segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Minha leitura atual: sobre o Nazismo

“Se o autor tivesse apresentado esta história como ficção, seria acusado de ter ido longe demais. No entanto, os fatos, meticulosamente pesquisados, falam por si próprios. As pilhagens nazistas não eram apenas um desejo de riqueza. Hitler buscou criar nada menos que um Reich Sagrado.”– Digby Diehl, ex-editor da Los Angeles Times Book Review 

Na Alemanha devastada pela Segunda Guerra Mundial, um grande mistério envolve as obras de arte e as antiguidades roubadas pelos nazistas. Este livro conta a história real do tenente e historiador da arte Walter Horn, que sai à procura de tesouros valiosos para o povo alemão que haviam desaparecido. Nessa jornada, Horn desvenda as origens místicas do nazismo e um plano para a criação do Quarto Reich.

Pouco antes da invasão da Alemanha pelas forças aliadas, um bunker secreto foi cavado sob o Castelo de Nuremberg. Dentro dele, uma câmara especial continha os tesouros saqueados que Hitler mais valorizava: as Joias da Coroa do Sacro Império Romano e a Lança Sagrada, que teria dilacerado o flanco de Cristo na cruz.

Mas quando o Exército americano se preparava para invadir Nuremberg, cinco das preciosas relíquias desapareceram. Quem as teria levado da câmara subterrânea? Por quê? Após o fim da guerra, o mistério ficou sem solução até que o general Eisenhower, comandante dos Aliados, ordenou que o tenente Horn, professor licenciado da Universidade de Berkeley, procurasse os tesouros desaparecidos.

Para realizar sua missão, Horn mergulhou nas antigas lendas e no misticismo que cercavam as antiguidades saqueadas por Hitler em sua busca do domínio mundial. O que ele descobriu em sua odisseia é tão explosivo que seu relatório final permaneceu secreto por décadas.

Baseando-se em informes do serviço de inteligência, bem como em cartas e entrevistas, Sidney Kirkpatrick revela como Hitler, em sua mania de grandeza e obcecado por ocultismo, quase conseguiu criar um Reich Sagrado fundamentado numa reinvenção distorcida da história medieval e da Igreja.

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Muitos já sabem que Hitler era um homem obcecado pela ideia grandiosa de dominar o mundo, mas poucos conhecem as motivações místicas que levaram o estudante de artes fracassado a criar teorias racistas e de exaltação do nacionalismo germânico.

Em seu desejo de subjugar a Europa durante a Segunda Guerra Mundial, ele ordenou que inúmeras obras de arte fossem tomadas de seus proprietários legítimos. Além de aumentar o patrimônio do Partido Nazista, também pretendia reunir o máximo de itens valiosos para sua opulenta coleção.

As Joias da Coroa do Sacro Império Romano foram os primeiros artefatos a serem pilhados, logo após a anexação da Áustria, em 1938. Esse tesouro era composto pela coroa, pelo cetro, o orbe e as espadas usados pelos imperadores em suas cerimônias de coroação – objetos venerados pelos povos germânicos e que Hitler desejava possuir a fim de legitimar seu regime bárbaro.

Essas relíquias, junto com a Lança de Longino – que muitos acreditam ter dilacerado Cristo na cruz –, foram removidas para Nuremberg. No entanto, em 1945, diante do colapso do poderio alemão e prevendo a invasão iminente dos Aliados, Heinrich Himmler, o poderoso comandante da SS, ordenou que fossem escondidas em um bunker secreto sob o Castelo de Nuremberg.

Após a invasão e o fim da guerra, porém, os soldados americanos que chegaram ao local não encontraram os artefatos. Os generais Dwight D. Eisenhower e George Patton compreenderam que as relíquias poderiam ser usadas como propaganda nazista para a criação do Quarto Reich.

Então convocaram o tenente Walter Horn, doutor em história da arte, para procurar os objetos e restituí-los a seus verdadeiros proprietários. Horn interrogou operários do bunker, ex-vereadores de Nuremberg e militares do exército aliado. Procurou pistas nos vestígios carboniza- dos da fortaleza particular de Himmler e pesquisou a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos neonazistas, que supostamente guardava uma vasta fortuna em ouro e outros tesouros.

Mais do que investigar o desaparecimento das cinco relíquias sagradas, Horn desvendava uma trama nazista para impedir que os símbolos da monarquia mundial caíssem nas mãos dos Aliados.

Com base nos informes do serviço de inteligência, em correspondências pessoais de Walter Horn e em uma série de entrevistas, Sidney Kirkpatrick narra, com riqueza de detalhes, os roubos, as manipulações, as trapaças e os truques de espionagem que cercaram esta história de detetives, real e quase desconhecida. 

(Editora Sextante)

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