quinta-feira, 20 de março de 2008

O trabalhador e o sono

Há um texto bíblico, contido em Eclesiastes, capítulo 5, versículo 12, que tem se mostrado significativo em minha vida nos últimos dias: “doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir”.

Pode parecer piegas, mas desde o dia 10/03/2008 eu tenho madrugado para enfrentar a cidade de São Paulo. O despertador me chama às cinco horas da matina e depois do desjejum sem motivação (sono) eu saio com a minha filha primogênita na direção do bairro da liberdade, capital paulista. Ela fica por ali para o cursinho pré-vestibular e eu sigo para o escritório. Chego cedo e me dedico ao trabalho e aos demais afazeres (entre eles atualizar esse blog).

Quando volto para casa (noite) eu penso neste verso acima. Na realidade eu me fixo apenas na primeira parte dele. Para quem tem tanta dificuldade para dormir (meu caso) o sono vindo à tarde e à noite, com todo o vigor, é motivo para comemoração. Nem acredito que por volta das onze horas da noite eu já estou deitado e quase dormindo...

Tenho conversado sobre isso com minha filha. Ela mesma tem dormido cedo, sentindo os efeitos dos dias corridos e do estudo puxado. É uma escola de vida, essa rotina obrigatória que se imiscui na vida do paulistano. É correr, correr e correr. O prazer chega à noite (quando possível) através do doce e merecido sono do trabalhador.

Não tento subliminar - compreenda amigo leitor, mas sinto que é necessário valorizar as pequenas coisas que nos acontecem durante ou no final do dia. É um modo de “compensar” as dificuldades e sofrimentos peculiares neste mundo louco e moderno.

Continuar a luta é preciso. Viver confortavelmente nem sempre é possível. Sabe-se que a dedicação à batalha diária nos dará, independentemente de sucesso, o direito ao sono doce – galardão do trabalhador.
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