Muitas vezes me vejo pensando e refletindo numa direção. Fico espantado com a nossa capacidade (humana) para a fuga. Refiro-me à fuga da realidade. Em geral as pessoas pensam, quando dão conta da finitude da vida: "deve haver algo no final do túnel. Não há sentido, caso seja diferente. Sinto que depois dessa vida haverá continuidade. Se eu sinto é porque existe algo..."
Algo mais ou menos assim: "sinto uma dor na perna, não faz sentido não haver cura. Se existe dor, existe a possibilidade da cura..."
É bem por aí que o homem se situa. Ele sente medo da morte e por ter medo acredita que exista uma cura para "esse mal eterno". A vontade de viver funciona como uma doença e ele, homem, acredita, por essa razão, que existe a cura, que é a vida depois da vida..."
É assim que sigo refletindo, sem dor, claro...
Enéias Teles Borges
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