quarta-feira, 2 de março de 2011

Deus salva, Deus pune...

O religioso fanático chegou ao local do acidente e viu os dois mortos. Os falecidos estavam em carros diferentes que colidiram de frente, um contra o outro. Soube que um era crente e que o outro era ateu.

Olhando para o corpo do crente, envolto em sangue, disse: "Deus sabe o que é melhor. Levou-o no momento oportuno. Certamente haveria de pecar e perder o paraíso. Morreu na hora certa e haverá de ressurgir na manhã da ressurreição."

Olhando para o corpo do ateu, envolto em sangue, disse: "Recebeu o que merecia. Louco que era, não cria na existência de Deus. Aqui fez, aqui pagou. Quem vira as costas para Deus sempre se dá mal..."

Deus salva, Deus pune... Claro que é assim, na versão do religioso fanático...

Enéias Teles Borges

2 comentários:

Cleiton Heredia disse...

Esta é a lógica Bíblica para a situação narrada:

1) Deus castiga aqueles que ama, se pois zeloso e arrepende-te;
2) Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas deseja que o ímpio se arrependa e mude o seu caminho;
3) O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna;
4) Bem aventurado aquele que morre no Senhor, pois suas obras o acompanham;
5) Eis que vos proponho a benção e a maldição, a vida e a morte, escolhe pois a vida.

Eu poderia continuar relacionando mais vários outros textos bíblicos que podem ser apresentados como explicação para o exemplo proposto.

Aliás, isto aconteceu no calvário quando Cristo foi crucificado ao lado de duas outras pessoas. Eles não se chocaram um com o outro, mas chocaram-se com Cristo. Os dois morreram, porém um foi salvo e o outro se perdeu.

Em resumo: o livre-arbítrio é que faz toda diferença.

A lógica agnóstica ou atéia é mais simples: não existe salvação ou punição, mas somente fatalidade e aleatoridade. O livre-arbítrio explica algumas coisas, mas não tudo.

Quem esta certo?

Bem, ao meu ver isto não é importante. O importante de fato é cada um estar satisfeito com a sua resposta.

Abraços.

Ébano Teles disse...

O fanático, em sua visão limitada e intolerante, torna-se o exemplo exatamente oposto do que é o cristianismo.

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