quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Escolhendo um candidato

Escolhendo um candidato
Enéias Teles Borges


Tenho como critério não anular voto ou não votar em branco. Escolho sempre o que considero melhor ou em outras letras o que considero “menos pior”. Chega a ser dramático, mas quando nos servimos de alguns princípios particulares precisamos ser firmes. Há que se lutar muito para seguir pelo caminho escolhido. Neste caso acredito que deixar de votar em alguém seria uma forma de omissão. Escolho alguém e assumo os riscos. Deixar de escolher jamais!

Eleições no Brasil e eleições nos Estados Unidos da América. Lá existem dois candidatos e um, por ser negro, tem polarizado determinado tipo de atenção. Primeiro “cidadão de cor” na liderança da superpotência? É o caso de votar em alguém só para que finalmente isso seja alcançado? Não, claro que não! Há que se voltar no melhor ou no “menos pior”.

Por aqui as eleições são locais. Como escolher um bom prefeito? E um bom vereador? Pelo sexo ou pela opção sexual do candidato? Pelas propostas que efetivamente podem ser realizadas?

Quero conclamar o amigo leitor: formemos opinião! Não falo de proselitismo. Falo de conclamação ao voto consciente! Não me preocupo em sugerir um candidato, mas em motivar o povo a votar de forma convicta. É uma oportunidade, ainda que pequena, de exercer a justa cidadania.

O voto é momento de igualdade. Os votos têm o mesmo peso, independentemente do sexo, cor, religião, estado civil, situação financeira...

É preciso refletir um pouco sobre isso. Muitos morreram para conseguir o que parece ser pouco. Precisamos honrar a luta dos nossos antepassados que sofreram em função da batalha renhida contra as forças ditatoriais do negro passado.

Vamos Brasil, mostre a cara do seu povo!
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2 comentários:

Cleiton Heredia disse...

Discordo enfaticamente, e apresento minhas razões:

1) Anular o voto não significa necessariamente omissão ou desinteresse, mas pode ser uma reação de protesto a toda esta corja de idiotas corruptos que querem substituir outra corja de idiotas corruptos que já estão no poder.

2) Votar no melhor ou no menos pior? Em que isto irá mudar todo um sistema institucionalmente corrupto onde todos (sem exceção) bem intencionados e honestos (se é que existe algum) que chegam ao poder, ou se corrompem ou acabam excluídos do meio e até assassinados?

3) A política brasileira virou palhaçada, brincadeira de mau gosto! Onde já se viu candidatos como “Zé da Perua”, “Neuzinha Perereca”, “Zoínho”, “Tonhão da Padaria”, “Bia Chave de Fenda” (traveco), e outras personagens deste pitoresco folclore político? O horário político virou “hilário político”. Chega! Se eu quero ver palhaço vou num circo (pelo menos lá eles não querem roubar meu dinheiro nem criar leis para dificultar minha vida).

4) Este raciocínio de que votar é exercer sua cidadania num sistema democrático, aqui no Brasil, é estória da carochinha. É desta forma que eles pretendem continuar alimentando esta coisa ridícula que se transformou a democracia brasileira.

5) Se todo cidadão indignado com toda esta nojeira política resolvesse anular seu voto em sinal de protesto, talvez teríamos uns 80% dos votos anulados, e quem sabe isto não serviria de estopim para uma mudança de verdade.

CHEGA!!!!!!

Eu quero protestar, e o meu grito de protesto será o meu voto anulado sendo depositado nas urnas.

Anônimo disse...

Enéias,

O exercício da cidadania é um processo moroso. Estamos aprendendo e avançando lentamente.

Uma das coisas que aprendi é que o voto é um direito do cidadão e não uma obrigação. Mas por aqui não é bem isso que se vê. Sou obrigado a votar ou a justificar a minha ausência. Não gosto disso!

Adotei a seguinte postura: Voto apenas para cargos executivos (prefeito, presidente, etc). Quanto ao legislativo, já votei em candidatos e legendas, mas descobri que, devido a coligações, meu voto pode ir para um partido cuja linha ideológica não condiz com a minha (pensando bem, existe alguma linha ideológica nos atuais partidos políticos?).

Conclusão: para o legislativo estou propenso a não votar mais. Pretendo anular o meu voto de modo consciente. Tenho esse direito! (ou não?)

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