quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O criacionista e o ateu

Duas pessoas saíram da metrópole e seguiram na direção do litoral. Eram dois executivos cansados da rotina do cotidiano. Os dois queriam ver o mar, sentir o cheiro da brisa e acalmar a mente. Um era criacionista e o outro era ateu.

Lá chegaram e por lá ficaram ao longo do dia até o por-do-sol. Curiosamente estavam sentados lado a lado sobre uma rocha, olhando na direção do mar. O criacionista experimentou uma paz olhando para o mar e pensou: "que maravilha criada por Deus, que paz ela me traz...". Enquanto isso o ateu experimentava uma paz imensa, descansando o olhar, observando as ondas e a infinitude do oceano. Enquanto admirava pensou: "Somos filhos do acaso, o mar e eu. Até sinto que somos íntimos e que só de olhar para ele eu sinto paz. Que maravilha!".

Moral da história: para muitos olhar para o mar, num por-de-sol, depois de um dia terrível de trabalho, é motivo de satisfação, é o olhar da paz... Não importa se o mar tenha um criador ou se é obra do acaso...

Seria tão bom se todos respeitassem a paz que muitos buscam respeitando as convicções pessoais de cada um...

Enéias Teles Borges - Autor

Postagem original: 19/08/2009
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4 comentários:

Cleiton Heredia disse...

É isto aí! Cada um na sua.

Se o criacionista é feliz com seu Deus, que deixe o ateu ser feliz sem deus algum.

O grande problema nesta história está na maioria das vezes relacionado aos crentes em Deus, pois acreditam serem comissionados pela divindade para tirar os ateus das "trevas".

Eles acreditam piamente que a paz e a felicidade verdadeira somente existem quando se crê e se vive da mesma forma que a deles.

Eles não se conformam em ver ateus em paz e felizes, pois isto é uma afronta a tudo aquilo que acreditam.

De acordo com a visão de mundo deles, os ateus deveriam estar vivendo continuamente em desespero, angústia, dor e sofrimento, e esta situação só poderia mudar quando estes aceitassem a "verdade" deles.

Por outro lado, não é comum vermos ateus fazendo proselitismo de suas convicções. A maioria que conheço vive suas vidas sem se incomodar se seu colega do lado é feliz por crer em algum tipo de deus.

CH disse...

Assino embaixo.

Ricardo disse...

Prometo que vou pensar no assunto (rs).

Altamirando Macedo disse...

Parabenizo Heredia, postou por muitos. Eu também temo o pluralismo de um lado só. Ser feliz ao meu modo (sem seu Deus)não deveria incomodar ninguém com a vantagem de não pagar dízi..oh! tributo por isto. Acho, que esta liberdade é a grande questão.

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