O peso da idade - I
Enéias Teles Borges
Às vezes penso que o peso da idade, no ser humano, é parecido com o efeito do tempo num carro, tornando-o velho. Há uma frase popular que diz: “Carro velho todo dia apresenta um problema novo...”
À medida que caminhamos na direção da velhice ocorre algo parecido. Estou com 46 anos de idade e a minha frase tem sido essa: “Cada dia apareço com uma dor nova”. É real: remédio para manter a pressão sob controle, para controlar a úlcera e gastrite e agora uma para minorar uma dor terrível nas costas. O trânsito de São Paulo é o maior culpado disso. São pelo menos duas horas e meia por dia (segunda à sexta) preso dentro do carro. De casa para o trabalho e do trabalho para casa. Sem contar os deslocamentos durante o expediente.
Começo a sentir o peso da idade!
Tenho aprendido a conviver com as dores que já não são novas! Envelheceram e me acostumei com elas. Tenho uma espécie de “torcicolo eterno” causado pelas tensões do dia-a-dia, notadamente pelas tantas audiências, acompanhamentos e digitações de peças processuais! Às vezes troco de dor. Tomo um remédio que diminui a dor nas costas, mas que ataca a úlcera. Depois inverto, afinal não seria procedimento justo “apenas” uma parte do corpo sofrer. Temos que ser democráticos na distribuição da dor. Todos têm direito (dever, obrigação?)!
Existe um alento: à medida que aumentam as dores no corpo, diminuem algumas dores na alma. Alguns medos vão se esvaindo com o passar do tempo...
Perder esses medos é importante, mas requer coragem!
Continua...
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Enéias Teles Borges
Às vezes penso que o peso da idade, no ser humano, é parecido com o efeito do tempo num carro, tornando-o velho. Há uma frase popular que diz: “Carro velho todo dia apresenta um problema novo...”
À medida que caminhamos na direção da velhice ocorre algo parecido. Estou com 46 anos de idade e a minha frase tem sido essa: “Cada dia apareço com uma dor nova”. É real: remédio para manter a pressão sob controle, para controlar a úlcera e gastrite e agora uma para minorar uma dor terrível nas costas. O trânsito de São Paulo é o maior culpado disso. São pelo menos duas horas e meia por dia (segunda à sexta) preso dentro do carro. De casa para o trabalho e do trabalho para casa. Sem contar os deslocamentos durante o expediente.
Começo a sentir o peso da idade!
Tenho aprendido a conviver com as dores que já não são novas! Envelheceram e me acostumei com elas. Tenho uma espécie de “torcicolo eterno” causado pelas tensões do dia-a-dia, notadamente pelas tantas audiências, acompanhamentos e digitações de peças processuais! Às vezes troco de dor. Tomo um remédio que diminui a dor nas costas, mas que ataca a úlcera. Depois inverto, afinal não seria procedimento justo “apenas” uma parte do corpo sofrer. Temos que ser democráticos na distribuição da dor. Todos têm direito (dever, obrigação?)!
Existe um alento: à medida que aumentam as dores no corpo, diminuem algumas dores na alma. Alguns medos vão se esvaindo com o passar do tempo...
Perder esses medos é importante, mas requer coragem!
Continua...
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Um comentário:
Um poeminha meu, corroborando sua fala...
Controvérsias
O jovem tem a força
O velho, a sabedoria
E a vida?
A vida tem
a eterna impotência
fria
De não poder unir os dois...
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