segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

PERÍODO DE FÉRIAS

Período de férias
Enéias Teles Borges


Depois de um ano muito corrido resolvemos descansar um pouco. Do dia 20 de dezembro até hoje (29/12) estivemos numa viagem de carro em direção ao Nordeste do Brasil. Especificamente nosso rumo foi a simpática cidade de Vitória da Conquista no Sudoeste da Bahia. Do dia 30 até a primeira dezena de janeiro estaremos em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo (como de costume - algo que quase sempre ocorreu nas “viradas de ano” de 1989 para cá).

Em função deste rápido fugir da rotina as postagens ficaram suspensas. Logo mais serão narrados alguns fatos atinentes a estes últimos dias.

Espero que todos tenham tido um ótimo Natal. Desejo um Feliz 2009 às amigas e aos amigos que me acompanharam aqui neste espaço.

Até mais.
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

OLHAR DE INCREDULIDADE

Olhar de incredulidade
Enéias Teles Borges


O garoto tinha cerca de 10 anos. Estava uniformizado. Aquela roupinha padrão das escolas do município de São Paulo. Chorava forte, chorava alto. No primeiro momento eu pensei que fosse brincadeira. Logo notei que era algo sério.

Aproximei-me e perguntei o que se passava. Ele me respondeu dizendo que morava longe e que tinha perdido o dinheiro da condução. Estava inconformado! “Quanto você perdeu?” Ele me respondeu: “Cinco reais”.

Tirei do bolso uma nota desse valor e coloquei nas mãos do garotinho.

Ele olhou para mim, nada disse, pareceu-me um olhar diferente. Não era exatamente de gratidão. Era de incredulidade mesmo! Parecia-lhe impossível receber de um estranho aquele valor. Pequeno para muitos, importante para ele...

Passaram por situações assim? É como se as pessoas, independentemente da idade estivessem perdendo o senso de humanidade, de colaboração... Ninguém pensa em ninguém! O mundo segue pirambeira abaixo e esse sofrimento tem levado muitos indivíduos à desconfiança e à incredulidade.

Crer em quê? Num Deus sob medida que milhares de grupos religiosos sugerem? Nas pessoas que parecem ter na testa o artigo 171 do Código Penal: aquele que trata do estelionato?

Ainda é possível receber algo sem ter que retribuir como se fosse um pagamento?

O Natal se aproxima e as pessoas que vivem nesse mundo “sem eira nem beira” precisam receber, por menor que seja, a chama da esperança.

É momento de nos despirmos um pouco do “eu” e estender a mão às mãos que carecem de afeto.
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O PESO DA IDADE - II

O peso da idade - II
Enéias Teles Borges


Ontem eu saí do trabalho às 17:30 horas, da Zona Norte de São Paulo e segui rumo à minha casa, que fica na Zona Sul. Foram três horas e quinze minutos no trânsito! Ouvi noticiários, programas esportivos e um pouco de música. Foi horrível!

Para “escapar” das dores nas costas – tanto tempo dentro do carro – eu pensei, pensei e pensei. Sentindo as dores decorrentes do “peso da idade” eu tomei parte do tempo dentro do veículo para refletir um pouco sobre a minha vida e sobre o ano de 2008.

O ano que está finalizando foi duríssimo! Muito trabalho, muito trânsito, muita notícia ruim. Mas sinto que não devo reclamar. Em alguns pontos (não muitos) o ano foi bom e mister se faz valorizar também seu lado melhor.

Na minha vida, efetivamente, algo precisa ser mudado! O peso da idade não me permite mais o “luxo” de ficar tanto tempo dentro do carro. Uma das metas para 2009 é simples: mudar para um carro com câmbio automático. Sem ter que cambiar e pisar no pedal da embreagem sentirei menos o efeito do peso da idade.

Quem sabe até não terei melhores condições para aproveitar o trânsito para pensar mais na vida, sua origem, seu destino, religião, ateísmo...

Vida de quem vai envelhecendo é assim: nunca deixar de pensar, nunca deixar de ler, nunca deixar de si valorizar e sempre buscar um motivo para minimizar a dor...

Uma forma honesta de assumir o peso da idade...
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Vida fora da Terra?

Hubble acha dióxido de carbono em planeta extra-solar

Cientistas anunciaram na terça-feira a descoberta de dióxido de carbono (CO2) em um planeta quente fora do nosso Sistema Solar, em mais uma prova de que pode existir vida além da Terra.

A Nasa (agência espacial dos EUA) disse que o seu Telescópio Espacial Hubble localizou CO2 na atmosfera do planeta HD 189733b, que pertence à categoria chamada "Júpiteres quentes" e orbita uma estrela relativamente próxima, a 63 anos-luz da Terra.

Concepção artística do planeta registrado pelo Hubble; descoberta reforça a idéia de que pode haver vida além da Terra

O planeta em si é quente demais para conter vida - cerca de 1.000 graus Celsius na superfície. Mas os astrônomos disseram que as observações são a demonstração cabal de que a química básica para a vida pode ser mensurada em planetas que orbitam outras estrelas.

Em março, eles já haviam achado ingredientes do metano no planeta, um dos cerca de 300 já localizados em torno de outras estrelas. Também há sinais de vapor d'água nesse lugar.

"Esses estudos atmosféricos vão começar a determinar as composições e processos químicos que operam em mundos distantes", disse Erich Smith, cientista do Hubble na Nasa.

Mark Swain, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia), usou a câmera de infravermelho e um espectrômetro multiobjeto do telescópio orbital para estudar a luz infravermelha do planeta.

Ele conseguiu identificar dióxido de carbono e monóxido de carbono, que absorvem certos comprimentos de onda da radiação sub-infravermelha.

"O CO2 é a principal razão de excitação porque, sob certas circunstâncias, poderia ter uma conexão com a atividade biológica, como tem na Terra", disse Swain em nota.

"O próprio fato de podermos detectá-lo e estimar sua abundância é significativo para o esforço de longo prazo de caracterizar os planetas a fim de descobrir do que são feitos e se poderiam possivelmente abrigar vida."

Fonte: Universo Online.

Nota: a existência de vida fora do nosso sistema solar é busca permanente dos cientistas. Para os religiosos não há duvida. Há vida fora da terra, mas não concebida como querem entender os estudiosos atuais.

Enéias Teles Borges

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA...

Quem não tem competência...
Enéias Teles Borges


“Quem não tem competência não se estabelece...” Frase lapidar que, a exemplo da frase da postagem de ontem, se encaixa até mesmo no futebol que é a grande paixão esportiva do brasileiro.

Para o Botafogo o Vasco sempre foi um terror. Levantamentos feitos dão conta que as vitórias do Vasco sobre o Botafogo são muitas e as derrotas são poucas. Dos times do Rio de Janeiro o Vasco sempre foi grande pedra em nosso sapato. De alguns anos para cá a situação se inverteu. O Botafogo cresceu? Nem tanto... O Vasco é que desceu a pirambeira!

Durante anos a direção do Vasco brincou com o Gigante da Colina e o resultado está aí. Sem competência não se estabelece.

Façamos uma comparação entre a forma de gestão do São Paulo com a do Vasco. O resultado não poderia ser diferente: um ganhou três campeonatos seguidos e o outro flertou com a segunda divisão nos últimos anos até que finalmente para lá se foi...

Os dois exemplos que dei nas postagens de ontem e de hoje são atuais e apaixonantes. Na vida é assim também.

Muitas vezes transformamos a vida numa espécie de jogo. Quem assim quer fazer deve lembrar que sem competência o destino é o brejo!

Tomemos como lição diária esses dois exemplos que estão diante de nós e reflitamos um pouco. A busca pela competência é a chave para a sobrevivência nos tempos atuais. Não há mais espaço para improvisação ou “jeitinho brasileiro” ou teorias que não estejam escudadas na realidade, nem mesmo orações sem fim...

Quem tem competência que se estabeleça! Os demais assistirão e baterão palmas ou arderão na panela da inveja, frustração, desespero...
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

QUEM TEM COMPETÊNCIA...

Quem tem competência...
Enéias Teles Borges

“Quem tem competência se estabelece...” Frase lapidar que se encaixa até mesmo no futebol que é a grande paixão esportiva do brasileiro.

Os que me conhecem sabem que meu time do coração é o Botafogo de Futebol e Regatas. Sou torcedor sofrido, sem muitas glórias recentes e que me contento, por hora, com a sétima colocação no campeonato brasileiro de 2008 – melhor campanha desde o título de 1995.

Não digito este texto para falar do Glorioso de General Severiano, mas para tecer comentários acerca do valor da competência.

O São Paulo é o time no Brasil (talvez único) com padrão de primeiro mundo. Excelente estrutura, diretoria eficiente, elenco fenomenal, técnico inteligente e trabalhador. Com esse tipo de competência é possível se estabelecer. Foram três campeonatos brasileiros seguidos: sempre chegando nas demais competições, sempre vendendo jogadores para o Exterior, sempre comprando os jogadores certos e sempre investindo na base, revelando valores com espírito de equipe.

A torcida deste time não pára de crescer. Minhas duas filhas, ainda crianças, aderiram. Acredito que pelo menos metade da geração que surge torce ou torcerá para o time do São Paulo. Por quê? Porque é fácil torcer pelo tricolor paulista...

Meus parabéns a esta “empresa” de primeira linha e aos seus torcedores!

Digo, para finalizar: os demais times que se cuidem. Caso contrário o futebol no Brasil será um tédio. Não terá graça ver o São Paulo ganhando tudo...
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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O genoma do mamute

O genoma do mamute
Enéias Teles Borges


04/12/2008 - Universo Online (assinantes).

O genoma do mamute abre as portas para reavivar espécies extintas. As dificuldades técnicas não são insolúveis, mas existem dilemas éticos

Por: Javier Sampedro

O genoma recuperado dos gelos siberianos é um avanço enorme que nem mesmo o recém-falecido Michael Crichton ousou imaginar em seu livro Jurassic Park. Mas daí a ressuscitar o mamute, existem obstáculos gigantescos que a genética atual não é capaz de contornar. Mas todos esses problemas são puramente técnicos, e serão solucionados mais cedo ou mais tarde. Será que veremos um parque safári na Sibéria com mamutes devolvidos à vida pela graça do homem? E principalmente, o que acontecerá com o homem de Neandertal, o segundo genoma fóssil previsto?

Um óvulo fecundado humano é muito parecido com o de um mamute. Se o primeiro produz uma pessoa e o segundo, um mamute, isso se deve ao genoma, o conjunto de genes, que dirige o desenvolvimento da evolução.

O genoma do mamute consiste em 4 bilhões de bases, ou letras químicas do DNA (aggcttcaa...), e seqüenciá-lo é determinar a ordem exata dessas letras. Isso é o que os cientistas russos e norte-americanos (quase) conseguiram fazer recentemente.

O genoma do mamute atual é como se fosse uma cópia imperfeita de um livro (tecnicamente, sua cobertura é de 0,7 vezes um genoma). Segundo estima o caçador de genomas fósseis Svante Pääbo, diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva em Leipzig, uma seqüência de "qualidade razoável" precisaria de uma cobertura de 12 vezes, ou 12 livros imperfeitos.

Ainda assim, uma "qualidade razoável" significa um erro a cada 10 mil bases (as letras a, g, c, t do DNA). Como o genoma dessa espécie tem uns 4 bilhões de bases, isso dá um total de 400 mil erros. Esses "erros" no genoma de papel se transformariam em "mutações" reais num mamute reconstruído.

"Ainda não podemos devolver o mamute à vida", diz o subdiretor do centro de DNA antigo da Universidade de Adelaide, Jeremy Austin. "Uma seqüência genômica não faz um ser vivo. Tudo o que temos agora é um genoma parcial, com um número considerável de erros. Seria como tentar fabricar um carro com apenas 80% das peças, e sabendo que algumas estão quebradas".

Entretanto, nenhum desses obstáculos é insuperável. Contorná-los é apenas uma questão de mais mamutes e mais dinheiro. E a solução de muitos outros problemas aparentemente mais graves pode ser mais simples ainda: a trapaça. Ou seja, abandonar a obsessão de reproduzir fielmente um mamute, e conformar-se com algo que apenas se pareça com o animal. A evolução biológica, afinal de contas, também é oportunista.

Por exemplo, os genes do mamute são agora entidades virtuais: textos(aagattcct...) escritos em um papel, ou gravados na memória de um computador, e será preciso transformá-los em coisas, DNA real dentro de cromossomos palpáveis, para que sirvam para algo. "Mesmo que tenhamos um genoma completo e bastante preciso", diz Jeremy Austin, "resta a questão de como construir os cromossomos". Não sabemos nem sequer quantos cromossomos tinha o mamute.

Mas é provável que isso não seja necessário. Duas espécies de moscas indistinguíveis à vista humana podem diferir enormemente em sua estrutura cromossômica. Até duas pessoas tem algumas diferenças na estrutura. Os elementos essenciais de cada cromossomo são os que iniciam sua duplicação em cada ciclo de divisão celular - origens de replicação - e os que garantem a distribuição das duas cópias às células filhas - centrômeros. E ambos foram sintetizados artificialmente com sucesso.

O mesmo vale dizer em relação a colocar os cromossomos dentro de um núcleo. E o restante são técnicas que ainda não foram testadas em elefantes, mas que já são corriqueiras em outros mamíferos: introduzir o núcleo em um óvulo, estimulá-lo para que comece a desenvolver-se e implantá-lo numa elefanta. Esses são os passos de uma clonagem, ainda que entre espécies diferentes, sendo que uma delas inexistente.

De acordo com projetos existem há anos, o primeiro objetivo de uma ressurreição hipotética do mamute será provavelmente um parque-safári.Em 2002, por exemplo, uma equipe de cientistas japoneses financiados pela companhia tecnológica Field inspecionou os gelos siberianos em busca de mamutes bem preservados. Eles estavam interessados nos testículos do animal, porque o esperma é um dos tecidos que melhor se conservam a frio. Sua intenção era utilizar um espermatozóide para fecundar um óvulo de elefanta. Se nascesse uma fêmea híbrida, eles tornariam a fecundá-la com outro espermatozóide do mamute original, e assim sucessivamente até construir um parque-safári de 150 quilômetros quadrados na república siberiana de Sakha, no noroeste da Rússia.

Se a finalidade de ressuscitar o mamute é exibi-lo num parque-safári siberiano, as trapaças podem ser levadas ao extremo, como sugere Pääbo à revista Nature. O Instituto Broad de Cambridge, Massachusetts, um dos pólos do projeto genoma, já trabalha na seqüência de um dos parentes vivos do mamute, o elefante africano Loxodonta africana.

Comparar os genomas dos dois paquidermes conduzirá os cientistas aos genes-chave que distinguem o mamute, ou seja, os genes responsáveis pela sua cor escura, por seu pelo abundante e, sobretudo, por seus dentes exagerados. Pääbo acredita que a introdução desses poucos genes num elefante comum produziria algo bastante parecido com um mamute para ser exibido num parque-safári. Um pseudo-mamute de exibição.

"Não seria um mamute em nenhum sentido que pudesse satisfazer a um purista", diz o geneticista de Leipzig, "nem a um ecólogo, nem a um idealista que sonhe em restaurar um grandioso passado perdido. Mas seria suficiente para um parque de atrações e evitaria os problemas técnicos mais perigosos. E é tudo o que posso aspirar a ver nos meus anos de vida".

Michael Crichton acertou três vezes com seu livro Jurassic Park (1990). Primeiro, preveu a ressurreição de espécies extintas. Depois, sua exibição em parques de atrações. E terceiro, as trapaças ao estilo de Pääbo. Seus cientistas não puderam recuperar nenhum genoma completo de dinossauro, e introduziram os genes-chave de dinossauro em simples rãs (uma escolha discutível; o avestruz parece uma opção melhor, já que as aves evoluíram a partir dos dinossauros). Dessa forma, os monstros jurássicos do parque não eram nada além de pseudossauros de exibição incapazes de satisfazer a um purista. Mas isso não os impedia de dar mordidas.

O verdadeiro dilema ético é que, quando for possível ressuscitar o mamute, também será possível ressuscitar o homem de Neandertal, uma vez que esse será o segundo genoma fóssil seqüenciado. Essa é uma questão totalmente diferente, mas não por questões ecológicas. Os problemas técnicos serão tão formidáveis quanto no caso do mamute. Mas também, da mesma forma, nenhum deles será insuperável. E a solução estará em abandonar a obsessão em reproduzir fielmente um Neandertal, e conformar-se com algo que se pareça com ele.

A comparação do genoma humano com o do Neandertal já está em marcha, e pouco a pouco revelará os genes específicos do Neandertal. Será possível então criar um pseudo Neandertal, mas nesse caso a história é bem diferente, porque falamos de uma espécie humana inteligente, que cuidava de seus doentes e enterrava seus mortos.

Os Neandertais se extinguiram há menos de 30 mil anos. As últimas populações viveram em Gibraltar. Sua capacidade craniana era maior que a nossa, e as evidências anatômicas e genéticas apontam para o fato de que eles possuíam a faculdade da linguagem. Eles se espalharam por todo o continente europeu durante centenas de milhares de anos, e co-existiram com a nossa espécie, o Homo sapiens, durante cerca de 10 mil anos na Europa. Nosso papel em sua extinção é um mistério.

Em todo caso, o avanço da genética foi mais rápido do que imaginou Crichton ou qualquer cientista dos anos 90. Os únicos genomas seqüenciados até então eram de vírus, com cerca de 10 quilobases (10 mil letras de DNA).

O genoma humano é 10 mil vezes maior, e os mamutes e dinossauros estão próximos disso, de modo que ler um genoma fóssil completo desses animais era inimaginável (por isso as rãs). Mas 20 anos depois isso é um fato.

"O campo do DNA antigo avançou muito desde o primeiro estudo, de 1984, que conseguiu uma amostra de material genético da quagga, uma espécie de zebra extinta", diz Michael Bunce, chefe de DNA antigo da Universidade de Murcoch, na Austrália ocidental. Para este cientista, como para a maioria, o maior interesse desses trabalhos não é reavivar as feras, mas aprender como os genomas se relacionam com os organismos, como as variações dos genes alteram a forma e as características das espécies.

"Comparando os genomas do mamute e dos elefantes atuais, ou do Neandertal e dos humanos modernos, podemos começar a responder as questões biológicas mais fundamentais", afirma Bunce. "Que genes são responsáveis por quais características físicas? Comparado com seus primos africanos, que genes alteraram o mamute para adaptá-lo a climas frios?"

No fundo, Bunce está buscando os mesmos genes que os hipotéticos criadores do parque-safári, ainda que por razões distintas. "Se poderemos dentro de alguns anos devolver o mamute à vida? Nada disso

Sabermos a seqüência de DNA de algo não quer dizer que possamos manipulá-la geneticamente para recriar o organismo extinto. Esse tipo de desenvolvimento ainda é uma “fantasia", diz o especialista.

Mas há uma palavra que aparece por todas as partes nesse contexto: ainda.

Um túnel do tempo

Há túneis do tempo genéticos que nenhum escritor explorou, mas com os quais os lingüistas trabalham diariamente. Não há gravações de 10 mil anos atrás que demonstrem que a palavra pé era "pod" na língua indo-européia ancestral. Os lingüistas comparam as palavras pie, foot, vot, pés e pada e deduzem qual a sua origem evolutiva. Os biólogos podem fazer o mesmo com os genes.

A comparação entre genomas e linguagens é mais do que uma metáfora, porque o DNA é um texto num sentido muito literal. Todos os genes têm a mesma estrutura (a famosa dupla hélice do DNA). A informação genética é a única coisa que distingue um gene do outro, que é a ordem das bases (as letras a, g, c, t) em fileiras. Da mesma maneira que a informação de um texto está contida na ordem das letras.

A comparação entre genomas de mamíferos permite reconstruir o genoma do primeiro mamífero. A comparação entre humanos, moscas e medusas revela o genoma do primeiro animal, a origem da evolução animal. O mesmo vale para cada gene concreto. Não é necessário recuperar fisicamente aquele DNA de 600 milhões de anos atrás. Pode-se deduzi-lo, assim como a palavra pode.

Se há uma conclusão geral, é que todas as funções fundamentais já estavam presentes no primeiro animal, há 600 milhões de anos. A evolução consistiu desde então em amplificar e refinar funções concretas em cada linhagem animal. Por exemplo, os sentidos sempre existiram, e todos têm uma lógica genética similar. Mas os genes dos receptores sensoriais (olfativos, do tato e demais) se propagam e retraem continuamente no genoma para adaptar-se às demandas do entorno.

Os geneticistas também exploram as possibilidades futuras. Utilizam os mesmos mecanismos que a evolução, mas em simulações aceleradas. Por exemplo, as proteínas costumam ser feitas de módulos, e a evolução gera novidade recombinando-os. As opções combinatórias são inesgotáveis, e os seres vivos só usam uma pequena fração das possibilidades. No laboratório, podem ser criadas muitas funções novas por meio desse método.

Um parque-safári verdadeiramente inovador não resgataria o passado de gelo. Mas o deduziria a partir de seus herdeiros atuais. E mostraria a estes as suas possibilidades futuras, além da certeza da extinção.

Tradução: Eloise De Vylder.

Fonte: Universo Online (para assinantes).
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

HITLER EM TRAÇOS DO MANGÁ

Hitler em traços do mangá
Enéias Teles Borges
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Dois polêmicos e famosos livros ganharam os traços do mangá no Japão. Mein Kampf (em português, Minha Luta), escrito na prisão por Adolf Hitler, chegou às livrarias japonesas em novembro. Agora, em dezembro, é a vez de O Capital, de Karl Marx.
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Leia o texto completo no Universo Online.
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Nota do Editor: Fico me perguntando se os quadrinhos tratando da fomosa obra de Adolf Hitler é uma iniciativa boa ou ruim. Fazer de conta que o Nazismo não existiu ou que deve ser esquecido vale a pena? Poderíamos afirmar que essa iniciativa no Japão é de "primeira linha"?
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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O peso da idade - I

O peso da idade - I
Enéias Teles Borges

Às vezes penso que o peso da idade, no ser humano, é parecido com o efeito do tempo num carro, tornando-o velho. Há uma frase popular que diz: “Carro velho todo dia apresenta um problema novo...”

À medida que caminhamos na direção da velhice ocorre algo parecido. Estou com 46 anos de idade e a minha frase tem sido essa: “Cada dia apareço com uma dor nova”. É real: remédio para manter a pressão sob controle, para controlar a úlcera e gastrite e agora uma para minorar uma dor terrível nas costas. O trânsito de São Paulo é o maior culpado disso. São pelo menos duas horas e meia por dia (segunda à sexta) preso dentro do carro. De casa para o trabalho e do trabalho para casa. Sem contar os deslocamentos durante o expediente.

Começo a sentir o peso da idade!

Tenho aprendido a conviver com as dores que já não são novas! Envelheceram e me acostumei com elas. Tenho uma espécie de “torcicolo eterno” causado pelas tensões do dia-a-dia, notadamente pelas tantas audiências, acompanhamentos e digitações de peças processuais! Às vezes troco de dor. Tomo um remédio que diminui a dor nas costas, mas que ataca a úlcera. Depois inverto, afinal não seria procedimento justo “apenas” uma parte do corpo sofrer. Temos que ser democráticos na distribuição da dor. Todos têm direito (dever, obrigação?)!

Existe um alento: à medida que aumentam as dores no corpo, diminuem algumas dores na alma. Alguns medos vão se esvaindo com o passar do tempo...

Perder esses medos é importante, mas requer coragem!

Continua...
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Viver muito ou viver bem?

Viver muito ou viver bem?
Enéias Teles Borges


O brasileiro tem expectativa de via maior hoje do que tinha nos anos 1990. A vida se alongou, mas a qualidade de vida melhorou? O avanço da medicina tem proporcionado curas e alongamentos de vida. O povo tem se alimentado melhor (ou menos pior?). Quanto viveria o homem vivendo bem e tendo acesso a uma melhor saúde? Viver muito ou viver bem? O ideal seria viver muito e bem, mas não sendo possível qual seria a sua escolha?
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Expectativa de vida do brasileiro aumentou 5 anos desde 1991, diz IBGE
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A população brasileira ganhou 5,57 anos, entre 1991 e 2007, em sua expectativa de vida ao nascer, ao passar de 67 anos, em 1991, para 72,57 anos, em 2007, segundo mostra a Tábua Completa de Mortalidade, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Em 2006, a esperança de vida para o Brasil era de 72,28 anos e cresceu, portanto, 3 meses e 14 dias no transcurso de 1 ano. O diferencial por sexo que, em 1991, era de 7,70 anos, "experimentou um discreto declínio", passando para 7,62 anos, em 2007.
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Desde 1999, o IBGE divulga, anualmente, a tábua completa de mortalidade da população brasileira, em cumprimento ao disposto no Artigo 2º do Decreto Presidencial nº 3.266 de 29/11/1999.
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Os dados da Tábua de Vida são utilizados pelo Ministério da Previdência Social no cálculo do fator previdenciário das aposentadorias das pessoas regidas pelo Regime Geral da Previdência Social.
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(uol)
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O homem e a fé


A situação em Santa Catarina anda de mal a pior. Os esforços humanos são insuficientes, as autoridades pouco podem fazer. Quando assim ocorre só resta rezar. Pelo menos é o que sugere o governador de Santa Catarina. Vejam a reportagem do Provedor Universo Online.

30/11/2008 - 15h39
“Temos de rezar para parar de chover'” diz governador de SC

Fernando Narazaki e Renato Cury
Em Florianópolis*

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, disse ontem (30) que "a terra molhada, após quatro meses de chuva contínua, não suporta mais" e que é preciso "rezar para que pare a chuva, venha o Sol."

Luiz Henrique disse ainda que a reconstrução das áreas afetadas ocorrerá após o fim das chuvas. "Não tenho dúvidas de que isso vai acontecer, porque depois da tempestade vem a bonança. E na bonança nós vamos reconstruir."

(UOL)

Nota do Editor: Eis um momento interessante na vida de um homem, de uma família, de uma cidade e de um Estado da Federação. Quando tudo parece conspirar contra os “ideais humanos” o homem apela para a fé. Quando tudo parece falhar e impedir o bem estar humano, o homem apela para a fé. Quando a natureza cobra seu resgate e destrói as construções humanas, o homem apela para a fé. A fé que o homem exercita, num caso como esse, é para conseguir o que há de mais salutar para ele, homem. Pouco parece importar a própria natureza em si, os demais viventes... O que importa mesmo é o bem-estar humano. Quando esse bem-estar não condiz com a expectativa humana, o ser humano luta contra tudo e contra todos. Quando não consegue, mesmo após todas os esforços, o homem apela para a fé...

Enéias Teles Borges
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Um sermão atualizado

Um sermão atualizado
Enéias Teles Borges
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Fomos à igreja hoje e o pastor, para falar a respeito do jovem rico e da sua indisposição para doar seus bens aos pobres e seguir a Jesus, ilustrou o sermão com um tema atual. Na realidade é importante ilustrar mensagens dessa forma, ocasionando um entendimento rápido e objetivo.
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Texto completo no blog "Adventismo Histórico".
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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Barak Hussein Obama

Barak Hussein Obama
Enéias Teles Borges
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O texto abaixo foi extraído do excelente blog Via Política do André Henrique. Recomendo a leitura completa do texto e a adição do blog aos seus favoritos.
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A eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos vem sendo tratada com excessiva empolgação e pieguice. Em função disso estão sendo criados mitos que custarão caro lá na frente. O primeiro deles é de cunho racial, setores da mídia, da intelectualidade e da política estão insistindo na retórica do “primeiro presidente negro eleito na história dos Estados Unidos”. Outro mito é caracterizar Obama como uma vítima cronológica, e acima de tudo um salvador. Ao se preocuparem com essas clivagens abstratas e boçais, estes setores deixam de priorizar o que realmente importa – a democracia.
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Texto completo: (Via Política).

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Pomerode - SC

Pomerode
Enéias Teles Borges

Pomerode sofre com as chuvas. Confesso que sofro também. Passamos o Natal de 2004 lá, naquele lugar que parece um canto do Paraíso. Ela estava vazia pois quase todos os moradores tinham descido rumo ao litoral. A cidade era “nossa”. Ficamos num hotel agradável e fomos muito bem atendidos. Visitamos dois pequenos templos da Igreja Adventista do Sétimo dia e no dia 31 de dezembro assistimos a um "pedaço" da programação na Igreja Luterana.

Causa comoção ver o estado no qual se encontra aquela linda cidade - em face das chuvas.

Segue abaixo um pouco da história da cidade:
Assim como diversas cidades brasileiras, Pomerode surgiu com a imigração alemã no Brasil, em 1861, com a chegada dos primeiros imigrantes. A criação da colônia, estrategicamente entre Blumenau e Joinville, foi incentivada pelo grupo do Dr. Hermann Blumenau, para que fortalecesse o comércio entre ambas. Os lotes de terras foram divididos entre os imigrantes, que passaram a se dedicar às produções de arroz, batata, fumo, mandioca, feijão e na criação de animais. Com a chegada do século XX, pequenas indústrias se instalaram na região, com destaque para as de porcelana.

A maior parte desses imigrantes alemães vieram da região histórica da Pomerânia, situada entre o norte da Alemanha e Polônia e de onde se origina o nome do município. Os pomeranos são descendentes de uma mistura de povos germânicos e eslavos e, desde o século XII, quando passaram a fazer parte do Sacro Império Romano-Germânico, sofreram um processo de germanização de seu idioma e costumes. Quando chegaram ao Brasil, os pomeranos não se identificavam como sendo alemães, pois possuíam características culturais distintas porém, com o passar do tempo, acabaram se incluindo entre os alemães.

Dentre os diversos grupos de alemães que imigraram para o Brasil, os pomeranos formaram uma minoria e por isso, quando chegavam ao Brasil, mesclavam-se com outros grupos de alemães, o que contribuía para perder sua herança cultural. Apenas em três localidades brasileiras os pomeranos formaram a maioria dos imigrantes, contribuindo assim pela manutenção dos seus costumes: em Santa Maria de Jetibá, no estado do Espírito Santo, São Lourenço do Sul, Morro Redondo e Arroio do Padre, no Rio Grande do Sul, e em Pomerode.

Com o fim da II Guerra Mundial, a maior parte da Pomerânia foi anexada à Polônia e uma pequena parcela ficou na Alemanha, chamada de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. Muitos pomeranos se refugiaram na Alemanha Oriental ou imigraram para outros países, com isso, acabaram por perder grande parte de seus costumes. De fato, o Brasil tem mais falantes da língua pomerana do que a própria Alemanha.

No Brasil, a II Guerra Mundial também foi decisiva para a nacionalização dos imigrantes alemães: o presidente Getúlio Vargas, após declarar guerra contra a Alemanha, proibiu o uso da língua alemã no País, além de proibir a construção de casas sob arquitetura germânica ou manifestação da cultura da Alemanha. Isso afetou Pomerode e todas as colônias alemãs do Brasil, que passaram a se abrasileirar.

Ao todo, 300 mil brasileiros são descendentes de alemães pomeranos.
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Fonte: (wikipédia).

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Consciência negra

O feriado de 20 de novembro é novo e inovador. Novo porque entrou em vigor faz pouco tempo e inovador por chamar a atenção para uma classe específica do povo: a que tem a pele escura.

Nem se sabe se um feriado assim é útil. Fato é que está sendo marcante a quantidade de providências que estão acontecendo no Brasil em decorrência da “consciência negra”.

De certa forma o movimento pró-negros está alcançando dimensão mundial e não é possível afirmar se é 100% bom ou se é ruim. A sociedade valorizará mais as pessoas “de cor”? A sociedade reagirá negativamente quanto a isso?

Alguns acontecimentos recentes estão fazendo um chamamento ao assunto do racismo e inclusão no mundo. Alguns atores negros vêm ganhando o Oscar e no Brasil muitos atores estão assumindo posições de destaques nas tramas. A televisão e o cinema costumam formar e direcionar opiniões.

Ademais não nos esqueçamos de Barak Hussein Obama e do campeão de Fórmula 1 Lewis Hamilton.

Existe um movimento de simpatia global, mas é preciso ver tudo isso com muita cautela. Vejam algo interessante: as cotas nas universidades federais. São 50% para alunos oriundos das escolas públicas, negros e índios...

Até que ponto essa “overdose” compensatória é boa?

Quem viver verá!

Enéias Teles Borges

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Retorno ao mundo - III


O homem sabia, porque aprendeu a crer assim, que lá adiante existia uma herança para ele. Sabia também que para chegar até o local onde estava sua riqueza ele deveria passar por vales e montanhas, desertos e florestas. Estava consciente de que seria difícil chegar lá e não tinha certeza de que alcançaria seu oásis. Poderia morrer antes. Concluiu que por mais maravilhosa que seja uma riqueza à espera é preciso antes trilhar o caminho até ela...

O caminho que se deve percorrer até alcançar o futuro desejado é o “retorno ao mundo”. Por mais forte que seja a esperança quanto à realidade futura e distante, existe a vida na terra a ser vivida. Viver só em função de uma vida futura pode levar o vivente a se desgraçar no hoje.

O retorno ao mundo e a permanência nele pelo tempo que for necessário é o supra-sumo da realidade. É impossível alcançar o ideal sem viver o mundo real!

A alienação a qual muitos estão sujeitos (ou se sujeitaram) tem colocado uma venda nos olhos ao ponto de fazer com que se viva como se “só houvesse o amanhã”...

Amigo leitor:

Ao final deste terceiro texto eu o conclamo a essa simples reflexão: quer viver sentido a brisa suave da esperança? Assuma a realidade de que “viver com esperança não significa viver com a realidade” e enquanto o futuro não chega, vivamos o presente!

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Retorno ao mundo - II



No retorno ao mundo muito se deve ouvir e pouco se deve falar. Dizem que não se pode deixar de viver no mundo do jeito que ele é. Não se pode viver como se só houvesse o amanhã. Morrendo hoje de que adiantaria o dia seguinte? Pensam assim aqueles que dizem manter os pés no chão. Citam, inclusive, Jesus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15).

Aqueles que consideram esse mundo como uma passagem obrigatória e nada mais do que isso se fundamentam em I João 2:17: “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

O que dizer sobre tudo o que se ouve? Na realidade existem tantas maneiras de pensar e de viver que é possível separar aqueles que retornam ao mundo daqueles que nunca saem dele. Para estes últimos não há como sair do mundo pelo simples fato de que só existe ele. Sair para onde?

Sem entrar em ideologias e religiões o que podemos constatar é que às vezes chove lá fora e às vezes não. Virtual ou real o mundo está aí e ao que tudo indica é sensitivo! Por mais que alguém se encha de esperança quanto ao futuro em outra dimensão não é possível deixar de vivenciar a realidade presente. Esse sim é o retorno ao mundo! Não adianta torcer e desejar, nem mesmo odiar. O mundo está aí para ser vivido ou abandonado via morte! O que virá depois? Que cada um tenha livremente a sua teoria...

Continua...

Enéias Teles Borges

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Retorno ao mundo - I


Os últimos textos postados aqui versaram sobre um assunto que transcende à realidade no planeta terra. Os tópicos “umbigo do mundo”, “caixinha de porcelana” e “reino divino” reflexionaram acerca do ideário humano num contexto voltado para a vida espiritual.

Precisamos, enquanto o futuro almejado (certo ou incerto) não vem, ter em mente que estamos com os pés na terra e neste nosso mundo presente alguns “fenômenos” seguem ocorrendo.

No mundo atual estamos batendo numa crise que nos parece sem precedentes. Estamos numa gangorra que foi promovida pela ciranda financeira global. A marcha humana é em direção ao caos. Os depósitos de esperança capitalista fazem o mundo tremer!

De repente surge um nome que traz esperança, mas não deixa de ser uma incógnita: Barak Hussein Obama. Primeiro presidente negro, eleito para o próximo exercício. Tem sido objeto de comparações: Lincoln e Kennedy. Ambos inovaram e os dois foram assassinados. As comparações são em todos os aspectos?

Enquanto Obama não assume o mundo segue girando. Bolsas asiáticas, bolsas européias, bolsas americanas... Recessão global! Muita gente, pouca comida, efeito estufa, catástrofes naturais, profetas de plantão...

Esse é o cenário, vão começar a rodar o filme. Qual será o final?

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O reino divino - II

Há duas opções para a escolha do reino divino. Uma é (a) pela comodidade resultante da tradição. O reino escolhido é justamente aquele no qual o fiel já está inserido. Ele é convencido ou convence-se de que o reino divino no qual se encontra é o reino verdadeiro. Julga-se um privilegiado. Enquanto bilhões estão no reino errado, ele é o “sortudo” que já nasceu ou escolheu o reino correto.

A (b) outra forma é difícil e pode resultar em um dos dois finais possíveis. (1) O investigador poderá, no final, adentrar para o reino que lhe dá segurança. A segurança obtida é decorrente de uma escolha consciente e (2) pode ser que o investigador descubra que tal reino divino não existe (pelo menos não na forma como desejaria que fosse...).

Como podemos concluir existem duas possibilidades de habitar no reino divino e uma que exclui a existência de tal reino sob a égide de um ente poderoso.

Para o realista a busca ao reino divino é dura! De fato é penosa. Ele é sincero e sabe que o caminho iniciado é sem retorno. Ele poderá descobrir o “verdadeiro” reino ou simplesmente descobrir que ele é fruto do imaginário humano. Há que se ter coragem suficiente para seguir por esse tortuoso e estreito caminho.

Como sempre se soube o caminho da verdade é íngreme, curvo, cheio de contratempos... Mas é o caminho da verdade e ele não promete um final feliz. Promete, sim, um final verdadeiro. Essa verdade é aquela mesma da qual muito se falou: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Qual verdade e qual liberdade? A verdade é aquela descompromissada e a liberdade é aquela que nos livra do jugo do erro.

O problema é que os “idealistas” querem que a verdade e a liberdade coadunem com o seu desejo e com sua fé. Complicado, não é? Quem não quer assim? Qual a pessoa que não deseja um reino divino à sua imagem e semelhança?

Amigo leitor: o reino divino existe. Ele pode ser real ou pode ser fruto da imaginação humana. O reino divino pode ser uma criação do todo poderoso ou pode ser engenharia da mente humana. Pode ser maravilhoso e pode ser “um sonho lindo que se foi...”

Uma coisa é certa: ele existe!

Enéias Teles Borges
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O reino divino - I

O reino divino não é desse mundo. Assim sendo ele transcende qualquer tipo de concepção escudada no pensamento humano. Não sendo daqui é praticamente impossível imaginá-lo à luz da compreensão dos homens que são finitos e tendenciosos.

Vencida a etapa da fé, ou seja, crer na existência de um ser superior, mister se faz considerar como seria esse reino.

Em geral o terráqueo projeta o reino de sua divindade com base no seu existir humano. Em cada época da história o homem imaginou um reino divino. Hoje acontece assim também. Afinal como seria o reino divino?

Caso a busca às respostas parta de dados estatísticos nós teremos milhares de formatos do reino divino. Cada reino teria hierarquia e leis coadunando com o seu similar terrestre. Fica muito difícil imaginar esse reino divino - isto para quem está de fora. Para quem está dentro de qualquer protótipo na terra não será complicado. Cada um tem um reino divino com vestimenta feita rigorosamente sob medida. Enfim: cada extensão na terra tem, no seu imaginário, a concepção exata do reino divino.

Curiosamente existem fontes antigas que apontam para tudo isso. São livros famosos e milenares, que sobreviveram a todos os tipos de ataques. Esses livros são os sustentáculos das muitas nuances da fé. Desses livros emergiram os grandes conglomerados de culturas religiosas, com destaque para o Judaísmo, Cristianismo, Islamismo. Ainda existem “n” culturas orientais e afins...

Esses grandes aglomerados deram origem a milhares de pequenas culturas da fé. Cada micro célula tem uma projeção, tal corte de alfaiate, que descreve, rigorosamente, o formato do reino divino.

O reino divino é maravilhoso! Todos querem morar nele e por que assim almejam vivem, ainda na terra, num ensaio geral. Esse ensaio é uma tentativa de viver por antecipação “um pedacinho do céu” que é o reino divino.

Quem não quer ser cidadão do reino divino?

A primeira etapa para quem quer habitar no reino divino é crer em sua existência. O segundo passo é complicado. Existem muitos protótipos do reino divino. Qual seria o verdadeiro? Como escolher?

Continua...

Enéias Teles Borges
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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Caixinha de porcelana - III

Caixinha de porcelana - III
Enéias Teles Borges

A pergunta que alguns podem fazer é essa: “Alguma coisa contra os grupos detentores de filosofia de vida fechada?” A resposta é: “Não!” Nada contra qualquer tipo de procedimento individual ou coletivo, desde que não atente contra os princípios básicos de civilização. Não é esse o ponto!

Acontece que os habitantes das caixinhas de porcelana têm um costume de determinar que o comportamento deles é o comportamento ético correto e que todas as demais pessoas da face da terra necessitam ser iguais a eles. Eis aí o grande problema! Partindo do pressuposto que existe certa razão nisso surge uma pergunta inquietante: em face da diversidade de caixinhas de porcelana, qual seria a que os povos deveriam adotar?

Não é um problemão?

Essa peculiaridade é a que mais incomoda no mundinho das caixinhas de porcelana. Cada caixinha se julga paradigma para as demais e para todos os que estão fora de qualquer tipo de caixinha. Comportamento correto? Justo? Inocente? Arrogante?

Uma caixinha de porcelana só tem acesso a uma única fonte referencial: ela mesma! Daí considerar que as demais são entes equivocados não seria um absurdo? Como dizer que as demais estão erradas? Partindo exclusivamente do pressuposto de que ela, caixinha em tela, está correta?

No mundinho da caixinha de porcelana o mundo real se confunde com o mundo ideal e aí podemos ver, de forma solidificada, a estante existente em cada caixinha de porcelana: a estante na qual estão acomodados os vidrinhos de pílulas. As pílulas alienantes que são oferecidas às criancinhas desde a mais tenra idade...

E tudo em nome de Deus? Pergunta que insiste em não calar...

Com esse terceiro tópico paramos, por hora, com esse assunto. Foram três textos sob o título “umbigo do mundo” e mais três sob o título “caixinha de porcelana”.

Agradeço a você, leitor amigo, pelo alto índice de aceitação.

Bom dia Brasil!
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Caixinha de porcelana - II

Caixinha de porcelana - II
Enéias Teles Borges

Olhando de cima para baixo é possível, para quem está fora da caixinha de porcelana, enxergar algo indescritível. Não existe apenas aquela caixinha. Existem muitas! Centenas! Milhares!

Todas com seus contextos próprios, regras próprias, costumes próprios. As caixinhas não se comunicam. É como se não soubessem da existência das demais ou como se as ignorassem. Em cada mundinho de porcelana o que vale mesmo é o que está por lá, somente ali.

A forma de acreditar em cada caixinha é fundamentada na confiança. Como todos os que residem em cada mundinho confiam nos seus líderes, neles depositam seus sagrados procedimentos. A convicção não tem como suporte o estudo diligente, individualizado e contextuado, mas o confiar em quem fala e instrui.

Principalmente por esse tipo de procedimento a caixinha de porcelana é frágil. Basta uma simples sugestão que denote a inconsistência dessa maneira de acreditar para que a linda caixinha se desfaça em milhões de pedaços.

E a caixinha, quando se despedaça, permite que os novos “moradores sem teto” enxerguem o que sempre existiu além daquela tênue fronteira: o mundo real com suas belezas e feiúras.

Eis a questão: é possível assistir à caixinha ruir e depois sobreviver conservando os mesmos princípios dantes valorizados e entronizados? É possível sobreviver à avalanche de novas informações que aparentemente conspiram contra ideais arraigados e ainda assim manter a suposta retidão que existia?

Os mundinhos de porcelana são estratagemas antigos atualizados e direcionados para a alienação coletiva das massas bem intencionadas e/ou ignorantes. Surgiram de propósito? Pode até ser que não, mas a conclusão negativa não obsta o que se pode ver e que sempre se viu: caixinhas e mais caixinhas de porcelana que existem como se fossem pequenos mundos, com regras próprias, métodos particulares e divindades sob medida.

Continua...
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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Caixinha de porcelana - I

Caixinha de porcelana - I
Enéias Teles Borges

A caixinha de porcelana é um objeto bonito, mas frágil. A delicadeza dessa obra de arte cativa aos que a têm nas mãos ou apenas ao alcance dos olhos. Formosura, nostalgia e fragilidade.

A caixinha de porcelana, num plano figurado, é utilizada para descrever um mundo à parte do mundo real. Trata-se de um mundo maravilhoso. Oásis de sonhos cuja perspectiva remonta à poesia. Viver numa caixinha de porcelana é viver na ante-sala do paraíso. Quem vive lá? Poucos e felizes. Felizes e distantes do universo do entorno da mágica caixinha de porcelana.

O mundo na caixinha de porcelana é lindo, mas sua formosura não exclui sua fragilidade. O porém é que os habitantes da caixinha de porcelana não conseguem enxergar tal fragilidade. Fazem mais: não entendem porque as pessoas que moram fora da caixinha não entram nela. Por quê? Perguntam de forma insistente...

Os “aborígenes” da caixinha de porcelana não notam o óbvio: a caixinha é pequena. Não é possível que todos caibam nela. Os que moram nela não param para concluir que nem mesmo seus filhos têm guarida garantida lá...

Aqueles que lotearam a caixinha de porcelana nem se dão conta de que existe outro mundo lá fora. Mundo real e imenso. Mundo cheio de variações e derivações. Mundo cheio de gente. Gente com alma!

Por não se darem conta (dessa realidade) versam comentários acerca dos que moram no mundo cão! Consideram absurda a maneira como vivem os habitantes de fora. Esperam que todos tenham uma vida semelhante à forma como eles vivem - os “felizardos” habitantes do reino mágico da caixinha de porcelana.

Na caixinha vêem Deus. Lá fora enxergam o caos. Na caixinha vislumbram os céus. Lá fora, de binóculo, descortinam as mazelas do inferno. Na caixinha têm uma rotina doce e suave. Lá fora notam o absurdo da vida real...

Existe algo no reino dos que estão fora que não há no mundinho da caixinha de porcelana. Cá fora é possível ver de forma integral a formosura da caixinha de porcelana e também a sua fragilidade. Lá dentro é impossível enxergar o que ocorre cá fora. O que se consegue é detestar o mundo real como se este existisse apenas para obliterar o sol que lança seus raios...

Os que habitam a caixinha de porcelana vivem como se ignorassem a pujança daquele mundo aparentemente sem Deus, mas com vigor suficiente para elevar e destruir. Destruir inclusive a caixinha de porcelana...

Continua...
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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O umbigo do mundo - III

O umbigo do mundo - III
Enéias Teles Borges


As opiniões acerca dos dois textos o “umbigo do mundo” são curiosas e divergentes. O mais interessante é que o título pareceu para alguns como espécie de “carapuça” que, tendo sido lançada ao ar, caiu na cabeça de quem se julgou o alvo. Na realidade tal procedimento reforça a tese que tenho sobre o “umbigo do mundo”: sendo um ente egocêntrico sempre se considerará como alvo de qualquer sugestionamento (uma pena que muitos insistem em comentar apenas por e-mail).

Um pergunta que se eleva é: quem afinal, pode ser considerado como o “umbigo do mundo”? Eis aí algo notável! Essência do proselitismo que está contida em todas as agremiações religiosas.

Eu, por exemplo, cresci numa que tem como referência de “perseguição” religiosa um dia da semana. Tal dia, que aparentemente sobrepuja até mesmo a divindade, será a referência de fé e lealdade no futuro. Será tido como vencedor aquele que, por conta da manutenção da santidade desse dia, estiver disposto a passar por qualquer sofrimento para que se “guarde tal dia”. Notem que essa “perseguição” está projetada para o futuro, quando poderes religiosos e políticos tomarão atitudes conspiratórias contra esse povo e esse dia.

Existem outros que já se julgam perseguidos hoje. São os que militam tendo como estandarte a “não transfusão de sangue”. Tal grupo, mesmo hoje, teria motivos para asseverar que é o maior perseguido pelo poder temporal e com anuência do poder religioso. Muitas vezes a transfusão de sangue é feita via força judicial, não é assim?

Há outros que se sentem perseguidos por conta do que chamamos de radicalismo. Lembram-se de 11 de setembro? Vocês podem imaginar a que ponto chega o “umbigo do mundo” que se sente na obrigação de purificar a humanidade através da violência (se necessário for)? Já imaginaram egocentrismo tão brutal?

Leitor amigo: o “umbigo do mundo” é aquele que se considera como alvo preferencial da observação da divindade; crendo plenamente que tudo o que ocorre no universo é para que ele, “umbigo do mundo” mantenha absoluta atenção e esteja preparado. Não importa quantos sofrerão ou morrerão! O que mais importa é que ele “umbigo do mundo” esteja pronto para lutar, sofrer e no fim vencer. Para ele, “umbigo do mundo” o universo inteiro conspira a seu favor e essa imensidão incomensurável geme tão somente por ele...

Por hora pararei com esses tópicos, mas não sem antes deixar um convite à reflexão. Notem o quanto a cultura religiosa (não é religião) pode ser perniciosa ao incutir na mente das pessoas a idéia sempre permanente da exclusividade. Cada segmento “puxa a sardinha” para o seu lado. É como se houvesse uma disputa constante pela preferência divina. Parece-nos claro que a agremiação que conseguir “arrazoar” melhor será a nação eleita, povo escolhido, jóia divina, objeto único da misericórdia de Deus. Não é o que parece transmitir cada cultura religiosa?

Quanto egocentrismo! E tudo na forma do que insistem (equivocadamente) em chamar de religião...

Enquanto isso eu sugiro que continuem observando as análises que o “umbigo do mundo” continuará fazendo, tendo como “pano de fundo” o papa Bento XVI e o presidente americano, recém eleito, Barak Hussein Obama!
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sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O umbigo do mundo - II


O umbigo do mundo - II
Enéias Teles Borges

Quando se fala da atenção de uma divindade para determinado grupo de pessoas o que surge como interrogação é a questão da Justiça divina. Seria possível um ser criador privilegiar um grupo especial em detrimento de outros? Caso assim ocorra qual seria o objetivo final?

Um estudo cristão protestante, escudado no antigo povo israelita, denotaria que aquela nação foi escolhida para receber mensagem especial e retransmiti-la ao mundo. Em “miúdos” diríamos que o antigo Israel foi escolhido para ser uma bênção para os demais povos.

Conclui-se, portanto, que os escolhidos são portadores da mensagem especial. Notem que “são portadores” o que difere, em muito, de “são detentores”.

Eis aí algo que derruba a tese do “umbigo do mundo”. Esse ente egocêntrico parece não entender o “espírito da coisa”. Tudo que acontece no mundo é um aviso para que ele, “umbigo do mundo” se proteja contra as ações deletérias dos “homens maus” que perseguirão o suposto “remanescente de Deus”.

Seria assim mesmo? O povo remanescente não deveria ver nos sinais dos tempos os eventos essenciais motivadores do testemunho ao mundo? Seria o caso de ficar preocupado com “perseguição” ou alegre por saber que o momento de testemunhar de forma universal estaria chegando?

O “umbigo do mundo” não pensa assim e não quer que seja assim. É como se os céus fossem exclusividade dele e que os “homens maus” querem persegui-lo. Perseguir por quê? O “umbigo do mundo” responde: “Somos um povo especial, que será perseguido por ser especial, que sofrerá por ser especial, que vencerá por ser especial...”

Notaram a tônica? Em nenhum momento o “umbigo do mundo” denota que ser um povo especial é ser um povo escolhido para testemunhar. Tal testemunho visa ao bem estar dos que “estão fora”, para que venham receber, de graça, a mensagem de fé e de esperança...

Como seria bom se o “umbigo do mundo” voltasse a enxergar os fatos pelo ponto de vista histórico! Como seria bom se esse grupo que se diz especial abandonasse de vez o egocentrismo que insta em ir e vir...

Aguardemos mais um pouco e logo mais veremos a realidade dos acontecimentos. Observem como o “umbigo do mundo” haverá de extrair de Obama e Bento XVI os próximos capítulos dos eventos finais e especiais.

Eventos finais e especiais? Sim! Isso mesmo! Claro que tudo voltado para ele o “umbigo do mundo”.

Continua...
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O umbigo do mundo - I


Lembro-me de uma ocasião em que o “umbigo do mundo” se manifestou de forma incisiva e clara. Ronald Reagan era o presidente dos Estados Unidos da América e o João Paulo II era o papa. A América do Norte estava saindo de uma recessão e o papa era popular no mundo inteiro.

O “umbigo do mundo” asseverou aos quatro cantos o que estava para acontecer: a junção da política com a religião. Essa era a profecia. O “umbigo do mundo” via nisso o grande sinal vindo dos céus em sua direção. Aviso divino para ele, o importantíssimo “umbigo do mundo”.

Não faz muito tempo houve uma calamidade. Tsunami e milhares de mortes. Eis uma do “umbigo do mundo”: “aviso de Deus para que ele, “umbigo do mundo”, ficasse preparado”. Que aviso eloqüente! Quantos morreram para que o “umbigo do mundo” ficasse ciente do aviso? Trezentas mil pessoas?

Outra do “umbigo do mundo”: o papa Bento XVI nos Estados Unidos. Eis que o nosso personagem vislumbrou novo aviso: “Deus nos alerta, o poder político está de mãos dadas com o poder religioso”. O “umbigo do mundo” nem se deu conta de que o representante do poder político era nada mais, nada menos do que George W. Bush, o mais impopular presidente da história americana! Para o “umbigo do mundo” isso faz pouca diferença. Quem de fato importa é ele, “senhor umbigo do mundo”, para quem tudo acontece apenas para que ele fique atento...

O “umbigo do mundo” está de volta! A combinação é Bento XVI e Barak Hussein Obama. A mistura é claríssima, para ele, o “umbigo do mundo”. Bento XVI, segundo ele, “senhor umbigo”, é um papa surpreendente. E Obama é negro, com sobrenome ligado ao islã, simpatizante da virgem Maria, enfim um líder nato e com tendências ecumênicas...

Amigo leitor preste atenção de agora em diante. O “umbigo do mundo” vociferará, profetizará e o tempero você já sabe: o papa e o novo presidente americano.

O “senhor umbigo do mundo” tem os ingredientes ideais e não tenha dúvida: ele os utilizará.

Aguardemos...

Leia a junção do todos os textos "Umbigo do Mundo" teclando [aqui].

Enéias Teles Borges

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cautela quanto à questão da cor...

Cautela quanto à questão da cor...
Enéias Teles Borges


O mês de novembro de 2008 será lembrado por dois motivos de alcance mundial: a conquista do Campeonato Mundial de Fórmula 1 e pela vitória democrata nos Estados Unidos da América. Os vitoriosos são Lewis Hamilton e Barak Obama. Duas pessoas que têm no sangue os traços da raça negra.

Na cidade de São Paulo há uma data especial: 20 de novembro: “consciência negra”. Feriado municipal. Alguns o chamam de feriado da “Marta” numa alusão à ex-prefeita.

Podemos observar que esse mês de novembro está trazendo novidades que envolvem a questão da cor num momento histórico. Houve conquista especial? Sim, houve, mas a cautela deve ser o prato principal a ser servido no mundo.

Não houve vitória da raça negra! Houve conquista de dois homens que são negros, mas que poderiam ser brancos. É algo interessante, estimulante e que tende à integração humana. Não houve choque de raças. Quem sabe houve vitória de talentos que poderiam advir de qualquer raça?

Movimentos surgirão em prol da política. Pessoas entendendo que o Brasil precisa de um Presidente negro. O Brasil precisa de um bom governante, independentemente da cor da pele. Ponto final!

Eu tenho em minhas veias sangue de índio, negro e branco. Vale dizer que sou a favor da cidadania e do equilíbrio entre os humanos. A busca ao equilíbrio é a minha bandeira e isso é Justiça! Não luto por uma raça e sim pela humanidade!

O que espero?

Que a vitória de Lewis Hamilton abra portas para os menos favorecidos sendo pretos, brancos e outros...

Que a conquista de Barak Obama denote, especialmente no final do seu mandato, que os seres humanos, não importando a cor da pele, podem fazer o melhor para o mundo. Que seu governo seja para o povo americano e não para um grupo específico de pele negra...

Que o mês de novembro seja visto como o da valorização do ser humano, sem preconceitos e sem racismo!
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segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Em respeito à memória

Em respeito à memória
Enéias Teles Borges


O dia de finados, lembrado anualmente todo dia 02 de novembro, é a grande referência de respeito à memória dos que aqui não mais estão. Para muitos aqueles que se foram passaram dessa para outra forma de vida. Para outros tantos a morte terrena é o fim de tudo e para milhares trata-se de um sono cujo despertar é chamado de ressurreição.

Não importa a concepção escolhida, mas a reverência e respeito dedicados aos que não estão no mundo dos vivos. Não é questão de crer em que estágio está ou deixa de estar o falecido, mas respeitar quem não tem como agradecer nem como se defender. Sagrado mister é não permitir que a memória de um ausente seja maculada por pessoas inescrupulosas.

Multidões dirigiram-se a muitos cemitérios. Muito choro, pouco riso, muito comércio, muita gente...

Cantos de pessoas de fé foram ouvidos. Palavras de consolo foram direcionadas aos ouvidos carentes de refrigério. No dia dos mortos muita vida se quer oferecer aos que clamam por uma realidade mais dócil, por um mundo menos conturbado. As pessoas querem que a vida dure eternamente e por esse motivo sofrem no dia de finados. Esse dia é a maior prova existente da fragilidade humana. O dia da memória dos mortos é o dia da verdade para muitos. Dia de reflexão, dia de medo! As pessoas suspiram, param, ponderam...

Quem não pára e pensa nesse dia? Quem não se conscientiza da brevidade da vida? Quem não sente uma pontinha de medo?

Esse blog não poderia deixar de postar uma mensagem direcionada aos que no último dia 02 de novembro respeitaram a memória dos seus queridos.

Aguardemos um futuro melhor. Quem sabe tudo adiante será maravilhoso... Não podemos deixar de ter pelo menos um fio de esperança.

Bom dia Brasil!
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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Uma sombra: a intolerância...

“Eles não achavam que conseguiriam fazer, mas morreriam na tentativa”. Esta frase é um trecho de uma reportagem a respeito de dois homens que pretendiam matar o candidato à presidência dos EUA, Barak Obama. Segundo o mesmo relato havia planos para a morte de mil pessoas da cor negra, além de outro plano de homicídios em massa que previa a morte de 88 pessoas negras de forma violenta e mais 14 que seriam decapitadas – tudo dentro de uma macabra estratégia com simbolismo numérico. Seria uma demonstração da “supremacia branca”.

Uma sombra que se chama intolerância seguirá pelo mundo por muito tempo. A influência nazista perdura. O ranço de intolerância entre os povos recrudesce. No momento a minoria negra da América do Norte é tida como “invasora” de um reino eminentemente branco. É a história que traz à baila os resquícios de uma página escura que o mundo quer esquecer.

A dúvida que paira é se o presidente eleito, caso seja Obama, conseguirá dirigir aquela Nação. Chegará vivo ao final do mandato? Não é possível imaginar o quanto será investido em segurança para proteger um presidente negro. Certamente será bem mais do que o montante que seria alocado no caso de vitória de um branco.

Em meio à crise global bem que teria sido bom que um assunto como esse não tivesse emergido, mas como aconteceu é momento de refletir.

Nota: Sugiro a leitura do artigo no Portal Terra e em outros similares.

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Casinha branca

Casinha Branca
Enéias Teles Borges
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O cantor Gilson encantou o Brasil no final dos anos 1970 com essa canção. Era um canto que fazia a juventude pensar. Os jovens precisam atentar para mensagens como a daquela bela música e devem saber que os adultos nada mais podem fazer em relação aos sonhos que ficaram no passado. O momento é agora...
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Gilson
Composição: Gilson e Joran
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Eu tenho andado tão sozinho ultimamente
Que não vejo em minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe a felicidade
Vendo em minha mocidade
Tanto sonho a perecer
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Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
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Às vezes saio a caminhar pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer, sua ilusão
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Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
-
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer ...
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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A crise é sem fim?

A crise é sem fim?
Enéias Teles Borges


A crise, aquela que o presidente insinuou que chegaria ao Brasil como uma marola, parece estar apenas no começo. Os esforços têm sido insuficientes para conter a onda de furor na economia mundial. A situação das empresas (nos Estados Unidos) quando exposta trás calafrios ao mercado derrubando as bolsas mundiais. As novidades ruins são diárias e sem fim. O que mais incomoda é a oscilação. As notícias desagradáveis deveriam vir de uma só vez, acabando com a angústia.

Está difícil fazer um prognóstico para 2009. Não há definição da base. Sabe-se que existem ruínas, mas não foi possível dimensionar a quantidade de destroços. Sem esse parecer fica impossível traçar metas e cumprir planos.

A classe média brasileira experimentará maiores dificuldades em 2009. A recessão está tomando o rumo dos empregos, da saúde e ao que tudo indica chegará à educação pública. O que dizer das escolas e hospitais particulares? Como será possível manter planos de saúde e mensalidades escolares?

A pergunta que precisamos nos fazer é simples: estamos atentos e nos preparando para a “onda de choque” que virá? Continua aparentando, para o Brasil, que aqui, de fato, não chegará um tsunami, mas é cristalino que não será uma marola.

É momento de repensar orçamentos domésticos e reelaborar momentos de lazer. Dinheiro bom é aquele que fica disponível e longe de especulações. Investimento bom é o antecipar de pagamentos e compromissos evitando endividamento. A receita é simples e precisa ser utilizada.

Entrementes é importante que nos conscientizemos: é muita gente e pouco solo. Muita boca e pouco pão. Muita tristeza e pouco sorriso. Não é pessimismo, trata-se de realismo.

A análise objetiva da realidade nos prepara sempre: para o sorriso na vitória e para a tristeza na derrota. A realidade pode nos privar da alegre surpresa positiva e também nos alertará com muita antecedência da horrenda surpresa negativa.

Acerca das as coisas ruins é melhor saber antes, não é?

Bom dia!
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

O horário de verão

O horário de verão
Enéias Teles Borges


Por mais que eu me esforce não consigo enxergar, num plano global, qual a vantagem da implementação anual do horário de verão. É sabido que a economia de energia elétrica, ao que parece, é a justificativa principal para essa medida. A pergunta que faço é essa: caso tudo (tudo mesmo!) seja considerado, compensa essa alteração?

No plano particular é horrível! Adiantar o relógio em uma hora é algo simples, falando pelo lado operacional, mas o corpo não reage com essa simploriedade.

Hoje mesmo eu me levantei às cinco horas da manhã - já pelo horário de verão. Significa que pelo horário costumeiro eu me levantei às quatro horas da matina. Nem preciso dizer que está sendo perigoso dirigir neste dia. As pessoas estão com sono o que torna uma aventura o guiar no trânsito de São Paulo. O que dizer das pessoas que vi agora nas lanchonetes? Estavam todas meio grogues e olhando para o vazio.

No plano familiar como fica? Saí de casa e vi todos desconectados. Até o nosso cachorro de estimação ficou olhando lá de longe. Devia estar se perguntando: “O que aconteceu? Por que madrugaram? Por que os humanos estão mudando o rumo natural das coisas?”

Definitivamente eu não gosto do horário de verão. Não possuo dados estatísticos, mas tenho quase certeza de que no plano global é um sacrifício grande para resultados pífios!

Daqui a alguns dias estaremos acostumados com o novo horário e lá vem outra mudança! É hora de atrasar o relógio em uma hora. São duas mudanças por ano que mexem demais com o “relógio biológico”.

Um dos meus desejos atuais é pela revogação desta lei. Dados recentes mostram que aproximadamente 46% das pessoas se sentem incomodadas com essa implementação. Acredito que o número crescerá e que algum dia alguém haverá de propor uma mudança ou pelo menos mostrará, de forma bem definida, que compensa continuar utilizando o critério de mudança no fuso horário.

Por hora é tentar acostumar o corpo logo e agüentar mais essa pílula indigesta.

Brasil: bom início de horário de verão!
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Fim do começo ou começo do fim?

Fim do começo ou começo do fim?
Enéias Teles Borges


No universo religioso tal pergunta não é sem sentido. As perguntas são parecidas: “estamos no fim do tempo de letargia ou no começo do tempo de agitação”? Além de ter sentido essa pergunta é de caráter reflexivo, pois cada um geralmente poderá se perguntar ou já se perguntou: “Estou no fim da mocidade ou início da velhice”?

Quando nosso corpo já não reage como antes estamos em fase de migração para a velhice. Estamos no início do fim. Última etapa rumo à parada final. É a derradeira estação do trem da vida que começamos a avistar...

Tivemos realizações? É possível agregar valores ao nosso viver em prol do próximo? Ainda dá tempo?

No início da velhice, logo depois do final da juventude, a pessoa acorda e descobre, na prática, que não é imortal. A dimensão do nosso mundo finito parece tão pequena ante a idéia da eternidade...

É em instantes assim que começamos a rever a esperança que foi implementada em nossa mente na infância, juventude e fase adulta. É na velhice que a reflexão se aprofunda. É o encontro com a realidade que não foge, que não pode ser mais adiada. E agora? Não há como fugir da pergunta final: a esperança coaduna com a verdade?

Convite à reflexão: vamos separar um tempo para pensar um pouco mais sobre a frase “fim do começo ou começo do fim”?

Bom final de semana Brasil!
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

A esperança capitalista

Os mercados estão eufóricos! Ao que tudo indica a reação coordenada e mundial surtiu efeito. O FMI já afirma que o pior da crise passou. As bolsas estão fechando com altas históricas pelo mundo inteiro. No Brasil a bovespa está em alta e o dólar em queda. Depois da tempestade veio a bonança? Será mesmo assim? Tomara que seja!

O mundo capitalista, como qualquer outro, precisa de esperança, mesmo sabendo que ela é a última que morre. Morre? É a última a morrer, mas não é imortal. É claro que as perspectivas do mundo capitalista são claras: sobrevive o melhor, o mais aguerrido, o mais sortudo. Fatores naturais também favorecem ou prejudicam, mas no jogo do capitalismo vence quem conta com maior somatória de elementos positivos.

Quem hoje pode contar com isso? Ao que parece o Brasil é um dos poucos que podem ver esta crise por um prisma diferente. Parece bom demais para ser verdade, mas estamos em condições favoráveis (ou menos desfavoráveis). As recentes descobertas de campos petrolíferos, as possibilidades agrícolas, o aumento do poder de compra da “massa falida” (sim: ainda falida) e a capacidade do povo brasileiro de atuar de forma camaleônica em face das crises (o jeitinho brasileiro). Esses fatores, claramente, conspiram para nossa sobrevivência nesses momentos de turbulência.

Precisamos aguardar um pouco mais e respirar um pouco desse oxigênio que foi lançado na atmosfera do mundo - em prol da sobrevivência dos mercados.

Temos ouvido muitos economistas. Será que eles estão certos ou errados? Como andam as previsões dos profetas de plantão?

Aguardemos...

Enéias Teles Borges

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