Engana-se quem pensa que os aglomerados da fé cristã promovem o mesmo deus. Não é possível que assim seja, pois se o deus cristão, difundido por muitos, fosse amoroso e onipotente conforme todos arrazoam, já teria posto um ponto final na história, de tal maneira, que todos o seguiriam como se houvesse um só rebanho e um só pastor. Não adianta apostar no futuro, dizendo que em determinado tempo, o mundo cristão será um só. O que se vê, sem qualquer sombra de dúvidas, são fábricas grandes, médias e pequenas que produzem e difundem deuses com o mesmo nome. São milhares de deuses, mas todos têm o mesmo nome: Jesus Cristo.
Engana-se o que pensa que o verdadeiro Jesus Cristo é aquele da sua agremiação, difusora da fé cega e da faca amolada (FCFA). Isso é humanamente e também "divinamente" impossível. Um deus de amor tão imenso odeia tanto o pecado quando essa confusão, que do mal decorre. Como ele não acaba logo com essa babilônia, sobra o óbvio que ulula: não existe harmonia, logo não se enxerga um Jesus Cristo verdadeiro. Todos os que estão por aí são caricaturas montadas à imagem das suas criadoras: as muitas fábricas de deuses.
O que existe de louvável em tudo isso é o que chamamos de liberdade religiosa. Todos têm o direito de fabricar, adorar e difundir. É a democracia da fé, promovida pelos homens.
Cada dia mais aquele que queira usar, de fato, a massa cinzenta que possui, haverá de se afastar e até mesmo de se enojar. Não há nojo pelos sinceros (e muitos cegos) seguidores, há asco imenso pelos fabricantes de divindades que se enriquecem e se regozijam sob a sombra dos altos muros das fábricas de deuses...
Por Enéias Teles Borges
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4 comentários:
Excelente post Enéias!
Sad, but true!
Uma fábrica ecologicamente correta e rentável. Usa a falta de conhecimento como matéria prima.
Um post muito interessante e polêmico. Parabéns!
Enéias, você está certo no que disse, mas com a natureza humana do jeito que é (natureza humana???), como poderia ser diferente?
abraços
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