Eu estava com minha família e amigos, no mês de julho do corrente ano, na cidade de Caldas Novas, Goiás. É um passeio que teve a sua oitava repetição. Mesmo local, mesmo hotel e os amigos de sempre.
Quanto ao livro de cabeceira que levei para lá, para as minhas leituras que antecedem ao sono, tinha sido lido por inteiro. No dia seguinte saí com minhas filhas e fomos ao shopping “redondo” que existe lá em Caldas. No segundo piso há uma simpática livraria e nela ficamos vendo os vários títulos disponíveis. Cada uma escolheu algo e eu vi um livro em destaque: “Os anos ocultos de Jesus” de Elizabeth Clare Prophef. Comprei e na mesma noite iniciei a leitura.
É um livro esotérico e como ando me insurgindo contra preconceitos dantes arraigados, entreguei-me à leitura, cuja sinopse é esta: “Onde esteve Jesus durante os 18 anos que se passaram entre a sua volta a Nazaré e o batismo no Rio Jordão? As mais detalhadas pesquisas oficiais não conseguiram decifrar esse mistério. No entanto, pergaminhos antigos encontrados num mosteiro do Tibete levaram quatro autores em diferentes épocas a testemunharem sobre as passagens de Jesus pela Índia, pelo Nepal, por Ladakh e pelo Tibete”. O livro não se detém em comentar se as narrativas são verazes ou não. Apenas reúne os relatos dos quatro autores, incluindo a descoberta de manuscritos em 1887, pelo jornalista russo Nicolas Notovitch.
Em resumo o que dizer sobre o livro e sobre a leitura que fiz? Tenho aprendido que é praticamente impossível perder tempo fazendo qualquer tipo leitura – até mesmo receita de bolo ou bula de remédio. O que pode acontecer é se dispensar mais tempo para uma leitura mais ou menos “encorpada”, isto é: dedicar maior tempo para uma leitura, digamos, menos útil e/ou agradável. Sempre é possível reter algo bom e com o exercício de um juízo de valor independente excluir aquilo que é “palha”, separando o joio do trigo. Recomendo ou não o livro? Caso sua leitura “encorpada” esteja em dia eu recomendo, claro. Gosta de dar atenção a outras formas de pensar e escrever? Por que não lê-lo? Fiz uma leitura “quase dinâmica” do livro e aprendi um pouco de geografia, história e detalhes dos costumes locais. Notei também que o principal objetivo (ou um dos principais) foi comprovar se o principal dos quatro autores (Notovitch) de fato esteve naquele contexto e se teve contato com o material que foi objeto de suas afirmações.
Afinal existe algum fundo de verdade nisso tudo? Seria Jesus o mesmo “Santo Issa” de que trata o livro? Convém adicionar essas supostas informações aos outros escritos não-cristãos como aqueles de Plínio, o Moço, Tácito e Suetônio? Para saber se compensa incluí-lo ou se vale considerá-lo como um compêndio esotérico só existe uma forma: lendo-o sem preconceito.
Vale, portanto, a dica.
Fonte: [Cultura e Religiosidade].
Enéias Teles Borges
Postagem original: 26/08/2009
Quanto ao livro de cabeceira que levei para lá, para as minhas leituras que antecedem ao sono, tinha sido lido por inteiro. No dia seguinte saí com minhas filhas e fomos ao shopping “redondo” que existe lá em Caldas. No segundo piso há uma simpática livraria e nela ficamos vendo os vários títulos disponíveis. Cada uma escolheu algo e eu vi um livro em destaque: “Os anos ocultos de Jesus” de Elizabeth Clare Prophef. Comprei e na mesma noite iniciei a leitura.
É um livro esotérico e como ando me insurgindo contra preconceitos dantes arraigados, entreguei-me à leitura, cuja sinopse é esta: “Onde esteve Jesus durante os 18 anos que se passaram entre a sua volta a Nazaré e o batismo no Rio Jordão? As mais detalhadas pesquisas oficiais não conseguiram decifrar esse mistério. No entanto, pergaminhos antigos encontrados num mosteiro do Tibete levaram quatro autores em diferentes épocas a testemunharem sobre as passagens de Jesus pela Índia, pelo Nepal, por Ladakh e pelo Tibete”. O livro não se detém em comentar se as narrativas são verazes ou não. Apenas reúne os relatos dos quatro autores, incluindo a descoberta de manuscritos em 1887, pelo jornalista russo Nicolas Notovitch.
Em resumo o que dizer sobre o livro e sobre a leitura que fiz? Tenho aprendido que é praticamente impossível perder tempo fazendo qualquer tipo leitura – até mesmo receita de bolo ou bula de remédio. O que pode acontecer é se dispensar mais tempo para uma leitura mais ou menos “encorpada”, isto é: dedicar maior tempo para uma leitura, digamos, menos útil e/ou agradável. Sempre é possível reter algo bom e com o exercício de um juízo de valor independente excluir aquilo que é “palha”, separando o joio do trigo. Recomendo ou não o livro? Caso sua leitura “encorpada” esteja em dia eu recomendo, claro. Gosta de dar atenção a outras formas de pensar e escrever? Por que não lê-lo? Fiz uma leitura “quase dinâmica” do livro e aprendi um pouco de geografia, história e detalhes dos costumes locais. Notei também que o principal objetivo (ou um dos principais) foi comprovar se o principal dos quatro autores (Notovitch) de fato esteve naquele contexto e se teve contato com o material que foi objeto de suas afirmações.
Afinal existe algum fundo de verdade nisso tudo? Seria Jesus o mesmo “Santo Issa” de que trata o livro? Convém adicionar essas supostas informações aos outros escritos não-cristãos como aqueles de Plínio, o Moço, Tácito e Suetônio? Para saber se compensa incluí-lo ou se vale considerá-lo como um compêndio esotérico só existe uma forma: lendo-o sem preconceito.
Vale, portanto, a dica.
Fonte: [Cultura e Religiosidade].
Enéias Teles Borges
Postagem original: 26/08/2009
6 comentários:
Prefiro "O Cetro de Ottokar" da série "As Aventuras de Tintim".
É Enéias,
O manuscrito do Mar Morto induz Jesus para outro lado, já que a filosofia era a mesma. Mas... o que é escrito é para ser lido e sempre aprendemos algo. É melhor do que não ler ou do que não saber ler.
É Enéias,
O manuscrito do Mar Morto induz Jesus para outro lado, já que a filosofia era a mesma. Mas... o que é escrito é para ser lido e sempre aprendemos algo. É melhor do que não ler ou do que não saber ler.
É Enéias,
O manuscrito do Mar Morto induz Jesus para outro lado, já que a filosofia era a mesma. Mas... o que é escrito é para ser lido e sempre aprendemos algo. É melhor do que não ler ou do que não saber ler.
Existe uma tese, naturalmente polêmica, escrita por um teólogo alemão. Este centra seus estudos na possibilidade de Jesus não ter morrido na cruz e de ter escapado para a Índia, após a crucificação: esta que não teria passado de uma armação. No Oriente Jesus casou, teve filhos e morreu idoso: http://www.gatosepapos.blogspot.com/2011/04/jesus-viveu-na-india.html
Postar um comentário