O homem sabia, porque aprendeu a crer assim, que lá adiante existia uma herança para ele. Sabia também que para chegar até o local onde estava sua riqueza ele deveria passar por vales e montanhas, desertos e florestas. Estava consciente de que seria difícil chegar lá e não tinha certeza de que alcançaria seu oásis. Poderia morrer antes. Concluiu que por mais maravilhosa que seja uma riqueza à espera é preciso antes trilhar o caminho até ela...
O caminho que se deve percorrer até alcançar o futuro desejado é o “retorno ao mundo”. Por mais forte que seja a esperança quanto à realidade futura e distante, existe a vida na terra a ser vivida. Viver só em função de uma vida futura pode levar o vivente a se desgraçar no hoje.
O retorno ao mundo e a permanência nele pelo tempo que for necessário é o supra-sumo da realidade. É impossível alcançar o ideal sem viver o mundo real!
A alienação a qual muitos estão sujeitos (ou se sujeitaram) tem colocado uma venda nos olhos ao ponto de fazer com que se viva como se “só houvesse o amanhã”...
Amigo leitor:
Ao final deste terceiro texto eu o conclamo a essa simples reflexão: quer viver sentido a brisa suave da esperança? Assuma a realidade de que “viver com esperança não significa viver com a realidade” e enquanto o futuro não chega, vivamos o presente!
Enéias Teles Borges
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