Esta postagem tem apenas um objetivo: divulgar o blogue DeusILUSÃO. Uma das melhores páginas que encontrei na internet. Textos bem escritos, de leitura fácil e agradável. Você certamente não perderá tempo lendo os artigos ali postados e mais: o objetivo lá encontrado é o que chamo de "debate no campo das ideias". Quer você seja ateu ou criacionista a leitura lhe fará bem.
O criador...
Eu sou ateu. Praticante.
O ateu não é, como muito estupidamente se pensa, aquela pessoa que ‘não acredita em nada’. Eu acredito, sim, em muitas coisas. Uma delas é que um mundo sem religião seria um lugar bem melhor para se viver. As pessoas poderiam muito bem inventar quantos deuses quisessem para adorar, pelos quais estragassem as suas vidas e desperdiçassem o seu tempo. Isso seria problema delas, desde que mantivessem esses hábitos na sua privacidade. Entretanto, a religião é o que faz com que essas ilusões se tornem prejudiciais não só para quem nelas acredita, mas para todos nós.
Você pode querer argumentar que a “sua” religião é uma religião “do bem”, “boazinha”, “não faz mal a ninguém”, isso querendo comparar com, digamos, a religião muçulmana. Mas como você, obviamente, não consegue entender, se a sua religião não é uma das três grandes monoteístas — cristã, judaica e islâmica –, nem a dos mórmons, nem a hindu, nem uma das outras menores, se a “sua” não é uma dessas, é com absoluta certeza uma ramificação de uma delas, ou uma ramificação de uma ramificação, dentre as inúmeras outras que pipocam todo dia no “mercado”, e que você “a escolheu” porque ela serviu em você — como um sapato. Mas, assim como o sapato, a “sua” religião também foi fabricada para suprir uma necessidade sua e gerar renda para o seu fabricante. Você obviamente não tem interesse em enxergar a quantidade de gente que está enriquecendo com isso; mas outras pessoas enxergaram: daí o motivo de tantas “novas” igrejas. A indústria da fé.
Mas o seu argumento continua de pé: sua religião é do bem. Você pode querer dizer que a sua religião não quer dominar o mundo, matar infiéis, impor à força o seu Deus, governar o país, etc. Você pode dizer, por exemplo, que não pertence à fé cristã, que ceifou milhões — milhões — de vidas humanas ao longo da História pela fogueira, pela tortura, pela espada, pelas guerras e por aí afora. Mas o que você também não entende, e talvez mesmo não queira entender, é que ela só não fez isso tudo porque nunca teve o poder para isso. Nunca teve, ou não tem “ainda”.
Esse blog foi concebido não só para expressar algumas das minhas opiniões sobre Deus, religião, fé, ateísmo e tal. Eu pretendo convidar pessoas religiosas para lerem os meus textos e darem suas opiniões. Não farei isso na intenção de que se tornem ateias, de que aceitem a minha visão do mundo, mas, sim, com o tentador convite para que me convençam de suas crenças e derrubem as minhas, e que possam, com isso (quem sabe?), “salvar a minha alma”.
Um outro motivo para a criação do blog é a minha própria proteção. É mais seguro defender minhas opiniões daqui. Um ateu dificilmente conservaria todos os dentes na boca caso se atrevesse a usar o mesmo expediente de pregar em praça pública as suas convicções, tal como o crente faz. Não é nada fácil imaginar que um grupo de ateus seria capaz de se reunir e agredir um pregador que estivesse divulgando as suas crenças num local público. Entretanto, seria exatamente isso o que se poderia esperar dos religiosos se fosse um ateu o orador. Por isso eu prefiro a relativa segurança da web à insegurança do púlpito. Eu cosidero as pessoas religiosas tão inofensivas quanto um bêbado dirigindo uma escavadeira. Ou segurando um revólver. Um ateu covarde, vivo e “praticante” é infinitamente mais útil do que um ateu valente e morto. Nós, ateus, não precisamos de mártires.
Eu “criei” esse blog em 3 passos. Levou apenas 6 minutos. No 7º eu descansei.
Nota: Recomendo a leitura sistemática. Salvei em meus "blogs" do Google Reader.
Enéias Teles Borges
Um comentário:
Ih, rapaz, muito obrigado pela divulgação do blog e pelos elogios... são sempre muito bem-vindos... rsssrsrs
A minha intenção mesmo é divulgar, fazer as pessoas discutirem, argumentarem e contra-argumentarem sobre essas crenças absurdas, mesmo que, no fim, continuem discordando de mim.
O que eu acho importante é o debate, porque se isso se difundir, cada vez mais, nas sociedades, as gerações futuras vão perceber que não precisam acreditar em tudo como verdade absoluta, já que estarão presenciando algum tipo de polêmica a respeito desses temas... Essas imbecilidades sobrevivem até hoje justamente porque cada nova geração é doutrinada a aceitar, sem questionar.
Grande abraço!
Barros
Postar um comentário