segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A morte é trivial?

Um dia, assistindo a um documentário na TV a cabo eu me deparei com uma cena desagradável: um leopardo atacando um filhote de Zebra. A mãe da zebrinha ficou de longe olhando e depois, vendo que nada mais podia fazer, foi embora, seguindo a manada de zebras e gnus. Na selva acontece muito disso. Por que digito isso? O que mais me impressiona, nos dias de hoje, é a semelhança que existe entre aquela floresta e a nossa selva de pedras. Não vou dizer que pais e mães, quando veem um ente querido partir, simplesmente viram as costas e passam a acompanhar a multidão. Não é isso! Ocorre que a vida humana, uma entre quase sete bilhões, parece ter pouquíssimo valor. Todo dia os jornais noticiam o falecimento de alguém, conhecido nosso ou não. Acidentes de carros, de aviões, assaltos, calamidades e afins. Vidas surgem e vidas se vão. Seria muito bom se conseguíssemos não achar tudo isso tão trivial. A morte nos assusta quando é próxima de nós, intimamente próxima. Fora isso o ser humano, como que sem escolha, vira as costas e segue seu rumo...

Enéias Teles Borges

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