sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

E a eutanásia?

É a morte sem sofrimento, provocada por terceiros, em doentes em profundo sofrimento. Alguns a chamam de boa morte ou morte tranquila. Eis aí um assunto complexo. É lícito minorar o sofrimento de alguém, antecipando-lhe a morte?

Eu me pergunto: no caso de alguém deixar (por escrito), uma autorização para o abreviamento de sua morte (em caso irreversível), haveria, moralmente falando, o cometimento de um desrespeito à vida? É claro que descarto o arrazoado dos partidários da fé cega e da faca amolada. Certamente diriam que a eutanásia tira do doente a possibilidade do milagre...

Sabemos que no Brasil essa prática (eutanásia) é tipificada na Lei -  é crime. Não seria igualmente criminoso permitir que alguém, em estado terminal agonizante, sofra nos momentos finais da vida? Não tenho ponto de vista formado, mas sinto que devo me aprofundar no tema.

Esse assunto é polêmico e a evolução do Direito haverá de atentar para o tema.

Enéias Teles Borges

Um comentário:

Anônimo disse...

Bem...

Vejo o único mal na descriminalização da eutanásia: o abuso de tal liberdade.

É possível pensar em muito... Em franco, ver-se-ia brecha na tal liberação para eutanasiar os mais idosos, isto da parte de quem não mais os quer.

À guisa de nota, nos Estados Unidos, a "eutanásia" é praticada em sistemático -- por vezes, acobertadamente da família -- por médicos ou enfermeiros, e se consigna no atestado de óbito algum mal outro, algo que não levante suspeita.

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