sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E a eutanásia?

É a morte sem sofrimento, provocada por terceiros, em doentes em profundo sofrimento. Alguns a chamam de boa morte ou morte tranquila. Eis aí um assunto complexo. É lícito minorar o sofrimento de alguém, antecipando-lhe a morte?

Eu me pergunto: no caso de alguém deixar (por escrito), uma autorização para o abreviamento de sua morte (em caso irreversível), haveria, moralmente falando, o cometimento de um desrespeito à vida? É claro que descarto o arrazoado dos partidários da fé cega e da faca amolada. Certamente diriam que a eutanásia tira do doente a possibilidade do milagre...

Sabemos que no Brasil essa prática (eutanásia) é tipificada na Lei -  é crime. Não seria igualmente criminoso permitir que alguém, em estado terminal agonizante, sofra nos momentos finais da vida? Não tenho ponto de vista formado, mas sinto que devo me aprofundar no tema.

Esse assunto é polêmico e a evolução do Direito haverá de atentar para o tema.

Enéias Teles Borges

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Jesus e o homossexualismo

Jesus e o homossexualismo
Enéias Teles Borges

Bastou Elton John dizer que Jesus era o "gay superinteligente" para a massa da fé reagir! O mundo cristão ficou escandalizado! Para os conservadores da fé cristã, Jesus foi e é um ser perfeito e não houve nem há possibilidade para tal conjectura. Jesus, quando esteve aqui na terra, era imaculado e sendo assim não poderia ser homossexual. Para o cristianismo, portanto, o homossexualismo não é opção. É uma distorção! Assim sendo, Jesus jamais poderia ter sido gay. Esse é, sem dúvida, o ponto de vista dos conservadores cristãos.


Nota: Não quero emitir opinião sobre o tema. Devo respeitar pontos de vista divergentes. Saberei respeitar e postar as opiniões que aqui forem encaminhadas - desde que sejam respeitosas.
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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Baiano e os Novos Caetanos


Baiano e os Novos Caetanos
Enéias Teles Borges


Nessa vida tudo passa! Coisas boas e coisas ruins. As ruins sempre vão tarde e promovem o alívio. As boas, quando vão, deixam sensação de desamparo. O que é bom vai e não volta... Hoje algo bom, eu soube, deixou de existir. Não será possível reeditar a dupla que formou uma majestade de magia: Baiano e os Novos Caetanos.

Quem viu e ouviu haverá de se lembrar do sucesso que Chico Anísio e Arnaud Rodrigues fizeram. Quem não se lembraria de pessoas recheadas de tanto talento? A maneira como a dupla deixou de existir foi de forma trágica. Arnaud Rodrigues deixou de fazer parte desse mundo. Foi-se! Com ele grande parte da magia brasileira se esvaiu.

Se você faz parte do grupo (eu faço) que estimou (e segue estimando) aquela dupla dos anos 1970 não deixe de ouvir a música "Folia de Reis" (abaixo).

Ouça a música: [Folia de Reis].

Fonte da notícia: Portal Globo.
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Bêbado revoltado...


Bêbado revoltado...
Enéias Teles Borges


Eu vinha andando numa das ruas do bairro de Santana, zona norte de São Paulo, à noitinha e reparei que um morador de rua, bêbado como um gambá, pedia cigarro a quem passava perto dele. Por coincidência os três que passaram disseram: “não tenho cigarros, não fumo”. Quando eu passei por ele a resposta que dei foi igual a dos anteriores e ele bradou: “assim não dá! Ninguém tem cigarro. Serei obrigado a deixar de fumar”!

Uma pessoa que passava ao lado comentou comigo: “que absurdo! Ele precisa deixar de beber, também”.

Seria cômico, se não fosse trágico. Um cidadão revoltado porque ninguém lhe dava um cigarro. A revolta era tão grande que, como protesto, ele ia deixar de fumar!

Imaginaram uma situação assim? Pois é: basta vaguear pelas ruas de Sampa para ter inspiração para escrever, inclusive sobre bizarrices. Que mundo é esse? Que cidade é essa?

Comentei o assunto com um colega, num barzinho de esquina. Ele me contou outro pedaço da história.

Esse mesmo bêbado estava fazendo um estoque de cigarros. Pedia para quem passava, mas rejeitava a ponta do cigarro aceso. Não queria acender o seu. Recusava o isqueiro, não queria acender o outro cigarro que ganhara de outro transeunte...

Estava bêbado, mas conservava consciência suficiente para não ser bobo. Imaginem a “figura” lúcida. Que coisa!

Eu poderia ficar muito tempo digitando episódios do meu cotidiano, mas por hora basta.

Postagem original: 01/08/2008.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A vidraça, o especulador e o cauteloso


A vidraça, o especulador e o cauteloso
Enéias Teles Borges


Há um ditado antigo (confesso não saber quem é o autor) que diz mais ou menos o seguinte: “a verdade é como uma vidraça e cada um vê apenas de um lado”. É lógico que quem está de um lado da vidraça não terá a mesma visão daquele que está do outro lado. Um exercício de humildade mostrará que será necessário ver dos dois lados antes de emitir opinião.

Quero adaptar esse pensamento há algo que tenho observado, no contexto religioso brasileiro e que tende a ficar mais evidenciado diante dos avanços da ciência. A fé está em luta contra evidências que conspiram contra ideais ortodoxos firmados ao longo dos séculos.

Enquanto alguns consideram o insistente estudo como exercício da capacidade humana, outros chamam esse estudo de especulação. Algo como: “o que é conhecido é para nós e nossos filhos (...) fora isso é com o Criador”. Afinal o estudioso é um especulador? Aquele que se conforma com o estudo superficial e a força da tradição é um cauteloso?

O que mais me chama a atenção é o diálogo silencioso que é formado: enquanto o “cauteloso” vê no “especulador” um agente do mal, por querer avançar por terrenos desconhecidos, o “especulador” vê no “cauteloso” (também) um agente do mal, por tentar inibir a capacidade humana de pensar (dom divino) e descobrir o que antes era desconhecido.

Notaram que cada um vê no outro “a encarnação do diabo”?

Seria como ver a vidraça apenas por um lado? Por que não ver dos dois? Será que o “especulador” já viu os dois lados e por esse motivo é mais incisivo? Será que o “cauteloso” tem medo de ver o outro lado da vidraça e de ter que rever conceitos?

Faço esse convite à reflexão.

Postagem original: 25-06-2008.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Evolucionismo e religião - polêmica eterna - 1

Evolucionismo e religião - polêmica eterna - 1
Enéias Teles Borges

Evolucionistas e religiosos deveriam conviver de forma pacífica, mas digladiam-se sempre. Basta um erro dos evolucionistas para que religiosos apontem o dedo acusador. De igual forma os os evolucionistas consideram risível o pensamento conservador dos religiosos. É claro que estou me referindo aos religiosos ortodoxos - aqueles que são partidários da fé cega e da faca amolada.

O que diriam os militantes de ambos os lados, caso pudessem emitir opinião acerca do texto abaixo?

Descoberta de fóssil reforça parentesco entre aves e dinossauros

Dinossauro era parecido com um avestruz, mas tinha rabo comprido. Réptil da família dos alvarezsaurídeos foi encontrado na China.
 
A tese de que parte dos dinossauros não acabou, mas evoluiu e se transformou em aves, está se tornando cada vez mais comprovada. A descoberta de um pequeno fóssil na China reforça a teoria. Já batizado de Haplocheirus sollers, ele é um réptil parente próximo dos primeiros pássaros, e ajuda a esclarecer algumas lacunas do elo perdido entre dinossauros e pássaros.

O réptil descoberto é da família dos alvarezsaurídeos, um grupo semelhante às aves, mas que não se transformou nelas. A novidade é que o H. sollers é 63 milhões de anos mais velho que os seus familiares conhecidos. “É como encontrar um parente perdido há muito tempo”, compara o cientista Jonah Choiniere, da Universidade George Washington, nos EUA, em entrevista ao G1.

Com a descoberta, publicada na revista "Science", o fóssil se torna o ancião dos alvarezsaurídeos, e por consequência o bicho de sua família mais próximo do grupo maniraptora, o ramo evolutivo dos dinossauros que inclui as aves.

A reconstituição feita pelos cientistas mostra que o H. sollers era parecido com um avestruz, mas com um rabo comprido. O bicho viveu há cerca de 160 milhões de anos, no período jurássico superior, e tinha entre 190 e 230 centímetros de comprimento. No lugar do bico, levava pelo menos trinta pequenos dentes presos aos maxilares.


Parente argentino

A característica mais marcante da dos alvarezsaurídeos era a presença de uma garra única em cada mão, que era usada provavelmente para cavar. No H. sollers, é diferente. Ele tinha três dedos, com uma pequena garra na ponta de cada um. Os cientistas sugerem que, ao longo do tempo, esses dedos se fundiram em uma só garra gigante.

Parentes do dinossauro encontrado na China viveram próximos ao Brasil. “Conhecemos alguns alvarezsaurídeos na Argentina. O nome deles é ‘Patagonykus’ and ‘Alvarezsaurus’”, conta Choiniere. Assim como os outros parentes, os argentinos eram menores que o H. sollers, sugerindo que os animais foram diminuindo ao longo do tempo.

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