terça-feira, 6 de julho de 2010

O Deus dos nossos sonhos

Sonhamos com um deus criador, poderoso, onipotente e pessoal. Não nos serviria um deus que detivesse todo o poder do universo, mas que deixasse de olhar para o nosso estado de penúria. O deus dos nossos sonhos é aquele que nos perpetuará a vida. Uma vida num mundo maravilhoso, com eterno vigor físico e de eterno aprendizado.

Desbravadores do universo

O deus dos nossos sonhos é aquele que nos transformaria em desbravadores. Poderíamos sair vagueando de estrela em estrela em busca de planetas e seres vivos. Seria maravilhoso conviver com outras criaturas bonitas e de mundos diferentes. Poderíamos desbravar a Via Láctea durante anos e anos e depois disso teríamos bilhões de galáxias para visitar.

Galáxias sem fim

O deus dos nossos sonhos continuaria criando mundos e mais mundos, constelações e mais constelações, galáxias e mais galáxias. Por toda a eternidade teríamos novidades. Poderíamos escolher entre rever o que que já tínhamos visto e explorar novos mundos, novos sistemas planetários e novas galáxias.

Paz e aventuras eternas

O deus dos nossos sonhos nos daria uma paz eterna e sem monotonia. As aventuras seriam constantes e indescritíveis. Nossos amigos jamais ficariam velhos, a amizade seria para todo o sempre...

Foi assim que aprendi

Aprendi que o meu futuro seria assim. Bem parecido com isso e até muito melhor. Tento conviver com a real possibilidade de que não seja exatamente desse maravilhoso jeito! Como eu gostaria que fosse dessa forma. Que saudades dos tempos em que eu cria assim e me preparava para ser um desbravador eterno, num mundo cheio de riqueza e de ausência total de tristeza.

Vontade de chorar?

Dá vontade até de chorar, não é? Toda a vastidão do universo e uma mísera vida para apenas e tão somente desejar que seja, no final, conforme sempre desejei. Uma vida eterna com o deus dos nossos sonhos...

Enéias Teles Borges

Um comentário:

Ykhro disse...

Nada há de errado no fato de uma pessoa não crer na existência de uma Causa Primeira (ou em não aceitá-la como plausível). Desde que essa pessoa não faça dessa postura uma causa para combate.
Nada há de errado no fato de uma pessoa crer na existência de uma Causa Primeira, desde que não faça dessa postura uma causa para sair pedindo algo como se esperasse ajuda de um gênio da garrafa.
Crer ou não crer, sem desperdício da expectativa permanente de nos surpreendermos.
A fórmula pronta do ‘Tudo Está na Bíblia’ é um desperdício.

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