quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O ATEU, A CRIANCINHA E O MINGAU...

O criacionista protestante ficou admirado: Como seria possível um ateu fazer tanta coisa boa? Era um professor exemplar! A curiosidade aumentava a cada dia. Por que ele era bom? O que esperava receber nesta vida e na futura? Não aguentando mais esperar para saber, dirigiu-se ao idoso professor e perguntou: “Qual o motivo de tanto altruísmo?” O professor respondeu dizendo que procedia assim porque devia ser assim. Motivos? Quem sabe o dever cívico, simpatia pela raça humana, coletivismo, bem estar... Fazia o bem porque deveria ser assim, não importando existência ou não de recompensa ou de castigo...

O professor completou: “Saiba que o ateu não é um malfeitor! Não conspira contra os ideais realizáveis do ser humano...”

O criacionista protestante suspirou. Difícil acreditar que existem pessoas que vivem de forma correta, sem ter medo do inferno, sem anelar vida eterna no céu... Estava diante de um cidadão ateu, que cria na inexistência de um criador e que se comportava como poucos e bons religiosos...

Sorriu amarelo quando o professor disse finalizando a conversa: “O ateu não é um lobo mal. Não pega a criancinha para fazer mingau...”

Enéias Teles Borges - Autor

Postagem original: 20/03/2009
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