sábado, 25 de setembro de 2010

O MEDO ABRAÇADO COM A ESPERANÇA

O que move as pessoas que creem? A bendita esperança ou o medo da maldita desesperança? O que otiva esse povo? A esperança da prosperidade ou o medo da miséria? O que motiva os fiéis? A esperança do céu eterno ou o medo da morte eterna? O que faz os homens e mulheres de bem trilharem um caminho estreito? A esperança da atenção do Messias ou o medo da atenção do maligno?

A esperança e o medo andam de mãos dadas e é bem difícil saber qual dos dois motiva mais. Seriam os dois? Os fiéis agem com medo e com esperança?

Filosoficamente falando é razoável supor que os dois são os agentes motivadores. Não era Hobbes quem dizia que o homem vivia com medo da morte violenta e com a esperança da paz duradoura? Não é razoável presumir que os homens vivem com medo da morte eterna e a esperança da vida eterna?

Estaria o medo abraçado com a esperança?

(Cultura e religiosidade)

Enéias Teles Borges - Autor
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2 comentários:

MIRANDA disse...

Enéias
Esse seu texto é muito interessante.
Você já imaginou quando alguém perde a esperança ou mesmo o medo ao mesmo tempo? Estou numa fase em que estou revendo muitos conceitos em minha vida. Talvez eu tenha perdido o medo e ao mesmo tempo a esperança naquilo que cria. Já não vejo a Bíblia como autoridade suprema e nem sou mais defensor fundamentalista, não por textos ateístas ou algo parecido, mas por realmente analisar muitos absurdos humanísticos religiosos acima de tudo. Estou virando cético em muitas coisas que cria e defendia, mas não posso dizer que virei ateu ou mesmo agnóstico pois creio na existência de Deus, só deixei de acreditar na instituição igreja e nos falsos pastores.
Nesse lado perdi a noção de esperança, talvez porque eu a tenha recebido dos homens e não é verdadeira e o medo pois sei que se há um Deus de amor, ele não pode me culpar pelas minhas fraquezas.
Grande abraço.

Enéias Teles Borges disse...

Pastor,

É assim mesmo. Passamos a vida inteira tendo "fé" com base na confiança - oriunda da tradição. Quando começamos "ver" com nossos olhos, não há como não mudar.

Tudo isso é muito natural.

Precisa, claro, ser bem administrado. Caso contrário vem o sofrimento em dose quase insuportável. Passei por momentos de angústia, mas hoje assimilei e vou tocando a vida.

Abraços.

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