quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O poder da música

Um assunto sempre me chamou a atenção: a música e seus efeitos no ser humano. A primeira questão a ser definida quanto a isso é a mensuração da qualidade: o que é música boa e o que é música ruim? Aí haveremos de enveredar por caminhos tortuosos. São muitos os estilos musicais. Música sacra, música clássica, popular e afins. Como avaliar o que é música boa ou ruim e como medir seus efeitos na mente humana?

O motivo dessa postagem é uma reportagem, no mínimo, curiosa. Vejam:

Música de Mozart ajuda no desenvolvimento de bebês prematuros

Um estudo recente feito por pesquisadores israelenses do Centro Médico Sourasky, na cidade de Tel Aviv, em Israel, sugere que as músicas de Mozart podem auxiliar na desaceleração do metabolismo de bebês prematuros, ajudando assim no ganho de peso e crescimento dos recém-nascidos.

A pesquisa avaliou o metabolismo em descanso de 20 bebês prematuros saudáveis, baseando-se no pressuposto de que um metabolismo mais baixo auxilia no aumento de peso. Durante dois dias consecutivos, e por 30 minutos, os bebês ouviram as composições Mozart e tiveram o metabolismo medido. Da mesma forma, mediu-se o metabolismo dos bebês em outros dois dias consecutivos durante 30 minutos sem música. Saiba Mais

Após as análises, os pesquisadores identificaram que o metabolismo dos bebês que ouviram cerca de 30 minutos das composições de Mozart diminuiu, em média, 13%.

Segundo os pesquisadores, grande parte das pesquisas que envolviam os efeitos que as músicas de Mozart poderiam causar eram relacionadas aos benefícios que o QI tinha por conta das músicas.

Fonte: [Provedor Uol].

Nota: É muito difícil qualificar a música que ouvimos. Nossa tendência é a de avaliar com base na experiência que tivemos em nossa vida. A música boa, para cada um, é aquela que agrada. Gostar de um estilo não é, ao meu ver, o critério para se avaliar se a música é boa ou não - nesse caso retornamos à experiência de vida que cada um tem. Como saber se uma música é boa ou ruim? Existe conexão direta entre a composição e o misticismo (dos que possuem) humano?

Enéias Teles Borges

5 comentários:

Altamirando Macedo disse...

Enéias,
Todos têm o direito de gostar de qualquer estilo musical, mas ele está ligado à inteligência e ao nível cultural.O que é bom para um baiano, pode não ser para um carioca e muito menos para um austríaco.
Uns usam seus ouvidos para se deliciarem, outros para enchê-los de esterco.Para isto existe a música clássica, o axé e o funk.

Cleiton Heredia disse...

Conclusão: Ouvir Mozart, engorda!

Eduardo Medeiros disse...

Meu amigo Enéias, beleza?

Eu já tinha lido alguma coisa sobre a influência da música na recuperação de doentes.

É verdade que a cultura musical de uma pessoa vai depender da sua experiência de vida e de gosto. Geralmente eu não gosto de dizer "é preto" ou "é branco", mas aqui eu vou tomar uma posição firme: Não há como dizer que um funk carioca cuja letra é um mantra de uma frase só, onde geralmente se pede para as cachorras sacudirem os traseiros, com a música de Shopin, Mozart, e outros clássicos.

Não se pode comparar os "MCs" que andam pela mídia, cantando letras idiotizantes, com uma música de Tom Jobim, Chico ou Caetano.

Não que eu condene tais gêneros, cada um já está se condenando ao ouví-lo e achar que isso é música. Mas é obvio para qualquer cabeça com um pouquinho de cultura para além da cultura de massas, que é uma blasfêmia comparar MC fulano de tal com Elias Regina.

Mas enfim, cada um ouve o que quer e o que gosta.

Ficou bom a nova cara do blog. Abraços

Alexandre - Condor disse...

Sempre apreciei a boa música, em especial a eletrônica, onde alguns pensam ser apenas bate estaca. E digo hoje que minha vida seria completamente sem graça se não tivesse uma boa trilha sonora para embalar. Quando tentei me aprofundar no âmbito da religiosidade, ouvi um absurdo do qual se falava que um dos intrumentos do capeta para distanciar, incentivar, influênciar e distorcer seria a música (alguns usam o ocultismo pra ganhar dinheiro, como disse bem o Cleiton numa postagem sobre música em seu blog). Logo, bastou parar e pensar: quando foi que fui influênciado por algum som para fazer o mal? Nunca. Então deduzi que este argumento era apenas uma maneira de adequar o gosto musical limitado de alguns lideres religiosos e atribuir ao gosto musical de Deus (se é que alguem sabe o que Ele ouve). Como não acredito em nenhuma influência sobrenatural na música, ouço tudo o que é bom desde o rock à música eletrônica e afirmo que o único poder que da música sobre mim é que ela torna a minha vida mais interessante. Não cito funk, forró e axé por simplesmente não considerar tais estilos música.

Patrícia Rodrigues Ruiz disse...

Sobre a música de Mozart, especificamente, Eine Kleine Natchtmusik, levei a mesma para uma sala de pré escola, jardim III e notei um aumento considerável das capacidades intelectuais das crianças as quais eram meus alunos e alunas sendo que alguns superaram o nível esperado para o final do ano e outros conseguiram avançar significativamente.
Essa música eu colocava como pano de fundo para atividades de pinturas com guache e colagens ou para um momento de relaxamento.
Posso assegurar que existe um pouco de verdade nessa afirmativa.
Abs

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