sábado, 11 de setembro de 2010

Erva daninha?

A erva daninha é uma praga para quem quer cultivar. Não é praga para ela mesma e seus pares. Ela quer viver como querem todos os demais do reino vegetal. De igual modo os insetos e outros seres vivos querem viver, assim como o homem, dentro de sua racionalidade, também quer – claro que quer!

Acontece que o homem, ser racional, no contexto da racionalidade humana, desenvolveu técnicas de sobrevivência somente vistas em seu meio. As técnicas de saúde (entre milhares de outras) favorecem a gestação, nascimento e até alongamento da vida. Nada disso é possível em outro contexto de vida terrestre. Mesmo os demais viventes dependem da ação humana para conspirar contra a “lei do mais forte”. É o homem o agente que se intromete nos demais habitats para modificá-los.

O homem cria animais de estimação e outros para sua futura alimentação. Desenvolveu métodos incríveis para transformar o mundo num imenso restaurante à disposição da humanidade. Enquanto em outros ambientes de vida há, naturalmente, um controle – equilíbrio, o homem tende a desequilibrar o mundo em função dos seus interesses específicos.

Olhando pelo prisma dos demais seres vivos o homem seria uma “erva daninha”? Aparentemente sim. Uma erva que quer sobreviver! Só que a sobrevivência humana tende a criar um colapso nas demais formas de vida e conseqüentemente na própria raça tida como “racional”.

É lógico que como ser pensante o ser humano acha tudo isso natural. Ao ponto, inclusive, de criar ou desenvolver explicações mil para justificar sua ação predatória - entre elas a “sociedade” que se manifesta de diferentes maneiras, inclusive como ente religioso...

Os humanos estão destruindo a terra ao mesmo tempo em que alimentam esperança de um mundo melhor. Um mundo que jamais sofrerá danos, nunca sentirá os efeitos da entropia. Um mundo que não sofrerá os efeitos de qualquer tipo de erva daninha, ainda que seja aquela humana...

O futuro dirá se é assim mesmo ou não. Por enquanto continuemos no mundo da teoria enquanto “chove lá fora...”

Por: Enéias Teles Borges

(Postagem original: 22/10/2008)
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