Tenho levado algumas pancadas. Eu diria que bordoadas sérias. Algumas vindas de antigos colegas de seminário, que parecem ter se esquecido do compromisso que assumimos no momento de nossa colação de grau. Lembro-me que em 1985 quando me bacharelei pelo Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia (SALT), no antigo campus de São Paulo, Capital, que nós, formandos, assumimos o compromisso de pregar a palavra. Pregar a palavra pressupõe pregar a verdade. Pregar a verdade nem sempre coaduna com os pressupostos que vêm de cima para baixo - dos administradores (muitos famigerados) de plantão. O que posso fazer se certas verdades só me vieram à mão agora? Que culpa tenho se meus antigos mestres, esconderam (de propósito?) debaixo do tapete, assuntos fundamentais? O que posso fazer se me sinto tapeado por ter recebido apenas informações parciais?
Certo é que alguns, que defendem o pão maldito misturado com a omissão, arvoram-se à condição de paradigmas da verdade e saem por aí tentando aplicar lição de moral, como se quem aqui escreve, tivesse cuspido no prato em que comeu. Eles, sim, é que deviam se envergonhar! Auferiram aproveitamento mesquinho ao longo do curso teológico e, na maioria dos casos, não tiveram competência para enfrentar o mercado "cá de fora". Estão pastoreando por vocação ou por falta de opção? São pastores por amor à membresia ou por incompetência para conseguir sustentar a família fora dos ambientes da fé cega e da faca amolada?
As críticas oriundas desses eternos bezerros que insistem em mamar na mãe obra (IASD) são um estílmulo para que eu continue por aqui, quase que quieto, com poucas postagens, mas com valoroza audiência. Sei que o nível intelectual dos visitantes é alto. As mensagens eletrônicas que recebo corroboram com esse pensamento. Gostaria de publicar algumas, que incentivam e que descem a madeira. Como muitas são de "obreiros da IASD" é lógico que não as publico na seção de comentários (pedem o anonimato). Eu as publicaria, caso isso fosse autorizado. Tenho solicitado autorizações de alguns para publicação na íntegra (claro!).
Mas, por que estão batendo no blogueiro?
O que promoveu furor foi a repercussão de um texto de abril de 2009 que somente agora chegou ao conhecimento de alguns. Versa sobre o sábado e tem o título de "Sábado: equilíbrio e idolatria". Uma postagem despretensiosa (quase um desabafo), mas que de alguma forma acirrou ânimo de uns e outros. É lastimável que assim tenha ocorrido. Para que fique tudo bem claro segue, abaixo, o link para a postagem.
O texto está contido em outro blogue meu: [Adventismo Histórico].
Enéias Teles Borges
Postagem original: 28/10/2009
7 comentários:
Amigo, quero lhe dizer que você corre perigo, pois acaba de despertar a "ira dos santos".
O Irmão Sete e o Irmão X se solidariarizam contigo (rs).
É preciso perdoar essa gente por algumas razões: primeiro porque não sabem o que falam; segundo porque não podem falar o que sabem; terceiro o compromisso que tem não é com a verdade mas com "os dogmas do adventismo".
Eu acreditava em Deus a minha maneira e por incrível que pareça, cada vez que conheço mais sobre denominações religiosas, tenho a convicção de que não deveria ter saído do lugar.
São tantas regras e tantos julgamentos que ao invés de se libertar você se torna prisioneiro, o que desmereçe totalmente a frase: e conhecereis a verdade e a verdade o libertará.
Regras quanto ao que você deve ouvir, deve comer, deve vestir, deve assistir que me levam a pensar que Deus é um ser egoista que só irá me aceitar se eu for da maneira que Ele quiser. Ué o amor de Deus não é superior o de uma mãe para com seu filho? a minha mãe me aceita como sou.
Antes cria em um Deus que me ajudava sempre, cuidava de mim e me livrava do mal, ou seja, se o diabo se aproximasse de mim, coitado dele.
Mas, me foi apresentado um Deus que assiste o diabo usar música, televisão, ou seja, pintar e bordar para me afastar da salvação e do próprio Deus e que Ele só irá agir no final, quando voltar e matar o Diabo, junto com todo mundo que não O seguiu da maneira correta (coisa que sinceramente ninguem sabe).
Sábado será um sinal de fidelidade para uns, outros só serão genuinos cristãos se batizados pelo Espirito Santo e por aí vai...Isso tudo cansa!
As vezes me pego pensando que o melhor a fazer é orar para o meu primeiro Deus, o Jesus bom e paciente no qual sempre acreditei e continuar seguindo meu caminho, fazendo bons amigos, ouvindo as músicas que gosto, vendo o tricolor paulista jogar tomando minha cerveja gelada e fazendo o bem as pessoas e aos animais. Quando Cristo voltar, Ele que me julgue.
Enéias,
Sorte sua que 'praga de urubu magro não mata cavalo gordo'. rs
Caro amigo Botafoguense, não se preocupe com as críticas pois, elas devem somente lhe dar mais forças para inteligentemente responde-los.
Abraços.
Roberto
Gostei do fato de você não desistir quando recebe "críticas", e sim se sentir ainda mais incentivado a continuar com o blog! Isso me serve como lição, pai. Pensei um pouco, e percebi que o que você tem feito, é como o trabalho de um jornalista...De fato, puxei essa veia de você! =D
Beijos
=D
Já tive oportunidade de dizer-lhe antes, que aqui encontro um tipo de conforto totalmente diferente. O conforto da possibilidade de continuar acreditando na convivência harmoniosa entre os que pensam diferente e de não ver meu opositor de forma estereotipada. Mesmo estando do lado oposto da fé.
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