segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O medo do que virá

Autor: Enéias Teles Borges

O medo do que virá toma conta de quem se esquece do passado, não vive o presente e concentra-se exclusivamente no futuro. O medo do que poderá vir depois da morte (futuro) tem obstado o viver dos que dedicam o presente à semeadura. Semeiam no presente para que haja uma colheira futura e eterna. O medo de que o futuro reserve algo que difira do almejado tem trazido angústia à alma dos que falsamente creem. Sim, daqueles que se dizem convictos em sua fé, mas que tentam substanciá-la com falsas teses científicas, entre elas a famigerada teoria do design inteligente.

Quem tem fé e somente ela, dorme em seus braços no presente e acredita, piamente, que no futuro viverá dos louros dessa fé. O materialista já se resolveu. Para ele, morreu acabou! Sem desgraça e sem glória. Sem riso e sem choro. Sem prazer e sem dor.

O medo do que virá está no peito dos que não possuem fé genuína ou ateísmo convicto. O meio termo, aqui, é o reino do pavor. É o permanente medo do que virá.

O que quero sugerir com essa postagem? Que em 2010 tenhamos, de forma clara, apenas os dois grupos: os que acreditam em divindades e os que acreditam na inexistência delas. Não será bem mais simples?

E que tudo seja na paz, sem a maldita intolerância!
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3 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Grande enéias, não sei se tudo pode ser posto assim tão separadinho.

por exemplo, eu não sou ateu mas também não creio em deuses...

e sobre o além vida, vivo como se ela não existisse, mas torço para estar enganado.

Mas sem crises e medos. Apenas perplexo com a vida.

abraço

Sobre o ombro de giagentes disse...

Estimado Botafoguense,
Feliz Ano Novo!

Uma vez me perguntei se a fé não é compatível com a dúvida que ronda constantemente o insciente; ao lado de lógica que move o mundo real. Não acredito que o mais convicto teísta algum dia não tenha duvidado de Quem é responsável sobre o seu destino.
Tenho os meus próprios medos e os aceito desde os tempos de convicto alienado. São ansiedades naturais e sem repercussões neuróticas.
Sabes que o medo é bastante explorado pelas “igrejas” em seus futurísticos apocalipses.
Um abraço,

Luiz

Ykhro disse...

Agora que encontrei este blog, a indecisão vai aumentar em meu juízo. Se bem que sempre me achei um ConvictAlien, mas daqui mesmo do planeta Dúvida.
Passarei (vez em quando, quando em vez) por aqui, para alimentar a minha fartura de fome de ter com quem partilhar minha falta do pão das certezas.
Abraço!

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