quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Brega e chique

Brega e chique
Enéias Teles Borges


Os portais importantes da internet no Brasil estamparam a notícia: “morre aos 75 anos o cantor Waldick Soriano”. Baiano da cidade de Caetité, o cantor gravou 28 discos ao longo dos seus 40 anos de carreira. Os antigos se lembrarão de pelo menos de duas músicas do Waldick: “Eu não sou cachorro não” e “Tortura de amor”.

Lá pelos idos de 1971 e 1972 eu me lembro bem do sucesso que este cantor conseguiu nas comunidades humildes no Sul da Bahia e na Caatinga. Não existia essa conversa de música chique e música brega. As antigas radiolas mandavam ver e eram comuns músicas iguais às do Waldick. Naquele tempo o Brasil era bem diferente. Cantores como Nelson Ned, Moacir Franco e Antônio Marcos dominavam o cenário. As piadas nas ouvidas nas retransmissoras eram as do Barnabé e do Coronel Ludugero.

Hoje estou aqui, no varandão da saudade. À época eu tinha nove/dez anos. Minha mente remontou (agora) a esse período. Eram tempos bons. Preocupações não existiam. Eu estava descobrindo o mundo e o desbravava como qualquer garoto daquele tempo.

Os dias de hoje são outros. Cantores e personagens como os citados acima são considerados bregas e até ridicularizados pela nova geração. Os espetáculos são divididos em dois grupos: o brega e o chique ou o tosco e o sofisticado ou ainda o ridículo e o bom. Sei lá!

Aos que ainda sentem saudades daqueles anos eu dedico essa postagem.

Bom dia Brasil!
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