Numa discussão entre pessoas de fé, tendo a maioria nível acadêmico superior, surgiu uma questão ligada à Astronomia. Um dos pontos discutidos foi a explosão de estrelas e o eventual surgimento de novos mundos e a destruição de outros. Tudo isto dentro do contexto bíblico, entendido pela maioria ali presente. Mesmo porque muitos enxergam isso de forma bem peculiar: entendem que desde a entrada do pecado no nosso planeta, Deus teria cessado, momentaneamente, a criação de novos mundos. Até a solução final do problema do pecado, nada de criação!
Para justificar a explosão de estrelas a justificativa teve certa lógica. Tais explosões só chegaram à Terra milhares de anos depois de efetivamente terem ocorrido. Daí dizer que estas explosões estelares coadunam com a interpretação dominante ali, naquele grupo de estudos.
Eis que alguém (friso que de nível superior) alegou o seguinte: "a despeito das interpretações humanas eu entendo que estas explosões são provocadas por anjos que se deslocam numa velocidade absurda, os homens, infinitos que são, veem nisso uma explosão de estrela..."
Levando em consideração o alto nível acadêmico dos envolvidos eu pergunto: trata-se de desrespeito à Astronomia ou é Fé Cega e Faca Amolada (FCFA)?
Enéias Teles Borges
6 comentários:
Não querendo defender o autor da frase, mas, qual a diferença dele para um cientista phd com n titulações que afirma a teoria do multi-verso?
Veja bem, antes de me acusarem de qualquer coisa, reflita;
1)Ambas não são conprovadas pela ciência.
2)Ambas são teorias
3)Ambas estão sendo afirmadas
4)Ambas são passíveis de futura comprovação (independente de qualquer crença)
É o que eu sempre digo: O problema não está na classe, e sim na espécie. Tudo farinha do mesmo saco!
Por essas e outras o agnosticismo é a melhor opção. Não é "murismo", mas admite que não é possível provar, não é possível negar. A fé é ncessária para acreditar em "n" teorias...
Superficiais e sonhadores há entre criacionistas e ateus. Precisamos, em todo caso, mensurar proporcionamente, qual dos lados é mais dado a fantasias...
Enéias
Pois eu afirmo que o agnostícismo é insustentável com o passar do tempo. Explico;
Se a Bíblia estiver correta ao dizer que todo o olho O verá, então a espinha dorsal do agnosticismo vai por terra.
Caso a linha do evolucionismo esteja correta, e com o passar do tempo for comprovada a mutação das espécies de forma empírica, o agnosticismo também cai por terra.
De um jeito ou de outro, é uma teoria fadada ao fracasso.
Mas o agnóstico não se preocupa com isso. Ele segue agnóstico porque não vê razão suficiente para deixar de ser NO AGORA (o amanhã sempre está distante...). No momento em que uma das teorias se mostrar verdadeira, com prova mensurável, ele optará por esta. Acredito que todo agnóstico deseja deixar de ser agnósitico - desde que o menurável venha à tona...
Enéias.
Até o momento em que você não colocava o "hoje" no fim da tese eu concordava com você e discordava dos que classificavam o agnosticísmo como murismo, mas diante disso, é impossível não associar a palavra ao conceito.
Não é murismo e sim honestidade. Não adianta lutar contra a verdade. Até publiquei um novo texto, agora, sobre o tema. O agnósitco opta por assim ser porque as duas correntes não provam nada. Mas e se houver prova, como lutar contra ela?
Não podemos nos esquecer do conceito: o agnóstico acredita que é impossível, pelos MEIOS EXISTENTES, provar ou negar a existência de divindades. E os MEIOS EXISTENTES do amanhã, serão os mesmos de hoje?
Abraços/Enéias.
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