O homem estava acostumado a viajar pelo Brasil e já tinha percorrido quase todo território nacional. Resolveu visitar lugares que tinha conhecido há muitos anos. Dirigiu-se ao baú e pegou alguns mapas antigos, usados em viagens anteriores e programou o seu roteiro.
Ao longo da viagem observou que o caminho era diferente daquele que percorrera e olhando o mapa antigo não se sentiu seguro. Parou na beira da estrada e comprou um mapa atual. Logo notou que quase tudo tinha mudado e para chegar ao local pretendido deveria mudar de roteiro.
Fez uma análise para ver o quanto se desviara do objetivo e concluiu que deveria pegar a primeira estrada à direita. Assim, pensava, chegaria à rodovia correta.
Fez dessa forma e ainda assim não se sentiu tranqüilo. Será que agora estava no caminho certo? Deveria ter entrado naquela pista? Deveria ter retornado para entrar na anterior? Quem sabe avançado mais um pouco e entrado na posterior?
Em meio às dúvidas ele tinha uma certeza: o caminho anterior, baseado no mapa velho, estava errado. A cidade, objeto do seu destino continuava no mesmo lugar, mas as pistas que conduziam a ela tinham sido transformadas no correr dos muitos anos.
Não seria assim, muitas vezes, na vida?
Quantas vezes no nosso viver temos tentado alcançar um alvo utilizando um roteiro que se tornou inadequado na atualidade? Como temos nos postado em relação à família, sociedade e religião? Como temos educado nossos filhos, convivido com as pessoas?
Não sugiro uma mudança de objetivo, mas uma adequação à realidade. Quem sabe não é o momento de reavaliar conceitos?
Dúvidas: existirão sempre. Certeza: a de que o caminho adotado anteriormente não é mais o ideal para conseguir chegar ao grande objetivo. Funcionou para nós e nossos pais, não quer dizer que sirva para nossos filhos.
O princípio deve ser sempre mantido. O mesmo não se aplica à forma como conduzir (ou chegar) a ele. Você pensa assim ou de forma diferente?
Ao longo da viagem observou que o caminho era diferente daquele que percorrera e olhando o mapa antigo não se sentiu seguro. Parou na beira da estrada e comprou um mapa atual. Logo notou que quase tudo tinha mudado e para chegar ao local pretendido deveria mudar de roteiro.
Fez uma análise para ver o quanto se desviara do objetivo e concluiu que deveria pegar a primeira estrada à direita. Assim, pensava, chegaria à rodovia correta.
Fez dessa forma e ainda assim não se sentiu tranqüilo. Será que agora estava no caminho certo? Deveria ter entrado naquela pista? Deveria ter retornado para entrar na anterior? Quem sabe avançado mais um pouco e entrado na posterior?
Em meio às dúvidas ele tinha uma certeza: o caminho anterior, baseado no mapa velho, estava errado. A cidade, objeto do seu destino continuava no mesmo lugar, mas as pistas que conduziam a ela tinham sido transformadas no correr dos muitos anos.
Não seria assim, muitas vezes, na vida?
Quantas vezes no nosso viver temos tentado alcançar um alvo utilizando um roteiro que se tornou inadequado na atualidade? Como temos nos postado em relação à família, sociedade e religião? Como temos educado nossos filhos, convivido com as pessoas?
Não sugiro uma mudança de objetivo, mas uma adequação à realidade. Quem sabe não é o momento de reavaliar conceitos?
Dúvidas: existirão sempre. Certeza: a de que o caminho adotado anteriormente não é mais o ideal para conseguir chegar ao grande objetivo. Funcionou para nós e nossos pais, não quer dizer que sirva para nossos filhos.
O princípio deve ser sempre mantido. O mesmo não se aplica à forma como conduzir (ou chegar) a ele. Você pensa assim ou de forma diferente?
Enéias Teles Borges
Postagem original: 21/04/2008.
-
3 comentários:
Pensando bem, não compartilho da mesma certeza que você tem de que o caminho adotado anteriormente não é mais o ideal hoje para se alcançar os mesmos objetivos (princípios). Concordo contigo de que os princípios são imutáveis, mas quanto à forma de se chegar a ele, vejo duas possibilidades: caminhos diferentes e variáveis com o decorrer do tempo ou caminhos imutáveis. Tudo depende da sua visão de mundo.
Para uma mente norteada pelo antropocentrismo os caminhos são tão mutáveis quanto o é o próprio homem, porém para uma mente religiosa que adotou a filosofia cristã de acordo com os ensinamentos bíblicos, estes caminhos permanecem imutáveis e podem ser resumidos em um só: CRISTO, o caminho, a verdade e a vida.
Vamos exemplificar: Que caminhos poderíamos usar para se alcançar o princípio da honestidade? Para o primeiro grupo mencionado acima, tudo depende da realidade vivida pelo homem ontem e hoje, ou seja, como os tempos mudaram, não podemos usar mais os mesmos métodos e estratégias, mas precisamos adequá-los a uma nova realidade. Já para o segundo grupo, o homem, independente do tempo em que viva, sempre necessitará de um novo nascimento que só Cristo pode proporcionar para então produzir frutos legítimos, entre os quais se encontra a honestidade.
Estou aqui afirmando que só existe verdadeira honestidade entre aqueles que acreditam em Cristo? De forma alguma! Só estou demonstrando que para uns os caminhos podem variar, enquanto para outros não.
É como diz o aforismo: "o mapa é o mapa, e não o território".
Pior que crer que nossos velhos mapas são eternamente válidos e que outro os utilizem, é querer que a realidade concorde com nossos conceitos.
Brilhante texto.
Oi Enéias,
Como dizia Heráclito de Éfeso:
"Tudo flui, nada persiste, nem permanece o mesmo. O ser não é mais que o vir-a-ser."
Ou ainda:
"Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois suas águas se renovam a cada instante. Não tocamos duas vezes o mesmo ser, pois este modifica continuamente sua condição."
Concordo que os princípios são imutáveis, mas nossos valores se alteram continuamente, e assim, conseqüentemente, tomaremos decisões diferentes em situações análogas...
PS: Adorei sua visita ao meu blog, apareça sempre para opinar sobre os assuntos propostos. Abs.
Postar um comentário