A sociedade da hiena malhada é matriarcal, ou seja, a alcatéia é liderada por uma fêmea alfa, coisa incomum entre mamíferos. E nessa espécie, obviamente, as fêmeas são maiores e mais agressivas do que os machos.
A agressividade natural das hienas e a masculinização das fêmeas se deve ao alto nível de androgênios (hormônios responsáveis pelas características masculinas). Acontece que o alto nível desses hormônios faz com que o clitóris nas fêmeas seja tão grande quanto o pênis dos machos, e é por aí, pela via clitoridiana, que nascem as crias. Mas essa anatomia clitoridiana dificulta grandemente o nascimento dos filhotes, aumentando consideravelmente a dor e a mortandade de mães e filhos durante o parto.
Que tipo de Projetista Inteligente idealizaria isso? Um sádico?
Assim, a anatomia do órgão reprodutor da fêmea da hiena malhada é mais uma evidência a favor da teoria evolucionista, que remete ao acaso e a seleção natural as características que mais contribuem para a sobrevivência de uma espécie.
O leitor pode estar pensando que essa afirmação é uma contradição, já que a reprodução desse animal é prejudicada pelas características anatômicas da fêmea, contudo, na natureza existem compensações – a força bruta e a organização social são algumas delas no caso da hiena malhada – que de alguma forma propiciam sua sobrevivência no ambiente da savana africana.
Fonte: [a arte de ter razão].
Nota: Recomendo a leitura do texto, no blogue indicado. Recomendo, ainda, a leitura constante dos textos publicados no blogue, por seu editor, Ricardo Cluk.
Enéias Teles Borges
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Um comentário:
Acho que o blog, citado como fonte, não existe mais. Ou está temporariamente indisponível.
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