Acusado de adultério é apedrejado até a morte na Somália
Um homem acusado de adultério foi apedrejado até a morte nesta sexta-feira no sul da Somália, segundo declarou o grupo islâmico que controla a região.
O grupo al-Shabab afirmou que Abas Hussein Abdirahman, de 33 anos, foi morto em frente a uma multidão de 300 pessoas na cidade portuária de Merka.
De acordo com o grupo, a amante de Abdirahman também será apedrejada, mas apenas após ela dar a luz.
O correspondente da BBC na capital somali, Mogadíscio, disse que, se a mulher for mesmo apedrejada, a criança será entregue a parentes.
O xeque Suldan Aala Mohamed, porta-voz do al-Shabab, disse que o homem confessou o adultério perante uma corte islâmica.
Uma testemunha disse à BBC que o condenado demorou cerca de sete minutos para morrer.
Roupas
A execução foi condenada pelo presidente da Somália, Sharif Sheikh Ahmed, que acusou o grupo de prejudicar a imagem do Islã e perseguir mulheres.
"Suas ações não têm nada a ver com o Islã. Eles forçam as mulheres a usarem roupas pesadas, dizendo que é para não expor partes do corpo, mas sabemos que existe um interesse econômico, já que eles mesmos vendem as roupas", disse Ahmed, chefe do governo apoiado pela ONU mas que atua apenas em partes de Mogadíscio.
Grupos islâmicos controlam a maior parte da Somália. Esta foi a terceira vez que uma pessoa foi apedrejada desde o ano passado. No mês passado, dois homens foram apedrejados por espionagem.
Já no ano passado, uma garota de 13 anos foi morta acusada de adultério, embora grupos de defesa dos direitos humanos digam que ela foi estuprada.
Fonte: [Universo Online].
Nota: Os teístas têm algo a aprender com os ateístas, quando o assunto é justiça e respeito à vida? Quantas vezes casos similares a este foram promovidos por ateus? A história humana demonstra que não é característica exclusiva do Islã tal tipo de atitude. Quem poderá acusar por este ato? Quem teria autoridade para dizer que não viu algo parecido, no contexto histórico da fé que hoje pratica? Até quando atrocidades serão cometidas em nome de alguma forma de interpretação de vontade divina?[ETB]
Atirando a primeira pedra..., quem se candidata?
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4 comentários:
Enéias, só estou me candidatando ao primeiro comentário!
As maiores atrocidades foram cometidas pelo cristianismo. No apedrejamento morre um de cada vez, nas guerras santas não.
Ateus também cometem barbaridades e alguns são,até, canibais. Comem criancinhas,He, he, he...
Penso que a violência humana seja estrutural e não pode ser explicada a contento apenas pelo viés da crença na existência ou inexistência de Deus.
De fato, uns matam e outros morrem em nome de crenças religiosas. Mas há vários registros em nossa história de genocídios praticados em nome da crenças na eficiência de sistemas não-teistas. (exemplos recentes: Rússia de Stalin e China de Mao).
Evidentemente, há mais exemplos de trucidades praticadas em nome de sistemas religiosos, até porque, estatisticamente falando, o ateísmo sempre foi minoritário e, muitas vezes, quase inexistente. Consequentemente, há menos violência associado a ele.
Digo isso não para defender um dos lados, mas para enriquecer o debate sobre o tema "violência", tão atual em nossos dias e tão presente em toda o decorrer da história humana. Mata-se por amor com a mesma facilidade com que se mata em nome do ódio. Pretextos não faltam para motivar o gênero humano a matar seus semelhantes. Às vezes me surpreendo com o grau de crueldade de crianças "inocentes"!
Curiosamente, muitos que matam o fazem acreditando que vão produzir um mundo melhor. Davi e Salomão pensavam assim; Stalin e Mao também.
Oi Enéias, bom tema para reflexão...
Concordo com o Ebenézer, afinal, como dizia Thomas Hobbes "o homem é o lobo do próprio homem."
A Sabrina está certa, por falta de inimigos naturais à altura, o homem é o predador do próprio homem.
Quanto ao ateísmo perseguidor, não me lembro de qualquer episodio histórico onde ateus tenham sido protagonistas numa grande perseguição ideológica.
No caso da Rússia de Stalin, e da China de Mao, milhões morreram não por causa de sua ideologia, mas de fome nos campos, abandonados pelo Estado, que os descartou como quem descarta excesso de bagagem considerado desnecessário.
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