segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Você não é apenas você

Você não é apenas você
Enéias Teles Borges

Como explicar isso? Seria dizer que além de você há mais "vocês" dentro de você ou junto com você? Parece bizarro? Coisa de outro mundo ou você é um mundo, uma metrópole e afins?

Uma metrópole com 1 quatrilhão de indivíduos

O corpo humano é um ecossistema. Em média, nosso organismo tem 100 trilhões de células humanas humanas - e um número dez vezes maior de bactérias de centenas de espécies. O Projeto Microbioma Humano vai mapear o DNA dessa flora, crucial para sustentar nossa vida. Abaixo, quantas espécies habitam cada região do corpo e quais são suas funções

Uma cidade chamada você

Olhe-se no espelho. Observe com atenção a imagem de seu rosto, de seus cabelos e de suas mãos. Note a pequena espinha que não estava lá ontem à noite; verifique se há algum novo fio de cabelo branco; repare nas marcas indeléveis da idade que vão se acumulando. Agora fique de perfil e repita aquela olhadela matinal – quase involuntária – que fazemos na esperança de perceber alguma mudança para melhor nos quilinhos a mais (ou a menos) em nossa cintura. A imagem refletida no espelho é seu corpo. Ou melhor, é apenas 10% dele, o conjunto formado pelos 100 trilhões de células humanas. Os outros 90% são invisíveis – e não são humanos. Trata-se de uma multidão com 1 quatrilhão de micro-organismos, um vasto ecossistema formado por centenas de espécies de bactérias, protozoários e fungos (sem falar num número desconhecido, mas supostamente bem maior, de vírus). Em sua grande maioria, esses micro-organismos são benéficos. Nós só estamos vivos porque eles existem.


Nota: como entender essa complexidade filosoficamente e teologicamente? Quem realmente vale nisso tudo? Todas as vidas ali contidas ou a vida que pensa? No entendimento teológico criacionista o homem, em seu estágio de perfeição, era uma "metrópole" assim?[ETB]
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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

REPENSANDO CHARLES DARWIN


Repensando Charles Darwin
Enéias Teles Borges


Da mesma maneira que precisamos, à luz da ciência, repensar a questão da religiosidade, de igual maneira precisamos, no contexto da ciência, ateísmo, criacionismo e evolucionismo repensar Charles Darwin. A evolução da ciência e a celeridade com a qual eventos se tornam mensuráveis e, em seguida, mensurados, força-nos a um exercício de sinceridade. A teoria da evolução carece ser repensada.

"Talvez a mudança mais conceitual proposta pelas novas pesquisas seja sobre o papel do ambiente no processo evolutivo. Em vez de atuar como mero filtro sobre as características, como proposto por Charles Darwin, o ambiente teria o poder de causá-las." (G1)

"Embora ninguém questione a grandiosidade do feito intelectual de Darwin – afinal, conceitos como adaptação, evolução e seleção são alguns dos fundamentos da biologia moderna –, são cada vez mais expressivas as vozes que defendem que "A Origem..." não é a última palavra na tentativa de explicar os mecanismos pelos quais a vida se reinventa e se diversifica. Observações feitas em novas áreas de investigação, como a genômica e a epigenética, não encontram paralelo no pensamento de Darwin. E há quem proponha que talvez seja necessária uma nova revolução conceitual na biologia." (G1)

"Foi somente no início do século 20 que biólogos do Ocidente tiveram contato com os estudos de Mendel sobre hereditariedade, o que levou ao conceito de gene e ao surgimento da genética. A fusão das ideias propostas pelos dois pensadores começou a ser elaborada na década de 1930 e recebeu o nome de Síntese Evolutiva ou neodarwinista. Em suas elaborações, os biólogos neodarwinistas reservaram para o gene um lugar central." (G1)

"Mutações na sua estrutura levariam ao aparecimento da grande diversidade de características dos seres vivos, sobre as quais atua a seleção natural. A maior ou menor vantagem adaptativa conferida ao organismo por uma mutação resultaria na variação da frequência da mutação em uma população. Traços como o comportamento social e cooperativo em insetos, animais e até em humanos seriam apenas esforços dos organismos para assegurar a transmissão de suas fitinhas de DNA, mantendo elevadas as frequências daqueles genes." (G1)

"Essa visão, que muitos taxaram de “genecêntrica”, foi radicalizada pelo inglês Richard Dawkins, que afirmou nos anos 1970 que a preservação das sequências de bases nitrogenadas “é a razão última de nossa existência”, e que todos os organismos são só grandes “máquinas de sobrevivência” do próprio material genético." (G1)
 
Talvez aí resida um instrumento de defesa em que poderiam se apegar os criacionistas ortodoxos. Afirmariam que a teoria darwiniana, à medida que a ciência prospera, tem conceitos derrubados. Lançariam uma dúvida: como ter certeza de que daqui a alguns anos a teoria ainda teria sustentação?
 
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SELO DE HOMENAGEM: HISTO É HISTÓRIA


Este blogue recebeu o selo de de homenagem HiStO é HiStÓrIa. Tal honra foi outorgada pelo editor da página OSHO-BR.

O selo HiStO é HiStÓrIa é para aqueles blogues que fazem história de verdade ... É um selo oferecido às pessoas que fazem com amor e carinho aquilo que gostam e que tem uma paixão em conhecer o seu mundo, o mundo do outro, o mundo de hoje e o mundo de ontem.


As regras são:

Devo indicar 5 (cinco) blogues, que são:


Quero externar minha gratidão pelo reconhecimento. Espero continuar merecer desta homenagem.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Selo de homenagem: the early days

Selo de homenagem: The Early Days
Enéias Teles Borges

Recebi esta homenagem do fantástico blog KOYAANISQATSI, que funciona assim:

Devo escolher dez amigos para declarar a minha amizade e os nomeio num post e em seguida visito os seus blogs e comunico a nomeação. Cada um deverá nomear mais dez, e assim sucessivamente.

Não há prêmios, apenas a nossa declaração sincera de afeto. Quer prêmio melhor que esse?

Os meus indicados são:
 
 
Agradeço pela indicação e espero continuar merecendo o afeto dos amigos leitores. 
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Profecia: o ano de 2012


Em diversas culturas ancestrais o ano de 2012 é marcado nos calendários como o “apocalipse”, o “fim do mundo”, “o juízo final”, “o fim de um ciclo” e, nos mais otimistas, “o ano em que esta era terminará e outra, melhor, será iniciada”.

Maias, Egípcios, Celtas, Hopis, Nostradamus e diversos profetas, Chineses e Budistas, WebBots, Cientistas e Religiosos das mais diferentes crenças afirmam que algo extraordinário ocorrerá em nosso planeta em 2012 (ou antes).

Nunca antes uma data foi tão importante para muitas culturas, para muitas religiões, cientistas e governos.

Mas o que acontecerá na fatídica data de 21 de dezembro de 2012?

Para muitos será o dia da aniquilação da raça humana devido a uma inversão dos pólos da Terra. Como isso seria possível? Devido a distúrbios nos campos magnéticos do Sol que, gerando colossais tormentas solares, afetarão a polaridade de todo o nosso planeta. Resultado: o campo magnético terrestre se inverterá imediatamente, com conseqüências catastróficas para a humanidade.

Violentos terremotos demolirão todos os edifícios, alimentando tsunamis colossais e atividade vulcânica intensa.

Na verdade, a crosta terrestre deslizará, arremessando continentes a milhares de quilômetros de sua localização atual.

Outros falam que grandes cataclismos serão gerados devido a passagem de um "astro/cometa/planeta" perto da Terra.

Seria o “Abominável da Desolação” de Jesus, a “Abominação Desoladora” do profeta Daniel, a grande estrela ardente com um facho, chamada "Absinto” do Apocalipse de João, a “Grande Estrela“, “o Grande rei do Terror“, “O Monstro” ou “O Novo Corpo Celeste” de Nostradamus, o “Astro Intruso” ou “Planeta Higienizador” de Ramatis, o “Planeta Chupão” citado por Chico Xavier, ou o “Planeta X” procurado pelos astrônomos, ou o “12º planeta” de Zecharia Sitchin, ou o “Nibiru/ Marduk” dos Sumérios, ou ainda o “Hercólubus” dos estudiosos da Gnose.

Para os cientistas da NASA a data desse acontecimento será marcada pelas piores tormentas solares da história.

Para os governos e a ONU algo terrível está para ocorrer com nosso planeta, por isso foi inaugurado no início de 2008 o “cofre do fim do mundo” que visa abrigar sementes de todas as variedades conhecidas no mundo de plantas com valor alimentício.

Outros esperam pelo “Juízo Final” com a separação espiritual do “joio e do trigo” (visão bíblica), que se dará com a chegada de Jesus Cristo, ou através de uma visão mais atual com relação à seres extraterrestres, ou mesmo com o colapso total da civilização humana baseada no materialismo/egoísmo (fim do sistema econômico) e início de uma nova civilização voltada ao espiritualismo, amor e fraternidade.

Nesta mesma linha de “juízo final”, a teoria sobre a chegada dos seres extraterrestres se dará após um cataclismo provocado pela chegada do “segundo sol”, ou também conhecido como o "Planeta "X" / Nibiru", citado anteriormente.

Não podemos esquecer que na visão espiritualista do “fim do mundo”, o lado material (catástrofes, fim do dinheiro, materialismo, consumismo, etc) é colocado em segundo plano. Não que isso não acontecerá. Eles falam que sim, mas o que vai separar um mundo do outro é uma mudança consciencial: a consciência egoísta e individualista “sou ser humano, pertenço ao planeta Terra” morrerá e nascerá a consciência universalista “sou a encarnação de um espírito, pertenço ao Universo”.

Segundo essa crença, os espíritos reprovados no “juízo final”, ou seja, aqueles que não mudarem a consciência frente as últimas “provas”, serão exilados no "Planeta "X" / Nibiru" e terão que recomeçar do zero todo o processo de reencarnação, enquanto que os aprovados para a nova Terra vão estar livres de recordações do passado e qualquer traço de egoísmo e individualismo. Serão os habitantes da Terra de regeneração (como os espíritas falam).

Para os WebBots (programas dedicados à realizar previsões com base em dados colhidos na rede mundial de computadores) algo devastador vai ocorrer no ano de 2012.

Como se pode notar, muitos têm a sua versão e sua própria previsão do que poderá ocorrer no ano de 2012 (ou até esta data).

Mas se notar você vai ver que não será o “fim do mundo”, mas o fim de um tipo de mundo.

Não nos restam dúvidas que a nossa civilização está à beira do colapso. Prova maior disso é a atual crise financeira mundial e o aumento das catástrofes naturais, além do agravamento da violência e distúrbios psicológicos.

Qualquer um que usar a inteligência e fizer uma análise sobre os fatos mundiais que estão ocorrendo, deve compreender que se não houver uma mudança radical em nossa forma de viver, nossa sociedade não terá como sobreviver por muito tempo.


Nota: Recomendo a leitura de todo o conteúdo do texto no link acima indicado. Não nos custa saber um pouco a respeito do povo Maia, do alinhamento da nossa Galáxia e outros temas afins.[ETB]
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Vida fora da Terra


Vida fora da terra
Enéias Teles Borges


Hoje eu li a notícia que destacou os resultados de um impacto provocado pela NASA (Agência Espacial Norte-Americana), que lançou uma sonda sobre a superfície escura da lua. O objetivo era a localização de água naquele satélite terrestre. O resultado superou o que se supunha: existe água numa cratera lunar e numa quantidade superior ao que se imaginava possível (leia a reportagem: Folha Online).

Em virtude desta notícia eu passei a meditar noutro assunto, objeto de convicção de alguns segmentos religiosos. Tais aglomerados da fé afirmam, de forma peremptória, que existe vida fora da Terra. Trata-se de vida pura, resultante de criação divina e que não está sujeita ao efeito do pecado - que está adstrito ao nosso planeta.

Imaginei como poderia reagir essa massa religiosa diante de uma descoberta de vida, ainda que muito primitiva, na lua, num planeta ou qualquer outro objeto do sistema solar ou até mesmo fora do sistema solar. Como reagiria diante dessa conclusão desconcertante? Como seria repensada a religiosidade de muitos?

Eu até suponho que haverá uma sequência de desculpas:

1. “Não há vida fora da Terra que possa ser alcançada por nós humanos pecadores! É efeito visual, promovido por influência do diabo!”

2. “Não é vida extraterrestre! É contaminação humana, levada para outros mundos devastados, sem valor e que, portanto, estão longe daquela criação perfeita de deus -protegida contra a nocividade pecaminosa do homem!”

3. “É hora de repensar a criação, origem da vida, vida em outros mundos (...). A ciência provou que conceitos arraigados em nós estão despidos de valor. Precisamos reestudar a religião!”

Como muitos passariam a se comportar diante de revolucionária informação? Não pairam dúvidas: qualquer vida encontrada fora da Terra destruirá conceitos, promoverá mudanças, ensejará apostasia da fé naquele instante comungada...

Um fato é inegável: muitas religiões escudadas na bíblia terão imensa dificuldade para defender qualquer tipo de postulado que tenha como base a criação divina. Aquela criação baseada na história (fábula) de Adão e Eva, pecado, remissão de pecado e afins...

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SELO DE RECONHECIMENTO - ESTE BLOG É D+


O selo de reconhecimento, outorgado a este blogue, é oriundo da fantástica página do Ricardo Cluk, blogue "a arte de ter razão". Devo indicá-lo a outros dois blogues e responder à pergunta: "o que seria necessário fazer ou mudar, para vivermos num mundo melhor?"

A resposta que me vem à mente: insistir em tentar fazer o que é convencionalmente certo, pelo simples fato de que é certo. Parece utópico? Pode até ser, mas se cada um fizer apenas isso o mundo será bem melhor.

Indico os seguintes blogues:


Agradeço, mais uma vez, pela indicação do Ricardo Cluk e espero continuar sendo merecedor de tal consideração.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

FRAGILIDADE HUMANA


Fragilidade humana
Enéias Teles Borges


O apagão que ocorreu na noite de 10/11/2009 desnudou (ou confirmou) a realidade do universo humano. A nossa vida é frágil, a manutenção desse viver é complexa. Basta uma quebra de rotina para a instauração do caos. Quanto mais adentra a modernidade tecnológica, mais o homem se torna dependente. Exemplifico: quando a internet foi disponibilizada para a população? Sabemos que a tecnologia de comunicação, via internet, é nova; diríamos que, de força efetiva, a sua idade não chega aos vinte anos. Notaram como somos dependentes dela?

No que tange à eletricidade a situação chega a ser aterradora! Até mesmo para descobrir que faltava energia em outros lugares, além do nosso bairro, foi “um parto”. Quando recebi uma ligação de um colega da Zona Norte de São Paulo (moro na Zona Sul), perguntando-me se eu estava sem “luz” em casa é que se começou a desnudar o véu. Os celulares não funcionavam e não tínhamos radinho de pilha em casa. Os únicos veículos que estava noticiando eram as emissoras de rádio e de que nos adiantava isso, se tais veículos dependiam de aparelhos tidos como obsoletos?

O caos em São Paulo foi tremendo. Metrô e trens inoperantes, semáforos desligados, escuridão total! Um blecaute assim demonstra o quanto somos amarrados às circunstâncias e como somos lentos na implementação de soluções. Imaginem apagões sendo promovidos por catástrofes naturais ou guerras ao redor do mundo?

O descontrole, no contexto da civilização, reduz esta mesma civilização a um estado horroroso. Algo similar ao “estado de natureza” muitas vezes interpretado à luz do pensamento filosófico. Tal descontrole, que dá origem ao caos, faz cada um “se virar como pode”, reduzindo “ao nada” a civilização aclamada e proclamada nos ditos países modernos.

Surpreendo-me pensando num apagão energético em proporções mundiais. Como o homem se portaria em face duma “escuridão” global - afastado das facilidades (verdadeiras ou supostas?) do mundo hodierno?

Somos frágeis, muito frágeis!
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terça-feira, 10 de novembro de 2009

A cachaça e o santo de casa...

Um amigo meu costuma fazer afirmações interessantes e entre elas a seguinte: “cachaça boa é cachaça que vem de longe”. Em seguida ele explica: as pessoas quando vão oferecer um aperitivo dizem: “essa é das boas, veio de longe...” O curioso é que o longe depende do local em que se encontra o interlocutor. Para quem está em São Paulo a cachaça boa é aquela que vem de bem longe. Quanto mais distante melhor. Aquelas que vêm do Rio Grande do Sul ou do Rio do Rio Grande do Norte são excelentes. Para quem está num destes estados a cachaça boa é aquela proveniente de São Paulo.

O resumo do que ele quer dizer é bem simples: esse é mais um mito que surgiu. Nada tem que ver com a verdade. As pessoas passaram a pensar assim e virou lenda urbana ou rural.

A narrativa acima me remonta a uma frase popular: “santo de casa não faz milagre”. Quem diz isso o faz porque percebe ou percebeu que não se costuma valorizar quem nas imediações. Tem que ser de longe ou, quem sabe, de fora de casa.

Vale para tudo: a boa faculdade é do Exterior, o bom perfume é o de fora do País, o bom filme é de outro Continente, o bom médico é o da Capital...

Quem está aqui acha que o que há de bom está lá. Quem está lá acha que o que há de bom está aqui. É a cultura de valorizar o que não está próximo.

Minha proposta para reflexão: será que não deveríamos buscar o que há de bom em nós, depois no nosso próximo e assim sucessivamente? Por que aplicar no nosso meio o costume dos degustadores de cachaça: “cachaça boa é a que vem de longe” ou o adágio “santo de casa não faz milagre”?

Enéias Teles Borges
Publicação original: 08/08/2008

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Desabafo reflexivo

Amigo leitor:

Postar mensagens quase que diárias no meu blog tem sido motivo de satisfação e também de inquietação. Há pessoas (poucas) que fazem comentários diretamente nas postagens, mas existem outras que preferem o contato por e-mail, como forma discreta de expor pontos de vista, fazer críticas construtivas e até mesmo agradecer.

O propósito do blog está sendo metodicamente cumprido: fomentar o livre discutir reflexivo, num constante chamamento à análise comparativa entre alienação e convicção.

Estou satisfeito com os resultados e com o aumento sistemático das visitas. O tempo de permanência no blog tem média superior a dois minutos. Vale dizer que as mensagens novas são lidas na íntegra.

Tem sido salutar ler frases nas mensagens eletrônicas mais ou menos assim: “nunca tinha pensado nisso”, “como não pude enxergar algo tão óbvio?”, “incrível como nossa mente é manipulada e ainda ficamos felizes por isso!”, “depois de tantos anos de vida e de ter filhos criados eu admito que poderia ter feito diferente”. Existem outras frases: “será que é certo o que você faz?”, “não está extraindo a fé das pessoas?”, “será que esse pensar não é mera especulação?”

O que procuro deixar claro para as pessoas é que a verdade, ainda que dolorosa, não pode ser evitada. Ela pode, quando muito, ser mascarada. Por que fugir dela? Não é possível! O encontro com ela é certo. É mera questão de tempo! Morrendo de forma violenta, doença ou por idade avançada muda apenas a “data” do encontro com a realidade irrefutável, destino de todos que existem. Que verdade é essa? Cada um diz ter a sua. Mas existe apenas uma e que não está preocupada em agradar a quem quer que seja.

Destaco, também, que evito emitir opinião direta sobre determinado assunto. Não é esse o meu objetivo. Sei que devo, sim, fomentar a discussão. Esse fomento objetiva mostrar às pessoas desatentas que existem várias versões dos fatos e que, por uma questão de justiça e coragem, todos os lados convergentes e divergentes devem ser imparcialmente analisados.

É fácil digitar certos temas? Certamente que não. Para quem nasceu e foi criado num contexto religioso ligado à ortodoxia (meu caso) é mais difícil ainda. Exige muita força para ser imparcial. Tenho conseguido? Não sei, mas não me omito.

Esse desabafo reflexivo é para reafirmar o meu propósito de continuar trazendo a esse espaço democrático qualquer tema justificável. É natural que a mente ocidental esteja condicionada a uma cultura religiosa milenar. É crucial fincar raízes nesse terreno eminentemente teológico sob o olhar filosófico. Não tem como ser diferente!

Evidentemente a minha grande luta é contra o medo que existe dentro de mim e dos demais indivíduos. Por esse motivo eu carrego no bojo da minha mente uma frase lapidar: o que mais tenho medo: é de ter medo de pensar o que deve ser pensado e de fazer o que deve ser feito.
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Postado anteriormente em 18-06-2008.
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sábado, 7 de novembro de 2009

Atirando a primeira pedra...


Acusado de adultério é apedrejado até a morte na Somália


Um homem acusado de adultério foi apedrejado até a morte nesta sexta-feira no sul da Somália, segundo declarou o grupo islâmico que controla a região.

O grupo al-Shabab afirmou que Abas Hussein Abdirahman, de 33 anos, foi morto em frente a uma multidão de 300 pessoas na cidade portuária de Merka.

De acordo com o grupo, a amante de Abdirahman também será apedrejada, mas apenas após ela dar a luz.

O correspondente da BBC na capital somali, Mogadíscio, disse que, se a mulher for mesmo apedrejada, a criança será entregue a parentes.

O xeque Suldan Aala Mohamed, porta-voz do al-Shabab, disse que o homem confessou o adultério perante uma corte islâmica.

Uma testemunha disse à BBC que o condenado demorou cerca de sete minutos para morrer.

Roupas

A execução foi condenada pelo presidente da Somália, Sharif Sheikh Ahmed, que acusou o grupo de prejudicar a imagem do Islã e perseguir mulheres.

"Suas ações não têm nada a ver com o Islã. Eles forçam as mulheres a usarem roupas pesadas, dizendo que é para não expor partes do corpo, mas sabemos que existe um interesse econômico, já que eles mesmos vendem as roupas", disse Ahmed, chefe do governo apoiado pela ONU mas que atua apenas em partes de Mogadíscio.

Grupos islâmicos controlam a maior parte da Somália. Esta foi a terceira vez que uma pessoa foi apedrejada desde o ano passado. No mês passado, dois homens foram apedrejados por espionagem.

Já no ano passado, uma garota de 13 anos foi morta acusada de adultério, embora grupos de defesa dos direitos humanos digam que ela foi estuprada.

Fonte: [Universo Online].

Nota: Os teístas têm algo a aprender com os ateístas, quando o assunto é justiça e respeito à vida? Quantas vezes casos similares a este foram promovidos por ateus? A história humana demonstra que não é característica exclusiva do Islã tal tipo de atitude. Quem poderá acusar por este ato? Quem teria autoridade para dizer que não viu algo parecido, no contexto histórico da fé que hoje pratica? Até quando atrocidades serão cometidas em nome de alguma forma de interpretação de vontade divina?[ETB]

Atirando a primeira pedra..., quem se candidata?
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

QUE A INTERNET VIVA MUITO TEMPO!



Por: Enéias Teles Borges


Aqueles que gostam da internet podem dizer que é uma maravilha humana. Outros, quem sabe, dizem que é uma maravilha divina, pois o homem é criação de deus. Os que enxergam apenas perniciosidade na internet dirão que a maldade humana é a chave do sucesso da internet ou, quem sabe, que o maligno, agindo no homem, criou esta praga virtual.

Considero a internet a maravilha! Nem me preocupo com quem seja ou deixe de ser o eventual mentor - seja homem ou qualquer divindade.

O que sei é que dentro da internet existe uma biblioteca com bilhões de livros, trilhões de informações e sensacionais páginas. Volto meus elogios para as centenas de blogues. Cada dia descubro vários, com reflexões perinentes emitidas por pessoas de grande cultura. Saber que jamais chegaria aos meus olhos, não fossem os maravilhosos tentáculos da internet.

Existem coisas ruins? Tais maldades são a maioria das informações na rede? Se é assim, não me importo, busco na minoria (que é muita coisa!) aquilo que me atrai, que me envolve e me faz crescer - mesmo aos 47 anos de idade.

Ela veio para ficar e ficou a nos oferecer o que tem de melhor: informações, informações e mais informações!

Que a internet viva muito tempo!
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO


O acordo ortográfico da língua portuguesa trouxe problemas. Eu, após algum tempo testando as novas regras, confesso que fiquei com saudades da ortografia anterior. Comecei a me culpar. Era como se eu estivesse sem coragem para voltar aos livros e me adaptar ao novo acordo.

Comecei a observar que eu não era o único preguiçoso! Muitos reclamavam do novo regramento. Tudo muito confuso(...). Pior: o Brasil foi o único dos países envolvidos a oficializar a reforma. Os "donos da língua", esbravejam desde Portugal: "A reação dos portugueses à mudança também foi ressaltada pelo representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, Walter Esteves Garcia. Na opinião de escritores de Portugal, relatou, o Brasil está querendo impor uma revisão da língua ao país onde a língua foi criada. "

Surge uma luz: "Após audiência pública, senadora sugere revisão do acordo ortográfico."

O texto completo poderá ser lido em [Folha Online].

Sou sincero: espero que seja feita uma revisão e, se possível, que volte simplesmente a ser como era antes...
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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O CASO DO MORTO-VIVO


O caso do morto-vivo

O pedreiro Ademir Jorge Gonçalves, 59 anos, foi dado como morto após um acidente na BR-153, em Santo Antonio da Platina (PR), na noite deste domingo (1º). Familiares e amigos reconheceram o corpo no necrotério e o sepultamento foi providenciado como de praxe. O detalhe é que Ademir, conhecido como Tufão, apareceu vivo no próprio velório, às 8h desta segunda-feira (2), feriado de Dia de Finados.

Durante todo o tempo em que foi dado como morto, Tufão estava no restaurante do Auto Posto Platina, que fica ao lado do local do acidente. "Ele passou a noite toda bebendo pinga com os amigos", disse a vendedora Rosa Maria Sampaio, 50 anos, sobrinha de Tufão.

O balconista Josiel Inocêncio da Silva, 23 anos, disse que Tufão soube que estava sendo velado pela família por meio de um amigo. "O rapaz chegou correndo para avisar que estavam querendo sepultar uma pessoa como se fosse ele [Tufão], que ficou assustado na mesma hora. Ele saiu do restaurante para esclarecer a história."

O reconhecimento

Segundo Natanael Honorato, 36 anos, gerente da funerária Rainha das Colinas, a Polícia Civil da cidade acionou o serviço para a retirada do corpo da pista. "Levamos a vítima para o necrotério, onde o legista fez os exames necessários. Já na funerária, um grupo de pessoas apareceu para fazer o reconhecimento do corpo. Alguns ficaram em dúvida, mas outros reconheceram o corpo como sendo de Tufão"

A partir deste momento, segundo Honorato, o velório e o sepultamento da vítima foram providenciados. "Como eu iria imaginar que o corpo não era da vítima? Se a própria família, que conhecia o sujeito, reconheceu o corpo, como que eu, que não conhecia a vítima, iria reconhecer?", disse o gerente da funerária.

De acordo com Rosa, a família ficou dividida quanto ao reconhecimento de Tufão. "Eu e meus dois tios ficamos em dúvida, mas uma outra tia minha e quatro amigos dele [Tufão] reconheceram o corpo, então, o que iríamos fazer? Providenciamos o velório."

Segundo Rosa, o corpo foi liberado por volta das 6h de segunda-feira. "A família já estava no velório, mas a mãe dele [Tufão] olhou o corpo no caixão e achou estranho. Ela olhou, olhou e não conseguia acreditar que aquele era o filho dela. Não demorou muito para o morto aparecer andando no velório. Foi um alívio.

Honorato disse que o reconhecimento do corpo foi feito com muita emoção. "Foi uma choradeira danada. Não tinha como ter dúvida, mas aconteceu. Em dez anos de profissão, nunca vi coisa parecida."

Prejuízo

O gerente da funerária disse que até agora está amargando o prejuízo por organizar o velório do 'morto-vivo'. "A família do Tufão foi quem providenciou o caixão e a cerimônia de sepultamento e velório. Depois de esclarecida a dúvida da identidade do morto, a família saiu do velório e foi para casa. Eu fiquei no prejuízo, porque não recebi pelo serviço."

Honorato disse que a vítima do acidente foi identificada posteriormente e o corpo foi levado para o sepultamento em Joaquim Távora (PR). "Nenhuma das duas famílias pagou pelo trabalho. Nós oferecemos 24 horas de café, leite, chá e lanche, sem falar do caixão e do sepultamento. Tudo isso sai por R$ 1,3 mil, que saiu, até agora, do meu bolso."

Quem também teve prejuízo foi Tufão. Apesar de ter virado celebridade na cidade, o dono do imóvel onde ele morava queimou suas roupas e o colchão da cama onde dormia. "O dono da casa era amigo dele [Tufão] e estava certo de que o morto era meu tio. Ele mesmo também fez o reconhecimento. Com essa certeza, ele resolveu queimar tudo que era do meu tio. Agora, a mãe de meu tio está tendo de providenciar roupas novas."

Apesar de estar com a mesma roupa do corpo de quando foi dado como morto, Tufão está comemorando o fato de ainda estar vivo com os amigos. "No mesmo dia ele voltou ao restaurante para tomar pinga. Já posso dizer que servi pinga para um 'morto-vivo'", disse Inocêncio Silva.

"Agora que ele virou celebridade nas ruas é que não vai parar de beber mesmo. Todo mundo quer falar com ele e é inevitável que acabem pagando uma pinga ou outra para meu tio [Tufão]", disse Rosa.

Reportagem de 04/11/2009 - Glauco Araújo - Do G1 em São Paulo.


Nota do Editor: Não fosse pela existência de uma pessoa morta, ainda que não seja o “Tufão”, poderíamos dizer que estamos diante de uma comédia, quase estilo pastelão. Há acontecimentos no cotidiano que são hilários (não fossem os dramas, às vezes, contidos). O episódio do pedreiro dado como morto, quando na realidade estava vivo e tomando pinga é um “fato comédia”.
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