quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Doce ilusão - I

Desde os mais remotos tempos os homens, sem fugir às suas características, sonharam e projetaram esses sonhos, como se eles fizessem parte da vida real. Tudo não passava de uma maneira de buscar a perpetuação da vida, especialmente em face do medo do que viria depois da morte. Deuses surgiram e interpretações e variações vieram em seguida. Razão pela qual muitos mataram e muitos morreram em clara demonstração de fé no que acreditavam.

A história registra muitos casos de guerras, lutas menores, sofrimentos sem fim neste mesmo contexto. Pessoas, em choro e fé, entregaram suas vidas em demonstração e exemplo de que se pode morrer acreditando numa vida futura.

Fatos recentes nos levam a enxergar o mesmo. Quem não se lembra do ataque terrorista, promovido por radicais islâmicos, às torres gêmeas nos Estados Unidos? Aqueles homens de fé que morreram matando milhares, fizeram isso por patriotismo? Evidente que não.

No embalo da doce ilusão as pessoas estão dispostas a morrer, estão dispostas a matar. A fabulosa ilusão de uma nova vida, depois desta efêmera passagem pela Terra, é o grande agente motivador.

Enéias Teles Borges

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