quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Retorno ao mundo - II



No retorno ao mundo muito se deve ouvir e pouco se deve falar. Dizem que não se pode deixar de viver no mundo do jeito que ele é. Não se pode viver como se só houvesse o amanhã. Morrendo hoje de que adiantaria o dia seguinte? Pensam assim aqueles que dizem manter os pés no chão. Citam, inclusive, Jesus: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15).

Aqueles que consideram esse mundo como uma passagem obrigatória e nada mais do que isso se fundamentam em I João 2:17: “O mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.

O que dizer sobre tudo o que se ouve? Na realidade existem tantas maneiras de pensar e de viver que é possível separar aqueles que retornam ao mundo daqueles que nunca saem dele. Para estes últimos não há como sair do mundo pelo simples fato de que só existe ele. Sair para onde?

Sem entrar em ideologias e religiões o que podemos constatar é que às vezes chove lá fora e às vezes não. Virtual ou real o mundo está aí e ao que tudo indica é sensitivo! Por mais que alguém se encha de esperança quanto ao futuro em outra dimensão não é possível deixar de vivenciar a realidade presente. Esse sim é o retorno ao mundo! Não adianta torcer e desejar, nem mesmo odiar. O mundo está aí para ser vivido ou abandonado via morte! O que virá depois? Que cada um tenha livremente a sua teoria...

Continua...

Enéias Teles Borges

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