A família, mesmo aquela tida como tradicional, anda padecendo. É conseqüência dos males hodiernos. As redefinições dos procedimentos cotidianos têm contribuído para um novo tipo de relacionamento familiar. É necessário repensar a forma como a convivência entre os membros de uma família deve ser em face do quadro atual.
Continua sendo preponderante a máxima dos mosqueteiros do rei: “um por todos e todos por um”. A maneira como isso dever ser aplicado é bem singular. Cada membro da família ponderará acerca da causa e efeito dentro de casa. Antes de qualquer atitude pensar: “o que isso afetará a minha família”? É bem por aí mesmo! A família passa a ser esse “um”. A paráfrase é simples: “a família por todos e todos pela família”.
O egoísmo e o egocentrismo precisam ser erradicados do lar. A conscientização deverá ser centrada na família. No bem-estar coletivo familiar. Parece óbvio? Simples demais?
Observem os pequenos acontecimentos diários: lar da classe média, um carro com o pai e o outro com a mãe. Filhos que se deslocam para as escolas em lotação escolar ou ônibus de rotina. Compromissos que forçam membros da família a quebrar a rotina e com isso suprir essa mudança promovida por um.
Imaginem mais: isso acontecendo todo dia!
É na análise dos pequenos acontecimentos que a família vai criando a sua rotina. Essa rotina não será, necessariamente, parecida com a do vizinho ou com a do melhor amigo. Cada família tem a sua característica. Cada célula tem formas diferentes de tocar a vida. Cada dia é diferente na vida de uma família, comparado com a de outro núcleo.
O que não se pode exigir é resultado igual entre famílias quando as rotinas são diferentes.
Os membros de uma família precisam pensar primeiro no bem estar da sua casa. Nada de olhar sobre os muros do vizinho. Não é momento de criticar, pois cada “um é cada um” e também não é hora de ajudar. Como alguém pode ajudar se ainda não se colocou devidamente no novo contexto? Um cego guiando outro?
Frisa-se que as alegrias e mazelas do dia-a-dia afetam a todos e em todos os contextos: do trabalho, social e religioso.
Eis porque as pessoas devem olhar com simpatia para os que estão do seu lado. Não se sabe a luta travada pelas famílias desse mundão afora.
Talvez aí esteja o grande testemunho que cada um pode dar: a família pelos membros e os membros pela família. Somente depois desse passo, que deve ser o primeiro e o fundamento, será possível contribuir como uma bênção social.
Vivemos num momento em que um bom exemplo dado pela família vale muito mais do que muitas ações tidas como meritórias.
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Postagem original: 18/04/2008.
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Continua sendo preponderante a máxima dos mosqueteiros do rei: “um por todos e todos por um”. A maneira como isso dever ser aplicado é bem singular. Cada membro da família ponderará acerca da causa e efeito dentro de casa. Antes de qualquer atitude pensar: “o que isso afetará a minha família”? É bem por aí mesmo! A família passa a ser esse “um”. A paráfrase é simples: “a família por todos e todos pela família”.
O egoísmo e o egocentrismo precisam ser erradicados do lar. A conscientização deverá ser centrada na família. No bem-estar coletivo familiar. Parece óbvio? Simples demais?
Observem os pequenos acontecimentos diários: lar da classe média, um carro com o pai e o outro com a mãe. Filhos que se deslocam para as escolas em lotação escolar ou ônibus de rotina. Compromissos que forçam membros da família a quebrar a rotina e com isso suprir essa mudança promovida por um.
Imaginem mais: isso acontecendo todo dia!
É na análise dos pequenos acontecimentos que a família vai criando a sua rotina. Essa rotina não será, necessariamente, parecida com a do vizinho ou com a do melhor amigo. Cada família tem a sua característica. Cada célula tem formas diferentes de tocar a vida. Cada dia é diferente na vida de uma família, comparado com a de outro núcleo.
O que não se pode exigir é resultado igual entre famílias quando as rotinas são diferentes.
Os membros de uma família precisam pensar primeiro no bem estar da sua casa. Nada de olhar sobre os muros do vizinho. Não é momento de criticar, pois cada “um é cada um” e também não é hora de ajudar. Como alguém pode ajudar se ainda não se colocou devidamente no novo contexto? Um cego guiando outro?
Frisa-se que as alegrias e mazelas do dia-a-dia afetam a todos e em todos os contextos: do trabalho, social e religioso.
Eis porque as pessoas devem olhar com simpatia para os que estão do seu lado. Não se sabe a luta travada pelas famílias desse mundão afora.
Talvez aí esteja o grande testemunho que cada um pode dar: a família pelos membros e os membros pela família. Somente depois desse passo, que deve ser o primeiro e o fundamento, será possível contribuir como uma bênção social.
Vivemos num momento em que um bom exemplo dado pela família vale muito mais do que muitas ações tidas como meritórias.
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Postagem original: 18/04/2008.
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4 comentários:
Concordo!
Este negócio de olhar para a família do outro e ficar comparando com a sua é coisa de gente de "cabeça pequena".
O pior é que ao compararem tomam como base uma percepção supervalorizada de sua família e sub-valorizada da família do outro.
Geralmente comparam aquilo que "acham" ser os pontos fortes de sua família com uma outra que não os possui.
Por exemplo:
Aqueles que podem ter uma refeição por dia onde todos da família estão presentes, acabam criticando as famílias que não o fazem, mas sem saber dos detalhes daquela família que os impede a isso.
Aqueles que conseguem fazer um pôr-do-sol de sexta-feira criticam os outros que não fazem, mas sem saber de todos os detalhes.
Aqueles que vão à igreja todos os sábados criticam seus irmãos que não vão sem levar em consideração os contextos completamente diferentes.
Mas de todas as comparações, a que me deixa mais indignado é a comparação entre os filhos:
O filho da família A vai em balada, o da família B vai em Show de música pop, aqueles usam jóias, estes vão em cinema e teatro, o outro é assim o outro é assado.
Acho que seria prudente e sábio estes aprenderem a se calar, pois já vi muitos que gostavam de se gabar de seus filhos e depreciarem os dos outros, quebrarem a cara.
Cleiton,
Concordo 100% com você.
Abraços.
É isso aí!
Achei seu blog por acaso quando lia sobre Hobbes, um post de dezembro, você fez uma análise boa. O post sobre família, penso que dey um tratamento simples a uma questão mais complexa. A modernidade ajudou a emancipação do indivíduo, mas gera uma desagregação forte. Junto a isso, as mazelas sociais, enfim a pressão sobre o tradicional é muito grande. O autor Ulrich Beck, fala em contrapor o local contra a influencia esmagadora do global. Talvez isso vai de encontro com o que você falou, da família se organizar perante a sociedade de dentro para fora,cuidando de si. Mas penso que a coisa é mais complexa.
Recomendei seu blog, recomende o meu também:
blogdoandrehenrique.blogspot.com
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