terça-feira, 27 de março de 2012

O idoso e a solidão...

Não faz muito tempo eu fiquei reparando num senhor idoso, depois de uma atividade religiosa, numa igreja muito conceituada em São Paulo. Lembro-me dele de longa data. Quando cheguei a São Paulo, em 1979, já o observava. Ele, naturalmente, tinha 32 anos a menos. Creio que tinha, na época, a idade que hoje eu tenho. Vivia cercado por membros da família. Esposa, filhos, parentes e amigos faziam parte do seu cotidiano. Pois é: quando o vi, recentemente, ele estava sozinho. Lembro-me da cena, no final do ano passado. Sentado sozinho na praça. Aproximei-me. Ele não me reconheceu. Ficou ali, sem ninguém para conversar com ele.

Isso afetou meu dia...

Todos nós haveremos de envelhecer. Só existe um meio de evitar a velhice: morrendo antes dela chegar.

O Mundo tem dessas coisas. Como a velhice faz do ser humano um solitário! Não apenas fisicamente. Sozinho o idoso pensa e sofre. Essa conversa de "melhor idade" existe para meia dúzia. A maioria não vive nesse tipo de mundo...
O idoso tem como companheiros a solidão, a dor e o enfado. Os amigos já se foram ou estão encostados em algum canto deste mundão. Os filhos e netos seguem pela vida, até que a velhice os alcance...
Momento de refletir. Quem já está idoso não tem muito como modificar a rotina. Quem está a caminho da velhice deve pensar como viverá, quando o final da vida estiver chegando. Os novos devem entender que envelhecer é apenas questão de tempo...

Enéias Teles Borges

segunda-feira, 26 de março de 2012

Novos estudos desafiam teoria atual de formação da Lua

A teoria vigente diz que nosso satélite se formou após o impacto de um grande objeto contra a Terra, mas uma descoberta recente mostra que existe muito mais material terrestre na Lua do que os estudos mostravam, colocando em xeque a teoria do choque cataclísmico.

A corrente de pensamento atual sugere que a Lua foi criada depois que um objeto do tamanho de Marte, chamado Theia, colidiu contra o nosso planeta há 4,5 bilhões de anos e que mais de 40 por cento da Lua é constituída por restos desse corpo impactante.


Os pesquisadores esperavam que este objeto fosse quimicamente diferente da Terra, mas os estudos anteriores mostravam que a Lua e a Terra eram muito mais parecidas do que deviam quando estudados a partir dos isótopos de alguns elementos e isso contrariava o modelo do impacto de Theia, atualmente aceito. 


Para comparar ainda mais a Lua e a Terra, pesquisadores da Universidade de Chicago analisaram isótopos de titânio encontrados nas rochas dos dois objetos e descobriram que a relação dos isótopos de titânio encontrados em 24 amostras lunares retornadas pelas missões Apollo eram diferentes daquelas encontradas na Terra. 


Intrigado, o geoquímico Junjun Zhang, ligado ao Centro de Chicago para Cosmoquímica suspeitou que alguma coisa estava alterando a relação de isótopos encontrados nas amostras lunares e concluiu que essa alteração era compatível com o bombardeio de raios cósmicos vindos do espaço profundo. Para Zhang, após colidirem com a Lua os raios cósmicos geram nêutrons que são absorvidos pelos átomos de titânio, alterando a relação de isótopos do elemento.


Após fazer as devidas correções em seu modelo, Zhang confirmou que a relação de isótopos encontrados nas rochas lunares e terrestres era quase a mesma, sugerindo que a Terra e Lua são muito mais parecidas do que se acredita.


"Parece improvável que Theia seja quase idêntica isotopicamente à Terra. Por isso, se Theia fosse de fato um maior contribuinte de material, nossa Lua deveria diferir substancialmente da Terra, mas não é isso que encontramos", disse Zhang, que teve seu trabalho publicado na edição 25 da revista Nature Geoscience.


Outros Estudos


No entanto, as semelhanças entre a lua e a Terra também podem ser explicadas pela intensa mistura do material ocorrida após o impacto e que deixou grande parte do material de Theia enterrado sob a lua. Além disso, alguns cientistas especulam que a Lua seja constituída quase que totalmente do material Terra que foi ejetado a partir do movimento de rotação criado depois de um impacto gigante. 


Duas Luas


Outros estudos recentes sobre a Lua podem influenciar na interpretação dos resultados do trabalho de Zhang. "Alguns colegas sugerem, por exemplo, que a Terra teve duas luas que coexistiram por um breve período e que colidiram entre si. Se assim for, talvez a composição isotópica da Lua perdida fosse semelhante à da Terra, o que explicaria as semelhanças encontradas", explicou Zhang.   

Para entender melhor as semelhanças encontradas, Zhang e seus colegas esperam as próximas medições de isótopos de outros elementos, como cálcio, que sem dúvida contribuiria para entender melhor a história da nossa Lua.

(APOLO11)

Nota:
Recomendo que assistam ao vídeo de aproximadamente 100 segundos, teclando no link acima. 

Enéias Teles Borges

Chico Anysio e seus personagens...

A morte de Chico Anysio doeu 1 + 209 vezes. A morte dele e também as dos 209 personagens que ele criou. O insuperável Chico Anysio não mais existe. Foi cremado. De repente virou cinza. Uma grande perda. O mundo do riso está em prantos.

Veja a lista de personagens que ele criou, teclando em Chico Anysio.

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 23 de março de 2012

Chico Anysio não mora mais aqui...

Quando nossa casa recebeu o primeiro aparelho de televisão, em 1977, fiquei impressionado com Chico Anysio. Com 15 anos de idade eu me perguntava: como alguém consegue ser tão genial? O tempo foi passando, minha admiração aumentando. Chico parecia ser eterno. Parecia estar em todo lugar da arte. Na escrita, na pintura, na interpretação, no futebol... Lá estava, como se fosse onipresente.

Chico Anysio não mora mais aqui. Não era, infelizmente, um ser eterno. Ninguém é. Foi e não deixou substituto. Como ele, jamais virá alguém. Até porque os tempos são outros, o humor é outro, a inteligência prática é diferente. Um gênio desta envergadura seria enxergado nos dias de hoje? Tenho dúvidas...

Foi e deixou uma história. Nada de novo virá. Ele não mais poderá produzir. Ele se foi. Não mais é. Não mais está. Não mais estará...

Chora Brasil!

Enéias Teles Borges

domingo, 18 de março de 2012

Milagre: razão ou fé?

Um milagre é "uma transgressão de uma lei da Natureza pela vontade de uma Divindade, ou a interposição de um agente invisivel." (Hume, p. 123n) Teologos das religiões do Antigo e Novo Testamento consideram apenas Deus como capaz de vencer as leis da Natureza e executar verdadeiros milagres. Contudo, admitem que outros possam fazer coisas que desafiam as leis da natureza; tais actos são atribuidos a poderes diabólicos e são chamados "falsos milagres". Muitos fora das religiões baseadas na Biblia acreditam na possibilidade de transgredir as leis da natureza através de actos de vontade em consonância com poderes ocultos ou paranormais. Mas geralmente referem-se a estas transgressões não como milagres mas como mágicas.

Todas as religiões registam milagres. Como Hume notou, as religiões estabeleceram-se sobre os seus milagres. Mas, se é assim, cancelam-se umas às outras. Hume compara o decidir entre religiões com base nos seus milagres com a tarefa de um juiz que deve avaliar testemunhos contraditórios mas igualmente fiáveis. 

Mais esclarecedor é o facto de que quanto mais antigo e barbaro é um povo, maior a tendência para milagres e prodígios florescerem..

Hume era um historiador, bem como filósofo, e não lhe passou despercebido o facto que quanto mais recuamos na história, mais relatos temos de milagres. E, apesar de haver muita gente hoje que acredita em milagres, mas é pouco provável que qualquer historiador do século vinte encha os seus livros de relatos miraculosos. É improvável que um único relato destes encontre lugar em tais livros.

Hume estava consciente de que independentemente de quão cientifica ou racional uma civilização se tornasse, a crença em milagres nunca seria erradicada. A natureza humana curva-se ante o maravilhoso. Vaidade e ilusão levaram a mais de uma fraude piedosa suportando a causa sagrada e meritória com grandes embelezamentos e mentiras acerca de feitos miraculosos. (Hume, p. 136)

O principal argumento de Hume contudo, foi modelado a partir da argumentação feita por John Tillotson, que se tornou Arcebispo de Canterbury. Tillotson e outros como William Chillingworth antes dele e o seu contemporâneo Bispo Edward Stillingfleet argumentaram com o que chamaram uma defesa de "senso comum" do Cristianismo, i.e., Anglicanismo. O argumento de Tillotson contra a doutrina Católica da Transubstanciação ou "a real presença" era simple e directa. A ideia contradiz os sentidos de que o pão e o vinho usados nas cerimónias são mudados em algo que é pão e vinho para os sentidos mas que realmente será o corpo e sangue de Cristo. Se parece pão, cheira a pão, sabe a pão, então é pão. Desistir disto é abdicar de todo o conhecimento baseado na experiência. Qualquer coisa pode ser outra que não o que os sentidos mostram. Este argumento nada tem a ver com o argumento céptico da incerteza do conhecimento dos sentidos. Isto é um argumento acerca da crença razoável. Se os Catóticos tivessem razão acerca da consubstanciação, então um livro podia ser um bispo. Os acidentes de uma coisa não dariam pistas para a sua substância. Tudo o que vemos pode ser completamente não relacionado com o que parece ser. Tal mundo não seria razoável. Se os sentidos não podem ser confiados num caso, não podem sê-lo em caso nenhum. Acreditar na consubstanciação é abandonar a base de todo o conhecimento: a experiência dos sentidos.

Hume começa o seu ensaio sobre milagres elogiando a argumentação de Tillotson como sendo "tão conciso e elegante e forte como qualquer argumento o pode ser contra uma doutrina tão pouco merecedora de uma refutação séria." Continua afirmando que pensa ter "descoberto um argumento de tal natureza que, se certo, pode ser um eterno verificar de todo o tipo de superstições, e consequentemente será util enquanto o mundo durar; até ao fim, presumo, os relatos de milagres e profecias serão encontrados na história, sagrada e profana". [Hume, p. 118]

O seu argumento é um paradigma de simplicidade e elegância: Um milagre é uma violação das leis da natureza; e como uma experiência firme e inalterável estabeleceu essas leis, a prova contra um milagre, da própria natureza do facto, é tão inteira quanto qualquer argumento a partir da experiência pode ser imaginado.[p. 122.]

Ou pondo ainda mais sucintamente: 

Tem de... existir uma experiência uniforme contra qualquer acontecimento miraculoso, pois de outro modo o acontecimento não mereceria aquela apelação.[p. 122]

A implicação lógica deste argumento é que 

nenhum testemunho é suficiente para estabelecer um milagre a menos que aquele fosse de um tipo tal que a sua falsidade fosse ainda mais miraculosa que o facto que tenta estabelecer. [p. 123]

O que Hume fez foi pegar no argumento anglicano so senso comum contra a doutrina católica da consubstanciação e aplicá-lo aos milagres, base de todas as seitas católicas. As leis da natureza não se estabeleceram por ocasionais ou frequentes experiências similares, mas por uma experiência uniforme. É "mais que provavel," diz Hume, que todos os homens morram, que o chumbo não fique suspenso no ar, que o fogo consuma madeira e a água o extinga. Se alguém afirmar a Hume que um homem consegur manter chumbo suspenso no ar por um acto de vontade, Hume perguntar-se-ia se "a falsidade do testemunho é mais miraculoso que o facto que relata." Se assim fôr, ele acredita no testemunho. Contudo, ele não acredita que um milagre pudesse ser estabelecido com base nesta evidência.

Considere o facto de que a uniformidade da experiência das pessoas em todo o mundo lhe diz que uma vez uma perna amputada, ela não volta a crescer. O que pensaria se um seu amigo, um cientista de elevada integridade, lhe dissesse que quando estava de férias em Espanha encontrou um homem que não tinha pernas mas agora caminha com dois magnificos membros inferiores. Diz-lhe que um homem santo esfregou um óleo nos tocos e as pernas cresceram. O homem vive numa pequena aldeia e todos os aldeões atestam o "milagre." O seu amigo está convencido de que um milagre ocorreu. Em que é que acredita? Acreditar neste milagre seria rejeitar o principio da uniformidade da experiência, em que as leis da natureza se baseiam. Seria rejeitar uma assunção fundamental de toda a ciência, de que as leis da natureza são invioláveis. O milagre não pode ser aceite ser abandonar um principio básico do conhecimento empirico: que coisas iguais em circunstâncias iguais produzem resultados iguais.

Claro que há outra constante que não devemos esquecer: a tendência das pessoas em todos os tempos desejarem algo de maravilhoso, de se iludirem com isso, de o fabricar, de o embelezar, e de acreditarem nas suas invenções com paixão. Quer isto dizer que os milagres acontecem? Claro que não. Significa que quando alguem relata um milagre a probabilidade de estar enganada, iludida ou a enganar é muito superior à do milagre ter realmente acontecido. Acreditar num milagre, como dizia Hume, não é um ato de razão mas de fé.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Estelionato da fé

A Revista Exame em sua última edição, de novembro de 2009, traz na capa a chamada “Até onde ele vai”, trata da expansão do Grupo Pão de Açúcar, tendo a frente do conselho de administração Abílio Diniz. Em 1959, há aproximadamente 50 anos, Valentim Diniz, com a ajuda de seu filho mais velho, Abílio então com 19 anos, inaugura o Supermercado Pão de Açúcar; primeira das diversas lojas que estariam por vir. No fim do ano passado, após seis meses da aquisição do Ponto Frio, o grupo anunciou a compra das Casas Bahia, com o negócio, passará a contar com 1.807 lojas, em 14 estados e no Distrito Federal, e faturamento de cerca de R$ 40 bi. Segundo a consultoria Economática, com o novo faturamento, o Pão de Açúcar saltará de 13º para a terceira maior empresa privada de capital aberto do país, atrás somente da Vale e Gerdau.

Fundado em 1977, um empreendimento religioso se tornou o terceiro maior grupo pentecostal do Brasil e está presente em mais de 170 países. Com apenas oito anos de fundação, a igreja dispunha de 195 templos em 14 estados brasileiros e no Distrito Federal. Em 2009, trinta anos após sua fundação, a instituição possuía no Brasil mais de quatro mil templos e oito milhões de fiéis.

Embora não seja considerada, pelas demais denominações como Igreja Evangélica, diz-se evangélica, e, segundo a Receita Federal, a igreja arrecada aproximadamente R$ 1,4 bilhão por ano de dízimos.

Se comparado ao Grupo Pão de Açúcar o empreendimento religioso parece dar um show de versatilidade e “competência”, além de ter tido um crescimento vertiginoso em quase a metade do tempo do Pão de Açúcar, oferta um único produto, “A Teoria da Prosperidade”, com uma destreza impressionante. Porém deve-se perceber que não há a menor condição de comparar a sagacidade e habilidade de um dos maiores empresários do Brasil, Abílio Diniz, com quem se utiliza de estratégias de mercado nefastas, segundo alguns, um verdadeiro 'estelionato da fé'.

A instituição religiosa possui na mídia escrita, dois jornais e uma revista de tiragem mensal. No Brasil, possui, ainda, uma rede nacional de rádios, em FM, e, várias emissoras locais, em AM e FM, e o controle da segunda maior associação brasileira de emissoras de rádios e TVs. A instituição é dona de uma gravadora, uma editora e gráfica, dentre outras empresas dos mais variados segmentos, fundou até mesmo, seu próprio partido político. Também possui redes de rádio e TV pelo mundo.

O Código Penal define estelionato, no artigo 171, com o seguinte texto: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”. Pena que tais práticas, na maioria das vezes, lesam cidadãos com pouca instrução, órfãos do Estado.

A fé remove montanhas, a falta de fé constrói palácios!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Saída à francesa, qual a origem da expressão?

Qual é a origem da expressão "saída à francesa"? 

(Cristina Ferraz de Souza, Diadema, SP)

Ninguém sabe. O certo é que não existe melhor exemplo para ilustrar a velha rivalidade entre França e Inglaterra do que essa expressão, equivalente ao popular sair de fininho, muito usada em festas e reuniões quando alguém se retira sem se despedir nem dos anfitriões. Isso porque ela possui, na verdade, duas versões, uma em resposta à outra. A mais conhecida sair à francesa (take french leave, no original) foi criada pelos ingleses. A outra sair à inglesa (filer à l'anglaise) é exclusividade dos franceses.

Com toda a incerteza que cerca sua origem, acredita-se, porém, que ela tenha nascido como uma gíria militar, para se referir a soldados que deixavam seu posto sem avisar ninguém. É provável que tenha sido dita pela primeira vez durante a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), quando as principais potências européias se enfrentaram, encabeçadas de um lado pela França e do outro pela Inglaterra, afirma o historiador e professor de francês Alexandre Roche, de Porto Alegre. Mas a rixa entre os dois países é tão antiga que fica difícil saber qual das duas expressões surgiu primeiro, diz a tradutora e também professora de francês Rosa Freire d'Aguiar, do Rio de Janeiro.

terça-feira, 6 de março de 2012

Vida que segue, até que se acabe...


É interessante observar o que acontece em nosso contexto, na medida em que vamos envelhecendo. Envelhecer é algo que não acontece somente com alguns (parece óbvio?). Todos envelhecem e enfrentam problemas. Problemas diferentes e até iguais, mas as dificuldades vão aumentando na mesma proporção em que vamos rumando para o fim da vida. Curiosamente muitos não enxergam tamanha obviedade. Estranham as mudanças no corpo, a ausência de energia e de disposição. Muitos se esquecem de que a velhice não é uma doença que possa ser tratada com medicação. O incômodo pode vez ou outra, ser minorado. Nada mais que isso.

No atual mundo das redes sociais é mais fácil observar as mudanças nas vidas de todos. Na nossa vida a diversão era entre jovens, depois entre jovens pais, depois entre pais maduros com filhos adolescentes, mais adiante com filhos quase criados e por fim os filhos saem de casa e os casais mudam radicalmente de hábito. É a tal da melhor idade.

Melhor idade? Só se ouve falar de sofrimento! Dores mil, doenças que deterioram o corpo. Câncer e afins. Diabetes, pressão alta e mais um monte de coisas...

Felizes são aqueles que aceitam o envelhecimento e suas dores, como sendo inerentes ao ser humano. Vida fácil e sem dores somente no Paraíso, caso ele efetivamente exista da maneira imaginada e desejada.

Enquanto isso, voltemos à realidade. Com pessoas idosas é bem assim mesmo: os velhos cada dia experimentam dores novas.

Vida que segue, até que se acabe...

Enéias Teles Borges

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ao final da leitura...

Quando estou finalizando a leitura de um bom livro, sinto uma ponta de tristeza. É como se estivesse terminando um passeio fantástico. Sei que sempre será possível a releitura, assim como é possível visitar novamente os lugares antes visitados. No caso em testilha não é tão simples assim. Na releitura não existe o sabor da novidade. Não existe a surpresa. A primeira leitura de um livro é um caminho que jamais será percorrido da mesma forma. Daí a saudade...

Experimento e sei que experimentarei, muitas vezes, essa tristeza. Não pretendo parar de ler, nem  mesmo por isso. Prefiro a tristeza da despedida de um bom livro, ao final da leitura, a ausência de tristeza por não lê-lo.

Vida que segue, leituras que vêm e que virão...

Enéias Teles Borges

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