"Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência." (Arthur Schopenhauer)
Quando eu era criança, entrando na adolescência, ficava pensando: "será que as coisas existem sempre ou só existem quando eu estou vendo?" Parece bobo, mas logo adiante, lendo alguns livros do Érico Veríssimo, deparei-me com algo que substanciou minha forma de pensar. Lembro-me que era algo mais ou menos assim: um indivíduo da trama ficava em dúvida se as coisas realmente existiam. Ele pensava que se perdesse os sentidos não poderia captar o exterior. Logo ele se perguntava: "as coisas existem ou tudo não passa de uma ilusão dos santidos?"
Aí eu me deparo com Arthur Schopenhauer e sua frase que liga inteligência humana à consciência da existência. Penso: se, de repente, todos os homens perdessem a inteligência, o mistério da vida acabaria ou haveria perda de interesse por ele?
Impressionante como a capacidade de saber que existe, agregada a um grau maior ou menor de inteligência, promove mudanças no íntimo do ser humano. Será que existimos por que temos consciência disso ou por termos consciência das coisas nós existimos?
Não é moleza, não é mesmo...
Enéias Teles Borges
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