O ser humano é um ser pensante, talvez daí a origem do seu sofrimento. O homem pensa e por assim proceder tem consciência da vida. Tendo consciência da vida possui a certeza de que a morte também existe. Talvez daí a origem do seu sofrimento. Quem assume que a morte é o derradeiro passo humano na sua ínfima existência consegue, por assim acreditar, conviver com a certeza da morte, conviver com a consciência da finitude humana. Não alimenta sonhos para o futuro e acaba assimilando, simplesmente assim...
O ser humano é um ser pensante, talvez daí a sua preocupação com o fim da vida. Tem consciência de que o fim virá e por assim crer tenta desenvolver desejos que projetem vida futura. Futura além da morte ou futura após ressurreição. Qualquer tipo de vida futura que alongue a atual ou que a torne eterna é sonho humano – daqueles que não aceitam o fim. Sonho que se torna de possível materialização via braços longos da fé. Eis aí a religião. Criatura ou criadora do homem ser pensante? Seria esse o motivo que nos leva a crer que o desejo pela vida eterna é uma forma de abordagem que nos mostre nuances do sofrimento humano? Não é irônico que a busca pela vida eterna ande de mãos dadas com o sofrimento?
Interessante como se portam os “irracionais” e como de forma extraordinária se portam os racionais. Os animais irracionais, por não serem pensantes, vivem o presente como se não houvesse o amanhã. Ausência de discernimento sobre a vida? Estado de inconsciência sobre a morte?
Volta e meia eu fico sabendo de pessoas que sofreram graves acidentes e que se tornaram “vegetais humanos”. Perdem toda a consciência humana e a despeito da forma de seres pensantes tornam-se tão despidos de senso no que tange à vida que se configuram semelhantes aos animais irracionais.
Considerando o sofrimento humano: ele existe por que a vida é de dor ou tal sofrimento é fruto do estado de consciência racional do homem? Não se tornam despreocupados, quanto ao futuro, os homens que perderam a capacidade de pensar?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/09/2009
O ser humano é um ser pensante, talvez daí a sua preocupação com o fim da vida. Tem consciência de que o fim virá e por assim crer tenta desenvolver desejos que projetem vida futura. Futura além da morte ou futura após ressurreição. Qualquer tipo de vida futura que alongue a atual ou que a torne eterna é sonho humano – daqueles que não aceitam o fim. Sonho que se torna de possível materialização via braços longos da fé. Eis aí a religião. Criatura ou criadora do homem ser pensante? Seria esse o motivo que nos leva a crer que o desejo pela vida eterna é uma forma de abordagem que nos mostre nuances do sofrimento humano? Não é irônico que a busca pela vida eterna ande de mãos dadas com o sofrimento?
Interessante como se portam os “irracionais” e como de forma extraordinária se portam os racionais. Os animais irracionais, por não serem pensantes, vivem o presente como se não houvesse o amanhã. Ausência de discernimento sobre a vida? Estado de inconsciência sobre a morte?
Volta e meia eu fico sabendo de pessoas que sofreram graves acidentes e que se tornaram “vegetais humanos”. Perdem toda a consciência humana e a despeito da forma de seres pensantes tornam-se tão despidos de senso no que tange à vida que se configuram semelhantes aos animais irracionais.
Considerando o sofrimento humano: ele existe por que a vida é de dor ou tal sofrimento é fruto do estado de consciência racional do homem? Não se tornam despreocupados, quanto ao futuro, os homens que perderam a capacidade de pensar?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/09/2009
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