Tenho discorrido aqui, vez ou outra, sobre o agnosticismo. Tenho dito e até digitei em meu perfil a minha opção agnóstica. Claro que dizer simplesmente "sou agnóstico" não é explicar muita coisa. Levando-se em consideração que o agnosticismo não é o meio-termo entre teísmo e ateísmo e sim, que o agnosticismo é o meio-termo entre os que dizem que é possível afirmar ou negar a existência de divindade (empiricamente ou via metodologia científica), devo, por fim, definir se me alinho como "agnóstico teísta" ou "agnóstico ateísta". Posso, até, inverter a expressão dizendo que devo definir se sou "teísta agnóstico" ou se sou "ateísta agnóstico".
Vou ser franco: de fato não creio que seja possível afirmar ou negar a existência de deus. Entretanto não tenho enxergado consistência nas formulações atéias, nem nas formulações criacionistas. Ainda assim e por questão eminentemente pessoal eu me defino como "agnóstico teísta" ou "teísta agnóstico". Não outorgo liberdade para interpretações espúrias. De momento fico longe das cogitações sobre pessoalidade de alguma divindade. Ao que me parece o Universo e as mazelas na Terra deixam claro esse assunto, o da pessoalidade (obrigo-me, portanto, ao descarte disso).
Por outro lado eu não descarto outras possibilidades nesta vida e no Universo. Reassumo meu compromisso com a verdade, com a ética e com a moralidade (considero-as num nível superior de excelência e sei que independem de aceitação ou negação de credos e afins).
Irei até o ponto em que a verdade me levar.
Notas do dia 18/03/2011 e do dia 05/11/2013: Apenas para reafirmar que sigo pensando da mesma forma. Os estudos feitos até aqui me levam à conclusão que os postulados do ateísmo e do teísmo, em suas múltiplas formas (muito mais no teísmo), não me fizeram deixar de lado a minha postura de agnóstico teísta.
Notas do dia 18/03/2011 e do dia 05/11/2013: Apenas para reafirmar que sigo pensando da mesma forma. Os estudos feitos até aqui me levam à conclusão que os postulados do ateísmo e do teísmo, em suas múltiplas formas (muito mais no teísmo), não me fizeram deixar de lado a minha postura de agnóstico teísta.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 14/08/2010
Postagem original: 14/08/2010
7 comentários:
Eu também sempre tenho que explicar para as pessoas sobre o que é ser agnóstico...
Me irrita a confusão que alguns religiosos dogmáticos fazem achando que agnóstico é algum tipo de ateu
=(
É um bom posicionamento visto que é contrário a extremismos.
Sou teu fan cara. Eu já sabia que você era Teísta-Agnóstico, talvez, antes mesmo de você saber. Ótimo posicionamento.
Visto que é contrário a extremismos.[2]
Achei interessante você se definir como um teísta agnóstico e não como um deísta agnóstico.
Você não somente admite a possibilidade da existência de um ser sobrenatural que a tudo criou, como também admite a possibilidade deste ser interagir de forma pessoal com os habitantes deste mundo.
Sempre achei que o teísmo é uma postura por demais específica e especializada para poder combinar com o agnosticismo.
Mas tudo bem. Entendo se tratar aqui mais de uma opção pessoal do que algo que possa ser concebido de forma racional.
Cleiton,
Entendo que sendo agnóstico deísta eu estaria sendo específico, imaginando um criador que fez e "deixou a coisa correr..."
De momento o termo teísmo me soa melhor, pois açambarca até mesmo o deísmo.
Sabe que dentro do teísmo sempre existe a possibilidade de se imaginar um criador experimentador que erra, acerta... (isso não importa muito). O que importa é o descarte do ser pessoal. Esse é difícil de acietar em face das mazelas, destruições, explosões estelares...
Estou evoluindo e quem sabe tudo será conceitualmente definido melhor no futuro?
Abraços.
Enéias,
Relendo esta sua postagem, eu confesso minha dificuldade de entender racionalmente a postura de um agnóstico teísta.
No meu entender o agnosticismo anda de mãos dadas com o ateísmo, haja visto que existem muitas entidades que os englobam de forma conjunta, exemplo: Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos.
Teísmo agnóstico dá um nó tanto na cabeça de um ateu como na cabeça de um teísta. O primeiro não consegue entender a insistência em manter uma posição que não pode ser provada racionalmente, e o segundo não consegue entender como alguém pode ser tão leviano com relação a crença em Deus.
Eu entendo que a aceitação da existência de deus é algo exclusivo do campo da fé, portanto para mim não faz sentido falar da impossibilidade de provar uma matéria de fé.
Vejo o agnosticismo como a melhor postura para um ateu, pois não concordo com ateus radicais que insistem em dogmatizar a inexistência de deus, assim como os religiosos o fazem em relação à crença em deus. Mas continuo considerando uma péssima escolha para um teísta.
Eu defendo que se alguém quer ser um teísta, abrace sua escolha pela fé e esqueça esta história de agnosticismo.
Cleiton,
Não é pelo fato de que alguém seja teísta que deva abraçar uma fé. E se deus existir e não estiver nem aí para a sua criação? Fé nesse tipo de deus? Entendo que o ateu precisa ser, de fato, um dogmático. Ele crê na inexistência de deus. Ponto!
Ser agnóstico teísta é uma tentativa de deixar claro que tantos os postulados atuais de teístas e ateístas não o satisfazem. Assim que um postulado passar a fazer sentido o agnóstico simplesmente deixará de ser agnóstico, migrando para o lado que lhe parece estar abraçado com a verdade. O Universo (ou Multiverso) é vasto demais para conclusões definitivas (de momento). Impossível afirmar que deus existe ou não.
Enéias
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