Mais sobre criacionismo e ateísmoEnéias Teles Borges
Não faz muito tempo eu postei o texto “guerra chata: criacionismo x ateísmo”, que teve repercussão surpreendente. Não sou o único que vê o tema olhando por um aspecto adicional de mensuração. Essa mensuração é bem simples e trata de saber qual o benefício prático que se obterá “vencendo” essa “guerra”. Em face disso publiquei o texto “a divindade que nos interessa”.
Para que tenham idéia do que significa isso, segue abaixo um link, de uma postagem no sítio Observatório da Imprensa. Chamo especial atenção para os muitos comentários. Será muito ilustrativo. Notem que as pessoas têm seus pontos de vista, “digladiam-se” e querem ter suas opiniões como únicas e verdadeiras. Não se fala, por exemplo, qual o prêmio a ser outorgado ao vencedor. Sugerem “apenas” a vitória da verdade.
Não quero ser irônico, mas não posso deixar de perguntar: a vitória dessa verdade encherá a barriga do faminto “espiritual”?
Eis o link: [Observatório da Imprensa/artigo]
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Um comentário:
Não consigo imaginar melhor prêmio do que a própria verdade.
É para isto que existem a ciência e a filosofia: para investigar e descobrir a verdade (não incluo aqui a religião, porque o religioso faz o caminho inverso: ele já se considera detentor da verdade e só precisa ir atrás dos pontos que a apóiem).
Se esta verdade trará ou não benefícios ao ser humano, talvez seja algo secundário, pois a verdade é a realidade última com a qual todos precisamos nos conformar (boa ou ruim).
Não considero que a busca pela verdade no caso do criacionismo ou evolucionismo seja inútil ou chata. Chata sim é a forma como esta discussão se desenrola, ou seja, cada um só procurando defender de forma preconceituosa seu ponto de vista limitado.
É claro que sempre existirão aqueles que preferem viver em sua "matrix" sem serem incomodados. Estes não estão em busca da verdade, mas sim em busca da segurança. Estes não pesquisam com medo de descobrir algo que os desagrade, não perguntam com medo de encontrar uma resposta que não querem ouvir.
Alguns acham que em determinadas situações é melhor não saber a verdade. Eu, porém pondero se não seria melhor conhecê-la, seja ela qual for, e então adequar-se para viver da melhor forma com a verdade que se tem.
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