quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sem tempo para o tédio

Ando sem tempo para o tédio. Levanto-me às cinco horas da manhã e começo a me preparar para o dia. Deixo uma das duas filhas no cursinho pré-vestibular e sigo para o trabalho. Até nove horas fico só no escritório. Faço minhas reflexões, atualizo minha agenda, leio minhas mensagens eletrônicas, passeio pelos blogs dos amigos e, tendo um pouco de inspiração, preparo um texto para o meu blog, como estou a fazer, agora...

Das nove horas em diante a agitação toma conta do lugar. Desloco-me de um fórum apara o outro, mantenho contato com comerciantes e colecionadores de antiguidades (relógios antigos), participo de diálogos e reuniões, almoço no tempo que sobra...

Às dezoito horas fico sozinho de novo. Aí começo a digitar as peças processuais que seguirão para os fóruns no dia seguinte. Encontro-me com um ou outro colecionador ou comerciante de relógios antigos. Faço um ronda na internet, verifico como anda o trânsito. Conforme a situação eu janto perto do trabalho, caso o trânsito esteja bom, sigo em direção à minha casa...

O tempo que gasto dentro do carro diariamente é de aproximadamente três horas. O trajeto de ida e volta é de 60 ou 80 quilômetros, conforme a melhor opção de trânsito...

Durante o dia ligo para minha casa, para os celulares das minhas duas filhas e para o celular de minha esposa. Quando chego em casa ainda encontro a minha turma acordada e juntos repassamos nosso dia. Brinco um pouco com o Scooby (cachorro), vejo como está a água dele, reponho alimento...

Este pedaço do dia (ou final dele) é o melhor. Fico com a minha família. Família unida e aguerrida. Dou a repassada final do dia pela internet.

Entre as conversas que temos (à noite) falamos de muitas coisas e em especial das leituras que todos estão fazendo. Uma característica da minha família é a leitura diária. Livros e mais livros entram em casa, vindos de bibliotecas, sebos e livrarias. É usual (quase obrigatória) a leitura de bons textos antes de dormir – temos esse hábito (essa semana a minha filha mais nova tinha acabado de ler um livro e estava indicando a leitura para a mãe). Fico maravilhado com esse gosto que temos para a boa leitura. Sacra ou não...

Como podem notar tenho tantas atividades, boas e ruins que não sobra tempo para o tédio. Eis que o tédio fica abafado pela rotina corrida de São Paulo!

Por mais esse motivo os finais de semana tornam-se encantadores. Não podem ser desperdiçados ou utilizados para atividades repetitivas e sem sentido. Não adianta sair da rotina obrigatória durante a semana e entrar numa rotina de final de semana...

É preciso viver, ainda que à luz da loucura paulistana. É necessário fugir do tédio, via atividade lícita. É preciso valorizar o tempo que se tem para ficar com a família.

Enquanto isso eu fico sem tempo para o tédio...

Enéias Teles Borges

Um comentário:

Anônimo disse...

Quanto gás! Em seu lugar eu estaria "morto" de sono. Aliás, sono é o que não me falta, mesmo estando em férias.
Parabéns pela garra e disposição para enfrentar os desafios do dia-a-dia. Parabéns pela família coesa, unida, bem estruturada.

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