia eu ouvi uma frase: “que negra bonita!” Eu perguntei à pessoa que assim se expressara: “você diria: que branca bonita?” Como se tratava de uma senhora honesta e sincera ela me respondeu: “tem razão. Muitas vezes não nos damos conta de que usamos palavras e frases preconceituosas”.

Imagine a seguinte situação: você chega num condomínio e na portaria estão duas pessoas conversando. Uma é “de cor” e a outra não. Você não consegue identificar quem é o porteiro. Você precisa se dirigir a um deles. Qual é a sua escolha? Quem, em sua opinião, é o porteiro? Já notou que a tendência é sempre considerar o negro como empregado e o branco como patrão? Racismo velado ou força da tradição?

Aqui no Sul do Brasil o quadro vai se acomodando e para o bem. É natural em campanhas publicitárias a inserção das pessoas negras em comerciais de alto gabarito e em funções socialmente mais elevadas. Existe um público consumidor que era desconhecido e, além disso, o Brasil está assumindo a sua “brasilidade”.

Não faz muito tempo eu estive numa cidade do Nordeste e lá estão tentando inserir pessoas negras nas campanhas publicitárias locais. O ranço ali ainda permanece. A figura do cidadão negro aparece sempre em funções hierárquicas inferiores... Mas eles também chegarão lá. Por que chegarão? Porque é inevitável. O Brasil está cada dia mais mestiço. Alguém pode dizer que caminhamos em passos largos na direção de um “republiqueta” de vira-latas. E quem disse que um vira-latas é degradante? Você já teve um cão que não seja puro sangue em casa? Ele não sabe amar? É imprevisível? Deixou de ser um cão? Não podemos aceitar essa historieta de becos e porões dizendo que temos complexo de vira-latas. Afinal não temos a virtude de um vira-latas? Ele sobrevive sempre. O faz porque é uma praga ou erva daninha? Sobrevive porque é bom?

Meu convite à reflexão: será que ainda, no último recanto da alma de alguns, existe o racismo velado? Aquele que se manifesta em frases soltas em atitudes aparentemente bem intencionadas? Você não enxerga? Será que não existe? Será que você é racista e nem se deu conta?

O que somos neste País gigantesco?

Enéias Teles Borges
Postagem original: 04/08/2008

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Doce ilusão - I

Desde os mais remotos tempos os homens, sem fugir às suas características, sonharam e projetaram esses sonhos, como se eles fizessem parte da vida real. Tudo não passava de uma maneira de buscar a perpetuação da vida, especialmente em face do medo do que viria depois da morte. Deuses surgiram e interpretações e variações vieram em seguida. Razão pela qual muitos mataram e muitos morreram em clara demonstração de fé no que acreditavam.

A história registra muitos casos de guerras, lutas menores, sofrimentos sem fim neste mesmo contexto. Pessoas, em choro e fé, entregaram suas vidas em demonstração e exemplo de que se pode morrer acreditando numa vida futura.

Fatos recentes nos levam a enxergar o mesmo. Quem não se lembra do ataque terrorista, promovido por radicais islâmicos, às torres gêmeas nos Estados Unidos? Aqueles homens de fé que morreram matando milhares, fizeram isso por patriotismo? Evidente que não.

No embalo da doce ilusão as pessoas estão dispostas a morrer, estão dispostas a matar. A fabulosa ilusão de uma nova vida, depois desta efêmera passagem pela Terra, é o grande agente motivador.

Enéias Teles Borges

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Leituras - Novembro de 2011

Estou concluindo a leitura do livro "As Relíquias Sagradas de Hitler". Hora de pensar em novas leituras. Durante o ano letivo venho lendo a duras penas. Levanto-me muito cedo e à noite estou sem muita disposição para leituras. As mais encorpadas eu vou lendo devagar e relendo parágrafos para uma reflexão mais aprofundada. As leituras mais leves andam devagar, justamente pelo consaço.

Com a proximidade das férias escolares a diminuição do trânsito paulistano, além de uma pausa de aproximadamente vinte dias, será possível olhar com carinho para a leitura em geral. Para tanto eu adquiri, minutos atrás, dois livros de leitura leve: "O Último Templário" de Raymond Khoury e "A Arca Perdida da Aliança" de Tudor Parfitt. Espero que valham o tempo que dispensarei a eles.

Ao final eu espero tecer comentários sobre ambos.

No que tange ao livro "As Relíquias Sagradas de Hitler", que se centra na cidade de Nuremberg (Alemanha), é um livro que merece os minutos que tenho dedicado à leitura. Não é ficção. É um retrato das pretensões bizarras de Hitler e, neste caso, tendo como escudeiro Himmler, o místico líder das "SS". 

Recomendo, portanto.

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Existe vida longa?

Vida saudável é a expressão que tem feito parte do cotidiano de muitas pessoas. Comer bem, beber bem, fugir de vícios, praticar esportes. Objetivo: vida longa. O que seria vida longa? Viver mil anos? Claro que não é assim. A vida longa, tão difundida e almejada é quase a mesma coisa da vida curta. Quem vive pouco chega aos sessenta anos. Quem vive muito chega aos oitenta anos. Cerca de vinte anos a mais. Como se vinte anos fossem vinte séculos! O ser humano vive pouco. Morre cedo e isso sempre! Essa diferença de alguns anos a mais não representa grande coisa. Às vezes, para poder viver esse tempo a mais, as pessoas abdicam de prazeres que valem alguns anos de vida. Outras tornam-se escravas do corpo. Evitam quase tudo para manter o corpo malhado e em ordem. Gostam disso? Tudo bem. Mas fazer sacrifícios para viver alguns míseros anos a mais é escolha certa? Respeito as opiniões de todos, mas tenho minhas dúvidas se a tal vida saudável faz aumentar a expectativa de vida. Há que se considerar os infortúnios, tais como acidentes, assaltos à mão armada e tantos outros impeditivos para a tal vida longa...

Enéias Teles Borges

sábado, 19 de novembro de 2011

Era uma vez um homenzinho...

Era uma vez um homenzinho, que vivia num planetinha, num sistemazinho solar que fica num pontinho de uma galáxia. Esta galáxia é uma entre bilhões e bilhões... No planetinha existem bilhões de outros homenzinhos e mulherzinhas. Nosso querido homenzinho cria que era muito importante. Muitíssimo importante. Importantíssimo!

O homenzinho acreditava (porque assim foi doutrinado) que o criador de toda essa imensidão seria capaz de parar tudo, absolutamente tudo, só para lhe dar atenção.

Um dia o homenzinho morreu acreditando que o universo perdeu o que havia de mais precioso. Ele! Sim ele mesmo! Aquele por quem até mesmo o criador de tudo e do tudo, pararia só para lhe ouvir... 

Era um homenzinho, mas com auto-estima de um homenzarrão!

Enéias Teles Borges
Publicado em 29/10/2009

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pedinte sem mãos

Hoje eu parei num semáforo no Centro de São Paulo. Fiquei aguardando o sinal verde para manobrar para outra avenida, quando o vi. Um pedinte mutilado. Faltava-lhe o braço esquerdo inteiro e possuía apenas um pequeno pedaço do braço direito, bem acima do cotovelo.

Notei algo, no mínimo diferente: quem quisesse fazer alguma contribuição precisaria ir mais adiante. Seria necessário que o pedinte se abaixasse um pouco, para que o donativo fosse colocado no bolso de sua camisa. Até para receber esmolas ele tinha dificuldades. Tratava-se de um pedinte sem mãos.

Nosso mundo tem dessas coisas...

Enéias Teles Borges

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