Fui abençoado e amaldiçoado pela mesma pessoa em dias e circunstâncias diferentes. Foi num semáforo na cidade de São Paulo, na sugestiva Avenida Liberdade.
Na primeira vez o indivíduo me abordou, mostrou a carteira de trabalho e disse que se sentia humilhado (por mendigar). Precisava ficar ali, logo cedo, pedindo ajuda para comprar leite e outros produtos de necessidade para sua casa.
Tratava-se de um cidadão de boa aparência e tudo indicava que a situação dele era de fato como descrevia. Dei-lhe algum dinheiro e ele me disse: “que Deus te abençoe”.
O sinal ficou verde e eu segui o meu caminho.
Passados alguns dias e no mesmo semáforo ele veio de novo, com a mesma história. Ele não me reconheceu. Desta vez, como na anterior, eu o ouvi, mas neguei-me a lhe dar algum valor. Ele me disse: “o diabo te ama”.
O sinal ficou verde e eu segui o meu caminho.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/05/2008
Na primeira vez o indivíduo me abordou, mostrou a carteira de trabalho e disse que se sentia humilhado (por mendigar). Precisava ficar ali, logo cedo, pedindo ajuda para comprar leite e outros produtos de necessidade para sua casa.
Tratava-se de um cidadão de boa aparência e tudo indicava que a situação dele era de fato como descrevia. Dei-lhe algum dinheiro e ele me disse: “que Deus te abençoe”.
O sinal ficou verde e eu segui o meu caminho.
Passados alguns dias e no mesmo semáforo ele veio de novo, com a mesma história. Ele não me reconheceu. Desta vez, como na anterior, eu o ouvi, mas neguei-me a lhe dar algum valor. Ele me disse: “o diabo te ama”.
O sinal ficou verde e eu segui o meu caminho.
Enéias Teles Borges
Postagem original: 09/05/2008
3 comentários:
Também já passei por isto.
Hoje não ajudo mais a estranhos. Sempre existirá um conhecido que precise de ajuda.
Muito engraçado! Dei boas risadas!
Quem dá aos pobres empresta aDeus. Eu disse, adeus.
Certa vez, fiz uma das coisas que não gosto, dei carona a um maltrapilho numa estrada vicinal. Em seu destino eu parei e ele desceu vindo até ao meu lado e perguntou: -Quanto eu lhe devo?
Eu respondi:
-Nada não.
Ele inflou o peito com o ar de crente sábio e disse:
-Muito obrigado, que Deus te ajude.
Tomei como ofensa e retruquei:
-Das minhas necessidades cuido eu. Porquê não pede ajuda para você?
Postar um comentário