domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma eleita

Dilma é a nova presidenta do Brasil, ou, como queiram é a primeira mulher presidente do Brasil. Devo ser sincero e dizer que votei no Serra. Não porque o considero superior, mas porque sou a favor do "rodízio" no poder. Não importa qual seja o partido sou contra mais de oito anos no poder.

Digito este texto para desejar sucesso à Dilma. Que ela conduza bem o Brasil, que siga na luta para diminuir as desigualdades sociais. Qeu mantenha as liberdades prescritas na na Carta Magna. Que seja um exemplo para as mulheres. Que nos prove que, na condição de mulher, nada deve aos homens e que pode, inclusive, superá-los.

Força Brasil!

 
Enéias Teles Borges - Autor
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HORA DO VOTO

Hora do voto

O dia 31 de dezembro de 2010 é uma data para entrar para a história. Temos diante de nós a oportunidade de votar livremente para o mais importante cargo do nosso país. Poderemos ter um novo partido no poder, caso Serra vença. Poderemos ter a primeira mulher na presidência do Brasil, no caso de vitória de Dilma.

É hora do voto. Hora de escolher quem comandará este País de dimensões continentais. Pare, pense e vote de forma consciente. Seu voto é importante. Importantíssimo!

Voto consciente

Acredito que nós fizemos a escolha certa. Eu já sei em quem votar. Não me deixei influenciar pela mídia, pelos blogues e pelos sítios de relacionamento. Sei que você fez o mesmo. Não importa em quem votará, o importante é que o voto seja seu. Que a escolha seja sua. Nós já somos maduros, não é a nossa primeira eleição presidencial. Somos conscientes e somos fortes.

Avante Brasil!

Enéias Teles Borges - Autor
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ateus conhecem mais sobre religião

Que vergonha! A constatação acima foi feita após o levantamento realizado com 3.412 cidadãos norte-americanos através de uma pesquisa realizada pelo Instituto Pew Research Center.

Uma espécie de questionário com 32 perguntas foi criado para testar o conhecimento dos americanos em três tópicos: Bíblia, tradições religiosas mundiais e relações entre Igreja e Estado.

 
Enéias Teles Borges

Deus e a esperança

Qual o diferencial entre as pessoas que supostamente vivem em desespero e aquelas que supostamente vivem em paz? Os religiosos costumam dizer que o desespero é decorrente da ausência de Deus no coração...

Sendo assim o que (ou quem) de fato é esse deus? Lembremo-nos que as pessoas que creem na existência de um ser divino escudam-se na fé, isto é, não têm como provar (cientificamente) a existência desse ser superior. Mesmo assim acreditam em sua existência e por isso lançam-se em seus braços de amor...

Imaginemos a seguinte situação:

Uma mulher apaixonada despede-se do seu marido que segue para bem longe e lhe deixa uma promessa: a de que voltaria, custasse o que custasse para ficar ao lado dela para sempre. A mulher faz um voto de que seria somente dele e o esperaria, também, para sempre.

Ocorre que esse homem ao sair de sua casa sofre um assalto. Matam-no e queimam os documentos. Destroem completamente o seu corpo com ácido. Ninguém sabe do seu paradeiro. Tornou-se inexistente!

Enquanto isso a esposa espera, pensando que ele está longe e que um dia virá. O tempo passa sem que ela saiba do final trágico da vida do marido. Segue honrando o voto de que o esperaria e com o coração sempre cheio de esperança.

A devotada mulher morre bem velhinha, mas sem rever o seu amado, mas ainda conservando em si a chama da esperança. Antes de morrer ela diz: anotem em algum lugar que eu esperei até momentos antes de morrer e que foi essa esperança de revê-lo que manteve em mim a chama da vida...

A morte chegou antes da realização da esperança e ironizando o adágio de que ela, a esperança, é a última que morre (mas morre ou não morre?). Parece dramático? Fazem idéia de quantos casos parecidos ocorreram de fato?

Depois da ilustração volto a perguntar: Quem afinal é esse deus que acalenta os sonhos, mantém pessoas em paz? Que deus é esse que impede a derrocada de muitos, funciona como freio social e que é permanente portador de boas novas? Novas repetidas há séculos?

Não seria esse ser a “esperança” que sendo baseada ou não na verdade mantém os fiéis esperando até a hora da morte? Morte que tem ocorrido sempre antes da concretização dela (esperança), esta que pode ser a última a morrer?

Um fato é real e contra ele ninguém se insurgirá: esse deus, existindo ou não, mantém muitos em paz, muitos em contrição, muitos com os olhos voltados para o alto, muitos esperando um futuro brilhante e eterno...

Poderíamos chamar esse deus simplesmente de esperança? Afinal sendo um ser real ou não, fruto da imaginação humana ou criador da humanidade, eis que ele está dentro do coração de muitos, que pelos efeitos da fé não questionam sua existência real. Esses que, por isso, dormem nos seus “braços de amor”...

O que de fato existe no coração de muitos é uma esperança de que exista um deus e que esse deus seja o criador de tudo. Sendo criador de tudo tenha elegido o homem como sua obra prima. Enfim que seja um ser pessoal e preocupado com o futuro do homem...

Mas convenhamos: crer em sua existência é nada mais nada menos do que a esperança. Sim a esperança de esse deus exista. Essa esperança é que mantém muitos homens e mulheres em paz até a morte. Morte que insta em chegar antes da concretização da esperança. Esperança que é a última que morre...

Afinal, a esperança morre ou não morre?

Enéias Teles Borges - Autor
Postagem original: 25/01/2009
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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Vontade de desaparecer...

Eu ouvi muito bem quando um disse para o outro: “Sinto vontade de abrir um buraco bem fundo e me enterrar nele...” Eles acabavam de ter uma decepção grande. A decepção era com a liderança eclesiástica. O assunto tinha sido muito destacado na mídia e em especial na América do Norte. Aquele que disse antes continuou: “Como é possível? Tantas lindas mensagens de fé e prosperidade! Não precisávamos aguardar o céu, poderíamos começar a ser felizes aqui mesmo! Afinal eles não diziam que devemos ser cabeça e nunca a cauda?”

Eu ouvi e os vi dizendo muito mais...

A realidade é que os centros de fé transformaram-se em centros de venda de esperança. Tal esperança é totalmente despida de razão. As mensagens conduzem ao choro, à alegria, à euforia e muito mais. Não conduzem à reflexão. O refletir logo mostraria aos ouvintes e apreciadores que nesse mundo só teremos tribulação. Aqueles que crêem buscam uma vida além, em outro mundo – tudo no futuro. O presente está sujeito às circunstâncias e o verdadeiro crente precisa estar preparado para a realidade circunstancial: há pouco para ser dividido com muitos. São tristezas sem fim. Sofrimento após sofrimento...

Fico constrangido quando ouço mensagens de esperança baseadas na irrealidade. Na tentativa do convencimento de algo que não ocorrerá aqui. Quando algo ocorrer neste mundo não será para todos. Não há, inclusive, que se falar em injustiça! Não existe injustiça quando uns sofrem mais do que outros. Existe a realidade nua e crua. Não adianta acreditar que por fazer “tudo certo” nada de errado ocorrerá.

Aos que têm fé eu escrevo agora, citando João 17:15 “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”.

Continuar no mundo significa conviver com as circunstâncias. O livrar do mal é algo fora do contexto humano. É libertar daquilo que impediria a vida eterna aos que crêem.

Depois de uma análise tão pueril e ao mesmo tempo tão verdadeira é que podemos perguntar: até no nosso meio a teologia da prosperidade tomou corpo em forma de mensagens de esperança sem qualquer fundamentação racional?

Cada vez fica mais claro que o objetivo das mensagens de esperança é transmitir o que se quer ouvir e nunca o que se precisa ouvir...

Quando alguém que depositou sua fé neste tipo de mensagem de esperança tem o encontro com a verdade vai logo dizer: “Que vontade de desaparecer, fazer um buraco bem fundo e nele me enterrar...”

Enéias Teles Borges - Autor

Postagem original: 27/10/2008
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SEGUNDO TURNO - II

Opções inaceitáveis

Dilma, Serra, voto nulo ou voto em branco? O que fazer diante das opções pífias que temos? Os debates não têm sido para apontar as virtudes e sim para entupir o Brasil de lama. Os dois candidatos não merecem nosso voto de confiança. O que podemos fazer? Eu assumi compromisso moral de jamais anular voto ou votar em branco. Escolherei o menos pior. Ainda assim está difícil decidir.

Rodízio no Planalto

Sou a favor do rodízio. Quando FHC saiu, depois de oito anos, eu achei bom. Seria bom, depois da saída de Lula, um novo partido no poder e assim sucessivamente. Parece-nos que dessa vez haverá manutenção do poder atual. A situação tende a vencer a oposição. Isso não me parece sadio. Temo pela força avassaladora no Congresso e no Supremo.

Atenho-me apenas a esse ponto. Meu desejo de rodízio não significa que sou a favor de Serra. Assim como não sou a favor de Dilma por dois motivos. Pelo perfil dela e pelos oitos anos do PT no Planalto. Não gosto do Serra apenas pelo seu perfil...

Como votar de forma consciente?

O que nos resta é fugir das pesquisas, da mídia, dos blogues e páginas de relacionamentos. Cada um terá um critério para votar. Tenho o meu e dele não abro mão. Digo o mesmo a você, leitor amigo, vote da forma como achar melhor. O que importa é que seu voto tem valor e é livre. Nada de ser influenciado por cabos eleitorais disfarçados em pele de cordeiro...

Enéias Teles Borges - Autor
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O que é filosofia?

O texto abaixo foi extraído do sítio http://www.filosofando.da.ru/ e eu recomendo a leitura do texto e a visita à excelente página.

1. Filosofias

O uso normal e correto da Língua Portuguesa admite um sentido muito amplo para a palavra "filosofia". Fala-se, por exemplo, que fulano tem uma excelente "filosofia" de trabalho; a vovó tem uma "filosofia" de vida formidável; e até mesmo que determinado técnico de futebol vai imprimir uma nova "filosofia" ao time. Em todos esses casos, parece que "filosofia" tem a ver com uma concepção, e, pois com um "saber da direção" envolvido nessas filosofias. Mas fala-se também de filosofia hindu, de filosofia chinesa... E aqui parece que filosofia já tem um sentido mais técnico, de sistematização de pensamentos especulativos ou de reflexões morais produzidos pelo povo hindu ou pelo chinês. Como se não bastasse, as livrarias oferecem, sob a rubrica "filosofia", uma variedade bastante exótica, onde aparecem, entre outras produções, tratados de ioga, e disciplinas espirituais e ascéticas de monges tibetanos.

Em todos esses casos, e é o que deve unificar tantos usos diferentes da palavra, filosofia tem a ver com uma forma de saber - e que não é um saber qualquer: não é, por exemplo, um "saber fazer vestidos" por mais úteis e até mesmo indispensáveis que sejam todos esses tipos de saber. "Filosofia" tem o mesmo no seu sentido lato, uma ligação com um saber que se percebe como sendo mais relevante, relativo a coisas mais fundamentais, embora menos diretamente úteis, que um simples saber empírico, ou que um saber ligado a produções de coisas indispensáveis para a sobrevivência. Não é, pois, meramente arbitrário o uso da palavra "filosofia" em todos os casos citados acima.

Mas é preciso estar ciente de que a disciplina acadêmica que se intitula "filosofia" usa essa palavra num sentido estrito, que exclui de seu âmbito não só a concepção de vida da vovó e as disciplinas ascéticas dos monges tibetanos, mas também - e esta afirmação talvez seja um tanto polêmica - textos às vezes altamente especulativos das milenares civilizações chinesa e hindu. Mas não há nenhum julgamento depreciativo por parte de quem nega ao pensamento hindu ou chinês o nome de filosofia. Quer-se simplesmente dizer que eles são diferentes, têm outros pressupostos, metas outras que a filosofia propriamente dita.

2. Filosofia

Filosofia é uma palavra de origem grega (philos = amigo; Sophia = sabedoria) e em seu sentido estrito designa um tipo de especulação que se originou e atingiu o apogeu entre os antigos gregos, e que teve continuidade com os povos culturalmente dominados por eles: grosso modo, os povos ocidentais. É claro que, atualmente, nada impede que em a qualquer parte do mundo se possa fazer especulação "à moda grega", isto é, filosofia.

Mas, se afirmamos que esse tipo de especulação é diferente, que tem características próprias, quais são estas, afinal? Que é afinal, filosofia? Bem... Se perguntarmos a dez físicos "o que é filosofia", eles responderão, provavelmente, de maneira parecida. O mesmo se passará, provavelmente, se perguntássemos a dez químicos "o que é química". Mas se perguntarmos a dez filósofos "o que é filosofia", ouso dizer que três ficarão em silêncio, três darão respostas pela tangente, e as respostas dos outros quatro vão ser tão desencontradas que só mesmo outro filósofo para entender que o silêncio de uns e as respostas dos outros são todas abordagens possíveis à questão proposta.

Para quem ainda está fora da filosofia, a coisa pode estar parecendo confusa. Mas a razão da dificuldade é fácil de se explicar: talvez seja possível dizer e entender o que é a física, de fora da física; e dizer o que é a química, de fora da química. Mas, para dizer e entender o que é a filosofia, é preciso estar dentro dela. "O que é a física" não é uma questão física, "o que é a química" não é uma questão química, mas "o que é filosofia" já é uma questão filosófica - e talvez uma das características da questão filosóficas que seja o fato de suas respostas, ou tentativas de resposta, jamais esgotarem a questão, que permanece assim com sua força de questão, a convidar outras pessoas e outras abordagens possíveis.

Para Aristóteles, o saber filosófico

A. é um saber "de todas as coisas", um saber universal; num certo sentido, nada está fora do campo da filosofia

B. é um saber pelo saber; um saber livre, e não um saber que se constitui para resolver uma dificuldade de ordem prática

C. é um saber pelas causas; o que Aristóteles entende por causa não é exatamente o que nós chamamos por esse nome; de qualquer forma, sabe pelas causas envolve o exercício da razão, e esta envolve a crítica: o saber filosófico é, pois, um saber crítico.

3. Origem Da Filosofia

Platão e Aristóteles indicaram com precisão a experiência que, segundo eles, dá origem ao pensar filosófico. É aquilo que os gregos chamaram "thauma" (espanto, admiração, perplexidade). A Filosofia, pois, começa quando algo desperta nossa admiração, espanta-nos, capta nossa atenção (que é isso? Por que é assim? Como é possível que seja assim?), interroga-nos insistentemente, exige uma explicação.

Espantar-se diante das coisas, interrogá-las, é próprio da condição humana. Qualquer cultura, por mais primitiva que seja, tem, desde sempre, seu arsenal de respostas e explicações às questões que normalmente são postas. No caso de questões originárias como surgiu o mundo. Como surgiu aquele determinado povo, de onde vem a chuva ou o trovão ou o fogo, como foram induzidas as técnicas ou as regras sociais é comum que as respostas estejam contidas em mitos. E se, por um lado, é normal ao ser humano espantar-se, interrogar, é por outro lado normal que não se espante nem se interrogue muito. Sendo a maioria das pessoas pouco exigente, as explicações dados pelo mito, ou quaisquer outras explicações prontas de uma cultura, bastam para quebrar o espanto nascente e, assim sendo, a filosofia não acontece. Aliás, é comum também que as questões mais fundamentais não cheguem a ser postas - um ser humano pode crescer, assimilando com naturalidade as explicações dadas pela sua cultura sobre o mundo que o circunda, quer se trate do mundo físico, quer do social. As regras de conduta, o sistema de organização social e muitas vezes não chegam a espantar ninguém. As pessoas crescem aceitando sem discutir os papéis sociais que lhes são atribuídos, sem jamais questionar seu valor e seu porque, como se tudo fosse parte da ordem natural e inacessível das coisas. Ora, a filosofia grega parece ter surgido quando, por uma série de fatores complexos, que não podemos aqui desenvolver, as respostas dadas pelo mito a certas questões não satisfizeram mais a certas mentes particularmente exigentes de um povo particularmente curioso e passível de se espantar - e as questões continuaram assim, com sua força de questão e de espanto, a exigir uma resposta que fosse além das convencionais.

4. Por que Filosofia?

Uma das coisas que mais chamam a atenção, quando se examina o fenômeno filosófico da Grécia, é a rapidez com que a filosofia atingiu sua plena maturidade. Entre Tales e Platão, a distância é de apenas 2 séculos! É claro que isso dependeu da feliz coincidência de vários fatores, entre os quais o aparecimento de alguns gênios excepcionais. Mas também a própria maneira de ser da especulação filosófica determinou esse desenvolvimento meteórico. A explicação pelo mito, ou pela tradição, tem a força do sagrado. Quando muito fala, é como se Deus falasse - e com Deus não se discute. Mas quando, numa sociedade laicaizada como foi à grega do século VI a.C., onde não só o mito já está desacreditado, mas onde se pode dar o luxo de não levar o mito a sério, os sábios começam a dar explicações filosóficas sobre fenômenos naturais, estas não têm de modo algum a força do sagrado. A explicação filosófica é apenas a explicação de um homem. E, sem o endosso divino, ela não pode impor-se sem uma prova. Ora, ao contrário da matemática, que, ao lado da filosofia, desenvolveu-se rapidamente nessa época, a filosofia não conseguia produzir suas provas. E assim a resposta de um filósofo só fazia convidar outro a apresentar sua resposta à questão. Isso parece ter provocado uma reação em cadeia, e o questionamento filosófico caminhou rapidamente, como continua caminhando até hoje, porque não tem fim. Desde os tempos gregos, muitas das questões que nasceram "filosóficas" já deixaram de o ser - pois foram resolvidas, perdendo sua força de espanto. Mas, em compensação, outras questões são suscitadas, em número infinito.

E agora talvez caiba uma pergunta: quais as conseqüências disso tudo? Bem... Entre os dez filósofos a quem mais acima propúnhamos a questão "o que é filosofia", talvez houvesse um engraçadinho que responderia com uma definição célebre e jocosa, que rola por aí sobre a filosofia: "é una scienza colla quale o senza la quale il mondo diventa tale e quale".

Num certo sentido, esse engraçadinho tem razão. Filosofia é saber pelo saber. Não sendo, pois, dirigida a nenhuma solução de ordem prática, ela é, num certo sentido, o mais inútil de todos os saberes. E cabe de novo perguntar: mas então... Pra que fazer isso? Bem... Quando se examina a história das civilizações, até um passado muito recente, um aspecto que chama a atenção é o dinamismo das sociedades ocidentais, em comparação com as orientais. A civilização ocidental não só elaborou as teorias no campo da biologia, da psicologia, da política, da economia, etc. que revolucionaram a visão tradicional sobre os homens e suas instituições. Com seus méritos e deméritos, vantagens e desvantagens, todo esse dinamismo tem a ver com o tipo de pensamento desenvolvido no ocidente, isto é, como a filosofia.

Ora, uma das belezas que nos revela a analise etimológica da palavra Filosofia é a modéstia com que o filósofo se apresenta: ele não é um sábio, ele é "amante da sabedoria". A Filosofia não é tanto um saber como a atividade: a busca, a do cultivo do saber. O primeiro espanto talvez tenha sido involuntário; mas, depois que se torna "amante da sabedoria", o filósofo torna-se amante do próprio espanto, que é a experiência que o jogo na atividade da busca do saber, que é o objeto do seu amor. O filósofo é alguém que sabe manter viva a capacidade de se espantar. Lá mesmo, onde todo mundo está instalado, dentro do óbvio mais ululante, o filósofo é aquele que chega e, com toda a espécie de perguntas engraçadas, dá uma sacudida e faz a ver que nada é óbvio, e que tudo no mundo é realmente pasmar! Nada escapa a seu questionamento: nem Deus, nem o homem e suas instituições, nem as ciências, seus métodos e seus resultados, nem os resultados do questionamento filosófico, nem o próprio direito do filósofo de questionar. Filosofia é "saber de todas as coisas" e é saber crítico. Nem ela própria pode escapar ao seu questionamento e à sua crítica.

Ora, numa sociedade em que as explicações estão todas prontas, onde as normas são aceitas sem discussão, a tendência é estagnar. As alterações, inevitáveis em qualquer comunidade humana, ficam por conta de fatores externos: mudanças climáticas, cataclismas, guerras, invasões... Mas lá onde há questionamento de tudo existe um principio interno de transformação, e existe a permanente possibilidade de mudança.

É por isso que, entre os nossos dez filósofos, um certamente se insurgiria contra seu colega engraçadinho e bradaria indignado: "Alto lá! A Filosofia é o contrário disso, ela é justamente a ciência com a qual não é possível ao mundo permanecer tal e qual!".

E é só entrar na Filosofia para entender que ele também tem razão.

Fonte: (filosofando).

Enéias Teles Borges - Editor

Postagem original: 21/11/2008
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terça-feira, 26 de outubro de 2010

POLÍTICA E RELIGIÃO NO BRASIL

Com pauta religiosa, política brasileira se aproxima de similar norte-americana

Discursos de palanque com conteúdo religioso, candidatos fazendo profissão de fé, visitas a igrejas, resposta na ponta da língua sobre assuntos morais e, acima de tudo, nenhum deslize pecaminoso em sua biografia. Assim são as campanhas norte-americanas nas últimas três décadas. E assim ficou a corrida presidencial brasileira em 2010. Se o brasileiro se espantava com esses ingredientes da democracia dos EUA, agora assiste em seu território ao mesmo fenômeno.

Leia mais em Universo Online.

Nota: Religião misturada com política. Política sendo influenciada pela religião. O resultado, a história mostrou, não é bom...

Enéias Teles Borges - Editor
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SEGUNDO TURNO - I

É chegada a hora

O momento de decidir está às portas. É hora de pensar e depois votar. O instante é de reflexão. Serão quatro anos de governo. Nova chance somente nas próximas eleições presidenciais. Temos mais alguns dias para decidir ou manter o que já está decidido. Voto consciente é uma chance que muitos não tiveram. É a nossa hora.

Fugindo dos militantes

A mídia, os blogues e os sítios de relacionamentos estão repletos de militantes disfarçados. Fujamos deles. Não precisamos desse tipo de pressão. Nosso voto é nosso! Não nos sujeitamos a palpites alienatórios e de cabos eleitorais que se servem de espaços públicos para fazer propaganda.

Voto livre

Serra? Dilma? O voto é seu. O voto é meu. Nosso voto é livre. Qualquer decisão que tomarmos será respeitada. Nosso voto é secreto e temos capacidade de discernimento. Nós usaremos o voto livre e a esolha é 100% nossa. Isso é maravilhoso e deve ser motivo de júbilo!

Enéias Teles Borges - Autor
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domingo, 24 de outubro de 2010

UNIVERSOS PARALELOS

Físicos do Cern esperam conseguir provas de que universos paralelos existem

Os físicos que investigam a origem do universo esperam ter, no ano que vem, as primeiras provas da existência de conceitos caros aos escritores de ficção científica, como mundos ocultos e dimensões extras.

À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, opera com uma força maior, eles falam cada vez mais sobre uma "Nova Física" no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento.

"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras...Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos."

Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês.

Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os "extra bits do universo" - se é que eles existem como o previsto - poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos.

O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de 10 bilhões de dólares, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas.

Colisão de prótons

Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 quilômetros a uma taxa de 5 milhões por segundo - duas semanas antes da data prevista para esse número.

No ano que vem, as colisões ocorrerão - se tudo continuar seguindo bem - a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de "femtobarn inverso", mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas.

As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o "Big Bang" primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém.

Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4 por cento do universo é conhecido - porque o restante é formado pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (porque são invisíveis).


Nota: Hoje essa possibilidade parece absurda. Ir à lua também já foi considerado um absurdo pensar humano. O tempo, senhor da razão, dirá quem está certo e quem está errado. Cabe-nos, humildemente, esperar. Não ouso descartar qualquer possibilidade.

Enéias Teles Borges - Editor
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Mudança climática no Amazonas

Rio Negro atinge o nível mais baixo desde 1902

Por um centímetro o rio Negro, em Manaus (AM), bateu neste domingo o recorde de vazante (descida das águas) desde que a estação de monitoramento do Porto de Manaus foi fundada, em 1902. A menor marca anterior foi registrada em 1963, quando atingiu 13,64 m. A medição realizada na manhã de hoje marcou 13,63 m.

Para o técnico de monitoramento Valderino Pereira da Silva, um novo recorde não é descartado até o fim do mês já que as águas do rio Negro continuam baixando. O nível do rio desceu seis centímetros entre ontem e hoje.

A reportagem da Folha acompanhou o trabalho do técnico. Com a baixa das águas, o rio Negro revela alto grau de poluição. Acúmulo de lixo é visto nas margens do rio.

A falta de água potável e o isolamento são os maiores problemas para as populações ribeirinhas. Lagos e igarapés, antes navegáveis, estão completamente secos.

No Amazonas, 37 dos 62 municípios decretaram situação de emergência. Uma cidade decretou a calamidade pública. São 66 mil famílias afetadas pela vazante no Estado.

A baixa inédita do rio Negro é consequência de uma estiagem extrema na região central da Amazônia. No oeste do Estado, o rio Solimões atingiu sua maior baixa no dia 11, marcando -86 cm, a mais baixa desde 1982, quando foi criada a estação de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil.


Nota: A mudança climática é algo que me prende a atenção. Não da forma alarmista como muitos querem que se veja. Creio que a terra está passando por "mais uma" transformação. O que virá?

Enéias Teles Borges - Editor
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O valor das coisas...

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis". (Fernando Sabino)

Notaram que os bons momentos inesquecíveis nem sempre são aqueles programados? Que são espontâneos por excelência e revestidos, em geral, de altruísmo? É possível ter um momento bom e inesquecível estando desacompanhado?

Já perceberam que é possível vivenciar coisas inexplicáveis, boas e que não sejam milagrosas? Acontecimentos maravilhosos independem, em muitos casos, de intervenção sobrenatural.

Pessoas incomparáveis: existem sim e certamente na visão individualizada. Uma pessoa pode ser incomparável para alguém e não ser para o outro. Aí está a maravilha. A capacidade que cada um tem de enxergar com “seus olhos”. Parece óbvio? Não é. É possível enxergar as pessoas com preconceito, com base em opinião de terceiros. Neste caso não se vê com os próprios olhos, não é?

Supremo dom: a intensidade do acontecimento, num momento inesquecível, vivenciando coisas inexplicáveis e com alguém incomparável.

Muitos acreditam que essa combinação só seria possível num plano espiritual entre a criatura e o Criador...

Seria humanamente possível? Pare, pense e veja...

Enéias Teles Borges - Autor

Postagem original: 12/08/2008
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TERROR NO TRÂNSITO



Nota: Existem imagens que valem por milhões de palavras...

Enéias Teles Borges - Editor
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SILAS MALAFAIA, EDIR MACEDO, DILMA E SERRA...

Briga de instituições gigantes. Silas Malafaia apóia Serra e Edir Macedo está com Dilma. Como se não fosse suficiente posturas divergentes (os dois dizem adorar o mesmo deus) entre pessoas da mesma fé cristã, as acusações desceram ao mesmo nível da campanha. Como se não bastasse a ausência de bons políticos, temos agora a presença de dois líderes da fé cega e da faca amolada em franco duelo...

Evangélicos Edir Macedo, pró-Dilma, e Silas Malafaia, serrista, discutem pela web

O apoio aos candidatos à Presidência dividiu e provocou troca de acusações entre dois evangélicos, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, dono da TV Record.

Malafaia, que apareceu na propaganda eleitoral do candidato tucano, José Serra, decidiu publicar um vídeo em seu site rebatendo texto publicado por Edir Macedo em seu blog pessoal. Macedo defende a candidata Dilma Rousseff (PT). Intitulado “Cuidado com o profeta velho”, o texto de Macedo diz que Malafaia é levado ao engano ao decidir apoiar Serra.

“Veja o que aconteceu com o pastor Silas Malafaia, que iniciou a campanha política apoiando a candidata Marina Silva e depois, usando o argumento frágil de que o partido dela, o PV, apoiava o aborto, mudou de lado e, para justificar que não apoiaria a candidata Dilma, acusou o PT de ser a favor do aborto e apoiar o casamento de homossexuais. Pronto, o caminho estava aberto para, sabe-se lá com que interesse, apoiar o candidato Serra”, diz Macedo.

Como resposta, Malafaia diz que irá provar quem é o “falso profeta”, afirmando que o texto de Macedo possui “cinco mentiras e duas insinuações maldosas” contra ele. O pastor afirma que nunca disse que Marina apoiava o aborto, mas que mudou de ideia sobre seu apoio porque a candidata do PV não teria tido uma posição firme sobre o tema. “Ela ficou em cima do muro.”

Macedo diz ainda que Serra, “em vários meios de comunicação”, disse que é “favorável ao casamento de homossexuais”.

Malafaia afirma nunca ter dito que o PT apoia o casamento homossexual. “O problema da Dilma é que ela mudou de ideia, agora diz que é contra pra não perder a eleição. Edir Macedo, você é o único pastor do mundo que é a favor do aborto”, diz no vídeo. O pastor afirma ainda que “Dilma e Serra têm uma mesma posição”. “Os dois são a favor da união civil homossexual e contra o casamento homossexual. Nós evangélicos somos contra os dois.”

Por fim, Malafaia diz que nunca foi comprado. “Eu norteio a minha vida por princípio. Eu não fui comprado por nada. Você foi comprado para defender Dilma, a tua emissora recebe milhões do governo, é chapa branca, com jornalismo tendencioso e não é independente como as outras”, atacou. “Quem mudou de lado? Na eleição de Lula e Collor, Macedo defendeu Collor e disse que Lula era o diabo. Você tem ganância de poder político.”


Nota: Por enquanto os dois líderes religiosos brigam e apóiam cadidatos. Não ficarei surpreso se no futuro a luta for pela presidência do Brasil...

Enéias Teles Borges - Editor
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Colonização de Marte

Dupla de cientistas propõe mandar astronautas em viagem só de ida a Marte

Uma das grandes dificuldades do envio de astronautas a Marte está na duração da viagem. Com a tecnologia disponível hoje, uma nave tripulada levaria pelo menos seis meses para chegar ao planeta vermelho e mais seis na volta. Esse período prolongado de exposição à radiação do espaço e à microgravidade representa um risco para a saúde humana. Em artigo no periódico científico online Journal of Cosmology, uma dupla de pesquisadores propõe uma forma radical de reduzir o perigo pela metade: eliminar a viagem de volta.
 
De acordo com o artigo, a viagem só de ida traria ainda uma grande redução de custos em relação às perspectivas de missões de ida e volta, além de garantir um firme comprometimento com a exploração do planeta vermelho, já vez que os colonos precisarão, no início, receber remessas de suprimentos enviados da Terra.

"Embora as vantagens práticas dessa abordagem seja claras, antecipamos que algumas considerações éticas podem ser levantadas contra ela", ponderam os autores, Dirk Schulze-Makuch, da Universidade Estadual da Califórnia, e Paul Davies, da Universidade Estadual do Arizona.

Davies, um físico, também é autor de diversos livros populares sobre ciência, como O Quinto Milagre, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, que trata da origem da vida.

"Algumas agências espaciais ou parte do público podem sentir que os astronautas estão sendo abandonados em Marte, ou sacrificados em nome do projeto", prosseguem os cientistas. "Mas esses primeiros colonos de Marte serão obviamente voluntários, e estarão numa situação pouco diferente dos primeiros colonizadores da América do Norte, que saíram da Europa com pouca expectativa de retornar".

O texto cita ainda exploradores como Cristóvão Colombo e Roald Amundsen, o primeiro homem a chegar ao polo sul. "Embora não tenham embarcado em suas viagens com a intenção de permanecer no destino (...) sabiam que havia uma probabilidade significativa de perecer na tentativa".

A missão proposta por Schulze-Makuch e Davies seria idealmente composta por quatro astronautas, em duas naves diferentes. Dessa forma, uma dupla poderia socorrer a outra em caso de emergência, e equipamentos essenciais chegariam duplicados à superfície marciana.

Os astronautas seriam precedidos por robôs que instalariam uma fonte de energia - o artigo sugere um reator nuclear de pequeno porte e painéis solares - e deixariam víveres suficientes para dois anos, além de implementos para o início de atividade agrícola em pequena escala, ferramentas e equipamento científico.

A despeito disso, o primeiro contingente de astronautas teria de fazer uso intensivo de recursos naturais marcianos, como água - sondas robóticas já demonstraram que algumas regiões de Marte têm gelo no subsolo - e abrigar-se em cavernas.

O que não puder ser produzido em Marte seria enviado da Terra em missões de suprimentos. "Essa fase semiautônoma pode durar décadas, talvez séculos", reconhecem os autores.

O artigo analisa ainda o risco que possíveis micróbios marcianos poderiam oferecer aos astronautas e o perigo - que os autores consideram maior - de os colonos contaminarem Marte com material biológico terrestre.

Entre os motivos para o estabelecimento de uma colônia humana permanente em Marte, Schulze-Makuch e Davies lembram que a humanidade é uma "espécie vulnerável", e que a vida na Terra sofre ameaça constante, tanto causada por eventos cósmicos quanto pelo comportamento humano e pela próprio planeta.

Eles também mencionam o grande interesse científico do planeta, e o fato de Marte ter recursos, como água e dióxido de carbono, que podem ser explorados para dar sustentabilidade à colônia.

Na visão dos autores, os quatro pioneiros seriam apenas os primeiros moradores de uma ocupação crescente do planeta.

Atualmente, nenhuma agência espacial tem planos em andamento para levar seres humanos a Marte. Nas diretrizes que deu à Nasa no início do ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que espera assistir a um pouso humano no planeta vermelho na década de 2030, mas pediu o desenvolvimento de novas tecnologias de propulsão para viabilizar o feito.


Nota: Num primeiro momento parece algo produzindo em cinema. Mas como foram as primeiras viagens humanas rumo ao desconhecido, aqui mesmo na Terra? O primeiro passo é sonhar e depois tentar sua relização.

Enéias Teles Borges - Editor
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

MANUSCRITOS DO MAR MORTO

Governo de Israel e Google vão pôr Manuscritos do Mar Morto online

A Autoridade de Antiguidades de Israel e o Google anunciaram que estão juntando forças para pôr os Manuscritos do Mar Morto online, permitindo a estudiosos e ao público em geral acesso aos documentos antigos pela primeira vez.

O projeto abrirá acesso global e gratuito aos textos de 2.000 anos - considerados uma das maiores descobertas arqueológicas do século passado - ao colocar na rede imagens de alta resolução que são cópias exatas dos originais. As primeiras fotografias devem estar online dentro de alguns meses.

Os manuscritos estarão disponíveis nas línguas originais - hebraico, aramaico e grego - e, inicialmente, em tradução para o inglês. Mais tarde, outras traduções serão oferecidas. Também será possível realizar buscas no texto.

A funcionária israelense Pnina Shor disse que o projeto garantirá que os 30.000 fragmentos originais sejam preservados, ao mesmo tempo em que o acesso é ampliado. Os manuscritos, que incluem trechos da Bíblia hebraica e tratados sobre vida comunitária e sobre uma guerra apocalíptica, lançaram uma importante luz sobre o judaísmo e os primórdios do cristianismo.

"Qualquer um, no escritório ou no sofá, poderá clicar e ver qualquer fragmento ou manuscrito que quiser", disse ela.

Especialistas queixam-se há tempos de que apenas um pequeno número de estudiosos tem acesso, a cada momento, aos manuscritos, que foram encontrados em cavernas perto do Mar Morto no fim da década de 40.

Os delicados manuscritos são mantidos no escuro, em salas climatizadas do Museu Israel de Jerusalém, onde somente quatro funcionários especialmente treinados têm autorização para manusear os pergaminhos e papiros.

Pnina disse que os estudiosos precisam coordenar o acesso aos manuscritos com as autoridades, que recebem um pedido ao mês. A maioria recebe autorização, mas como não mais de duas pessoas podem entrar na sala de leitura ao mesmo tempo, surgem conflitos de agenda.

Cada pesquisador recebe três horas de acesso, e apenas ao fragmento específico que pediu para ver.


Nota: Muito bom. Assim todos terão acesso a informações capitais e direto da fonte. Com isso os membros da FCFA (Fé cega, Faca Amolada) serão mais contidos. Tudo o que permita total entendimento das coisas da religião é de fundamental importância. A tecnologia ajudará a chegar aos fatos e a quebrar os mitos.

Enéias Teles Borges - Editor
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Política e reflexões - V

Verdade verdadeira...

Políticos do PSDB não roubam, não furtam. Políticos do PT não roubam, não furtam. Papai Noel existe e é brasileiro. Tudo verdade. Verdade verdadeira... O que mais me espanta é que existem pessoas que só enxergam erros e fraudes em um dos lados e tentam induzir ao "voto consciente"... Quanta bobagem...

Falo bem e falo mal de PT e do PSDB

A razão é bem simples: votei na Marina e por esse motivo Serra e Dilma são péssimas opções para mim. Declinarei meu voto, depois do final das eleições. Não anularei. Não votarei em branco. Votarei, é certo, no candidato que for "menos pior"... Não tenho outro caminho e, portanto, escolherei dessa "maldita" forma...

Voto consciente

Os cristãos, católicos e protestantes, clamam por voto consciente. Vale dizer que cada segmento puxa a "sardinha" para um lado. Apontam apenas as mazelas de A e esquecem-se de B. Dilma ou Serra? O espeto ou a brasa? O lixo que está há oito anos ou o lixo que quer entrar? Voto consciente? Como isso é possível no atual contexto? O barulho está altíssimo! Impossível dormir...

Enéias Teles Borges - Autor
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Doença homossexual

A questão da homossexualidade toma novos contornos em função dos estudos específicos. Imagina-se que um novo conceito interpretativo está a caminho. Sendo possível definir a opção pessoal do feto para que nasça dentro do regramento conservador o que se faria? Como as religiões interpretariam essa manipulação? O homossexualismo é doença? O texto abaixo faz uma abordagem interessante do tema.

Pais, filhos e gays

A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana

Será possível escolher as preferências sexuais de um filho? Não, não falo de preferências por ruivas, loiras ou morenas. A questão, levantada pela cibernética "Slate", vai mais fundo: será possível mexer na base neurobiológica de uma criatura e "reprogramá-la" para ela gostar do sexo oposto? Talvez.

Conta a "Slate" que longe vão os tempos em que a homossexualidade era encarada como escolha pessoal ou produto do meio. A homossexualidade é um fato natural - como a cor dos olhos, a pigmentação da pele - e estudos recentes apóiam a tese ao mostrarem diferenças visíveis no cérebro de homos e héteros

Parece que os gays têm cérebros muito semelhantes aos das mulheres hétero. E parece que as lésbicas têm cérebros muito semelhantes aos dos homens hétero.Mas os estudos não ficam restritos a esse retrato. Os cientistas dão um passo além e sugerem que importantes influências hormonais, durante e pouco depois da gestação, determinam a constituição neurobiológica do indivíduo. E, se os hormônios desempenham papel principal, abre-se a porta prometida: "reorientar" os hormônios, "reorientar" a preferência sexual do bebê.

A possibilidade recebe aplausos. A Igreja Católica, confrontada com tal cenário, esquece a sua própria doutrina sobre os limites da manipulação médica e apóia decididamente a busca de uma "terapia" capaz de "curar" a "doença" homossexual.

Mais impressionante é a opinião da maioria: questionada sobre a possibilidade de conhecer a orientação sexual do filho por meio de um teste pré-natal, a generalidade não hesitaria em recorrer ao aborto ou à "reprogramação" caso a sexualidade da criança apontasse para o lado "errado". No fundo, quem não salvaria um filho do preconceito social ou da "doença" homossexual?Fatalmente, a questão é desonesta. Aceitar as premissas do debate lançado pela "Slate" - aceitar, no fundo, que, por meio da ciência, é possível reverter a orientação sexual de um ser humano- é aceitar, implicitamente, que a homossexualidade é uma doença. E, aceitando-o, permitir que a medicina a trate exatamente como trata qualquer doença.

A realidade não legitima a fantasia. A síndrome de Down ou a espinha bífida, por exemplo, são doenças no sentido mais básico do termo: elas impedem que um ser humano tenha uma vida plena. Podemos discutir se a medicina deve e pode "manipular" genética ou biologicamente uma vida humana para erradicar esses males. E podemos discutir se esses males legitimam a interrupção da gravidez.

Mas essas discussões são distintas do problema inicial: reconhecer a Down ou a espinha bífida como fatores objetivamente incapacitantes de uma vida normal.

A homossexualidade não é uma doença. Pode ser motivo de preconceito social, dificuldade relacional, neurose pessoal -mas não é impeditiva de um funcionamento pleno do indivíduo nem põe em risco a sua sobrevivência futura.

Nada disso significa, porém, que não exista uma base neurobiológica capaz de explicar a orientação sexual. É possível e até provável. Exatamente como é possível e provável que certas propensões da personalidade humana -para a depressão, para a liderança, para a criatividade- estejam já inscritas na nossa natureza.

Mas isso não autoriza a medicina a procurar o paradigma do Super-Homem, dotado da dosagem certa de humor, capacidade de chefia, talento para a pintura e para o sapateado. A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana.

Resta a questão final: e os pais? Confrontados com a possibilidade de "reprogramarem" a orientação sexual de um filho ou de descartarem-no via "aborto terapêutico", terão os pais o direito de pedir à medicina esse instrumento seletivo e subjetivo.

Aceitar essa possibilidade é aceitar que, no futuro, os pais poderão determinar a vida futura dos filhos. Escolher a orientação sexual; o temperamento; a vocação intelectual; a excelência atlética ou estética.

Não duvido que a maioria, confrontada com tal hipótese, reservasse para a descendência o cruzamento ideal entre Brad Pitt, Albert Einstein e Pelé.Mas um tal gesto seria uma tripla violência: contra a medicina e a sua função especificamente curativa; contra o mistério e a diversidade da vida humana; mas também contra os próprios filhos, condenados a habitar vidas que não lhes pertenceriam, mas que foram desenhadas pela vaidade, soberba e tirania de seus progenitores.

Fonte: (folha)

Enéias Teles Borges - Editor

Postagem original: 24/06/2008
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Genizah - apologética com humor

Eis um grande favor que nos presta a internet. O de navegar e encontrar páginas que nos alimentam. O que dizer do alimento regado a humor? A página que indico aos meus amigos leitores é fantástica! Trata assuntos religiosos sob a ótica do bom senso e tudo isso regado a humor, muito humor. Por que não um pouco de alegria, ainda que em meio a tanto estelionato da fé, que nos promovem os aglomerados difusores da cultura religiosa? Parabenizo o produtor (ou produtores) daquele espaço. Muito bom!


Enéias Teles Borges - Editor

Postagem Original: 28/10/2009
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Política e reflexões - IV

Péssima opção

Algumas pessoas dizem: "não sei como Dilma (ou Serra) pode ser considerada uma péssima opção..." Dizem com ar de espanto. É tão fácil responder... Para os eleitores de Dilma, Serra é péssima opção e para os eleitores de Serra a péssima opção é Dilma. É claro que para os legítimos eleitores de Marina os dois, Serra e Dilma, são péssimas opções.

É óbvio ou como queiram, óbvio ululante.

Mania de clarividência

Existem pessoas que se julgam com "visão além do alcance". Na realidade avistam, apenas, o que é de interesse dos seus contextos. Criticam político "A" ou político "B" e se arvoram à condição de conselheiros. Querem que todos vejam como eles enxergam. Impossível que todos enxerguem da mesma forma. Afinal as necessidades e os interesses não são os mesmos...

Novamente o óbvio ululante...

Enéias Teles Borges - Autor
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domingo, 17 de outubro de 2010

O tiranossauro era canibal?

Paleontólogos descobrem que tiranossauro era canibal

Paleontólogos americanos e canadenses descobriram que o temido tiranossauro rex não comia apenas outras espécies de dinossauros, mas também outros tiranossauros.

Em um estudo publicado nesta sexta-feira no jornal científico PLoS ONE, especialistas das universidade afirmaram que a descoberta foi feita após encontrarem marcas de mordidas de Tiranossauros em ossadas de predadores da mesma espécie.

Ao analisar fósseis de tiranossauros, o pesquisador da Universidade Yale Nick Longrich encontrou um osso com marcas especialmente grandes. Devido à idade e à localização das marcas, Longrich concluiu que ela só podia ser de um tiranossauro.

“Qualquer grande carnívoro poderia ter feito aquela marca, mas os únicos carnívoros de grande porte que habitavam o oeste da América do Norte há 65 milhões de anos eram os próprios tiranossauros”, afirmou o paleontologista.

Caçada solitária

Após a descoberta, Longrich e outros paleontólogos das universidades de Montana e Alberta percorreram vários museus para pesquisar outros fósseis. Eles encontraram três ossos de patas e um outro de braço com evidências de canibalismo entre tiranossauros.

A descoberta representa uma importante pista para a compreensão dos obscuros hábitos alimentares dos dinossauros. Enquanto os carnívoros de hoje costumam caçar em grupos, os tiranossauros provavelmente saíam sozinhos para matar outros predadores.

“Esses animais são os maiores carnívoros terrestres que já pisaram na Terra e a maneira que eles encontravam alimentos era muito diferente dos hábitos das espécies atuais”, disse Longrich.

“Há um grande mistério sobre o que e como eles comiam. Mas essa pesquisa nos ajudou a encaixar uma importante peça desse quebra-cabeça.”


Nota: Um dos meus grandes desejos, enquanto estudioso atento, é ver uma perfeita compatibilização entre as teorias criacionistas e as evolucionistas. A fé tem sido o elemento, tanto para teístas quanto ateístas. Não é possível provar os arrazoados de ambos. Sigo, portanto, com o meu sonho...

Enéias Teles Borges - Editor
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Convivendo com o medo

Seria interessante se pudéssemos escolher com quem e com o que conviver. Certamente o medo seria um dos últimos da lista de preferência. Conviver com o medo é rotina obrigatória das pessoas no dias atuais. A proporção aumenta de cidade para cidade e de família para família.

No Brasil o convívio com o medo não se restringe apenas aos perigos ofertados pelo cotidiano maluco. Existem as questões da alma que colocam o medo numa escala elevada e íntima. Conviver com o medo é um pesadelo. É como sonhar acordado.

Nas manchetes dos jornais terrores mil. Carro bomba, crise nos Estados Unidos, preocupação com os efeitos nunca vistos antes da globalização. O mundo ficou pequeno e de fácil destruição. A informação antes tão útil para prevenir serve para elevar o nível do terror. Tudo chega ao conhecimento das pessoas de forma rápida. É preciso ter coração de leão. É preciso conviver corajosamente com o medo.

No mundo do medo os outrora refúgios também têm promovido o pavor. Quando tudo parecia falhar bastava o joelho em terra, uma ida à igreja para que se obtivesse um pouco de paz. Hoje não! As igrejas oferecem um tipo especial de medo. Medo de ser objeto do estelionato da fé, medo de uma instituição financeira com disfarce de igreja. Medo de uma fé promovida conforme a conveniência...

Não existe lugar no mundo que possibilite a paz aos homens sem fé e com fé. Medo da falta de alimento, da superpopulação, dos políticos desalmados, do efeito estufa, da colisão de um meteoro, medo dos mercadores da fé...

O homem precisa conviver com o medo. Não há como espantar esse colega que o acompanha como se fosse uma sombra.

É momento de medo e também de serenidade. O mundo está passando por um período especial envolvendo a maior potência econômica e militar do planeta! Um medo global emerge. É preciso pelo menos enxergar o que acontece.

É fundamental prestar atenção no que dizem os “profetas” de plantão que tentam readequar suas premonições ao novo cenário que se avizinha. Mais um motivo para se ter medo. Medo dos abutres de plantão que sempre localizam um método para implementar o engodo. Cuidado...

É mister exercitar a coragem para conviver com o medo. É imprescindível ser inteligente o suficiente para não ser enrolado pelos marqueteiros da fé, que sempre adaptam suas mensagens aos acontecimentos do momento. Usam catástrofes naturais e ações humanas. Notem que tais adaptações entram em contradição absoluta com as “profecias” de outros tempos...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 30/09/2008
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sábado, 16 de outubro de 2010

Abençoado ou uma bênção?

Existia um homem muito inteligente e rico. Tinha uma mulher honrada e um filho. Ele era muito firme nos empreendimentos. Agressivo! Não misturava negócios com amizade. Para ele valia o que era contratado. Não havia desonestidade, mas a piedade não fazia parte do seu universo de mercantilismo.

Quantas negociações ele fez na vida? Muitas. Em quantas perdeu dinheiro? Nenhuma. Quantas pessoas perderam algo, muito ou tudo? Diversas. Ele era rigoroso e não sentia dó dos seus pares.

À noite reunia a família e agradecia a Deus. Sempre teve motivos para agradecer. Sabia que pessoas estavam chorando enquanto ele estava orando. Rezando e agradecendo. Agradecendo e sorrindo.

Toda noite, antes de dormir dizia para a sua esposa: “somos abençoados”!

Sua companheira era diferente. Era grata, correta e tinha piedade na alma. Não conseguia sorrir vendo outros chorando. Não conseguia reunir forças para agradecer sabendo que lares estavam estraçalhados. Sabia que a alegria no seu lar muitas vezes representava a amargura em outras residências.

Numa noite em que seu marido repetiu a frase “somos abençoados” ela, finalmente, replicou: “de que adianta sermos abençoados se não somos uma bênção?”

É possível conciliar a felicidade de alguém com a infelicidade do outro, quando o objeto da alegria e tristeza é o mesmo?

Seria possível, entre pessoas justas e envolvidas no mesmo objetivo, algumas se sentirem abençoadas ao passo que as outras não? A distribuição do bem-estar supõe, nesse caso, a mesma proporção do mal-estar?

Pois é...

Quantas vezes eu ouvi pessoas agradecerem pelas bênçãos e vi outras pessoas sofrendo em função daquelas bênçãos “atribuídas” aos “abençoados”?

O que penso, às vezes, sobre isso? Muita coisa. O que de fato faço? Apenas observo e escuto. Busco coerência entre essas ações humanas. Procuro um traço de racionalidade nisso. Não vejo.

É inaceitável imaginar um abençoado sem a preocupação em ser uma bênção. O que é mais complicado, porém, é ver a que ponto nós chegamos. O de vivermos num mundo hermeticamente fechado e que nos impede de enxergar o abismo que está adiante.

A vida sem utilidade para os outros é de futilidade imensa. Maior do que esse abismo aí na frente, atrás, dos lados, embaixo (...) e até acima de nós. Abismo acima? Sim. Alguns até o chamam de céu...

Enéias Teles Borges
Postagem original: 14 de março de 2008

Política e reflexões - III

Política

Depois da demonstração que Serra e Dilma fizeram, em prol da fé e contra o aborto, surgiu uma dúvida: qual dos dois é a pessoa com mais fé? Qual dos dois possui a fé que remove montanhas? Ficou claro que não são ateus, não é? Repito: tudo farinha do mesmo saco! Pior: existem pessoas que acreditam neles...

Deus e a política

As religiões cristãs do Brasil dizem seguir o Deus bíblico e que esse Deus as orienta. Dizem mais: que esse Deus lhes mostra em quem votar. Como pode ser o mesmo Deus se as mil religiões cristãs do Brasil estão indicando candidatos diferentes? Problema com quem? Com Deus ou com as tais religiões? É a fé cega e a faca amolada...

Sigo pensando

Sabemos que os dois candidatos se equivalem, principalmente no que não presta. Ainda assim buscamos justificativas. Quais? Aquelas que mostram que um é melhor que o outro? Não! Nós justificamos nosso voto apontando os erros dos outros. Vale dizer que o povo brasileiro tende a votar no menos pior. De forma instintiva já identificou que político bom não existe...

Nota: textos extraídos do meu mural no facebook.

Enéias Teles Borges - Autor
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Serra e a sua demonstração de fé

Serra agora distribui santinhos com a frase "Jesus é a verdade e a justiça". Agora a religião tomou conta do Brasil. Serra e Dilma em Aparecida num agrado aos católicos. Não ficaram atrás no afago aos evangélicos. Ninguém poderá dizer que Serra e Dilma são ateus. Ninguém!

Campanha distribui em SP cartão com frase de Serra sobre Jesus

Um cartão plástico com uma frase do candidato José Serra (PSDB) sobre Jesus Cristo foi distribuído pela campanha do presidenciável nesta sexta-feira (15), em evento com professores em São Paulo.

A expressão "Jesus é a verdade e a justiça", seguida da assinatura do candidato, estampa uma das faces do cartão de plástico. No outro lado do material, há uma fotografia do candidato ao lado de crianças, com o lema "Serra é do bem", empregado pela campanha tucana neste segundo turno.

Os cartões ficavam à disposição em duas grandes mesas na entrada do salão principal do evento, ao lado de outras peças publicitárias de campanha. O material apresenta dados da candidatura e, como obriga a legislação, traz a tiragem total das peças. Foram impressos dois milhões de exemplares. A reportagem presenciou funcionários descarregando uma caixa com os cartões.

A frase foi dita pelo candidato durante participação em feira evangélica em São Paulo, em 7 de setembro. Na ocasião, Serra disse que coloca em prática os valores do cristianismo na vida pessoal e na política, e lembrou que as doutrinas evangélicas convergem para o essencial. “Todas convergem naquilo que é o essencial: que Jesus é a verdade e a justiça”.

 
Editor - Enéias Teles Borges
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Dilma, evangélicos e MST

Agora todos estão juntos. Dilma, contra o aborto, tem apoio dos evangélicos e, de quebra, do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Aqueles que diziam que Dilma era atéia precisam rever susas posições. Ela esteve em Aparecida, insurgiu-se contra o aborto, conseguiu o apoio dos evangélicos e do MST. Querem mais? Como tenho dito: tudo farinha do mesmo saco. Aguardemos o que o Serra trará para equilibrar a balança.

Em um dia, Dilma ganha apoio de cristãos, MST e promete não legislar sobre aborto

Em um intervalo de pouco mais de 24 horas, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, obteve apoio de dois segmentos da sociedade e divulgou uma carta em que se comprometeu a não legislar sobre o aborto.

No documento divulgado na tarde desta sexta-feira, a ex-ministra da Casa Civil se compromete a "não tomar iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família".

As movimentações surgem em meio à uma campanha travada no segundo turno entre ela e seu rival, o tucano José Serra, em torno da questão da legalização do aborto.

Evangélicos e MST

Na quinta-feira (14), religiosos divulgaram o "Manifesto de cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em abundância", também com o objetivo de apoiar a presidenciável nessa etapa do processo eleitoral.

Assinado por religiosos como os bispos eméritos dom Thomas Balduino e dom Pedro Casaldáliga, o texto afirma: "Diante de posturas autoritárias e mentirosas, disfarçadas sob o uso da boa moral e da fé, nos sentimos obrigados a atualizar a palavra de Jesus, afirmando, agora, diante de todo o Brasil: 'se nos calarmos, até as pedras gritarão!'”.

O apoio mais recente foi o do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), entidade historicamente próxima ao PT, mas que se distanciou do partido após o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O manifesto "Vamos eleger Dilma Rousseff presidenta do Brasil" foi divulgado no site dos sem terra também nesta sexta. "Precisamos derrotar a candidatura Serra, que representa as forças direitistas e fascistas do país. Devemos seguir organizando o povo para que lute por seus direitos e mudanças sociais, mantendo sempre nossa autonomia política frente aos governos", diz o documento.


Enéias Teles Borges

DILMA E O ABORTO

Em carta a religiosos, Dilma diz ser contra o aborto e que defende a família

Pressionada pelos segmentos religiosos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, assinou uma carta em que afirma ser "pessoalmente contra o aborto".

O documento não cita diretamente a polêmica em torno da união civil entre homossexuais e opta por compromissos genéricos em relação a outros temas-tabus sustentando que, se eleita, não pretende promover "nenhuma iniciativa que afronte à família".

Na carta, Dilma afirma que se o projeto que criminaliza a homofobia, o chamado PLC 122, for aprovado no Senado, o "texto será sancionado nos artigos que não violem liberdade de crença, culto e expressão". O temor dos cristãos é que o projeto impeça sermões e pregações contra homossexuais.


Nota: O importante é agradar o segmento religioso. Custe o que custar...

Enéias Teles Borges - Editor
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Política e reflexões - II

Livre escolha

Enquanto muitos, por terem algum tipo de religião, acharem-se com mais discernimento que os outros e, por esse motivo, sentirem-se no dever de sugerir o candidato "A" ou o "B", estaremos em má situação. O verdadeiro crente não indica candidato e, sim, incentiva a livre escolha...

Deus e o diabo

Para muitos deus está com Dilma e para outros está com Serra. Para alguns o diabo está com Dilma e para outros está com Serra. Existem pessoas agradecendo a deus, tanto de Dilma, quanto de Serra. Vamos deixar deus fora disso? Não seria sacrilégio envolvê-lo na briga de dois, que são iguais no que presta e no que não presta?

Candidatos criacionistas?

O Brasil, país cristão, está em festa. Os dois candidatos, Serra e Dilma, creem na existência de deus. Foram vistos, no último dia 12/10, na cidade de Aparecida. Os dois na igreja! Estavam na igreja? Logo não são ateus. Pelo menos esse é o tipo de argumento que se usa por aqui. Um viva para os candidatos criacionistas!

Deus anda com picaretas?

Já que a Bíblia foi trazida à baila: quando Jesus disse "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", ele não estava a favor de Roma. Estava se referindo à necessária separação das coisas. Deus (religião), César (política). Por quê? Simples: o estado teocrático estava prestes a ruir, como ocorreu quando Jerusalém foi ao chão. No Brasil: à religião o que é da religião e à política o que é da política.

Dirijo-me ao cristianismo: quando a religião se intrometeu deu no que deu. A idade das trevas. Inquisição, fogueira, maldade e tudo em nome de deus. Dilma é tudo o que o dizem dela, mas Serra também é. Caso tenhamos que agir corretamente não temos opção. Serra ou Dilma? Tudo farinha do mesmo saco! O problema é trazer religião para um debate em que os dois são ateus. Ateus mesmo. Tudo o que apresentam é para a galera. Se alguém disser que Serra não é ateu o mesmo argumento servirá para Dilma.

Uma pena que eu assumi compromisso de NUNCA anular meu voto. Não tenho em quem votar. São duas pragas que assolarão o Brasil. Resta-nos escolher quem destruirá menos. O debate em tela é esse: o verdadeiro cristão, o verdadeiro mesmo, não deve sugerir um ou outro candidato e sim dizer, de forma honesta, "use sua consciência e esolha o que lhe parece melhor". Para muitos o melhor será Dilma e para muitos o melhor será Serra. É questão de respeito deixar que as pessoas esolham votar livremente. Será que nem isso nós conseguimos?

Será que queremos cometer o sacrilégio de dizer que deus está com um com o outro? Desde quando deus anda com picaretas?

Nota: São opiniões minhas, postadas no meu mural e nos murais de amigos (Facebook).

Enéias Teles Borges - Autor
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