terça-feira, 6 de março de 2012

Vida que segue, até que se acabe...


É interessante observar o que acontece em nosso contexto, na medida em que vamos envelhecendo. Envelhecer é algo que não acontece somente com alguns (parece óbvio?). Todos envelhecem e enfrentam problemas. Problemas diferentes e até iguais, mas as dificuldades vão aumentando na mesma proporção em que vamos rumando para o fim da vida. Curiosamente muitos não enxergam tamanha obviedade. Estranham as mudanças no corpo, a ausência de energia e de disposição. Muitos se esquecem de que a velhice não é uma doença que possa ser tratada com medicação. O incômodo pode vez ou outra, ser minorado. Nada mais que isso.

No atual mundo das redes sociais é mais fácil observar as mudanças nas vidas de todos. Na nossa vida a diversão era entre jovens, depois entre jovens pais, depois entre pais maduros com filhos adolescentes, mais adiante com filhos quase criados e por fim os filhos saem de casa e os casais mudam radicalmente de hábito. É a tal da melhor idade.

Melhor idade? Só se ouve falar de sofrimento! Dores mil, doenças que deterioram o corpo. Câncer e afins. Diabetes, pressão alta e mais um monte de coisas...

Felizes são aqueles que aceitam o envelhecimento e suas dores, como sendo inerentes ao ser humano. Vida fácil e sem dores somente no Paraíso, caso ele efetivamente exista da maneira imaginada e desejada.

Enquanto isso, voltemos à realidade. Com pessoas idosas é bem assim mesmo: os velhos cada dia experimentam dores novas.

Vida que segue, até que se acabe...

Enéias Teles Borges

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