Hoje eu recebi uma mensagem eletrônica de minha cunhada Cristiane Lisboa Maia (Dinha). É uma pessoa muito especial. Amada ao extremo pelos sobrinhos, desenvolveu uma capacidade imensa de sempre se manter calma e paciente. Ultimamente vinha sofrendo bastante. Apegada que é aos cães que estiveram com ela nos últimos doze anos, viu de forma quase simultânea, os dois partirem deste miserável mundo dos vivos. O primeiro foi Duque, que era o mais novo. Precisou ser sacrificado. Agora Doly...
Segue abaixo o comovente texto. Não é fácil perder animais queridos, especialmente os cães que são amigos de verdade.
O que leva um cachorro a ter câncer, ainda mais de uma maneira tão
sofrida? Algumas pessoas me falaram pra sacrificar, mas não consegui.
Optei em cuidar dela até o fim.
Ontem a tarde, quando cheguei pra
almoçar, ao ver aquela situação, desabei. Até então achei que estava
forte, mas desabei de tal maneira que nem imaginava. Conversei com a
veterinária, o que poderia ser feito, pois não estava aguentando mais o
sofrimento dela. Internei pra tomar alguma medicação e aliviar um pouco o
seu sofrimento. Amanhecendo o dia ela se foi, descansou.
Há mais ou menos um ano começou um nódulo na mama. Passados alguns meses, apareceram outros em outras mamas. Mais ou menos em setembro, começaram uns engasgos. Apareceu um caroço no pescoço. E se não bastasse, as patas começaram a inchar. Na minha ignorância estavam inchadas. Segundo a veterinária, inchadas coisa nenhuma. Os nódulos das mamas tinham entrado em metástase e já tinha atingido os ossos. Nada mais poderia ser feito, a não ser melhorar a condição de vida dela até o fim. Como Doly tinha perdido muito peso, se operasse ela não ia resistir e de nada ia adiantar, já que o corpo já estava todo contaminado.
Hoje, mais calma, analisando friamente toda esta situação, fico me perguntando se não fui egoísta. Egoísta ao ponto de querer ficar com um animal querido, com todo esse sofrimento ou de ter acabado com parte desse sofrimento.
No seus quase 12 anos a Negona se foi, deixando saudades e amor pela sua passagem em nossas vidas.
Abraços,
Dinha.
Há mais ou menos um ano começou um nódulo na mama. Passados alguns meses, apareceram outros em outras mamas. Mais ou menos em setembro, começaram uns engasgos. Apareceu um caroço no pescoço. E se não bastasse, as patas começaram a inchar. Na minha ignorância estavam inchadas. Segundo a veterinária, inchadas coisa nenhuma. Os nódulos das mamas tinham entrado em metástase e já tinha atingido os ossos. Nada mais poderia ser feito, a não ser melhorar a condição de vida dela até o fim. Como Doly tinha perdido muito peso, se operasse ela não ia resistir e de nada ia adiantar, já que o corpo já estava todo contaminado.
Hoje, mais calma, analisando friamente toda esta situação, fico me perguntando se não fui egoísta. Egoísta ao ponto de querer ficar com um animal querido, com todo esse sofrimento ou de ter acabado com parte desse sofrimento.
No seus quase 12 anos a Negona se foi, deixando saudades e amor pela sua passagem em nossas vidas.
Abraços,
Dinha.
Seguem algumas fotos de Duque e Doly, são de 2005, feitas em Vitória da Conquista, Bahia (para ampliar as imagens, basta teclar nelas).