sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Momentos de cão sarnento - V

Momentos de cão sarnento - V 
Enéias Teles Borges


O tema “Momentos de cão sarnento” chega ao quinto e último texto. Mais adiante será retomado sob os títulos “Momentos de Ostracismo” e “Contos do Esconderijo”. Por hora é só, mesmo porque o blog precisa seguir o seu caminho principal. Essa página não tem caminho único, mas fixa-se no plano precípuo do convite permanente à reflexão e de formas variadas.

Como devem ter percebido a vida pode pregar peças nas pessoas. Tudo é muito dinâmico. Num momento alguém é a sensação positiva, no outro é lançado às feras. Quem está em pé deve cuidar para não cair. No meio tido como religioso, com ênfase em algum tipo de filosofia de vida, o perigo é constante, mas nem sempre é visível. Tudo levaria a crer que trabalhar num ambiente assim é um magnífico sonho profissional, mas analisando os bastidores, nota-se que não é bem assim. Estrela fulgurante hoje, estrela candente no dia seguinte.

Estamos em momentos eleitorais nos municípios brasileiros e lá, pelas bandas, dos que se julgam os únicos remanescentes do verdadeiro povo de Deus. Os bastidores têm funcionado 24 horas por dia e na calada da noite planos são elaborados. Esse humilde blogueiro tem recebido de uns e de outros algumas perguntas do tipo: “sabe de alguma coisa quente?” Os bastidores da “fé” são podres como todos os demais. Não é defeito exclusivo do nosso contexto. É típico do ser humano.

O que sobra, depois do incêndio, é a certeza de que a vida deve continuar para os que sobreviveram. Existem pessoas que dependem da parcela de ação de cada um. Ninguém é uma ilha e de uma forma ou de outra influencia o meio. O fito principal deve ser “influenciar para o bem”. Qual bem? Aquele que contempla a maioria merecedora e carente. O bem anda de mãos dadas com a justiça social.

De 1989 para cá muita água correu debaixo da ponte. Reflexões vieram nas noites de muitos. Quem, caso pudesse retornar no tempo, daria traços diferentes a essa pintura dantesca? O que aconteceu não pode ser mudado, mas há necessidade de ação com hombridade! Resquício mínimo de moral deve existir. Pessoas devem admitir o erro, ainda que não possam mais mudar o curso do ocorrido. Apostar na ação erosiva do tempo é característica reinante no meio omisso.

Enquanto “a bola não rola” na direção necessária do “gol”, nosso personagem segue seu caminho. Trata-se de uma pessoa repleta de erros e de virtudes. Há que se ressaltar: entre os seus erros nunca esteve o famigerado vício da omissão!

Bom dia Brasil!
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2 comentários:

Anônimo disse...

Interessante e intrigante essa série.

Aquam Dixit disse...

PUXA!!!!! Eu quero ter esse LIVRO!!!! Poderia publicá-lo, por gentileza????

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